A incrível jornada ao Uruguai ao lado de seu pai marcou a infância de Juca Paranhos, deixando uma marca indelével em sua trajetória, em seus gostos e naquilo que mais tarde seria a grande marca de sua vida, a Diplomacia. Enquanto seus pares se inclinavam à poesia, já na juventude, demonstrava forte simpatia pela história e pelos mapas. A atuação do Barão do Rio Branco à frente do Ministério das Relações Exteriores entre 1902 e 1912 é vista como um marco na história da diplomacia brasileira. Considerando o contexto do início da República, discorra sobre os principais aspectos da política externa conduzida por Rio Branco, abordando:
• As linhas gerais da chamada "diplomacia do prestígio" e sua função no reposicionamento internacional do Brasil;
• A resolução das questões de limites, em especial o caso do Acre;
• O pragmatismo do "americanismo" rio-branquino e seus reflexos no Cone Sul;
• A busca pela estabilidade regional e o papel do ABC.
Apresente em seu texto análises contextualizadas, citando exemplos concretos e dados históricos precisos. Sua capacidade de articular os aspectos econômicos, políticos e diplomáticos envolvidos na atuação de Rio Branco será objeto de avaliação
Extensão do texto: até 90 linhas [valor: 30,00 pontos]
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A gestão de Rio Branco à frente do Itamaraty entre 1902 e
1912 representou uma mudança fundamental na política externa brasileira após a
proclamação da República (Q1). O principal objetivo de sua "diplomacia do
prestígio" foi recolocar o Brasil na cena internacional, revertendo a
imagem negativa decorrente dos anos conturbados do início do regime republicano
(Q2).
Nesse sentido, Rio Branco promoveu uma ampla reforma das
representações diplomáticas, multiplicando as legações brasileiras no exterior,
sobretudo nos países da América. Buscou também atrair representantes
estrangeiros para o Brasil, o que culminou na vinda do secretário de Estado
norte-americano Elihu Root em 1906, primeira visita de um chanceler a outro
país (Q3).
Outra frente importante foi a resolução das disputas de
fronteiras herdadas do Império. O caso mais complexo foi o do Acre, onde Rio
Branco soube isolar os interesses britânicos e norte-americanos, para então
negociar com a Bolívia (Q4). Pela permuta de territórios e indenização financeira,
o Acre foi incorporado ao Brasil pelo Tratado de Petrópolis (1903).
Em relação aos vizinhos platinos, Rio Branco buscou a
estabilidade regional (Q5). Praticou o "americanismo", aproximando-se
pragmaticamente dos EUA para neutralizar potenciais intervenções europeias na
América do Sul. Entretanto, preservava margens de autonomia, como na II
Conferência de Haia (1907).
No Cone Sul, empenhou-se na institucionalização do ABC, na
verdade era um de seus objetivos já previstos inclusive em um famoso telegrama
diplomático que virou tema de desentendimentos durante o governo argentino de
Alcorta. Lembra desse fato? Importante citá-lo, para além das querelas em torno
do rearmamento brasileiro. Retomando, o pacto abc firmado em 1915 entre
Argentina, Brasil e Chile para mediação de conflitos não foi à frente(Q6).
Embora não tenha sido implementado, sinalizava a busca pela concertação
regional. Temas pertinentes como a “guerra das farinhas”, a doutrina Drago e questão
da linha de fronteira na lagoa Mirim e rio Jaguarão com o Uruguai.
Portanto, Rio Branco reposicionou o Brasil no cenário
internacional, resolveu disputas territoriais, praticou um americanismo
pragmático e almejou a estabilidade no entorno estratégico, deixando um legado
de realizações à política exterior do país.
Espero que esse exercício te ajude a fechar as lacunas e se
preparar para possíveis questões do concurso, que cobrem esse tema ou outros
correlatos.
Grande abraço e sucesso!
Professor Arão Alves
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