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Incêndios e Inundações Devastadoras: Alerta Vermelho para as Mudanças Climáticas Globais #AquecimentoGlobal

 


Sinto um aperto no peito só de pensar no calor incessante deste ano. Parece que mal começamos a temporada e o termômetro já está nas alturas. Temperatura de verão em pleno inverno. As ondas de calor são tão intensas que até os oceanos estão quentes. Mas essas ondas não são barradas pelas águas, atravessam os mares e atingem continentes. Foi o caso da onda de calor que veio da África e atingiu a Europa, provocando condições necessárias para tragédias com os incêndios que tem varrido a Grécia e a Turquia. E quando não é o calor, são as chuvas torrenciais, os incêndios florestais, as secas prolongadas. Sem falar nos  incêndios que assolam a Califórnia nos EUA, que devastaram a ilha de Mawi, no Havaí, que assustam o oeste do Canadá e, como disse lá atrás, chegou à Grécia, já cruzando a fronteira para a Turquia. Tudo isso são mais do evidências,  são prova dos extremos climáticos que o planeta enfrenta.

Será que ainda existem lugares seguros para se viver?

O problema é muito mais complicado do que possamos imaginar. Muitas pessoas não podem ou não deixarão suas casas, basta lembrarmos das encostas em que mesmo após deslizamentos, moradores de casas que não foram atingidas, relutam em sair de lá. Alguns, particularmente nos países mais pobres do Sul Global, simplesmente não podem arcar com a mudança para evitar desastres potenciais, e até mesmo o planejamento estatal não tem colocado em seus projetos urbanísticos ou habitacionais essa variante tão importante. Até mesmo os locais mais ricos, com abundância de recursos ainda estão preparados para fenômenos climáticos extremos. Os incêndios deste mês no Havaí dão um bom exemplo disso. As falhas humanas e a falta de preparo demostraram que nem mesmo a maior empresa de energia estatal estava em condições de enfrentar a situação.

Alguns especialistas apontam regiões mais ao sul, distantes do litoral, com boa disponibilidade de água e temperaturas mais amenas. Mas será que essas áreas estão preparadas para receber uma possível leva de "refugiados climáticos"? Existe infraestrutura e moradias acessíveis? E os governos locais, estão se planejando para esse cenário?

Muita gente não tem nem como cogitar uma mudança dessas. Abandonar a terra dos ancestrais, a casa construída com tanto sacrifício, os vizinhos que são como família... Não dá para simplesmente fazer as malas e recomeçar do zero em outro lugar.

Mesmo regiões hoje consideradas seguras podem ser afetadas pelas mudanças do clima. Lembro dos recentes temporais e alagamentos no Sul do país, uma área que muita gente via como protegida. Realmente não existe mais local “perfeito” ou totalmente imune.

O planeta vai continuar esquentando nas próximas décadas, disso podemos ter certeza. É hora de nos unirmos, reivindicarmos políticas públicas sérias de adaptação e nos prepararmos da melhor forma possível. Vai ser difícil, mas juntos poderemos enfrentar tempos ainda mais desafiadores.

E você, já pensou no que pode fazer diante dessa realidade? Leia mais sobre o assunto, converse com conhecidos, parentes, compartilhe artigos científicos e jornalísticos de fontes sérias com os seus amigos e seguidores. Vivemos em uma democracia representativa e nossos representantes só tomarão alguma atitude nesse sentido se perceberem que podem obter ganhos políticos com isso, logo a pressão da opinião pública é uma ferramenta poderosa e está em nossas mãos.

Ok, gente,

Um grande abraço.

Professor Arão Alves


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