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Israel e Arábia Saudita: inimigos que Biden quer aproximar

 


O processo de paz no Oriente Médio é um assunto complicado, cheio de altos e baixos. Mas parece que pode estar prestes a ganhar novo fôlego! Ou seja, embora improvável, ao menos a esperança tem mais uma oportunidade de renascer antes de novo ocaso. Pessimismo? Talvez.

Imagina a seguinte cena: os EUA conseguindo costurar um acordo de normalização entre dois países há muito tempo rivais - Israel e Arábia Saudita. Seria uma conquista e tanto para a diplomacia americana, não acha? #diplomacia 

Pois é exatamente isso que o governo Biden está tentando fazer agora. Parece loucura, já que essas duas nações não têm lá uma história de amizade. Muito pelo contrário. Mas os tempos são outros. E hoje em dia Israel e Arábia Saudita enfrentam inimigos comuns, como o Irã. Isso abre espaço para uma aproximação.

O objetivo dos EUA aqui não é propriamente retomar as negociações de paz israelense-palestinas, paradas há anos. A prioridade é juntar dois aliados, israelenses e sauditas. Só que, para isso dar certo, o governo Biden vai ter que conduzir o processo com jogo de cintura.

Isso porque os governos dos dois lados não vão facilitar muito as coisas. Do lado israelense, o primeiro-ministro é Benjamin Netanyahu, um político de extrema-direita que inclusive já falou em anexar partes da Cisjordânia. Já a Arábia Saudita é uma monarquia absolutista, criticada internacionalmente por violações de direitos humanos.

Portanto, se Biden quiser de fato um acordo positivo, que ajude a distensionar o Oriente Médio, ele vai ter que barganhar direitinho com esses dois governos complicados.

Do lado saudita, os EUA não podem dar tudo o que eles pedirem. Por exemplo, os sauditas querem enriquecer urânio em seu próprio território. Só que isso pode abrir caminho para um programa nuclear secreto. Melhor manter sob controle americano. #arabiassaudita

Já com Israel, Biden precisa pressionar para que o acordo leve em conta os interesses dos palestinos. Senão, vai acabar legitimando as políticas da extrema-direita israelense. A saída pode ser condicionar o acordo a concessões israelenses, como congelar a construção de novos assentamentos na Cisjordânia.

Enfim, costurar a paz entre israelenses e palestinos continua sendo o grande objetivo. Se Biden conseguir ao menos iniciar esse processo, ao mesmo tempo em que aproxima Israel da Arábia Saudita, será uma vitória da diplomacia. Mas, para isso, os EUA precisam jogar duro nas negociações.

Vamos ver no que vai dar. Uma coisa é certa: se Biden não arriscar, não tem chance de sair nada positivo dessa história. Diplomacia exige coragem. E, às vezes, é preciso conversar até com governos complicados em busca da paz. O importante é nunca perder de vista os valores democráticos e os direitos humanos. Com habilidade, talvez seja possível influenciar regimes autoritários a se tornarem um pouco mais moderados. É essa a esperança.

 

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