Estudar por meio de questões comentadas é de extrema importância para conhecer a fundo a banca do concurso. No caso da Fuvest, não é diferente. Essa abordagem permite compreender os critérios de avaliação, os temas recorrentes e o estilo das perguntas, proporcionando uma preparação mais eficiente e estratégica. Ao se familiarizar com os padrões da banca, é possível otimizar os estudos de forma direcionada, aumentando as chances de obter um desempenho sólido e conquistar o tão almejado sucesso no concurso. Então, vamos às questões de hoje.
1- A respeito da Guerra do Peloponeso no séc. V a.C., é
correto afirmar:
(A) O conflito resultou das disputas comerciais e militares
entre a Liga de Delos, liderada pela cidade-estado de Atenas, e os interesses
assírios.
(B) A guerra afetou a autonomia política e administrativa
das cidades-estados, dando lugar à organização imperial.
(C) A hegemonia ateniense foi dissolvida com o triunfo da
Liga do Peloponeso e as colônias na Ásia Menor foram devolvidas aos persas.
(D) A guerra marcou a decadência do militarismo espartano
frente aos exércitos atenienses, que defendiam a democracia.
(E) O desabastecimento de escravos e a desorganização da
produção agrícola contribuíram para a perda da hegemonia grega no Mediterrâneo.
Gabarito: C
A Guerra do Peloponeso foi um conflito entre a Liga de
Delos, liderada por Atenas, e a Liga do Peloponeso, liderada por Esparta. A
guerra foi motivada principalmente pela insatisfação de Esparta e outras
cidades-estado gregas com o crescente poder e influência de Atenas por meio da
Liga de Delos. No conflito, a Liga do Peloponeso obteve o triunfo sobre Atenas,
dissolvendo a hegemonia ateniense e restaurando o equilíbrio de poder na Grécia
Antiga. Além disso, as colônias gregas na Ásia Menor, que estavam sob controle
ateniense, foram devolvidas aos persas.
2- Martín Fierro
acredita na importância da contribuição intelectual da América, prévia
tesourada a todo cordão umbilical. Acentuar e generalizar para as demais
manifestações intelectuais o movimento de independência iniciado, no idioma,
por Ruben Darío, não significa, entretanto, que haveremos de renunciar, nem
muito menos que finjamos desconhecer que todas as manhãs nos servimos de um
creme dental sueco, de umas toalhas francesas e de um sabonete inglês. Martín
Fierro tem fé em nossa fonética, em nossa visão, em nossas maneiras, em nosso
ouvido, em nossa capacidade digestiva e de assimilação. “Manifesto Martín
Fierro”, de Oliverio Girondo, 15/5/1924. In: Jorge Schwartz, Vanguardas
latino-americanas: polêmicas, manifestos e textos críticos. São Paulo: EDUSP;
Iluminuras; FAPESP, 1995, p. 116.
A revista de vanguarda literária Martín Fierro foi fundada
em Buenos Aires, na Argentina, em 1924. O “Manifesto”, publicado no seu nº 4,
apresentava sintonias com o movimento modernista paulistano, ao
(A) propor a ruptura com tradições estéticas e valorizar a
autonomia criativa local, sem desprezar os intercâmbios com a Europa.
(B) defender a obediência aos modelos artísticos da França e
da Inglaterra, reconhecendo sua contribuição intelectual.
(C) repudiar o movimento de independência iniciado, na
língua espanhola, pelo poeta nicaraguense Ruben Darío.
(D) buscar inspiração nos modos de expressão popular e
artística originários da América e revolucionar os hábitos de consumo.
(E) condenar a inquietação intelectual e a experimentação
literária em favor da cultura de massas e do conformismo.
Gabarito: A
O "Manifesto Martín Fierro" apresentado no texto
expressa a visão da revista de vanguarda literária Martín Fierro, fundada em
Buenos Aires em 1924. Esse manifesto demonstrava sintonias com o movimento
modernista paulistano, que também buscava romper com as tradições estéticas e
valorizar a autonomia criativa local. A revista propunha uma ruptura com o
passado e uma abordagem experimental na criação artística, ao mesmo tempo em
que reconhecia a importância dos intercâmbios culturais com a Europa. Dessa
forma, a resposta correta destaca a valorização da autonomia criativa local,
sem desprezar os intercâmbios com a Europa, características compartilhadas com
o movimento modernista paulistano.
3- No cerne da ideologia Bannon há uma série de contrastes
extraordinariamente simplificadores entre bom e mau, sagrado e profano. Essa
série semiótica cria perigosos outros, cuja existência contínua ameaça a boa
gente que constitui o que Bannon descreve como a “verdadeira América”(...). Numa ordem social democrática, o conflito
entre oponentes partidários é agonístico, não antagonístico. Bannon vê de outra
forma. Não há espaço para a cortesia em seu universo (...). Jeffrey Alexander.
“Vociferando contra o iluminismo: A ideologia de Steve Bannon”. Sociologia
& Antropologia, vol. 08, n. 3, set-dez, 2018.
O antagonismo é a luta entre inimigos, enquanto o agonismo
representa a luta entre adversários. (...) o propósito da política democrática
é transformar antagonismo em agonismo. Isso demanda oferecer canais por meio
dos quais às paixões coletivas serão dados mecanismos de expressarem-se sobre
questões que, ainda que permitindo possibilidade suficiente de identificação,
não construirão o opositor como inimigo, mas como adversário. Chantal Mouffe.
“Por um modelo agonístico de democracia”. Revista de Sociologia e Política,
Curitiba, n. 25, nov. 2005, p. 11-23.
A primeira citação foi retirada de um texto em que o
sociólogo Jeffrey Alexander desenvolve o que compreende ser a ideologia de
Steve Bannon, assessor do ex-presidente norteamericano Donald Trump. A segunda
citação foi extraída de um artigo em que a cientista política Chantal Mouffe
desenvolve a noção de “pluralismo agonístico”.
A partir da perspectiva apresentada nas citações, é correto
afirmar que a ideologia de Steve Bannon
(A) defende uma ordem social agonística baseada na divisão
entre grupos e nos conflitos entre inimigos políticos.
(B) sustenta uma ordem social baseada em consensos e que não
admite conflitos entre adversários.
(C) defende a possibilidade de conflitos entre adversários,
mas não admite a lógica antagonística da aniquilação e exclusão do inimigo.
(D) defende uma ordem social dividida entre bom e mau e que
transforma o antagonismo em agonismo.
(E) sustenta uma ordem social antagonística fundada na
divisão da sociedade entre lados opostos que devem ser entendidos como
inimigos.
Gabarito: E
A partir das citações apresentadas, podemos inferir que a
ideologia de Steve Bannon, descrita por Jeffrey Alexander, se enquadra na
perspectiva de uma ordem social antagonística. Bannon simplifica a realidade em
contrastes entre bom e mau, sagrado e profano, criando uma série semiótica que
constrói perigosos "outros" que ameaçam a chamada "verdadeira
América". Essa visão de divisão e antagonismo implica em enxergar os lados
opostos como inimigos, e não apenas adversários políticos com quem se pode
discordar de forma respeitosa. Portanto, a resposta correta aponta para a
sustentação de uma ordem social antagonística, onde a sociedade é dividida
entre lados opostos que são entendidos como inimigos.
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