1- As buscas de autonomia
relativa na dependência do final dos anos de 1930, as tentativas frustradas de
estabelecimento de uma “relação especial” com os Estados Unidos da América
(EUA) na segunda metade dos anos de 1940, o nacional-populismo do segundo
governo Vargas, as pretensões de obtenção de capitais públicos via articulação
interamericana do governo Kubitschek e a “política externa independente” do
período Quadros-Goulart constituem, do ponto de vista cronológico, “fases” das
relações internacionais e da política externa brasileira.
FAUSTO, Boris. (dir.). História
Geral da Civilização Brasileira, Tomo III, o Brasil Republicano. Economia e
Cultura (1930-1964). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007, p. 132, com
adaptações.
Considerando o período da
República Liberal (1945-1964). Julgue a afirmativa abaixo como certa ou errada.
( ) A criação da Petrobrás, assim como o acordo
militar Brasil-Estados Unidos, são marcas das disputas entre projetos
diferentes, que resultam em pequenos avanços tanto de um quanto do outro.
Apesar das tentativas de conciliação, Vargas não foi capaz de resistir à crescente
onda da ala liberal, incluindo nas forças armadas, representada pelas eleições
do Clube militar em 1952.
2- Para alguns analistas, o
Governo de Geisel teve a oportunidade, em contextos diferentes, de reviver a
Diplomacia pendular de Vargas. Em relação a esse tema, julgue a afirmativa
abaixo
como certa ou errada.
( ) Durante o Governo Geisel, o Brasil, ao aderir ao acordo nuclear com a Alemanha, sinalizava uma opção por autonomia, e alinhamento com um nacionalismo desenvolvimentista, que orientava sua política externa. Nessa linha, seu governo, em plena Guerra Fria, não relutaria em reconhecer a independência angolana liderada pelo MPLA de Agostinho Neto, movimento reconhecidamente de orientação comunista, demonstrando seu pragmatismo ecumênico.
Resposta da Questão 1:
Vargas, embora eleito pelo PTB,
não chegaria ao poder sem coligações. Seu projeto trabalhista e nacionalista
enfrentava forte oposição. Um dos temas mais disputados era o do monopólio sobre
o petróleo. Foi nessa seara que até mesmo a UDN conseguiu sequestrar o discurso
nacionalista de Vargas. As críticas à política econômica incidiam, muitas
vezes, sobre a orientação nacionalista e as restrições ao capital estrangeiro
adotadas pelo governo. A oposição a Vargas se intensificou a partir de 1953 e
teve na imprensa a liderança dos jornalistas Carlos Lacerda, proprietário do
jornal Tribuna da Imprensa, e Assis Chateaubriand, proprietário dos Diários
Associados. Carlos Lacerda utilizou, além do seu jornal, a Rádio Globo e a Rede
Tupi de televisão, pertencente aos Diários Associados. Quanto aos militares, o termômetro
era o clube militar. Durante o período compreendido entre 1950 e 1952, o clube
foi guiado pelo segmento nacionalista. Nessa época, foram veiculados na Revista
do Clube Militar artigos contrários à participação do Brasil no conflito
coreano. Contudo, a reação enérgica da facção anticomunista resultou na derrota
do grupo nacionalista em 1952. Decorridos dois anos, o controle do clube foi
transferido para segmentos nitidamente opostos ao governo Vargas e próximos à
União Democrática Nacional (UDN). Em agosto de 1954, o clube manifestou apoio
ao pedido de renúncia de Vargas, realizado pelo Clube de Aeronáutica, após o
atentado contra Carlos Lacerda, o qual resultou na morte do major-aviador
Rubens Vaz. Gabarito: (Certo)
Resposta da Questão 2:
Lembremos que a PEB de Geisel era
o chamado Pragmatismo Ecumênico e responsável. A Alemanha era capaz de fornecer
ao Brasil da década de 1970 o equivalente, em termos de solução econômica
estrutural, ao que fora a usina siderúrgica de Volta Redonda nos anos 1930. O
Acordo se assemelhava com o ideário varguista do desenvolvimento nacionalista
por meio da ação do estado e das grandes empresas públicas. O principal
artífice do acordo foi o ministro-conselheiro junto à embaixada em Bonn, Paulo
Nogueira Batista, expoente da corrente nacionalista no Itamaraty, de papel
destacado na recusa de adesão ao TNP (Tratado de Não Proliferação de Armas
Nucleares), entusiasta do potencial do átomo para aplicações pacíficas. Do lado
alemão, a parceira seria a empresa KWU, subsidiária da Siemens. O ajuste previa
o financiamento assim como a transferência da tecnologia, em parte já
disponível, em parte ainda em estágio de desenvolvimento na Alemanha, para o
enriquecimento do urânio. Após a assinatura do acordo, coube a Nogueira Batista
a presidência da Nuclebrás (Empresas Nucleares Brasileiras), criada para dar
execução ao programa negociado com os alemães: construção de oito centrais nucleares
e uma indústria binacional de componentes e combustível. Abandonava-se a cooperação
americana, que resultara na instalação de um reator Westinghouse em Angra-1,
mas que se provara inconfiável, tanto em relação ao fornecimento garantido de combustível,
quanto na recusa de transferência tecnológica. Gabarito: Certo.
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