A relação entre a Rússia e a Finlândia tem sido marcada por
altos e baixos desde o século XIX. Durante esse período, a Finlândia esteve sob
o domínio russo por mais de um século, o que influenciou fortemente a política
e a economia finlandesas.
No início do século XIX, a Finlândia fazia parte do Império Sueco, mas em 1809, a Suécia perdeu a guerra contra a Rússia e a Finlândia passou a ser um Grão-Ducado autônomo sob a soberania do Czar russo. Durante o século XIX, a Finlândia se beneficiou da autonomia concedida pelos russos, que permitiu o desenvolvimento de uma cultura e língua próprias, bem como uma economia próspera.
No entanto, durante a Primeira Guerra Mundial, a Finlândia
se viu em uma posição difícil, tendo que equilibrar sua lealdade à Rússia com a
sua independência emergente. Em 1917, a Finlândia declarou a sua independência
e estabeleceu um governo democrático, mas a Rússia se opôs e a Finlândia teve
que lutar uma guerra civil contra os russos para consolidar sua independência.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Finlândia lutou duas
vezes contra a União Soviética, primeiro em 1939-1940 e novamente em 1941-1944.
Após a guerra, a Finlândia foi forçada a pagar indenizações à União Soviética,
ceder territórios e aderir a uma política de neutralidade que a afastou da NATO
e dos EUA.
Após o colapso da União Soviética em 1991, a Finlândia e a
Rússia restabeleceram relações diplomáticas e começaram a trabalhar em questões
de segurança, comércio e meio ambiente. No entanto, as tensões continuaram,
especialmente em relação à adesão da Finlândia à União Europeia e à OTAN.
No século XXI a Finlândia e a Rússia mantiveram relações
cordiais, mas desafios os desafios permaneceram. A Rússia passou a expressar
preocupações sobre a presença militar da Finlândia na fronteira, enquanto a
Finlândia procurava diversificar suas relações comerciais além da Rússia. A
relação entre a Rússia e a Finlândia é complexa e continuou sendo uma questão
importante na política internacional da região, mas a maioria da população
finlandesa rejeitava a participação do país na Otan, a maior preocupação de
Moscou. No entanto, recentemente, com a invasão russa na Ucrânia, a situação
mudou, e em abril de 2023, a Finlândia teve formalizada a sua entrada na Organização
do Tratado do Atlântico Norte. Esse novo cenário amplia enormemente a presença
da Otan nas fronteiras russas, uma vez que a Finlâdia tem com a Rússia uma
fronteira de mais de mil quilômetros.
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