Para não perder as novidades, inscreva-se no canal e clique no sino. https://www.youtube.com/
1. (Enem
PPL 2012) TEXTO I
Em março de
2004, o Brasil reconheceu na Organização das Nações Unidas a existência, no
país, de pelo menos 25 mil pessoas em condição análoga à escravidão — e esse é
um índice considerado otimista. De 1995 a agosto de 2009, cerca de 35 mil
pessoas foram libertadas em ações dos grupos móveis de fiscalização do Ministério
do Trabalho e Emprego.
Mentiras mais contadas
sobre trabalho escravo. Disponível em www.reporterbrasil.com.br. Acesso em 22 ago. 2011. (Adaptado.)
TEXTO II
O Brasil subiu
quatro posições entre 2009 e 2010 no ranking
do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado pelo Programa das
Nações Unidas para Desenvolvimento. Mas, se o IDH levasse em conta apenas a
questão da escolaridade, a posição do Brasil no ranking mundial ficaria pior, passando de 73 para 93.
UCHINAKA,
F.; CHAVES-SCARELLI, T. Brasil é país que
mais avança, apesar da variável
“educação” puxar IDH para baixo. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso
em: 22 ago. 2011. (Adaptado).
Estão sugeridas nos textos duas situações de
exclusão social, cuja superação exige, respectivamente, medidas de
a) redução de impostos e
políticas de ações afirmativas.
b) geração de empregos e
aprimoramento do poder judiciário.
c) fiscalização do Estado e incremento
da educação nacional.
d) nacionalização de empresas
e aumento da distribuição de renda.
e) sindicalização dos
trabalhadores e contenção da migração interna.
Resposta:
[C]
Para coibir a escravidão
por dívida, frequente em municípios menos desenvolvidos da Amazônia e do
Nordeste, é fundamental incrementar a fiscalização e a repressão do poder
público com ações integradas do Ministério do Trabalho, Poder Judiciário e
Política Federal.
A melhor a posição do país
no IDH é fundamental aumentar os investimentos e melhorar a gestão no setor de
educação.
2. (Enem
PPL 2012) A necessidade de se especializar, de forma
talvez indireta, aproximou significativamente o campo e a cidade, na medida em
que vários aparatos tecnológicos advindos do espaço urbano foram incorporados
às práticas agrícolas. Maquinários altamente modernos, insumos industrializados
na lavoura são fatores que contribuíram para uma nova forma de produzir no
campo, cada vez com maior rapidez e especialização.
OLIVEIRA, E B S. “Nova relação campo-cidade: tendências do novo rural brasileiro”. Revista Geografia. (São Paulo: Escala
Educacional, maio 2011 – adaptado)
Com base na aproximação indicada no texto, uma consequência da modernização
técnica para os sistemas produtivos dos espaços rurais encontra-se em:
a) Exigência de mão de obra
com qualificação.
b) Implementação da atividade
do ecoturismo.
c) Aumento do número de
famílias assentadas.
d) Demarcação de terras para
povos indígenas.
e) Ampliação do crédito à
agricultura familiar.
Resposta:
[A]
O
processo de modernização agrícola ocorreu no Brasil a partir da década de 1970,
quando a penetração do capitalismo no campo, alterou as relações campo-cidade e
sendo assim, como mencionado corretamente na alternativa [A], a modernização
passa a exigir qualificação de mão de obra na agropecuária. Estão incorretas as
alternativas: [B], porque a modernização do campo não resulta na alavancagem do
ecoturismo; [C], porque ocorreu aumento de latifundiarização; [D], porque a
expansão da agroindústria esbarra em áreas de reservas indígenas; [E], porque a
modernização do campo favorece o grande capital.
3. (Enem
PPL 2012) Na Serra do Navio (AP), uma empresa
construiu uma usina de beneficiamento, um porto, uma estrada de ferro e vilas.
Entretanto, depois que as reservas foram exauridas, a companhia fechou a mina e
as vilas se esvaziaram. Sobrou uma pequena comunidade de pescadores. São 1,8
mil moradores que sofrem com graves problemas nos rins, dores no corpo,
diarreia, e vômitos decorrentes da contaminação do solo e da água por arsênio.
MILANEZ, B. “Impactos da
mineração”. Le monde diplomatique.
São Paulo, ano 3, n. 36. Adaptado.
A existência de práticas de exploração mineral
predatórias no Brasil tem provocado o(a)
a) criação de estruturas e
práticas geradoras de impactos socioambientais pouco favoráveis à vida das
comunidades.
b) adequação da infraestrutura
local dos municípios e regiões exploráveis à recepção dos grandes empreendimentos
de exploração.
c) ampliação do número de
empresas mineradoras de grande porte que têm sua atuação prejudicada pelo
atendimento às normas ambientais brasileiras.
d) distanciamento geográfico
das áreas exploráveis em reação às demarcações de terras indígenas que são
pouco apropriadas à extração dos recursos.
e) estabelecimento de projetos
e ações por parte das empresas mineradoras em áreas de atuação nas quais as
reservas mineralógicas foram exauridas.
Resposta:
[A]
A mineração pode acarretar
vários impactos socioambientais se não for realizada de forma sustentável.
Entre os impactos, a contaminação da água, a poluição do ar, a contaminação do
solo, o desmatamento e a possibilidade do surgimento de problemas de saúde na
população.
4. (Enem
PPL 2012) Na União Europeia, buscava-se coordenar
políticas domésticas, primeiro no plano do carvão e do aço, e, em seguida, em
várias áreas, inclusive infraestrutura e políticas sociais. E essa coordenação
de ações estatais cresceu de tal maneira, que as políticas sociais e as
macropolíticas passaram a ser coordenadas, para, finalmente, a própria política
monetária vir a ser também objeto de coordenação com vistas à adoção de uma
moeda única. No Mercosul, em vez de haver legislações e instituições comuns e
coordenação de políticas domésticas, adotam-se regras claras e confiáveis para
garantir o relacionamento econômico entre esses países.
ALBUQUERQUE.
J A. G. Relações Internacionais contemporâneas: a
ordem mundial depois da Guerra
Fria. Petrópolis: Vozes, 2007 (adaptado).
Os aspectos destacados no texto que diferenciam os estágios dos processos de
integração da União Europeia e do Mercosul são, respectivamente:
a) Consolidação da
interdependência econômica – aproximação comercial entre os países.
b) Conjugação de políticas
governamentais – enrijecimento do controle migratório.
c) Criação de inter-relações
sociais – articulação de políticas nacionais.
d) Composição de estratégias
de comércio exterior – homogeneização das políticas cambiais.
e) Reconfiguração de
fronteiras internacionais – padronização das tarifas externas.
Resposta:
[A]
Como
mencionado corretamente na alternativa [A], o texto indica que a União Europeia
e o Mercosul consolidaram, respectivamente a quarta e a segunda fases de
integração dos blocos econômicos, ou seja, a união monetária e a união
aduaneira. Estão incorretas as alternativas seguintes porque não se referem às
etapas de integração mencionadas no texto.
5.
(Enem 2012) A
irrigação da agricultura é responsável pelo consumo de mais de 2/3 de toda a
água retirada dos rios, lagos e lençóis freáticos do mundo. Mesmo no Brasil,
onde achamos que temos muita água, os agricultores que tentam produzir
alimentos também enfrentam secas periódicas e uma competição crescente por
água.
MARAFON, G. J. et al. O
desencanto da terra:
produção de alimentos, ambiente e sociedade. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.
No Brasil, as
técnicas de irrigação utilizadas na agricultura produziram impactos
socioambientais como
a) redução
do custo de produção.
b) agravamento
da poluição hídrica.
c) compactação
do material do solo.
d) aceleração
da fertilização natural.
e) redirecionamento
dos cursos fluviais.
Resposta:
[E]
O uso intensivo da água em
alguns rios e a modificação de seus cursos em alguns casos provocam impactos
socioambientais como: redução da biodiversidade fluvial, modificação da
vegetação do entorno (matas ciliares) e até escassez de água para o consumo
humano.
Observação: Trata-se
de uma questão polêmica no que se refere à formulação e ao gabarito. O gabarito
oficial é [E], embora vários professores que fizeram a resolução tenham
questionado a validade e optado pela [B].
O texto trata
do uso intensivo de água para a agricultura através da irrigação. O impacto da
irrigação em si está na retirada, por vezes, excessiva de volume de água, mas
pouco interfere na qualidade da água, portanto não causa “poluição”,
“contaminação”, que é causada por fertilizantes, agrotóxicos, etc., o que torna
a alternativa [B] incorreta ou pelo menos incompleta. Deve-se levar em
consideração que a “análise do texto é fundamental na resolução das questões do
Enem”.
A alternativa
[E] foi definida como “mais correta”, uma vez que está mais vinculada ao texto;
o autor usou “redirecionamento dos cursos fluviais” para referir-se à retirada
em excesso de água de rios, represamentos (para uso agrícola ou até para a
piscicultura), construção de pequenos canais artificiais, o que costuma ocorrer
no Brasil em relação a rios até de pequeno porte. O problema é que a expressão
é exagerada, pois nenhum rio é “redirecionado por inteiro”.
Portanto,
para a questão ser totalmente correta, teria que ser modificada:
e) redirecionamento de parte da água dos cursos
fluviais.
6. (Enem
PPL 2012) Estima-se que cerca de 80% da área cultivada
do estado de São Paulo esteja sofrendo processo erosivo, causando uma perda de
mais de 200 milhões de toneladas de solo por ano. 70% desse solo chegam aos
mananciais, causando assoreamento e poluição.
ZOCCAL, J. C. “Adequação de
erosões: causas, consequências e controle de erosão rural”. Soluções cadernos de estudos em conservação
do solo e da água. Presidente Prudente: Codasp, v. 1, n. 1, maio 2007. Adaptado.
Como São Paulo, todo o Brasil sofre com o problema
da deflagração e aceleração da erosão hídrica em áreas cultivadas, sendo que a
perda de solos por esse tipo de erosão caracteriza-se por ser
a) mais intensa em solos onde
se utiliza a técnica de associação de culturas, em comparação com cultivos que
deixam a maior parte do solo exposto ás intempéries.
b) menos intensa em solos que,
revolvidos, ficam expostos às chuvas, em comparação àqueles onde são aplicadas
técnicas de plantio direto.
c) mais intensa nos solos onde
são realizados cultivos temporários, em comparação àqueles sobre os quais as
coberturas de mata são preservadas.
d) mais intensa em solos
expostos a chuvas bem distribuídas, em comparação àqueles sobre os quais a
quantidade de chuvas é concentrada ao longo do ano.
e) menos intensa nos solos
cujos alinhamentos dos cultivos seguem as linhas de maior inclinação, em
comparação àqueles onde são aplicadas técnicas de terraceamento.
Resposta:
[C]
Nas áreas com cultivos
temporários ou sazonais como milho, soja e algodão, por vezes, o solo fica
exposto após a colheita. Assim, os solos ficam vulneráveis a erosão causada
pela água da chuva. O plantio direto (mantendo a matéria orgânica da safra
anterior sobre o solo) e o cultivo em curvas de nível reduzem a erosão. Nas áreas
recobertas por floresta, a erosão é menor, visto que as copas das árvores
amortecem o impacto da água e protegem o solo.
7. (Enem
PPL 2012) A sociedade em movimento tem gestado algumas
alternativas. Surgem novas experiências de luta no campo, nas quais os
movimentos sociais têm buscado formas para permanecer na terra, afirmando sua
territorialidade. Estes novos sujeitos sociais, de que são exemplo os
seringueiros no Acre e as quebradeiras de coco no Maranhão, Pará, Tocantins e
Piauí, têm lutado por seu reconhecimento, chegando em certos casos a obter
mudanças na legislação.
MAROUES, M. O conceito de espaço rural em questão.
São Paulo: Terra Livre, ano 18, v. 2, jul/dez 2002.
De acordo com o debate apresentado no texto, e
visando à permanência digna no campo, a organização social e política dos
seringueiros busca
a) a implementação de
estratégias de geração de emprego e renda apoiadas na automação produtiva de
ponta.
b) a efetivação de políticas
públicas para a preservação das florestas como condição de garantia de
sustentabilidade.
c) a distribuição de grandes
extensões de terra com financiamentos voltados à produção agroindustrial em
larga escala.
d) o estímulo à implantação
generalizada de indústrias do setor de papel e celulose focadas na Amazônia.
e) o aprofundamento de
políticas governamentais que potencializem os fluxos sociais para as cidades.
Resposta:
[B]
Os seringueiros como outros
povos da floresta defendem a conservação da floresta amazônica como condição fundamental
para o desenvolvimento sustentável como o extrativismo vegetal. Um dos exemplos
foi a criação de várias reservas extrativistas na Amazônia.
8. (Enem
PPL 2012) A integração do espaço amazônico ao espaço
nacional se deu no contexto das questões de fronteiras de políticas, no sentido
do dinamismo pioneiro da integração. Essas fronteiras foram elementos
fundamentais para a compreensão da geopolítica dos militares, que não apenas
objetivavam a posse do vazio demográfico, mas representavam os interesses do
governo brasileiro em manter sob sua influência uma grande área no interior do
continente.
MELLO,
N. A. Políticas territoriais na Amazônia.
São Paulo:
Annablume, 2008.
No texto, são apresentados fundamentos da política
de colonização de uma importante região brasileira, ao longo do período dos
governos militares. Uma estratégia estatal para a ocupação desse espaço foi:
a) Demarcação de reservas para
preservação da floresta.
b) Criação de restrições para
exploração de recursos minerais.
c) Adoção de estímulos para
expansão de grupos econômicos privados.
d) Concessão de incentivos
fiscais para instalação da indústria automobilística.
e) Construção de uma densa
rede de transporte para escoamento da produção agrícola.
Resposta:
[C]
Durante o regime militar, o
governo brasileiro adotou uma política de integração econômica da Amazônia ao
restante do país com estímulos para atividades como agropecuária, mineração,
exploração de madeira, rodovias e indústria, inclusive através de incentivos
fiscais para a iniciativa privada concedidos por agências como a SUDAM e a
SUFRAMA.
9. (Enem
PPL 2012) Dos senhores dependem os lavradores que têm
partidos arrendados em terras do mesmo engenho; e quanto os senhores são mais
possantes e bem aparelhados de todo o necessário, afáveis e verdadeiros, tanto
mais são procurados, ainda dos que não têm a cana cativa, ou por antiga
obrigação, ou por preço que para isso receberam.
ANTONIL, J. A. Cultura e opulência no Brasil [1711].
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1987 (adaptado).
Segundo o texto, a produção açucareira no Brasil
colonial era
a) baseada no arrendamento de
terras para a obtenção da cana a ser moída nos engenhos centrais.
b) caracterizada pelo
funcionamento da economia de livre mercado em relação à compra e venda de cana.
c) dependente de insumos
importados da Europa nas frotas que chegavam aos portos em busca do açúcar.
d) marcada pela
interdependência econômica entre os senhores de engenho e os lavradores de
cana.
e) sustentada no trabalho
escravo desempenhado pelos lavradores de cana em terras arrendadas.
Resposta:
[D]
A produção açucareira no
Brasil dependia, fundamentalmente, dos trabalhadores braçais que exerciam todas
as etapas da produção do açúcar, desde a plantação da cana até o branqueamento
do produto final. O senhor de engenho, apesar de dono das terras e das
máquinas, não tinha lucro se não tivesse trabalhadores.
10.
(Enem PPL 2012) Em teoria, as pessoas
livres da Colônia foram enquadradas em uma hierarquia característica do Antigo
Regime. A transferência desse modelo, de sociedade de privilégios, vigente em
Portugal, teve pouco efeito prático no Brasil. Os títulos de nobreza eram
ambicionados. Os fidalgos eram raros e muita gente comum tinha pretensões à
nobreza.
FAUSTO, B. História do Brasil. (São Paulo: Edusp;
Fundação do Desenvolvimento da Educação).
Ao reelaborarem a lógica social vigente na metrópole, os sujeitos do mundo
colonial construíram uma distinção que ordenava a vida cotidiana a partir da
a) concessão de títulos
nobiliárquicos por parte da Igreja Católica.
b) afirmação de diferenças
fundadas na posse de terras e de escravos.
c) imagem do Rei e de sua
Corte como modelo a ser seguido.
d) miscigenação associada a
profissões de elevada qualificação.
e) definição do trabalho como
princípio ético da vida em sociedade.
Resposta:
[B]
No Brasil colonial, o “ser
senhor de engenho” era título que muitos queriam, porque o “status” social
daquela época estava relacionado com o “ter terras” e “possuir escravos”. Sendo
assim, a distinção social também era baseada nesses termos.
11.
(Enem PPL 2012) “É
para abrir
mesmo e quem quiser que eu não abra eu prendo e arrebento.”
Frase pronunciada pelo presidente
João Baptista Figueiredo. APUD RIBEIRO, D. Aos
trancos e barrancos e o Brasil deu no que deu. Rio de Janeiro: Guanabara,
1996.
A frase do último presidente do regime militar
indicava a ambiguidade da transição política no país. Neste contexto, houve
resistências internas ao processo de distensão planejado pela alta cúpula
militar, que se manifestaram com
a) as campanhas no rádio, TV e
jornais em favor da lei de anistia.
b) as posições de prefeitos e
governadores em apoio à instalação de eleições diretas.
c) as articulações no
Congresso pela convocação de uma nova Assembleia Nacional Constituinte.
d) os atos criminosos, como a
explosão de bombas, de militares inconformados com o fim da ditadura.
e) as articulações dos
parlamentares do PDS, PMDB e PT em prol da candidatura de Tancredo Neves à
presidência.
Resposta:
[D]
A reabertura política que
poria fim ao Regime Militar no Brasil enfrentou a resistência de “militares
radicais” também conhecidos como “militares linha dura” das nossas Forças
Armadas. No governo de Figueiredo, a ação desses militares pode ser enquadrada
como “terrorista”, uma vez que “cartas-bombas” eram enviadas para redações de
jornais e para a OAB e, no caso mais grave, em 1981, um atentado a bomba
ocorreu no Rio Centro, durante um show.
12.
(Enem PPL 2012) De um ponto de vista
político, achávamos que a ditadura militar era a antessala do socialismo e a
última forma de governo possível às classes dominantes no Brasil. Diante de
nossos olhos apocalípticos, ditadura e sistema capitalista cairiam juntos num
único e harmonioso movimento. A luta especificamente política estava esgotada.
GABEIRA,
F. Carta sobre a anistia: a entrevista do
Pasquim. Conversação sobre 1968. Rio de Janeiro: Ed. Codecri, 1980.
Compartilhando
da avaliação presente no texto, vários grupos de oposição ao Regime Militar,
nos anos 1960 e 1970, lançaram-se na batalha política seguindo a estratégia de
a) aliança com os sindicatos e
incitação de greves.
b) organização de guerrilhas
no campo e na cidade.
c) apresentação de acusações
junto à Anistia Internacional.
d) conquista de votos para o
Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
e) mobilização da imprensa
nacional a favor da abertura do sistema partidário.
Resposta:
[B]
A ditadura no Brasil foi
marcada por movimentos constantes na tentativa de derrubá-la, desde o início.
Tanto militares alijados no governo quanto membros da esquerda brasileira
promoveram a formação de grupos de guerrilhas, tanto urbanas quanto rurais,
para tentar por fim ao regime ditatorial.
13.
(Enem PPL 2012) No contexto da polis grega,
as leis comuns nasciam de uma convenção entre cidadãos, definida pelo confronto
de suas opiniões em um verdadeiro espaço público, a ágora, confronto esse que
concedia a essas convenções a qualidade de instituições públicas.
MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação
política: vínculos territoriais de compromisso dos deputados fluminenses.
São Paulo: Annablume, 2010.
No texto, está relatado um exemplo de exercício da
cidadania associado ao seguinte modelo de prática democrática:
a) Direta.
b) Sindical.
c) Socialista.
d) Corporativista.
e) Representativa.
Resposta:
[A]
Apesar do conceito de
cidadania ateniense ser excludente, a democracia em Atenas era exercida de
maneira direta, com todos os cidadãos participando das decisões políticas, como
retratado no texto.
14.
(Enem PPL 2012) Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas.
BUARQUE, C.; BOAL, A. “Mulheres de Atenas”. In: Meus caros amigos,1976. Disponível em: http://letras.terra.com.br.
Acesso em 4 dez. 2011 (fragmento)
Os versos da composição remetem à condição das
mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela época, em razão de
a) sua função pedagógica,
exercida junto às crianças atenienses.
b) sua importância na
consolidação da democracia, pelo casamento.
c) seu rebaixamento de status
social frente aos homens.
d) seu afastamento das funções
domésticas em períodos de guerra.
e) sua igualdade política em
relação aos homens.
Resposta:
[C]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia]
As “mulheres que vivem para
os seus maridos” são mulheres que têm seu status social definido a partir da
subserviência aos homens. De fato, na sociedade ateniense clássica, as mulheres
não possuíam os direitos de cidadania, tendo sua importância vinculada aos
afazeres domésticos e reprodutivos da sociedade.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
O conceito de cidadania
ateniense era excludente, privilegiando apenas os homens maiores de 21 anos e
atenienses natos. Sendo assim, as mulheres atenienses não eram consideradas
cidadãs, não exerciam a democracia ateniense e, portanto, estavam abaixo dos
homens na hierarquia social.
15.
(Enem PPL 2012) O Estado sou eu.
Frase atribuída a Luíz XIV,
Rei Sol (1638-1712). Disponível em http://wwwportaldoprofessor.mec.gov.br.
Acesso em 30 nov. 2011.
A nação é anterior a tudo. Ela é a fonte de tudo.
Sua vontade é sempre legal: na verdade é a própria lei.
SIEYÈS,
E. J. O que é o Terceiro Estado. Apud ELIAS, N. Os alemães: a luta pelo poder e a evolução do habitus no século XIX e
XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
Os textos apresentados expressam alteração na
relação entre governantes e governados na Europa. Da frase atribuída ao rei
Luis XIV até o pronunciamento de Sieyès, representante das classes médias que
integravam o Terceiro Estado Francês, infere-se uma mudança decorrente da
a) ampliação dos poderes
soberanos do rei, considerado guardião da tradição e protetor de seus súditos e
do Império.
b) associação entre vontade
popular e nação, composta por cidadãos que dividem uma mesma cultura nacional.
c) reforma aristocrática,
marcada pela adequação dos nobres aos valores modernos, tais como o princípio
do mérito.
d) organização dos Estados
centralizados, acompanhados pelo aprofundamento da eficiência burocrática.
e) crítica ao movimento
revolucionário, tido corno ilegítimo em meio à ascensão popular conduzida pelo
ideário nacionalista.
Resposta:
[B]
O levante do Terceiro
Estado na Revolução Francesa tinha como objetivos por fim ao Absolutismo
francês (expresso no primeiro texto) e aos privilégios da nobreza, a partir da
afirmação de que a vontade do povo constitui a nação e a lei (como mostrado no
segundo texto).
poxa, que pena que fui encontrar esse blog só agora perto do enem.
ResponderExcluirexcelente