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Mostrando postagens de outubro, 2010

EUROPA E SISTEMA INTERNACIONAL

EUROPA E SISTEMA INTERNACIONAL A profunda crise que devastava a economia européia no imediato pós-guerra estava ancorada num círculo vicioso. As estruturas produtivas destruídas só poderiam ser reconstituídas mediante importações. Contudo, não havia meios de financiar essas importações, a não ser reativando a produção e, portanto, as exportações. A crise consistia, então, em aguda carência de divisas. A tormenta afetava a estabilidade dos regimes democráticos reinstalados. O desemprego e a corrosão dos salários agitavam o meio sindical. Os partidos de esquerda – socialistas e comunistas – ampliavam suas bases sociais e eleitorais. A resposta à crise, condicionada pelo ambiente da Guerra Fria, foi  o lançamento do Plano Marshall. Baseado na idéia de transferência de bilhões de dólares dos Estados Unidos para a Europa, ele fornecia a chave para a reativação das economias nacionais, sob a base de planos e controles multilate

Atualidades - Mercosul - acordo de livre comércio com o Egito

Sabendo que o novo perfil do ENEM apresenta uma perspectiva interdisciplinar baseada; entre outros, na contextualização, publicarei uma série de textos com discussões acerca de temas relevantes e atuais. Aos interessados, esses posts estarão concentrados no marcador "Aluno 10 em tudo atualidades". Eis o primeiro post: 03/08/2010 – 16h31 / Atualizada 03/08/2010 – 19h28 Do UOL Notícias Em São Paulo Os países que compõem o Mercado Comum do Sul (Mercosul) aprovaram nesta terça-feira (3) um programa para a eliminação da dupla cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC) no intercâmbio comercial entre os membros do bloco, em uma cúpula que foi considerada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a “mais importante, mais produtiva e mais coesa” de que já participou. “No meu país tem gente falando contra o Mercosul”, afirma presidente Lula Atualmente, um produto que ingressa no Mercosul pelo Paraguai e depois é reexpo

cisma sino-soviético a distensão e a diplomacia triangular

A Revolução Chinesa de 1949 gerou um Estado socialista autônomo diante da União Soviética. O poderio geopolítico desse Estado – expresso na demografia, na extensão territorial e na base de recursos econômicos – representou um desafio estratégico para Moscou. A rivalidade potencial entre Moscou e Pequim permaneceu oculta durante a primeira década do poder de Mao Tsetung, mas eclodiu quando a China tomou a decisão de desenvolver um programa nuclear nacional. O cisma sino-soviético tornou-se público em julho de 1960 , quando a União Soviética rompeu o programa de cooperação militar bilateral, suspendendo a assistência financeira e retirando todos os assessores técnicos que trabalhavam na China. A reação de Pequim consistiu no fechamento da fronteira chinesa com a União Soviética . A ruptura expressava o temor de Moscou em relação a uma China que agregava a modernização militar a seu potencial demográfico, alterando desse mod

O neoliberalismo - Friedman: uma crítica ao keynesianismo

Luiz Carlos Parejo A concepção neoliberal foi formulada pela primeira vez em 1947 por Friedrich August von Hayek. Ela partia do princípio de que o mercado deveria servir como base para organização da sociedade. Mas a política econômica neoliberal foi aplicada inicialmente pelos governos de Margareth Thatcher ( Reino Unido) e Ronald Reagan ( Estados Unidos ), a partir dos anos 1980. Hoje, é a tendência econômica vigente no mundo globalizado . Tinha como finalidade o combate ao poder dos sindicatos e a r edução do papel do Estado na economia ( Estado mínimo ). Neste sentido, o Estado restringe a sua responsabilidade social e relega ao mercado e às empresas privadas parte dos seus encargos. O neoliberalismo propõe uma desregulamentação da economia (controles públicos menos rígidos das atividades econômicas), a privatização das empresas estatais como as usinas de energia, as indústrias de base, a construção e administração de estradas, a administração de portos e até parte de setor

A constituição de 1946 - O poder constituinte e as transformações políticas e sociais

A Assembléia Nacional Constituinte, nos regimes liberais-representativos, é um órgão de natureza especial. Trata-se de uma assembléia com poderes extraordinários que tem a função precípua de construir as bases jurídico-políticas do país. O trabalho constituinte consiste em definir princípios gerais e em torno deles estabelecer um conjunto orgânico de regras e instituições. A regulamentação desse conjunto legal, para a sua aplicação na vida cotidiana, fica em geral por conta dos órgãos legislativos ordinários. O trabalho constituinte, mesmo voltado para o futuro, está imerso nas circunstâncias políticas do presente. É exatamente por isso que cada resolução aprovada, cada detalhe colocado no texto constitucional, ainda que vago, genérico ou afirmativo, expressa os diversos pactos que se estabelecem entre as forças políticas ali representadas. A Constituinte de 1946, eleita em 2 de dezembro de 1945, iniciou seus trabalhos em 2 de fevereiro seguinte sob o impacto da derrota do nazi-fascis

Oliver Cromwell - A guera civil inglesa

No século XVII, as relações entre a burguesia e o poder monárquico na Inglaterra passaram por um novo momento. A morte da rainha Elizabeth I, em 1603, permitiu que a dinastia Stuart chegasse ao poder na Inglaterra com pretensões de ampliar a autoridade real. O primeiro monarca dessa dinastia, Jaime I, buscou enfraquecer a atuação do Parlamento – marcado pela presença de burgueses – promovendo a dissolução dessa instituição em vários momentos. A crise entre o rei e o Parlamento acirrou-se ainda mais quando Jaime I tentou ampliar seu poder impondo uma colonização feudalizante na Irlanda e o monopólio real sobre a lucrativa comercialização de tecidos. Por meio de tais ações, o rei tinha intenções de alcançar uma autonomia financeira capaz de desarticular as limitações políticas impostas pelo Parlamento Britânico. Com isso, muitos ingleses partiram para a América do Norte buscando fugir das imposições reais. Em 1625, a morte do rei Jaime I fez com que Carlos I, seu filho, se tornasse o

Revoltas regenciais - Guerra dos Farrapos - Bento Gonçalves, Garibaldi - Com video aula

Durante a regência, a questão da centralização política incitou a organização de diferentes revoltas que constantemente ameaçavam a unidade do território brasileiro. Na região sul, as elites pecuaristas se colocaram em um delicado confronto com o governo federal ao se revoltarem com a política fiscal promovida na época. Onerosos tributos eram cobrados sob a produção do charque, do couro e dos muares que representavam os principais gêneros exportados pela elite pecuarista gaúcha. Na década de 1830, as autoridades do governo resolveram intensificar as cobranças sob tais gêneros com a criação de postos fiscais que garantiriam a cobrança junto aos produtores de charque gaúchos. Essa política adotada acabava beneficiando a entrada do charque uruguaio no mercado brasileiro, que diferentemente dos gaúchos, arcava com uma alíquota alfandegária bem menor. Insatisfeitos com essa situação, um grupo de grandes proprietários organizou um levante que derrubou

Rebelião Praieira (1848 – 1850)

Origens do movimento – Assim como as revoluções de 1848 na Europa representaram o encerramento de um ciclo revolucionário iniciado em 1789 com a Revolução Francesa, a Praieira, em Pernambuco, correspondeu à última etapa das agitações políticas e sociais iniciadas com a emancipação. Pernambuco era, no século XIX, a mais importante província do nordeste, graças ainda ao açúcar, e seus políticos gozavam de grande influência no Rio de janeiro. Entretanto, a concentração fundiária em Pernambuco era tal, que um terço dos engenhos era propriedade de uma única família: a dos Cavalcanti. Desse modo, a totalidade dos pernambucanos dependia direta ou indiretamente de um punhado de famílias que conduzia a sociedade tendo em vista exclusivamente os seus interesses. Dada a importância de Pernambuco desde a época colonial, ali se concentrava um numeroso grupo de comerciantes, na maioria portugueses, que monopolizavam as trocas mercantis. A concentração da propriedade fundiária e a monopolização do