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3. Não causa admiração o fato de os historiadores falarem
de uma “Europa Bismarckiana”. Em todos os Estados Europeus, a questão das
relações com o Império alemão está no centro das preocupações dos homens de
governo: é para Bismarck que todos olham. (DUROSELLE, Jean Baptiste. A Europa
de 1815 aos nossos dias. São Paulo: Pioneira, 1970, p. 37.)
Dentre as principais características políticas do
governo desse influente líder alemão, a que mais se destacou foi a
a) desestruturação da ideia de império, construindo a
primeira República alemã, com sede na cidade de Weimar.
b) construção de ampla política diplomática, que
proporcionou uma ausência de guerra europeia entre as potências no intervalo de
1871 a 1914.
c) diminuição dos domínios territoriais devolvendo à França
as regiões da Alsácia-Lorena no intuito de desfazer um possível foco de
conflito.
d) implementação da estabilidade pela paz e não pela
força, reduzindo o efetivo do exército alemão e evitando uma corrida de
armamentos.
e) organização do Congresso de Berlim que desfez as
hostilidades entre as potências europeias, colocando um fim nas antigas
rivalidades entre essas nações.
4. As imagens mostram dois importantes personagens da
história europeia do século XIX, figuras que expressaram com sua liderança o
sentimento nacionalista:
a) a figura I é de Bismarck, ministro prussiano e
articulador do processo de unificação da Alemanha – a figura II é de Vitor
Emanuel, rei do Piemonte-Sardenha e primeiro rei da Itália unificada;
b) a figura I é de Guilherme I, declarado kaiser do II
Reich alemão em 1871 – a figura II é de Vitor Emanuel, rei do Piemonte-Sardenha
e primeiro rei da Itália unificada;
c) a figura I é de Von Moltke, o comandante prussiano
responsável pela unificação alemã – a figura II é de Giuseppe Garibaldi, líder
dos camisas vermelhas, forças populares republicanas, que combateram pela
unificação da Itália;
d) a figura I é de Bismarck, representante da
aristocracia prussiana e artífice da unidade alemã – a figura II é Giuseppe Garibaldi,
herói da unificação italiana e líder dos camisas vermelhas;
e) a figura I é do kaiser Guilherme I, fundador do II
Reich alemão – a figura II é de Camilo Cavour, ministro do reino do
Piemonte-Sardenha e artífice da unificação italiana.
5.
Observe o que diz o historiador
Luiz Koshiba:
“Entre 1840 e 1880, uma
vigorosa corrida rumo à industrialização havia tomado conta da Europa e se
estendido também aos EUA e ao Japão. [...] Com a emergência de novas potências
industrialmente mais bem equipadas, a concorrência foi acirrada e acabou
resultando em concentrações e centralizações de capital, o que gerou empresas
de grande porte, com poder suficiente para monopolizar segmentos inteiros do
mercado. [...] Os grandes grupos empresariais capazes de monopolizar ramos
inteiros da economia precisavam de fornecimentos estáveis e baratos de
matérias-primas. [...] Em pouco tempo, os países capitalistas centrais
repartiram entre si os territórios e os mercados da África e da Ásia.”.
KOSHIBA,
Luiz. História: Origens, estruturas e
processos.
São
Paulo: Atual, 2000, p. 382-3.
O trecho acima narra fatos
relativos ao período
a) do renascimento cultural e da expansão ultramarina,
que foi responsável pela colonização do novo mundo.
b) da crise do capitalismo liberal e da implantação dos
governos totalitários na Europa e na Ásia.
c) da crise do socialismo real e do predomínio hegemônico
do capitalismo liderado pelos EUA.
d) da segunda revolução industrial e do imperialismo que
conduziria as potências capitalistas à Primeira Grande Guerra Mundial.
6. Com base nos estudos sobre
as consequências da Primeira Guerra Mundial para a Europa, é correto afirmar:
a) Apesar de grande parte do território europeu ter sido
devastado com a Guerra, o mapa geopolítico do continente permaneceu o mesmo,
demonstrando a força das monarquias nacionais.
b) A Primeira Guerra Mundial levou ao fim o Império
Austro-Húngaro e Otomano, que se dividiram em diversos países independentes e
adotaram o socialismo soviético, conforme acordado no Tratado de
Brest-Litovski.
c) Essa Guerra marcou o final dos Impérios Austro-Húngaro
e Otomano, a implantação do modelo democrático-liberal em vários países europeus,
a afirmação do princípio de autodeterminação dos povos em bases étnicas e
culturais e a grande penalização da Alemanha pelo Tratado de Versalhes.
d) A Alemanha e a Itália foram as grandes derrotadas
nessa guerra, perdendo parte de seus territórios, que se declararam independentes
pelo princípio de autodeterminação do presidente Woodrow Wilson.
e) Além do final do Império Otomano, essa guerra trouxe o
fim dos impérios coloniais de França e Alemanha, sem contar o fim do
recém-implantado socialismo soviético, por conta do Tratado de Versalhes.
7. A Primeira Guerra Mundial foi um dos conflitos
militares mais letais na história da humanidade. Suas origens podem ser
mapeadas desde a Segunda Revolução Industrial, a emergência do nacionalismo e
do imperialismo. Dentre os conflitos que sinalizavam no horizonte um embate de
grandes proporções é possível citar a Questão Balcânica, a Questão Marroquina e
a Questão dos Estreitos do Mar Negro. Sobre esta última questão, é CORRETO afirmar
que:
a) estava relacionada com a busca por saídas para mares
quentes por parte do Império Russo. Em função de sua localização geográfica, a
Rússia tinha poucas saídas para as grandes rotas internacionais e tinha a
intenção de controlar os estreitos de Bósforo e Dardanelos, próximos a Istambul
e pertencentes ao Império Turco-Otomano. A Grã- Bretanha, em especial,
pretendia manter o controle turco dos estreitos e impedir que a Rússia
ameaçasse áreas estratégicas de seu interesse no Mediterrâneo Oriental e no
Oriente Médio.
b) estava relacionada com o nacionalismo eslavo no sul da
Europa. O retrocesso do Império Otomano liberou várias populações eslavas na
região dos estreitos de Bósforo e Dardanelos, que solicitaram a proteção do
Império Russo contra tentativas de reconquista dos turcos e do estabelecimento
de protetorados britânicos na Romênia e na Bulgária.
c) tinha relação com a tentativa russa de conter a
repressão dos turcos contra as populações armênias e gregas nas regiões
limítrofes aos estreitos de Bósforo e Dardanelos. Os armênios e gregos, de
religião ortodoxa como os russos, estavam sendo vítimas da prática de genocídio
por parte dos otomanos de religião muçulmana.
d) estava conectada com a criação de um Estado árabe na
região dos estreitos. O projeto era parte dos interesses de controle britânico
sobre a região. Os ingleses, fortes aliados dos líderes árabes do Oriente
Médio, prometeram, em troca de apoio árabe contra os turcos, a criação de um
lar nacional árabe muçulmano na região dos estreitos do Mar Negro.
e) estava relacionada com a política expansionista
italiana na região do Mediterrâneo Oriental. A Itália, depois de sua
unificação, pretendia colocar toda a bacia do Mar Mediterrâneo sob seu controle
e a presença de antigas colônias venezianas no Mar Egeu deu pretexto para a
interferência italiana na região dos estreitos, com o que a Itália poderia
controlar o comércio de cereais e de petróleo na região, de grande importância
geopolítica.
8.
A formação da chamada Tríplice
Aliança (Alemanha, Áustria e Itália), em 1882, é uma expressão diplomática
característica do sistema internacional que se estrutura entre 1871 e 1914,
podendo ser entendida, no contexto, como resultante
a) da intenção de Bismarck de isolar a França no
continente europeu.
b) do objetivo de Metternich de aproximar a Áustria da
órbita de influência prussiana.
c) da política de Cavour, que buscava o respaldo
germânico contra o separatismo do reino de Nápoles.
d) da iniciativa de Disraeli, buscando retomar a
ingerência britânica na diplomacia da Europa continental.
e) do respaldo político de Theodore Roosevelt, que
buscava superar o isolacionismo dos Estados Unidos.
9.
Controle público absolutamente
indispensável. (...) Corrupção inevitável (...) A prática do socialismo exige
uma completa subversão no espírito das massas (...). Instintos sociais em lugar
dos instintos egoístas (...). Mas ele [Lênin] se engana completamente no
emprego dos meios. Decreto, poder ditatorial dos inspetores de fábrica, sanções
draconianas, terror (...). A única via que leva a um renascimento é a própria escola
da vida pública, uma democracia mais ampla (...). É justamente o terror que
desmoraliza.
Rosa
Luxemburgo. A Revolução Russa (1918), apud Marc Ferro. A Revolução Russa de
1917, 1974. Adaptado.
A partir do fragmento, é
correto afirmar que
a) o processo de criação do Estado socialista na Rússia,
a partir de 1917, faz-se com métodos violentos, defendidos pela autora:
esvaziamento do poder dos sovietes, fortalecimento da polícia secreta,
burocracia e implantação de uma ditadura para realizar as mudanças econômicas
tão importantes naquele momento de crise.
b) o texto da militante comunista é uma crítica à forma
como a Revolução de 1917, liderada por Lênin, organizou o Estado de forma
centralizadora, burocrática, sem tolerar a oposição, impunha a requisição de
grãos, a estatização com o comunismo de guerra, afastando-se da democracia.
c) a militante anarquista russa critica a forma como a
liderança menchevique usa meios violentos para implantar o socialismo, baseado
na reforma agrária, no controle dos bancos, dos transportes e das riquezas do
subsolo, na tentativa de diminuir as distâncias sociais e aumentar o poder dos
sovietes.
d) a autora considera que a Revolução Russa de 1917 havia
avançado no seu projeto de construção do Estado socialista e no êxito de suas
realizações econômicas: controle da máquina administrativa para evitar a
corrupção, a organização do Estado de forma democrática e o estabelecimento da
propriedade coletiva.
e) a militante comunista alemã, a partir de uma crítica
contundente, aponta erros na rota planejada por Lênin para o Estado socialista
russo e sugere caminhos como: o controle público da economia, o terror com a
polícia secreta, sanções contra a corrupção administrativa e, por fim, a
ditadura para garantir os princípios socialistas.
TEXTO
PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Importa questionar como estabelecer critérios de valor estético e de
definição do belo em tempos sombrios, no século XX. Em Crítica Cultural e
Sociedade, Theodor Adorno expôs que “escrever um poema após Auschwitz é um
ato bárbaro” (Adorno, 1998, p. 28). A afirmação se refere ao estatuto da
produção poética em um contexto que não abarca mais condições viáveis para o
estado contemplativo, intrinsecamente associado à poesia lírica em vários
autores, fundamentais para a produção do gênero. Na era dos extremos, há
necessidade de um estado de permanente alerta, em que as condições de
integração ao relacionamento social foram abaladas e, em muitos casos,
aniquiladas pela guerra, pela mercantilização e pelo aumento das intervenções
violentas dos Estados na vida social. Permitir-se a contemplação passiva após
Auschwitz significa, em certa medida, naturalizar o horror vivido, esquecê-lo
ou trivializá-lo. A banalização dos atos desumanos praticados nos campos de
concentração, associada à política de esquecimento exercida em diversos
segmentos da educação e da produção cultural, é a legitimação necessária para
que eles se repitam constantemente.
GINZBURG,
Jaime. Crítica em tempos de violência. São Paulo: Edusp/FAPESP, 2012, p. 460.
10.
Após a Revolução Russa, com a
instauração do regime socialista, foram empregadas muitas medidas
governamentais que representavam intervenções
violentas do Estado na sociedade, a fim de que o Partido
Comunista, no poder, pudesse ter grande controle sobre todas as atividades
praticadas. Um exemplo dessas medidas foi a
a) execução da NEP, Nova Política Econômica, cujo
objetivo era o de planificar a economia, centralizar o controle da mesma pelo
Estado, que passava a organizar todas as etapas dos processos de produção e
exportação, nos mais diversos setores.
b) criação da Proletkult, entidade do Partido Comunista
formada por escritores cuja função era fiscalizar e censurar as obras
artísticas e literárias, cobrando dos intelectuais que direcionassem suas
criações para o proletariado.
c) fundação da Internacional Comunista, instância
superior ao Partido Comunista Soviético, que regulamentava a política externa e
os acordos bilaterais firmados pela URSS, contando com o apoio e a participação
das diretorias dos partidos comunistas de outras nações.
d) prática dos “expurgos”, empregados por meio de
julgamentos públicos coordenados pelos Tribunais Revolucionários, diante dos
quais aqueles considerados traidores da Revolução ou acusados de ações
opositivas ao governo eram punidos, em muitos casos, com o banimento e a
execução.
e) instituição da União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas, que substituiu formalmente o Império Russo e determinou que cada
província fosse governada pelo Partido Comunista eleito localmente, de forma
descentralizada, porém preservando o modelo autoritário e as milícias
anteriores.
Gabarito:
Resposta da questão 3:
[B]
Principal agente da reunificação
alemã, Otto von Bismarck, conhecido como chanceler
de ferro, transformou a Alemanha em uma nação forte a partir,
principalmente, de uma intensa política diplomática, na qual conseguiu bom
relacionamento com toda a Europa.
Resposta da questão 4:
[D]
O aluno pode chegar à
resposta correta a partir do conhecimento de que o processo de unificação alemã
foi dirigido pela burguesia industrial alemã, sob liderança de Bismarck, em
aliança com membros da aristocracia que via nessa unificação a consolidação do
1º império (Reich) alemão, enquanto no processo de unificação italiana ocorre
uma forte participação das camadas populares e camponesas do sul da Itália,
liderados por Giuseppe Garibaldi, fato que pode ser atestado na imagem do líder
italiano que se apresenta como uma pessoa do povo (imagem II).
Resposta da questão 5:
[D]
A datação – 1840 a 1880 – e a
descrição feita no texto – “precisavam de fornecimentos estáveis e baratos de
matérias-primas” – deixam claro o período histórico retratado: neocolonialismo
ou imperialismo.
Resposta da questão 6:
[C]
A questão lista algumas das
principais consequências da 1ª Grande Guerra, a saber: queda do Império
Austro-Húngaro, queda do Império Otomano, Tratado de Versalhes e suas
determinações (princípio da autodeterminação dos povos e punições à Alemanha) e
início do princípio democrático em várias partes da Europa.
Resposta da questão 7:
[A]
Somente a alternativa [A]
está correta. A questão remete as causas da Primeira Guerra Mundial, 1914-1918.
São muitas as causas desta grande guerra, tais como a busca de mercado
consumidor para produtos industrializados, busca de matéria prima para as
indústrias, o revanchismo francês, a questão marroquina, a questão balcânica, o
nacionalismo forte, a necessidade das grandes empresas de investir capital,
necessidade de escoar o excedente populacional, o pan germanismo, o pan
eslavismo, entre outros. O Império Russo passava por um processo de
modernização econômica e social através dos czares da dinastia Romanov e necessitava
de acesso as rotas internacionais como os estreitos de Bósforo e Dardanelos.
Havia interesses políticos e econômicos entre as potências sobre o “Velho
Mediterrâneo”. As demais alternativas estão incorretas.
Resposta da questão 8:
[A]
Alemanha e França alimentavam
uma inimizade desde a formação do Império Alemão, quando Napoleão III decidiu
intervir em favor da Prússia para que a Alemanha não se unificasse e Bismarck,
então líder alemão, enfrentou e derrotou a França nas chamadas Guerras Franco-Prussianas.
Desde então, Bismarck trabalhou para isolar a França do restante do continente
europeu. A formação da Tríplice Aliança é característica desse trabalho.
Resposta da questão 9:
[B]
Rosa Luxemburgo deixa claro
que não concorda com os rumos que o governo de Lênin deu à Rússia após o início
da Revolução Russa. Segunda ela, a centralização de poder e os indícios de
ditadura lenilistas não condiziam com os preceitos de uma Revolução Comunista.
Resposta da questão 10:
[D]
O governo de Lênin, apesar
dos avanços econômicos, no campo político portava-se como uma ditadura
(Ditadura do Partido Comunista) e, como tal, criou um sistema de repressão
contra quem se manifestasse como oposicionista do regime.
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