Pular para o conteúdo principal

Testes Nucleares - Rússia, China e EUA - Imagens de Satélite Acendem Sinal de Alerta

 


Olá, meus amigos e minhas amigas. Hoje vamos abordar um tópico extremamente sério e que que, a meu ver, tem sido subestimado pela opinião pública mundial. A possibilidade de retorno de testes nucleares, a partir de novos indícios de que Rússia, China e Estados Unidos podem estar se preparando para retomar testes nucleares depois de décadas sem realizá-los.

Imagens de satélite, capturadas nos últimos 3 a 5 anos, exibem o que parecem ser expansões e novas construções em locais de testes nucleares na Rússia, China e Estados Unidos.

Segundo um grande especialista nessa área, é possível identificar a existência de novos túneis, estradas e instalações nesses locais, além de um aumento considerável no fluxo de veículos entrando e saindo.

Isso ocorre exatamente quando as tensões geopolíticas entre essas três principais potências nucleares globais se encontram no nível mais elevado das últimas décadas.

Embora não existam evidências concretas e definitivas de testes nucleares iminentes, tais imagens acendem um sinal de alerta. Especialistas avaliam que essas atividades podem indicar preparativos para uma possível retomada de testes no futuro.

Devemos lembrar que Rússia, Estados Unidos e China são signatários de um importante tratado de proibição de testes nucleares subterrâneos desde 1996. No entanto, como temos acompanhado, o clima de desconfiança mútua voltou a crescer substancialmente entre essas nações. Essa proibição foi oficializada por um tratado, o Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares (Comprehensive Nuclear- -Test-Ban Treaty – CTBT) e um marco histórico no controle de armas nucleares.  

O CTBT foi negociado ao longo de dois anos em Genebra, no âmbito da Conferência do Desarmamento. A versão final, copatrocinada por 127 países incluindo o Brasil, foi adotada pela Assembleia Geral da ONU pouco antes da cerimônia de assinatura, realizada em 24 de setembro de 1996 na sede da ONU em Nova York.

Pelo tratado, cada país signatário se compromete a não realizar explosões experimentais de armas nucleares ou qualquer outra explosão nuclear, em qualquer território sob sua jurisdição. Trata-se de uma conquista extraordinária da comunidade internacional, que buscava banir os testes nucleares desde os anos 1950.

Parece que esse espírito que garantiu uma certa repulsa por esse tipo de atividade nuclear tem perdido força.

Por exemplo, recentemente o presidente Putin fez declarações de que a Rússia poderia realizar novos testes caso os EUA tomem a iniciativa. Já líderes chineses vêm adotando um discurso dúbio e ambíguo em relação ao tema.

Portanto, embora um conflito armado direto não pareça iminente, os especialistas alertam ser esse renovado clima de tensão é muito perigoso e desestabilizador para o equilíbrio de poder global.

E o que mais preocupa é a possibilidade de algum país romper unilateralmente o tabu vigente desde os anos 90 e realizar um teste nuclear, o que poderia desencadear uma reação em cadeia entre as demais potências.

Diante desse preocupante cenário, é fundamental que a comunidade internacional reforce os mecanismos de vigilância e cobrança, para garantir que os acordos sejam respeitados.

A opinião pública também precisa acompanhar atentamente e cobrar de seus líderes uma postura de cautela e responsabilidade histórica.

A simples possibilidade de retomada da escalada nuclear depois de tantas décadas é realmente alarmante. Estamos lidando com arsenais de armas termonucleares devastadoras. Qualquer imprudência pode levar a uma catástrofe de proporções inimagináveis.

Gostaria agora de aprofundar um pouco mais essa discussão, explorando as motivações por trás desses indícios que vimos.

Primeiro, sobre a Rússia: como mencionei, recentemente o presidente Putin fez ameaças sobre a possibilidade de retomar os testes caso os EUA tomem a dianteira.

Isso ocorre em um contexto de grande tensão geopolítica devido à guerra na Ucrânia. Analistas apontam que testes nucleares poderiam ser usados por Moscou para intimidar o Ocidente e consolidar poder.

Já sobre a China, as imagens mostram grande movimentação em seu local de testes, com novos túneis sendo escavados. Especialistas indicam que os chineses têm menos dados sobre armas nucleares que EUA e Rússia. Novos testes poderiam ser uma forma de Pequim avançar seu programa nuclear.

Em relação aos Estados Unidos, há indícios de expansão de instalações e túneis em seu campo de testes no Nevada. Oficialmente, os americanos afirmam que são para experimentos subcríticos. Contudo, isso pode gerar suspeitas em seus adversários sobre preparativos encobertos para novos testes.

De toda forma, os analistas concordam que, sem realizar testes de fato, é mais difícil e demorado para qualquer país avançar em novos projetos de ogivas nucleares.

Portanto, uma retomada completa dos testes representaria uma aceleração perigosa dessa corrida armamentista entre as grandes potências, o que certamente abalaria os alicerces da ordem geopolítica atual.

Em um relatório anual sobre forças nucleares mundiais publicado em junho, analistas concluíram que todas as potências nucleares do mundo - incluindo Reino Unido, França, Índia, Paquistão, Coreia do Norte e Israel - continuaram a "modernizar seus arsenais nucleares" no ano passado.

A Rússia, por exemplo, anunciou em setembro que seu novo míssil balístico intercontinental Sarmat ou "Satan II" está operacional. O Sarmat poderia carregar 10 ou mais ogivas nucleares independentemente direcionadas com um alcance de até 11 mil milhas, de acordo com um centro de estudos nos EUA. Caso você queira saber mais, recentemente eu postei um vídeo aqui no canal falando sobre esse lançamento russo. Mas não imaginem que somente a Rússia está se modernizando sua capacidade nuclear.

Os EUA também estão construindo novos sistemas de entrega para ogivas nucleares, como o bombardeiro furtivo B-21 e o submarino de mísseis balísticos Columbia. Como parte da melhoria, novos locais de armazenamento nuclear também serão adicionados em bases da Força Aérea dos EUA.

O relatório do SIPRI disse que Rússia e EUA atualmente possuem cerca de 90% de todas as armas nucleares do mundo, com estimativa de que os EUA tenham mais de 3.700 ogivas estocadas e a Rússia por volta de 4.500. Os dois países mantêm seus arsenais nucleares em alerta máximo, o que significa que as armas podem ser lançadas rapidamente se necessário.

No entanto, parece que essa participação não deve ficar inalterada por muito tempo, uma vez que os chineses vêm se movimentando bastante, principalmente nos últimos anos. O arsenal nuclear da China aumentou de 350 ogivas no começo de 2022 para 410 no início de 2023.

No passado, a China não juntava ogivas com sistemas de entrega, mantendo as forças nucleares num status de "alerta baixo". Mas, mesmo com o baixo nível de transparência já há indícios de que o exército chinês está rotacionando batalhões de mísseis do estado de espera pro estado de prontidão pra lançamento em uma frequência mensal.

Torçamos para que as tensões diminuam e que essa perigosa escalada seja desmontada.

Ficamos por aqui, se esse texto foi útil para você, dê um like, faça um comentário, compartilhe em sua rede social, Ok, gente, um grande abraço.

Professor Arão Alves


CONHEÇA MEUS CURSOS:

1- Cursos de Nível Médio

CURSO COMPLETO DE HISTÓRIA DO BRASIL (1500-2010) - TEORIA E EXERCÍCIOS - 𝗡í𝘃𝗲𝗹 𝗘𝗻𝘀𝗶𝗻𝗼 𝗠é𝗱𝗶𝗼 𝗲 𝗖𝗼𝗻𝗰𝘂𝗿𝘀𝗼 𝗣ú𝗯𝗹𝗶𝗰𝗼 - Otimizado, objetivo, mas sem perder a profundidade necessária, inclusive, às provas discursivas tipo Fuvest, Uerj etc. 

O Curso tem validade de um ano, e, dentro desse período, você assiste às aulas de teorias e de exercícios na ordem que quiser e quantas vezes quiser.

https://hotm.art/nXDahch

 

EsPCEx - Curso completo de História para o concurso

Todo o conteúdo de História mundial e do Brasil, cobradas no edital EsPCEx para você arrebentar. Estude quando e onde quiser, sem se preocupar com expiração. Além disso, você terá direito a todas as atualizações e materiais complementares acrescidos, sem nenhum custo a mais, e de forma vitalícia.

https://araoclio.kpages.online/nova-pagina-2062729?fbclid=IwAR1VfsRmpM5rLCTqd7vYiD6yWhQlXyRWSpGcy9pYX5KDRU_RJ_09vtHgFug

 

2- Cursos de Nível Superior

 

CURSO de SIMULADOS SEMANAIS de PARA O CACD - 1ª FASE

https://historiaemgotasacademy.com/cartflows_step/content-marketing-landing-3/   

 

CURSO CACD 3ª FASE - Personalizado

https://historiaemgotasacademy.com/cartflows_step/content-marketing-landing-3-2/

Questões semanais e correção personalizada

 

 Curso CACD 3ª Fase - Self-Service

 https://go.hotmart.com/S83400461R

 

 CURSO DE REVISÃO ESPAÇADA DE HISTÓRIA DO BRASIL, HISTÓRIA MUNDIAL E POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA PARA O CACD

https://www.hotmart.com/product/decks-semanais-de-revisao-espacada-historia-do-brasil-historia-mundial-e-peb/O59416948W

 

CURSO PREPARATÓRIO - 𝗣C/𝗖𝗔𝗘𝗠 - 𝗘𝗖𝗘𝗠𝗘 - 𝗛𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗮 𝗱𝗼 𝗕𝗿𝗮𝘀𝗶𝗹 𝗲 𝗛𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗮 𝗠𝘂𝗻𝗱𝗶𝗮𝗹

https://historiaemgotasacademy.com/cartflows_step/content-marketing-landing-2/

Curso disponível anualmente entre outubro e abril. Faça a sua reserva

#testesnucleares #corridaarmamentistanuclear #guerrafria #imagensdesatélite #paisesnuclearmentearmados #armasnucleares #rússia #china #eua #tensõesgeopolíticas #cacd #eceme #geopolítica #relaçõesinternacionais #geopolítica

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Questões discusivas com gabarito comentado - Renascimento Cultural

Para não perder as novidades, inscreva-se no Canal HIstória em gotas:   https://www.youtube.com/channel/UC23whF6cXzlap-O76f1uyOw/videos?sub_confirmation=1 1 .    Um dos aspectos mais importantes da nova ordem decorrente do Renascimento foi a formação das repúblicas italianas. Dentre elas, se destacaram Florença e Veneza. Essas repúblicas inovaram no sentido das suas formas de governo, assim como na redefinição do lugar do homem no mundo, inspirando a partir daí novas formas de representá-lo. a) Tomando o caso de Florença, explique como funcionavam as repúblicas italianas, levando em conta a organização política e os vínculos entre os cidadãos e a cidade, e indique o nome do principal representante das ideias sobre a política florentina no século XVI. b) Analise o papel de Veneza no desenvolvimento do comércio europeu, e suas relações com o Oriente.     2 .    As imagens abaixo ilustram alguns procedimentos utilizados por um no...

Questões discussivas com gabarito sobre Primeira guerra e crise de 29

Para não perder as novidades, inscreva-se no Canal e clique no sino: https://www.youtube.com/channel/UC23whF6cXzlap-O76f1uyOw/videos?sub_confirmation=1 #partiuauladoarão 1 . (Unifesp 2011)  Numa quinta-feira, 24 de outubro de 1929, 12.894.650 ações mudaram de mãos, foram vendidas na Bolsa de Nova Iorque. Na terça-feira, 29 de outubro do mesmo ano, o dia mais devastador da história das bolsas de valores, 16.410.030 ações foram negociadas a preços que destruíam os sonhos de rápido enriquecimento de milhares dos seus proprietários. A crise da economia capitalista norte-americana estendeu-se no tempo e no espaço. As economias da Europa e da América Latina foram duramente atingidas. Franklin Delano Roosevelt, eleito presidente dos Estados Unidos em 1932, procurou combater a crise e os seus efeitos sociais por meio de um programa político conhecido como New Deal . a) Identifique dois motivos da rápida expansão da crise para fora da economia norte-americana...

Regime civil-militar - Questões discursivas com gabarito comentado

Para não perder as novidades, inscreva-se no canal e clique no sino . https://www.youtube.com/channel/UC23whF6cXzlap-O76f1uyOw/videos?sub_confirmation=1 1 . (Uel 2013)  Analise a foto, a seguir, tirada durante o período do Regime Militar no Brasil (1964-1985). a) Identifique e descreva dois elementos da foto que permitam caracterizar o Regime Militar no Brasil. b) A luta pela anistia ampla, geral e irrestrita tem desdobramentos no presente, a exemplo da Comissão da Verdade. Discorra sobre essa Comissão. Resposta: a) O candidato deve identificar e descrever dois elementos da foto que permitam caracterizar o regime militar. Por exemplo, a faixa com o nome de Vladmir Herzog, que se refere à morte do jornalista no aparato de repressão; o movimento pela anistia ampla, geral e irrestrita; a faixa sobre a questão econômica (inflação e especulação financeira); UNE – União Nacional dos Estudantes; Movimento Estudantil; manifestações públicas e/ou passeatas...