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CACD - Questões Comentadas - História

 


1-     26-Quando, em março de 1974, o general Ernesto Geisel recebeu a faixa presidencial de seu antecessor, pairava no ar uma série de expectativas. Com o “milagre econômico” começando a fazer água e uma forte crise internacional ameaçando as contas externas brasileiras, qual seria a estratégia econômica do novo governo? Iria a nova equipe dar uma sobrevida à política econômica arquitetada por Delfim Netto ou iria enveredar para uma gestão mais ortodoxa, fazendo o saneamento da economia brasileira? Acerca do Governo em tela, julgue como certa ou errada a afirmativa a seguir:

(   ) Antonio Francisco Azeredo da Silveira (1917-1990) foi um diplomata brasileiro e ministro das Relações Exteriores durante o governo de Ernesto Geisel. Sua gestão foi marcada pela nova orientação da política externa, resultando no reconhecimento do novo governo português, na abertura para novos mercados e no estabelecimento de relações diplomáticas com China, Angola e países árabes. Durante sua chancelaria apoiou a independência de Guiné-Bissau, Zimbábue e Namíbia, além de assinar o Acordo nuclear Brasil-Alemanha em Bonn.


28-      Com a instauração da forma republicana de governo, a política exterior brasileira passaria por uma série de transformações, a principal delas centrada na mudança de um horizonte essencialmente voltado à Europa, predominante à época do Império, para uma diplomacia de aproximação mais íntima com o contexto americano. Considerando a Primeira República brasileira, julgue como certo ou errado o seguinte item:

 

(     ) Com os Estados Unidos destacou-se a assinatura do convênio comercial de 31 de janeiro de 1891, também conhecido como tratado “recíproco” (TRATADO BLAINE-MENDONÇA). Esse tratado beneficiou produtos brasileiros. Uma parcela desses produtos, como o trigo em grão e a farinha de trigo, seria isenta de taxas, enquanto outra parte teria uma redução de 25%. Além disso, uma antiga demanda seria atendida, e o Brasil passaria a exportar café para os Estados Unidos sem tarifas e, isso sem falar nos açúcares que também receberiam vantagens alfandegárias.




Gabarito da questão 26:

 Antonio Francisco Azeredo da Silveira foi um diplomata brasileiro, ministro das Relações Exteriores no governo de Ernesto Geisel, de 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979. Sua gestão foi marcada pela nova orientação da política externa brasileira, o dito “pragmatismo responsável”, o que resultou em ser o Brasil o primeiro país a reconhecer o novo governo português que pôs fim à ditadura de Salazar, bem como na afirmação da postura em relação à descolonização e à abertura para novos mercados, estabelecendo relações diplomáticas com os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e Omã países exportadores de petróleo, portanto indispensáveis na nova conjuntura internacional de aumento de preços. Reconheceu, ainda, a independência da Guiné-Bissau, apoiando o ingresso da ex-colônia portuguesa na ONU e estabeleceu relações diplomáticas com a República Popular da China e Angola. Azeredo da Silveira recebeu o chanceler da Arábia Saudita, ocasião em que o Brasil se pronunciou pela primeira vez a favor da retirada de Israel dos territórios árabes ocupados e do reconhecimento dos direitos dos palestinos, tendo a delegação brasileira à VII Sessão Especial da Assembleia Geral da ONU, votado uma moção que afirmava ser o sionismo uma “política racista”. Tomando a mesma postura em relação ao regime do apartheid da África do Sul. Ainda em relação à política anticolonialista e antirracista apoiou o governo independência do Zimbábue e a independência da Namíbia. Azeredo da Silveira assinou em Bonn, o Acordo nuclear Brasil-Alemanha, que previa a construção e a instalação de oito centrais nucleares, de uma usina de enriquecimento de urânio e de empresas para fabricação e reprocessamento de combustível atômico e prospecção de minérios. Gabarito: Certo



Gabarito da Questão 28:

 

Nesse contexto de confraternização, Quintino Bocaiuva sondou a possibilidade de se firmar uma “aliança íntima” com os Estados Unidos, quase quebrando a tradição – que se manteve ao longo do período americano – de não obrigar o país com tratados dessa natureza. O momento, todavia, ensejou a assinatura do convênio comercial de 31 de janeiro de 1891, também conhecido como tratado “recíproco” (TRATADO BLAINE-MENDONÇA). Seu principal mentor foi Salvador de Mendonça, representante do Brasil em Washington após o término da missão especial junto à I Conferência. De acordo com o tratado – que tanta celeuma provocou em razão de certas circunstâncias não suficientemente esclarecidas durante a sua elaboração – foi contemplada uma lista enorme de produtos norte-americanos com tratamento tarifário preferencial no mercado brasileiro. Parte deles isenta – como trigo em grão e farinha de trigo – outra parte com redução de 25%. Em troca, o Brasil continuaria colocar o café isento de direitos no mercado norte-americano e, o mais importante, os açúcares seriam também objeto de favores alfandegários com os quais esperava-se competir, em melhores condições, com o açúcar antilhano e, assim, dar novo alento à produção nordestina. Como fica evidente, ao contrário do que afirma o item, o Café já era isento, houve apenas a manutenção dessa isenção. Gabarito:  Errado!!!

Bons estudos,

Professor Arão Alves


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