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Yanomami - Um Povo em risco de extinção - Holocausto Yanomami

 

 

 A Terra Indígena Yanomami foi criada por meio de uma série de etapas que começaram com a portaria 1.817 de 8 de janeiro de 1985 e levaram à primeira homologação em 16 de fevereiro de 1989. A Floresta Nacional de Roraima foi criada pelo decreto nº 97.545 de 1º de março de 1989 e cobria 2.664.685 hectares do bioma Amazônia, o que dividiu o território do povo ianomâmi em várias áreas separadas. Em 1990, foram criadas três reservas de mineração de ouro dentro da Floresta Nacional de Roraima. A Terra Indígena Yanomami foi demarcada em 1992 antes da Cúpula da Terra no Rio de Janeiro. O território indígena foi criado em 25 de maio de 1992 com uma área de 9.664.975 hectares e pensava-se que este território cobria completamente a área da floresta nacional. Seguiu-se uma vigorosa campanha internacional de apoio ao povo ianomâmi. As minas de ouro foram fechadas e os garimpeiros removidos.

A Terra Indígena Yanomami, como todos os territórios indígenas, garante o direito exclusivo de uso dos indígenas em conformidade com seus costumes e tradições. Em 2001, o IBAMA percebeu que 5% da floresta, ou 142 mil hectares, havia sido deixado de fora do território indígena e decidiu retomar a posse da unidade. No entanto, em meados da década de 1990, dois assentamentos, Samaúma e Vila Nova, ocuparam 50 mil hectares, deixando 92 mil hectares não reclamados. Para regularizar a situação, os limites foram revistos pela lei 12.058 de 13 de outubro de 2009. A floresta nacional redimensionada agora exclui o território indígena. Houve vários outros ajustamentos sendo o mais recente o processo de homologação 954 de 19 de julho de 2012. As ameaças incluem mineração ilegal, pesca, caça e agricultura. Em 2000, um total de 10.288 hectares foram desmatados. Isso aumentou para 24.571 hectares em 2014.

 Os Yanomami são um povo caçador-coletor e agricultor itinerante, que possui um conhecimento botânico vasto, utilizando cerca de 500 plantas como alimentos, remédios, para a construção de casas e outros artefatos. Eles se sustentam em parte pela caça, coleta e pesca, mas também cultivam roças amplas localizadas na floresta.

Os Yanomami têm enfrentado várias ameaças à sua subsistência ao longo dos anos, incluindo:

- Invasão de suas terras por mineradores ilegais, agricultores e madeireiros, o que leva à destruição de suas florestas e à contaminação de suas águas;

- Exploração mineral e garimpo, que têm causado graves danos ambientais e sociais;

- Comércio ilegal de artefatos indígenas, que afeta a cultura e a economia dos Yanomami;

- Doenças introduzidas pelos não indígenas, como o sarampo e a gripe, que têm afetado significativamente a população Yanomami;

- Construção de hidrelétricas e outras obras de infraestrutura, que afetam a vida e os meios de subsistência dos Yanomami;

- Além disso, os Yanomami têm enfrentado discriminação e violência por parte dos não indígenas, incluindo assassinatos e violência sexual;

- As organizações de defesa dos direitos indígenas têm trabalhado para denunciar essas violações e proteger os direitos dos Yanomami, mas a situação ainda é muito crítica. Em janeiro de 2023, denúncias chocaram a opinião pública, com  imagens de subnutrição e devastação do modo de vida natural, inutilização dos meios hídricos, que comprometem seriamente a autonomia desses povos.


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