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História do Brasil período Colonial União Ibérica economia açucareira e invasão holandesa Aula e questões comentadas






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1. (Uefs 2018)  O início da colonização efetiva do Brasil por Portugal, historicamente condicionado pelos fatos referidos pelo excerto,
a) teve início assim que os navegadores chegaram às novas terras.    
b) projetou a hegemonia portuguesa no comércio atlântico.    
c) enriqueceu a Metrópole com a descoberta de metais preciosos.    
d) atardou-se devido aos lucros auferidos com o comércio oriental.    
e) foi financiado pelos lucros gerados pelo comércio de especiarias.    


  
Resposta:

[D]

Devido aos lucros obtidos no comércio de especiarias (cerca de 500% ao ano), Portugal ficou, entre 1500 e 1530, sem efetivar a colonização do Brasil.



 2. (Espcex (Aman) 2015)  “Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. Nesse período, a coroa portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano de ocupação efetiva. […] A atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam voltados para o comércio com o Oriente, que desde a viagem de Vasco da Gama, no final do século XV, havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O desinteresse português em relação ao Brasil estava em conformidade com os interesses mercantilistas da época, como observou o navegante Américo Vespúcio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de proveito”. Berutti, 2004.

Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a)
a) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos tratados comerciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich.   
b) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias.   
c) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificultavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras.   
d) abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia metropolitana portuguesa.   
e) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as expedições.   


  

Resposta:

[E]

Somente a proposição [E] está correta. A questão remete ao período Pré-Colonial que ocorreu no Brasil entre 1500-1530. As Grandes Navegações que ocorreram ao longo do século XV foram importantes para angariar recursos para os Estados Modernos. Desta forma, já havia dentro destas navegações ideias mercantilistas, ou seja, buscar metais preciosos e especiarias para a Europa. A viagem de Vasco da Gama que chegou às Índias em 1498 foi coroada de êxito dando um lucro exorbitante para Portugal. Assim, foi criada a mesma expectativa quanto a viagem de Cabral ao Brasil em 1500. Conforme relata a Carta de Caminha não havia riqueza no Brasil, ou seja, metais preciosos e especiarias e que o melhor a fazer é a catequese dos índios. O sucesso da viagem de Vasco da Gama e o fracasso da viagem de Cabral explicam o relativo descaso de Portugal em relação ao Brasil priorizando, então, o comércio das especarias no oriente. Daí o período Pré-Colonial.


3. (Fuvest 2020)  As tentativas holandesas de conquista dos territórios portugueses na América tinham por objetivo central
a) a apropriação do complexo açucareiro escravista do Atlântico Sul, então monopolizado pelos portugueses.    
b) a formação de núcleos de povoamento para absorverem a crescente população protestante dos Países Baixos.   
c) a exploração das minas de ouro recémdescobertas no interior, somente acessíveis pelo controle de portos no Atlântico.    
d) a ocupação de áreas até então pouco exploradas pelos portugueses, como o Maranhão e o Vale Amazônico.   
e) a criação de uma base para a ocupação definitiva das áreas de mineração da América espanhola.    
  
  
Resposta:
[A]

No contexto da União Ibérica, 1580-1640, a Espanha boicotou o comércio do açúcar entre Portugal e Holanda. Assim, em 1621, foi criada na Holanda a Companhia das Índias Ocidentais visando invadir o Brasil e monopolizar todo o complexo de produção açucareira. Em 1624, ocorreu a invasão fracassada na Bahia. Entre 1630-1654, ocorreu o domínio da Companhia das Índias Ocidentais sobre boa parte do Nordeste do Brasil. Gabarito [A].

  

4. (Espcex (Aman) 2019)  Do ponto de vista econômico, o sistema de capitanias, implantado em 1534, não alcançou os resultados esperados pelos portugueses. Entre as poucas capitanias que progrediram e obtiveram lucros, principalmente com a produção de açúcar, estavam as de
a) Rio Grande e Itamaracá.    
b) São Vicente e Rio Grande.   
c) Santana e Ilhéus.    
d) Maranhão e Pernambuco.    
e) São Vicente e Pernambuco.    
  

Resposta:

[E]

Devido a vários problemas – grande distância entre Metrópole e Colônia, grande extensão das Capitanias, conflitos com os indígenas, desinteresse dos Capitães-Donatários – o sistema de Capitanias Hereditárias não funcionou no Brasil, tendo obtido sucesso apenas as Capitanias de São Vicente e Pernambuco.




5. (Espm 2019)  A primeira vez que se mencionou o açúcar e a intenção de implantar uma pro­dução desse gênero no Brasil foi em 1516, quando o rei D. Manuel ordenou que se distribuíssem machados, enxadas e de­mais ferramentas às pessoas que fossem povoar o Brasil e que se procurasse um homem prático e capaz de ali dar princí­pio a um engenho de açúcar. Os primeiros engenhos começaram a funcionar em Pernambuco no ano de 1535, sob a direção de Duarte Coelho. A partir daí os registros não parariam de crescer: quatro estabelecimentos em 1550; trinta em 1570, e 140 no fim do século XVI. A produção de cana alastrava-se não só nu­mericamente como espacialmente, che­gando à Paraíba, ao Rio Grande do Norte, à Bahia e até mesmo ao Pará. Mas foi em Pernambuco e na Bahia, sobretudo na re­gião do recôncavo baiano, que a econo­mia açucareira de fato prosperou. Tiveram início, então, os anos dourados do Brasil da cana, a produção alcançando 350 mil ar­robas no final do século XVI. (Lilia M. Schwarcz. Brasil: uma Biografia)

A partir do texto e considerando a econo­mia açucareira e a civilização do açúcar, é correto assinalar: 
a) a cana de açúcar era um produto autóc­tone, ou seja, nativo do Brasil e gradativa­mente foi caindo no gosto dos portugueses e dos europeus, a partir do século XVI;    
b) a produção e comercialização do açúcar ocorreram sob a influência do livre-cam­bismo em que se baseou o empreendi­mento colonial português;    
c) a metrópole estabeleceu o monopólio real, porém a comercialização do açúcar pas­sou para os porões dos navios holandeses, que acabaram por assumir parte substan­cial do tráfego entre Brasil e Europa;    
d) os portugueses mantiveram um rigoroso monopólio sobre o processo de produ­ção e refinação do açúcar, só permitindo a participação de estrangeiros na comer­cialização do produto;    
e) para implantação da indústria canavieira no Brasil, o projeto colonizador luso pre­cisava contar com mão de obra compul­sória e abundante, dada a extensão do território e por isso sempre privilegiou a utilização dos nativos, cuja captura pro­porcionava grandes lucros para a coroa.    


Resposta:

[C]

A cana de açúcar no Brasil foi produzida dentro do sistema de Plantation, isto é, latifúndio, monocultura, escravidão e a economia visava o mercado externo. A produção de açúcar necessitava de muitos recursos, daí Portugal recorreu a Holanda, país europeu com muitos banqueiros judeus e calvinistas, que transportavam e negociavam o produto na Europa obtendo muito lucro. Gabarito [C].


E ai, arrebentou, acertou todas? Espero que sim. Se errou alguma, o importante é aprender. Ok, gente, nos vemos em nossa aula na plataforma, um grande abraço.



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