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1. Enquanto o pensamento de
Santo Agostinho representa o desenvolvimento de uma filosofia cristã inspirada
em Platão, o pensamento de São Tomás reabilita a filosofia de Aristóteles – até
então vista sob suspeita pela Igreja –, mostrando ser possível desenvolver uma
leitura de Aristóteles compatível com a doutrina cristã. O aristotelismo de São
Tomás abriu caminho para o estudo da obra aristotélica e para a legitimação do
interesse pelas ciências naturais, um dos principais motivos do interesse por
Aristóteles nesse período.
MARCONDES, D. Textos básicos de
filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
A Igreja Católica por muito
tempo impediu a divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de a obra
aristotélica
a) valorizar a investigação
científica, contrariando certos dogmas religiosos.
b) declarar a inexistência de
Deus, colocando em dúvida toda a moral religiosa.
c) criticar a Igreja Católica,
instigando a criação de outras instituições religiosas.
d) evocar pensamentos de
religiões orientais, minando a expansão do cristianismo.
e) contribuir para o
desenvolvimento de sentimentos antirreligiosos, seguindo sua teoria política.
2. A sociologia ainda não
ultrapassou a era das construções e das sínteses filosóficas. Em vez de assumir
a tarefa de lançar luz sobre uma parcela restrita do campo social, ela prefere
buscar as brilhantes generalidades em que todas as questões são levantadas sem
que nenhuma seja expressamente tratada. Não é com exames sumários e por meio de
intuições rápidas que se pode chegar a descobrir as leis de uma realidade tão
complexa. Sobretudo, generalizações às vezes tão amplas e tão apressadas não
são suscetíveis de nenhum tipo de prova.
DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia.
São Paulo: Martins Fontes, 2000.
O texto expressa o esforço
de Émile Durkheim em construir uma sociologia com base na
a) vinculação com a filosofia
como saber unificado.
b) reunião de percepções
intuitivas para demonstração.
c) formulação de hipóteses
subjetivas sobre a vida social.
d) adesão aos padrões de
investigação típicos das ciências naturais.
e) incorporação de um
conhecimento alimentado pelo engajamento político.
3. Texto I
Cidadão
Tá vendo aquele edifício,
moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra
voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
“Tu tá aí admirado
Ou tá querendo roubar?”
Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro
prédio
Que eu ajudei a fazer.
BARBOSA, L. In: ZÉ RAMALHO. 20
Super Sucessos.
Rio de Janeiro: Sony Music, 1999 (fragmento).
Texto II
O trabalhador fica mais
pobre à medida que produz mais riqueza e sua produção cresce em força e
extensão. O trabalhador torna-se uma mercadoria ainda mais barata à medida que
cria mais bens. Esse fato simplesmente subentende que o objeto produzido pelo
trabalho, o seu produto, agora se lhe opõe como um ser estranho, como
uma força independente do produtor.
MARX, K. Manuscritos econômicos-filosóficos (Primeiro manuscrito).
São Paulo: Boitempo Editorial, 2004 (adaptado).
Com base nos textos, a
relação entre trabalho e modo de produção capitalista é
a) baseada na desvalorização
do trabalho especializado e no aumento da demanda social por novos postos de
emprego.
b) fundada no crescimento
proporcional entre o número de trabalhadores e o aumento da produção de bens e
serviços.
c) estruturada na distribuição
equânime de renda e no declínio do capitalismo industrial e tecnocrata.
d) instaurada a partir do
fortalecimento da luta de classes e da criação da economia solidária.
e) derivada do aumento da
riqueza e da ampliação da exploração do trabalhador.
4. Ser moderno é encontrar-se
em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento,
autotransformação e transformação das coisas em redor – mas ao mesmo tempo
ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. A
experiência ambiental da modernidade anula todas as fronteiras geográficas e
raciais, de classe e nacionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que a
modernidade une a espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma unidade
de desunidade.
BERMAN. M. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade.
São Paulo: Cia. das Letras. 1986 (adaptado).
O texto apresenta uma
interpretação da modernidade que a caracteriza como um(a)
a) dinâmica social
contraditória.
b) interação coletiva
harmônica.
c) fenômeno econômico estável.
d) sistema internacional
decadente.
e) processo histórico
homogeneizador.
5. Não estou mais pensando
como costumava pensar. Percebo isso de modo mais acentuado quando estou lendo.
Mergulhar num livro, ou num longo artigo, costumava ser fácil. Isso raramente
ocorre atualmente. Agora minha atenção começa a divagar depois de duas ou três
páginas. Creio que sei o que está acontecendo. Por mais de uma década venho
passando mais tempo on-line, procurando
e surfando e algumas vezes acrescentando informação à grande biblioteca da
internet. A internet tem sido uma dádiva para um escritor como eu. Pesquisas
que antes exigiam dias de procura em jornais ou na biblioteca agora podem ser
feitas em minutos. Como disse o teórico da comunicação Marshall McLuhan nos
anos 60, a mídia não é apenas um canal passivo para o tráfego de informação.
Ela fornece a matéria, mas também molda o processo de pensamento. E o que a net
parece fazer é pulverizar minha capacidade de concentração e contemplação.
CARR. N. “Is Google making us stupid?”. Disponível em: www.theatlantic.com.
Acesso em: 17 fev. 2013 (adaptado).
Em relação à internet, a
perspectiva defendida pelo autor ressalta um paradoxo que se caracteriza por
a) associar uma experiência
superficial à abundância de informações.
b) condicionar uma capacidade
individual à desorganização da rede.
c) agregar uma tendência
contemporânea à aceleração do tempo.
d) aproximar uma mídia
inovadora à passividade da recepção.
e) equiparar uma ferramenta
digital à tecnologia analógica.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[A]
[A]
O pensamento aristotélico era mais difícil de ser conjugado com o
pensamento cristão uma vez que valorizava a investigação científica e não
pressupunha a existência de um plano superior.
Resposta da questão 2:
[D]
[D]
A sociologia
durkheimiana pega emprestado das ciências naturais seu modelo de análise
científica. Assim é que Durkheim procura tornar a sociologia uma ciência
objetiva, com um objeto de análise (fato social) e um método (método
sociológico).
Resposta da questão 3:
[E]
[E]
Em um sistema capitalista, à medida que o trabalhador produz mais, sua
exploração também aumenta. Isso porque cresce a distância entre a riqueza que
ele produz e aquilo que recebe pelo que trabalhou.
Resposta da questão :4
[A]
[A]
A expectativa
de experimentar a liberdade na vida moderna é contrastada pelos limites
ambientais de nosso planeta. Assim aparece uma importante contradição: a de
que, por mais que nos pretendamos altamente desenvolvidos, nunca os seres
humanos criaram com tanta força as condições para a perda de sua própria
possibilidade de existência.
Resposta da questão 5:
[A]
[A]
A experiência
do autor revela o paradoxo de, ao mesmo tempo em que tem acesso a uma
quantidade infinita de informações, ele perde a capacidade de concentração e
contemplação e, por consequência, acaba por ter uma experiência superficial das
coisas.
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