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Questões de História e Relações Internacionais com Gabarito Comentado - Estilo Cebraspe

 


Teste seus conhecimentos com duas questões desafiadoras sobre a política externa brasileira durante a redemocratização (1985-1995) e a atuação do Brasil na OMC. Avalie a adaptação do país aos desafios do contexto internacional pós-Guerra Fria e entenda a aplicação dos princípios da Política Externa Independente (PEI). Ideais para concurseiros e estudantes de relações internacionais que desejam aprofundar sua compreensão sobre diplomacia brasileira e negociações multilaterais.

1- Considerando seus conhecimentos sobre a política externa brasileira durante o período de redemocratização (1985-1995), julgue o item a seguir:

( ) A diplomacia brasileira nesse período caracterizou-se pela busca de maior autonomia em relação aos Estados Unidos, retomando os princípios da Política Externa Independente (PEI) iniciada nos anos 1960.

2- Com base em seus conhecimentos sobre a atuação do Brasil em organizações internacionais, especialmente no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), julgue o item a seguir:

( ) O Brasil, em sua atuação na Organização Mundial do Comércio (OMC), historicamente defendeu a inclusão de temas como agricultura e têxteis nas rodadas de negociações, buscando a resolução de problemas sistêmicos que afetam os países em desenvolvimento.

Gabarito

Questão 1

  • Pista: Relembre os objetivos da PEI e o contexto da redemocratização brasileira, considerando a evolução da política externa durante o regime militar, especialmente nos governos Geisel e Figueiredo.

  • Gabarito: Errado.

  • Comentário: A afirmação está incorreta. A Política Externa Independente (PEI), introduzida nos anos 1960 durante o governo de Jânio Quadros e aprofundada por João Goulart, visava a uma postura de não alinhamento automático, permitindo ao Brasil estabelecer relações diplomáticas e comerciais amplas, sem submissão a blocos ideológicos. Esses princípios foram retomados já nos governos militares, particularmente no governo Geisel, que buscou diversificar as parcerias internacionais e adotar uma postura mais autônoma, conhecida como "pragmatismo responsável". Durante a redemocratização (1985-1995), os princípios de diversificação de parcerias e busca por autonomia foram mantidos, mas com um foco renovado na inserção do Brasil na economia global e na atração de investimentos estrangeiros. A redemocratização não significou uma simples volta aos princípios da PEI, mas sim uma adaptação ao novo contexto internacional do pós-Guerra Fria e à necessidade de enfrentar desafios econômicos internos, como a renegociação da dívida externa.

  • Dica para Lembrar: A PEI foi sobre não alinhamento, não distanciamento. Durante a redemocratização, o Brasil focou na diversificação de parcerias, sem retornar simplesmente aos princípios da PEI dos anos 1960, pois o contexto internacional havia mudado.

Questão 2

  • Pista: Considere a posição do Brasil nas negociações comerciais multilaterais e sua defesa de interesses estratégicos para o desenvolvimento nacional e de outras economias emergentes.

  • Gabarito: Certo.

  • Comentário: A afirmação está correta. Desde a época do GATT, que antecedeu a OMC, o Brasil posicionou-se como um forte defensor da inclusão de temas como agricultura e têxteis nas negociações multilaterais. A exclusão histórica desses setores das pautas de liberalização comercial, especialmente pela resistência dos países desenvolvidos, gerou distorções que prejudicaram as economias emergentes e menos desenvolvidas. O Brasil, em aliança com outros países do Sul Global, como a Índia, buscou corrigir essa "agenda inacabada", enfatizando a necessidade de um comércio mais equitativo. A inclusão da agricultura era vital para o Brasil, dado o peso desse setor na sua economia, enquanto os têxteis eram cruciais para países com forte indústria manufatureira. Ao priorizar essas questões, o Brasil demonstrou seu compromisso com a cooperação Sul-Sul, defendendo um sistema comercial mais justo que promovesse o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento.

  • Dica para Lembrar: O Brasil sempre buscou corrigir distorções no comércio internacional, defendendo a inclusão de setores estratégicos como agricultura e têxteis nas negociações da OMC para garantir um sistema mais justo para os países em desenvolvimento.

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