1-
Analise as principais pressões externas que
influenciaram a independência do Brasil em 1822, destacando o papel da
Inglaterra e a relação do Brasil com as ex-colônias espanholas. Em sua
resposta, explore como esses fatores impactaram a política externa do
recém-formado Império do Brasil.
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2-
Aponte as
principais reformas empreendidas pelos governos dos marechais Deodoro da
Fonseca e Floriano Peixoto no período da República da Espada (1889-1894). Como
essas reformas moldaram o papel das Forças Armadas na política brasileira?
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3-
O
movimento tenentista foi uma resposta às desigualdades e à crise política da
Primeira República. Quais foram as reivindicações principais desse movimento e
como ele influenciou as transformações políticas e sociais do Brasil na década
de 1930?
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4-
Explique
os desafios econômicos enfrentados pelo governo de José Sarney (1985-1990) no
contexto da redemocratização, com especial foco no Plano Cruzado. Avalie os
impactos desse plano e as razões de seu fracasso.
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Respostas modelo:
1- A independência do Brasil em
1822 foi influenciada por uma série de pressões externas, com destaque para a
Inglaterra e as ex-colônias espanholas. A Inglaterra, desde o início do século
XIX, buscava expandir seu mercado e consolidar sua hegemonia comercial na
América Latina, o que incentivou o apoio à independência das colônias. A
abertura dos portos em 1808 e os tratados de 1810 consolidaram a relação
anglo-brasileira, fazendo da Inglaterra uma aliada importante na manutenção da
autonomia política e econômica do Brasil recém-independente. Ao mesmo tempo, o
Brasil estava rodeado de nações hispano-americanas que também lutavam por sua
independência, criando um cenário de tensões regionais. No entanto, ao
contrário das ex-colônias espanholas, que enfrentaram guerras de independência
sangrentas, o Brasil conseguiu uma transição relativamente pacífica, embora
tenham ocorrido resistência armada e guerras em algumas províncias. A política
externa brasileira, sob o comando de José Bonifácio, adotou uma postura mais
autonomista e resistiu às exigências portuguesas e inglesas para reconhecerem
nossa independência. Essa posição acabou custando seu cargo, e partir de sua
saída desenhou-se o modelo de aceitação das imposições tanto de Portugal quanto
da Inglaterra para o reconhecimento.
2- República da Espada: Durante o
período da República da Espada, entre 1889 e 1894, os governos de Deodoro da
Fonseca e Floriano Peixoto focaram em consolidar a nova ordem republicana e
reforçar a centralização do poder executivo. Deodoro, o primeiro presidente,
enfrentou grande instabilidade política e tentou governar por meio de decretos,
culminando na dissolução do Congresso em 1891, o que gerou forte oposição e sua
renúncia. Seu sucessor, Floriano Peixoto, adotou uma postura mais autoritária,
enfrentando revoltas como a Revolta da Armada e a Revolução Federalista. As
reformas do período fortaleceram o papel das Forças Armadas como instituição,
que se via como responsável pela manutenção da ordem e na política,
consolidando a figura do Exército como defensor do regime republicano. Essa
visão de soldado cidadão se contrapunha a uma ala que defendia o soldado
profissional, que deveria ser técnico e não envolvido na política. Entre as
reformas importantes estão a nova Constituição de 1891, que criou um modelo de
federalismo e separou os poderes, além de garantir a liberdade religiosa e
abolir o Poder Moderador. Essas medidas marcaram a transição do Brasil de um
regime monárquico centralizador para uma república presidencialista, no entanto
a dicotomia entre centralização e descentralização fez parte das disputas entre
dois projetos de Brasil, tendo as oligarquias de um lado e as Forças Armadas do
outro. Essa vertente centralizadora das forças armadas dicaria conhecida como
jacobinismo ou florianismo.
3- O movimento tenentista, que emergiu nas
décadas de 1920 e 1930, foi uma resposta das camadas militares de baixa patente
às desigualdades e à corrupção da Primeira República (1889-1930). Suas
principais reivindicações incluíam o fim do voto de cabresto, a moralização da
política, e a modernização do Estado. Os tenentes se destacaram em uma série de
revoltas como a Revolta dos 18 do forte e a Revolução de 1924, culminando na
Coluna Prestes, que percorreu o Brasil denunciando a ordem oligárquica e
propondo reformas estruturais. Embora esses movimentos tenham fracassado
militarmente, o tenentismo teve um impacto importante, principalmente na
Revolução de 1930, que derrubou a Primeira República e levou Getúlio Vargas ao
poder. As ideias tenentistas influenciaram profundamente o governo de Vargas,
que adotou várias de suas propostas, como a centralização do poder e hipertrofia
do executivo, além de atrair muitos líderes tenentistas para seu governo. No entanto, após a
Constituição de 1934, o grupo perdeu força com uma maior polarização dentro dos
quartéis e a perda de poder dos tenentes no estados, com o fim dos
interventores
4- Governo Sarney: O governo de
José Sarney (1985-1990) enfrentou graves desafios econômicos em meio ao
processo de redemocratização. O Brasil estava imerso em uma crise econômica
caracterizada por hiperinflação, déficit fiscal e dívida externa crescente. O
Plano Cruzado, lançado em 1986, foi uma tentativa de controlar a inflação por
meio do congelamento de preços e salários, além da introdução de uma nova
moeda, o Cruzado. Inicialmente, o plano gerou um entusiasmo popular e foi visto
como um sucesso, especialmente devido à desaceleração da inflação nos primeiros
meses. No entanto, aos poucos a dinâmica do mercado pressionou, gerando
desabastecimento, cobrança de ágio para os produtos, comprometendo os salários
que não eram adequadamente ajustados pelo gatilho salarial, uma vez que boa
parte do ágio não aparecia nas pesquisas de preço, resultando em uma rápida
escalada inflacionária em 1987. O governo Sarney ainda implementou outros
planos econômicos, como o Cruzado II e o Plano Bresser, mas não conseguiu
estabilizar a economia. Os fracassos dos planos econômicos contribuíram para o
aumento da desilusão popular com a nova democracia, marcando um período de
instabilidade econômica que perdurou até o início dos anos 1990, tendo sido, no entanto, a
promulgação da CF-88 um secesso notável de seu governo.
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