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1. Assim, era possível crescer apostando no consumo
de bens duráveis dos segmentos mais endinheirados da classe média que perfaziam
um mercado de cerca de vinte milhões de pessoas, pouco mais de da
população. O Estado, cujo caixa estava reforçado por novos impostos e pelos
empréstimos internacionais, continuaria investindo em grandes obras,
estimulando o mercado de construção civil, que passaria a crescer cerca de
ao ano até 1973.
NAPOLITANO, Marcos. 1964: história do regime
militar brasileiro. São Paulo: Contexto, 2014, p.149 (Adaptado).
O período de grande crescimento da economia sob o
governo Médici alimentou as esperanças de um “milagre” que pudesse conduzir o
Brasil ao tão sonhado Primeiro Mundo.
A respeito da economia brasileira neste período,
a) caracterize o papel do fechamento do sistema
político, especialmente pós AI-5, para a aceleração da economia durante o
governo Médici.
b) explique dois fatores que produziram a crise da
economia brasileira, já no final do governo Médici, e o fim do “milagre
econômico”.
Resposta:
a) O auge do “Milagre Brasileiro” ocorreu durante o
governo Médici, 1969-1973. O país cresceu em média 11% ao ano neste período. O
Estado criou obras faraônicas. Este modelo econômico gerou problemas como o
arrocho salarial, aumento da dívida externa, inflação, concentração de renda,
entre outros. O AI-5 foi criado de forma ditatorial dia 13 de dezembro de 1968
no governo de Costa e Silva. A ideia era fechar todas as possibilidades de
oposição, controlar, censurar, intimidar, etc. Era necessário deixar o governo
militar desenvolver seu projeto sem nenhuma crítica.
b) A primeira crise internacional do petróleo de
1973 gerou uma crise mundial culminando em consequências negativas para o
“Milagre Brasileiro” que começou a esgotar no governo Geisel, 1974-1978. Em
1979 ocorreu a segunda crise mundial do petróleo, comprometendo ainda mais a
economia. Neste momento, João Baptista Figueiredo, assumiu o governo no Brasil
e o país entrou na década de 1980 em grave crise econômica com greve, inflação
e desemprego. A década de 1980 foi considerada a década perdida para a América
Latina.
2- Considerando seus conhecimentos acerca da política externa brasileira
dos governos militares (1964-1985) Caracterize, em linhas gerais, a
relação Brasil-europa na década de 1970.
Resposta:
Havia uma relação dúbia, pois a Europa criticava o Brasil em relação ao
regime, mas precisava comercialmente do país que vivia um período de
crescimento econômico. Exceção era a Alemanha que em 1975 assina o acordo
nuclear com o governo de Geisel.
3- A partir de seus conhecimentos sobre a
política externa brasileira de dos governos militares, identifique marcas
concretas que possam exemplificar o pragmatismo de Geisel e, guardando as
diferenças conjunturais aponte a política externa que teria inspirado sua PEB.
Resposta:
Embora respeitando, no contexto hemisférico, sua
posição ocidental, a política externa de Geisel pautou-se pelo pragmatimo,
classificado como ecumênico. Tal posição demonstra uma certa universalização de
sua PEB. Entre as realizações inspiradas nessa posição podemos citar:
1- Itaipu binacional;
2-Usinas nucleares (acordo nuclear
teuto-brasileiro) - Willi Brandt (Ostpolitik);
3- Pro-álcool;
4- Adensamento das relações com os árabes - passat
, armas, marcopolo, Odebrech, etc..
5- Reconhecimento do MPLA de Angola.
"mundos diversos, argumentos afins"
(Gerson Fonseca Jr - PEI x pragmatismo)
4- Embora parecidas, a conjuntura de surgimento da Política externa
independente do governo de Jânio Quadros ocorre em contexto relativamente mais
adverso do que o contexto da política externa do Pragmatismo responsável e
ecumênico de Geisel. Comente as razões sistêmicas que possibilitaram o sucesso
da política externa de Geisel.
Resposta:
Diminuição relativa do poder dos EUA no mundo e na
A. Latina.
1971 - desvalorização do dólar (flexibilização do
padrão Brettonwoods),
1973 - Nixon não garante mais a conversibilidade;
1974 - renúncia de Nixon;
1975 - Derrota dos EUA com a retirada do Vietnã;
O governo brasileiro age como potência e gera
conflitos:
Inclusão do Brasil na seção 301 do código de
comércio brasileiro;
* O Brasil não assina o TNP e os americanos
pressionam empresas americanas a não transferir tecnologia = ruptura do acordo
nuclear com os EUA -Westhouse.
* Pressão do governo Carter em relação ao tema dos
DH. O Brasil não aceita a pressão e denuncia o acordo militar de 1952.
5- Considerando a política externa dos governos militares (1964-1985),
caracterize o governo de Médici quanto ao continente africano, identifique o
chanceler desse governo e a posição de Delfin Neto em relação ao tema.
Resposta:
O governo Médici, sob a chancelaria de Mário Gibson
Barboza, marca o retorno a uma política africana em bases autônomas e
calcada no pragmatismo econômico e em moderna concepção geopolítica. Após
divergências do Itamaraty com Delfin Netto, que defendia a inserção pela
via portuguesa, o predomínio das visões da diplomacia se consolidou com a
viagem de Gibson Barboza a nove países africanos, que não haviam passado por
guerra de independência, em 1972. Em todos os países, firmaram-se
acordos de cooperação técnica e cultural, e, diferentemente da estratégia
de Costa e Silva, que privilegiava o multilateralismo, estabeleceram-se
contatos diplomáticos diretos com os novos países africanos, o que
contribuiu para a melhor compreensão de suas demandas, sobretudo no que
concerne às vinculações com Portugal. A influência africana pode ser encontrada
na negação do apoio irrestrito que se vinha concedendo até então
ao colonialismo português na ONU pelos governos militares, quando o Brasil
se absteve, em 1973, em votação sobre a questão colonial portuguesa. Nesse
mesmo ano, Gibson Barboza realizou viagem ao Egito e ao Quênia, onde
reforçou o apoio brasileiro à descolonização e criticou o apartheid,
embora se atribuísse grande importância ao maior parceiro
econômico africano do Brasil, a África do Sul, contra a qual não se
tomavam medidas concretas em relação ao apartheid.
Bons
estudos,
Professor
Arão Alves
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