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Primeira Revolução Industrial - Questões discursivas com gabarito comentado


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1.   Leia o excerto de texto escrito pelo anarquista Neno Vasco (1878-1920), na edição de Primeiro de Maio de 1914 do jornal brasileiro “A Voz do Trabalhador”:

“Eis a festa do 1º de Maio, isto é, a manifestação proletária que a inconsciência de uns, a astúcia e velhacaria de outros e a cumplicidade de todos reduziram em tantas partes a uma absurda ‘festa do trabalho’, como lhe chamam os burgueses complacentes. (…) Vós, só o podereis festejar quando tiverdes conquistado. E é dessa conquista que se trata, tanto no 1º de Maio como nos outros dias.”




Discorra sobre o sentido original do Primeiro de Maio no final do século XIX e explique as razões da indignação expressa no texto acima.


Resposta:

O Primeiro de Maio surgiu como resultado da indignação e das manifestações em busca de melhores condições de trabalho dos operários após a Primeira Revolução Industrial. O autor do artigo demonstra indignação porque, segundo ele, a comemoração do Primeiro de Maio foi transformada em algo festivo, não condizente com a originalidade da comemoração do dia.



  
2.   Um motivo para a melhoria da dieta ao longo do século XIX era que chegavam cada vez mais alimentos do que chamamos de “periferia” da Europa, denominação vaga que engloba a Rússia e a Europa do Leste, como também das zonas de abastecimento do Novo e do Velho Mundo. Grande parte da Europa acabou por beneficiar-se dessas importações, mas os países mais necessitados desses produtos eram aqueles onde a industrialização e o desenvolvimento urbano ocorreram com maior ímpeto, ou seja, Grã-Bretanha, os Países Baixos e a Alemanha. Do Novo Mundo chegavam o açúcar, o café e o cacau, e da China, do Ceilão e da Índia chegavam o chá e o arroz.

(Adaptado de Norman J. G. Pounds, La Vida Cotidiana: historia de la cultura material. Barcelona: Editorial Crítica, 1992, p. 507-509.)


a) Explique a relação entre o processo de industrialização e importação de alimentos na Europa.

b) Por que a dieta europeia melhorou ao longo do século XIX?


Resposta:

a) O processo de industrialização dos países europeus contou com um fator comum: o êxodo dos trabalhadores do campo para as cidades. Nesse sentido, a mão de obra que anteriormente lavrava os campos e produzia os alimentos que abasteciam os países passou a trabalhar nas recém-criadas fábricas, criando a necessidade de importação de alimentos.

b) Como o próprio texto deixa claro, a dieta melhorou porque a Europa passou a importar alimentos de “novos” lugares, ampliando a quantidade e a variedade de produtos. Nesse contexto, o neocolonialismo promovido na África e na Ásia contribuiu para essa melhora, porque os países europeus passaram a importar novos alimentos de localidades como a Índia e a China.



  
3.   Sob qualquer aspecto, este [a Revolução Industrial] foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã-Bretanha. É evidente que isto não foi acidental.
(Eric Hobsbawm. A era das revoluções: 1789-1848, 1986.)

Aponte dois fatores que justifiquem a importância dada pelo texto à Revolução Industrial e indique dois motivos do pioneirismo britânico.


Resposta:

A Revolução Industrial gerou uma série de transformações no mundo, tais como: a consolidação do capitalismo, o surgimento de proletariado, a separação entre capital (burguesia) e trabalho (operário), intensificou o êxodo rural, entre outros. O pioneirismo da Inglaterra na Revolução Industrial se deve a um conjunto de fatores, entre eles: marinha forte, recursos naturais como ferro e carvão, acúmulo de capital, estabilidade política, ética protestante, entre outros.



  
4.   Leia o texto a seguir.

A tecnologia tem sido o catalizador da mudança social desde antes do matemático grego Arquimedes demonstrar que a água pode ser levantada para irrigar um terreno ressecado acima de um fluxo de água, por meio de um mecanismo contínuo propulsor dentro de um tubo flexível. Contudo, ao mesmo tempo, a diferença entre os contemplados e os tecnologicamente carentes tornou-se um abismo. Para cada um que agora compra sua passagem de avião, trem e ingresso de teatro online, milhões ainda esperam pela eletricidade e por água limpa corrente.

(Adaptado de: JARDINE, L. Como a tecnologia afeta a transformação social. In: SWAIN, H. Grandes questões da História. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p.255-259.)

a) Com base no texto, descreva duas características fundamentais da Revolução Industrial inglesa do século XVIII.
b) Discuta as relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-estar social no mundo contemporâneo.


Resposta:

a) Sobre a revolução industrial, o candidato deve articular uma resposta que aponte suas características: o surgimento da manufatura, a urbanização, o surgimento do proletariado, o surgimento da indústria de bens de consumo, a expulsão do homem do campo, o cercamento das terras, a exploração do trabalho assalariado.
b) Espera-se que o candidato articule uma reflexão demonstrando como o desenvolvimento tecnológico pode contribuir para o desenvolvimento humano e até mesmo para a preservação ambiental. Essas tecnologias não estão, contudo, disponíveis para todos, o que reforça a desigualdade existente. Em suma, o candidato deverá argumentar sobre os aspectos contraditórios das relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-estar social.



  
5.   Noite após noite, quando tudo está tranquilo
E a lua se esconde por trás da colina,
Marchamos, marchamos para realizar nosso desejo.
Com machado, lança e fuzil!
Oh! meus valentes cortadores!
Os que com golpes fortes
As máquinas de cortar destroem.
Oh! meus valentes cortadores! (...).

(Canção popular inglesa do início do século XIX. Citada por: Luzia Margareth Rago e Eduardo F. P. Moreira. O que é Taylorismo, 1986.)

A canção menciona os “quebradores de máquinas”, que agiram em muitas cidades inglesas nas primeiras décadas da industrialização. Alguns historiadores os consideram “rebeldes ingênuos”, enquanto outros os veem como “revolucionários conscientes”. Justifique as duas interpretações acerca do movimento.


Resposta:

O movimento dos quebradores de máquinas entre os séculos XVIII e XIX, na Inglaterra, também conhecido por “Ludismo”, reuniu operários nos principais centros urbanos, que invadiam as fábricas e destruíam as máquinas.
Para alguns, em especial os autores marxistas, eram rebeldes ingênuos, pois representaram um movimento espontâneo, sem ideologia, objetivos concretos ou forma mais acabada de organização, portanto, fadados à derrota. Para outros, eram revolucionários conscientes, encaixando-se nessa visão, historiadores mais tradicionais que entendem que os operários tinham consciência do papel nefasto das máquinas e das fábricas em suas vidas, responsáveis pelo aumento do desemprego e pela precarização do trabalho; ou ainda os historiadores anarquistas, que consideram que o movimento organizado de massas tem potencial revolucionário e, de alguma forma, pretende se opor ao “status quo”.



  
6.   Na Europa, até o século XVIII, o passado era o modelo para o presente e para o futuro. O velho representava a sabedoria, não apenas em termos de uma longa experiência, mas também da memória de como eram as coisas, como eram feitas e, portanto, de como deveriam ser feitas. Atualmente, a experiência acumulada não é mais considerada tão relevante. Desde o início da Revolução Industrial, a novidade trazida por cada geração é muito mais marcante do que sua semelhança com o que havia antes.

(Adaptado de Eric Hobsbawm, O que a história tem a dizer-nos sobre a sociedade contemporânea?, em: Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 37-38.)

a) Segundo o texto, como a Revolução Industrial transformou nossa atitude em relação ao passado?
b) De que maneiras a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX alterou o sistema de produção?


Resposta:

a) De acordo com o texto sim, pois antes da Revolução Industrial, “o passado era o modelo para o presente e o futuro”, pois o velho representava a sabedoria, experiência e a memória. Depois da Revolução Industrial, novidade surgida a cada geração ganhou mais importância em relação a sua semelhança com o que havia antes.

b) A Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX promoveu a substituição da produção artesanal como sistema de produção predominante pelo sistema fabril. Promoveu também a mecanização da produção e a perda o controle por parte do trabalhador sobre o processo de trabalho, isto é, a alienação. 



  
7.   A paz não passa de um engodo, de uma quimera, de um sonho fugaz; a indústria tornou-se o suplício dos povos, depois que uma ilha de piratas [refere-se à Inglaterra] bloqueia as comunicações (...) e transforma suas fábricas e oficinas em viveiros de mendigos.

(Charles Fourier. Théorie des quatre mouvements (1808), in OEuvres complètes. Paris: Anthropos, vol. I, 1978, citado por Elias Thomé Saliba. As utopias românticas. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.)

O fragmento, escrito em 1808, mostra a visão de Charles Fourier acerca do nascimento das fábricas. Explique
a) por que o autor chama as fábricas de “viveiros de mendigos”.
b) o que leva o autor a afirmar que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”.


Resposta:

a) Nas fábricas dos primeiros tempos da Revolução Industrial, os operários trabalhavam em precárias condições, devido às longas jornadas de trabalho em ambiente em insalubre, sujeitos a acidentes e a castigos físicos e em troca de salários insignificantes.

b) A afirmação de Charles Fourier de que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”, remete, no contexto em que se deu, à hegemonia inglesa no comércio internacional, condição que a Inglaterra ostentava desde o século XVII e que foi consolidada com a Revolução Industrial no século XVIII.



  
8.   "A Revolução Industrial assinala a mais radical transformação da vida humana já registrada em documentos. Durante um breve período ela coincidiu com a história de um único país, a Grã-Bretanha. Assim, toda uma economia mundial foi edificada com base na Grã-Bretanha, ou antes, em torno desse país. (...) Houve um momento na história do mundo em que a Grã-Bretanha podia ser descrita como sua única oficina mecânica, seu único importador e exportador em grande escala, seu único transportador, seu único país imperialista e quase que seu único investidor estrangeiro; e, por esse motivo, sua única potência naval e o único país que possuía uma verdadeira política mundial. Grande parte desse monopólio devia-se simplesmente à solidão do pioneiro, soberano de tudo quanto se ocupa por causa da ausência de outros ocupantes."
            (Eric J. Hobsbawm. "Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo". Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1983, p.9)

Tendo como referência o texto anterior:
a) Explique dois fatores que contribuíram para que a Inglaterra tenha experimentado a "solidão do pioneiro" no processo de Revolução Industrial.
b) Identifique duas mudanças ocorridas na sociedade inglesa do século XIX que exemplifiquem a afirmativa do autor de que "a Revolução Industrial assinala a mais radical transformação da vida humana já registrada em documentos".


Resposta:

a) O aluno deverá explicar dois dentre os fatores a seguir: a acumulação de capital entre os séculos XVI e XVIII por parte da burguesia e da gentry nas atividades agrícolas, comerciais e manufatureiras; a existência de uma massa de mão de obra disponível, barata e farta resultante dos cercamentos dos campos, para ser utilizada nas primeiras fábricas; a existência de mercados produtores de matérias-primas e de mercados consumidores para os produtos industrializados ingleses, decorrência de seu grande poderio naval e comercial, que permitiu à Inglaterra formar um dos maiores impérios coloniais da época moderna; a abundância, em seu território, de jazidas de ferro e carvão, matérias-primas fundamentais para a construção das máquinas e para a produção de energia; os interesses da burguesia estavam representados na política do Estado inglês desde a Revolução Gloriosa.

b) O aluno poderá identificar duas dentre as seguintes mudanças: a crescente urbanização; o aumento demográfico, devido, em parte, às modificações nas técnicas agrícolas; o início do movimento de resistência dos trabalhadores, como o Ludismo e o Cartismo, em função das péssimas condições de trabalho e de vida naquela época; o desenvolvimento da produção em massa e a maior divisão do trabalho; a formulação de políticas econômicas liberais e industriais; o início da organização do movimento operário com o surgimento das tradeunions; o surgimento de novas teorias sociais, como o Socialismo e o anarquismo.



  
9.   "O que significa a frase 'a revolução industrial' explodiu? Significa que a certa altura da década de 1780, e pela primeira vez na história da humanidade, foram retirados os grilhões do poder produtivo das sociedades humanas, que daí em diante se tornaram capazes da multiplicação rápida, constante, e até o presente ilimitada, de homens, mercadorias e serviços. [...] Sob qualquer aspecto, este foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã-Bretanha. É evidente que isto não foi acidental."
            HOBSBAWM, Eric J. "A era das revoluções: Europa 1789-1848". Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 44-5.

1. CITE e ANALISE dois fatores que tornaram possível o pioneirismo inglês no processo de industrialização.
2. EXPLIQUE uma das razões por que a indústria têxtil se tornou o setor de ponta nos primórdios da industrialização.


Resposta:

1 - Pode-se mencionar como fatores que tornaram possível o pioneirismo inglês no processo de industrialização:
- a disponibilidade de capitais acumulados durante a fase mercantilista do capitalismo graças às exportações de manutaturas e à hegemonia da marinha britânica no comércio internacional;
- os cercamentos (enclousers) - utilização das terras cultiváveis em bases capitalistas - que promoveram o êxodo rural e, por conseguinte, a disponibilidade de mão de obra abundante e barata nas áreas próximas às fábricas.

2 - Os tecidos eram as principais manufaturas exportadas pelos ingleses durante a fase do capitalismo mercantilista e graças à disponibilidade de mercados, no contexto da Revolução Industrial, o setor têxtil foi o primeiro a passar pelo processo de mecanização.



  
10.   Com essas palavras, um negociante francês se referia à situação social de seu país, por volta de 1830:
"Todo fabricante vive em sua fábrica como os plantadores coloniais no meio de seus escravos, um contra uma centena, e a subversão de Lyon é uma espécie de insurreição de São Domingos [Haiti]. (...) Os bárbaros que ameaçam a sociedade não estão nem no Cáucaso nem nas estepes tártaras; estão nos subúrbios de nossas cidades industriais (...)".
            (Apud Eric Hobsbawn. "A Era das Revoluções 1789-1848", p. 221)

a) Tomando como referência o texto apresentado, EXPLIQUE a questão social que caracterizou países europeus, no curso da expansão industrial do século XIX.
b) O autor do texto menciona a insurreição de São Domingos (Haiti), área de colonização francesa, no Caribe. IDENTIFIQUE uma característica desse acontecimento.


Resposta:

a) Nos quadros da expansão industrial, em países europeus, no decorrer do século XIX, a questão social correspondeu ao conjunto de tensões envolvendo os interesses contraditórios entre o operariado fabril, mão de obra assalariada, habitantes dos subúrbios das cidades, e os empresários e negociantes que respondiam pelo controle e pela posse dos empreendimentos industriais. Nas palavras de alguns intelectuais da época, a questão social era a materialização dos conflitos entre CAPITAL e TRABALHO em relações de produção onde a expansão do primeiro se estabelecia a partir da exploração do segundo. Tal conflito, em larga medida, fomentou a criação de associações operárias e a proposição de ideias políticas que denunciavam as condições de exploração do operariado fabril, exigindo mudanças e reparações. O testemunho do negociante francês explicita o quanto tais tensões entre capital e trabalho ameaçavam os interesses dos que eram donos dos estabelecimentos fabris.

b) Entre as características da insurreição de São Domingos estão a luta pela emancipação política, a ampla participação dos escravos e a defesa do fim da escravidão.



  
11.   O pioneirismo inglês no processo de constituição do capitalismo industrial é explicado por um conjunto de fatores de natureza social, política e econômica, durante os séculos XVII e XVIII.
Indique três condições que favoreceram o desenvolvimento do capitalismo naquele país, sendo uma política, uma social e uma econômica.

a) Política:
b) Econômica:
c) Social:


Resposta:

a) A ascensão política da burguesia inglesa após a Revolução Gloriosa em 1688 que pôs fim à monarquia absolutista ao instituir a monarquia paralamentarista, submetendo a autiridade real ao parlamento liderado pela burguesia.

b) O acúmulo de capitais durante a fase mercantilista do capitalismo a partir da hegemonia exercida no comécio marítimo internacional, sobretudo após o Ato de Navegação de 1651, tanto pelo potencial da marinha mercante inglesa quanto pelo volume na exportação de manufaturas, além dos acordos comerciais estabelecidos com outras nações e a existência de um eficiente sistema financeiro, consolidado com a criação do Banco da Inglaterra em 1694.

c) A Revolução Agricola caracterizada pelos cercamentos, ao incorporar a atividade rural à produção em regime capitalista, provocou a ruína dos arrendatátios e pequenos proprietários de terras, que obrigados a abandonar o campo, transformaram-se em abundante exército de mão de obra para as indústrias.



  
12.   No turbilhão da primeira era industrial, o nacionalismo tornou-se o principal meio pelo qual o governo podia garantir a unidade da população. Conforme encorajado pelos Estados Europeus, o nacionalismo implicava convencer a população de que ela devia sentir-se agressivamente orgulhosa do país em que vivia. Da metade do século XIX em diante, a febre nacionalista infiltrou-se em todas as formas culturais europeias, afetando a educação, as artes e a literatura. (traduzido e adaptado de Paul Greenhalgh, Ephemeral Vistas: the Expositions Universelles, Great Exhibitions and World's Fairs. Manchester: Manchester University Press, 1988, p. 112-3).

a) Caracterize a primeira era industrial, iniciada em fins do século XVIII.
b) A partir do texto, explique quais as características do nacionalismo?
c) De que forma o sentimento nacional foi expresso na literatura brasileira do mesmo período?


Resposta:

a) Designada como "Primeira Revolução Industrial", a primeira fase da industrialização caracterizou-se pelo desenvolvimento do sistema de produção fabril na Inglaterra, pela utilização do  vapor, do carvão e do ferro e a pela modernização da indústria têxtil.

b) Valorização da unidade política e cultural de uma nação, acrescida da exaltação do sentimento nacional e de propósitos militaristas e expansionistas.

c) Com a exaltação do índio nas obras de José Alencar e Gonçalves Dias.



  
13.   Os historiadores costumam distinguir a primeira Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no século XVIII, de uma segunda Revolução, datada do último quartel do século XIX.
a) Estabeleça duas distinções entre a 1a e a 2a Revolução Industrial.
b) Aponte uma consequência política da 2a Revolução Industrial.


Resposta:

a) A Primeira Revolução Industrial (século XVIII), foi marcada pela introdução do vapor e do carvão mineral para obtenção de energia e o surgimento do proletariado como nova classe social.
    A Segunda Revolução Industrial (século XIX) tem como símbolos a eletricidade, o petróleo e o aço e desencadeou o neocolonialismo e a estruturação do capitalismo monopolista.
b) A introdução das novas tecnologias na indústria no século XIX, gerou a necessidade de se ampliar as
fontes de matérias-primas e os mercados consumidores, além de se criar novas áreas para o investimento de capitais excedentes. Tais necessidades levaram as potências industriais a uma política imperialista com a conquista e ocupação de novos territórios. As potências europeias concentraram seus esforços na África e na Ásia. Em particular na Ásia, enfrentaram a resistência dos nativos em movimentos como a Guerra do Ópio na China em 1841 e Guerra dos Cipaios na Índia em 1857. 



  
14.   "Tempos difíceis" é um romance do escritor inglês Charles Dickens, publicado em 1854. A história se passa na cidade de Coketown, em torno de uma fábrica de tecidos de algodão:

Umas tantas centenas de operários na fábrica, umas tantas centenas de cavalos-vapor de energia (...) O dia clareou e mostrou-se lá fora (...) As luzes apagaram-se e o trabalho continuou. Lá fora, nos vastos pátios, os tubos de escapamento do vapor, os montes de barris e ferro velho, os montículos de carvão ainda acesos, cinzas, por toda parte, amortalhavam o véu da chuva e do nevoeiro.

a) Qual a importância do carvão e do ferro na 1a Revolução Industrial?
b) Comente as condições de trabalho nas fábricas inglesas no século XIX, a partir do texto apresentado.


Resposta:

a) O carvão era o combustível necessário para a utilização do vapor; e o ferro era utilizado como  matéria-prima essencial para a fabricação das máquinas surgidas com a Revolução Industrial.

b) No capitalismo selvagem que caracterizou a Primeira Revolução Industrial, as condições de trabalho nas fábricas se pautavam pela insegurança, insalubridade, extenuantes jornadas de trabalho e exploração do trabalho feminino e infantil. Além dos baixos salários pagos aos trabalhadores.



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