Grupo de estudo para provas específicas: https://www.facebook.com/groups/660763183949872/
1.
Leia o excerto de texto escrito pelo
anarquista Neno Vasco (1878-1920), na edição de Primeiro de Maio de 1914 do
jornal brasileiro “A Voz do Trabalhador”:
“Eis a festa do 1º de Maio, isto é, a manifestação proletária que a
inconsciência de uns, a astúcia e velhacaria de outros e a cumplicidade de
todos reduziram em tantas partes a uma absurda ‘festa do trabalho’, como lhe
chamam os burgueses complacentes. (…) Vós, só o podereis festejar quando
tiverdes conquistado. E é dessa conquista que se trata, tanto no 1º de Maio
como nos outros dias.”
Discorra
sobre o sentido original do Primeiro de Maio no final do século XIX e explique
as razões da indignação expressa no texto acima.
Resposta:
O Primeiro de Maio surgiu
como resultado da indignação e das manifestações em busca de melhores
condições de trabalho dos operários após a Primeira Revolução Industrial. O
autor do artigo demonstra indignação porque, segundo ele, a comemoração do
Primeiro de Maio foi transformada em algo festivo,
não condizente com a originalidade da comemoração do dia.
2. Um motivo para a melhoria da dieta ao longo do
século XIX era que chegavam cada vez mais alimentos do que chamamos de
“periferia” da Europa, denominação vaga que engloba a Rússia e a Europa do
Leste, como também das zonas de abastecimento do Novo e do Velho Mundo. Grande
parte da Europa acabou por beneficiar-se dessas importações, mas os países mais
necessitados desses produtos eram aqueles onde a industrialização e o desenvolvimento
urbano ocorreram com maior ímpeto, ou seja, Grã-Bretanha, os Países Baixos e a
Alemanha. Do Novo Mundo chegavam o açúcar, o café e o cacau, e da China, do
Ceilão e da Índia chegavam o chá e o arroz.
(Adaptado de
Norman J. G. Pounds, La Vida Cotidiana: historia de la cultura material.
Barcelona: Editorial Crítica, 1992, p. 507-509.)
a) Explique a relação entre o processo de
industrialização e importação de alimentos na Europa.
b) Por que a dieta europeia
melhorou ao longo do século XIX?
Resposta:
a) O processo
de industrialização dos países europeus contou com um fator comum: o êxodo dos
trabalhadores do campo para as cidades. Nesse sentido, a mão de obra que
anteriormente lavrava os campos e produzia os alimentos que abasteciam os
países passou a trabalhar nas recém-criadas fábricas, criando a necessidade de
importação de alimentos.
b) Como o próprio texto
deixa claro, a dieta melhorou porque a Europa passou a importar alimentos de
“novos” lugares, ampliando a quantidade e a variedade de produtos. Nesse
contexto, o neocolonialismo promovido na África e na Ásia contribuiu para essa
melhora, porque os países europeus passaram a importar novos alimentos de
localidades como a Índia e a China.
3. Sob qualquer aspecto,
este [a
Revolução Industrial] foi
provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos
desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela
Grã-Bretanha. É evidente que isto não foi acidental.
(Eric Hobsbawm.
A era das revoluções: 1789-1848, 1986.)
Aponte dois fatores que justifiquem a
importância dada pelo texto à Revolução Industrial e indique dois motivos do
pioneirismo britânico.
Resposta:
A Revolução Industrial
gerou uma série de transformações no mundo, tais como: a consolidação do
capitalismo, o surgimento de proletariado, a separação entre capital
(burguesia) e trabalho (operário), intensificou o êxodo rural, entre outros. O
pioneirismo da Inglaterra na Revolução Industrial se deve a um conjunto de
fatores, entre eles: marinha forte, recursos naturais como ferro e carvão,
acúmulo de capital, estabilidade política, ética protestante, entre outros.
4. Leia o texto a seguir.
A tecnologia tem sido o catalizador da
mudança social desde antes do matemático grego Arquimedes demonstrar que a água
pode ser levantada para irrigar um terreno ressecado acima de um fluxo de água,
por meio de um mecanismo contínuo propulsor dentro de um tubo flexível.
Contudo, ao mesmo tempo, a diferença entre os contemplados e os
tecnologicamente carentes tornou-se um abismo. Para cada um que agora compra
sua passagem de avião, trem e ingresso de teatro online, milhões ainda
esperam pela eletricidade e por água limpa corrente.
(Adaptado de:
JARDINE, L. Como a tecnologia afeta a transformação social. In: SWAIN, H. Grandes
questões da História. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p.255-259.)
a) Com base no texto, descreva duas
características fundamentais da Revolução Industrial inglesa do século XVIII.
b) Discuta as relações
entre desenvolvimento tecnológico e bem-estar social no mundo contemporâneo.
Resposta:
a) Sobre a revolução industrial, o candidato
deve articular uma resposta que aponte suas características: o surgimento da
manufatura, a urbanização, o surgimento do proletariado, o surgimento da
indústria de bens de consumo, a expulsão do homem do campo, o cercamento das
terras, a exploração do trabalho assalariado.
b) Espera-se que o candidato articule uma
reflexão demonstrando como o desenvolvimento tecnológico pode contribuir para o
desenvolvimento humano e até mesmo para a preservação ambiental. Essas
tecnologias não estão, contudo, disponíveis para todos, o que reforça a
desigualdade existente. Em suma, o candidato deverá argumentar sobre os
aspectos contraditórios das relações entre desenvolvimento tecnológico e
bem-estar social.
5. Noite após noite, quando
tudo está tranquilo
E a lua se
esconde por trás da colina,
Marchamos,
marchamos para realizar nosso desejo.
Com machado,
lança e fuzil!
Oh! meus valentes
cortadores!
Os que com golpes
fortes
As máquinas de
cortar destroem.
Oh! meus valentes
cortadores! (...).
(Canção popular
inglesa do início do século XIX. Citada por: Luzia Margareth Rago e Eduardo F.
P. Moreira. O que é Taylorismo, 1986.)
A canção menciona os “quebradores de
máquinas”, que agiram em muitas cidades inglesas nas primeiras décadas da
industrialização. Alguns historiadores os consideram “rebeldes ingênuos”,
enquanto outros os veem como “revolucionários conscientes”. Justifique as duas
interpretações acerca do movimento.
Resposta:
O movimento
dos quebradores de máquinas entre os séculos XVIII e XIX, na Inglaterra, também
conhecido por “Ludismo”, reuniu operários nos principais centros urbanos, que
invadiam as fábricas e destruíam as máquinas.
Para alguns,
em especial os autores marxistas, eram rebeldes ingênuos, pois representaram um
movimento espontâneo, sem ideologia, objetivos concretos ou forma mais acabada
de organização, portanto, fadados à derrota. Para outros, eram revolucionários
conscientes, encaixando-se nessa visão, historiadores mais tradicionais que
entendem que os operários tinham consciência do papel nefasto das máquinas e
das fábricas em suas vidas, responsáveis pelo aumento do desemprego e pela
precarização do trabalho; ou ainda os historiadores anarquistas, que consideram
que o movimento organizado de massas tem potencial revolucionário e, de alguma
forma, pretende se opor ao “status quo”.
6. Na Europa, até o século XVIII, o
passado era o modelo para o presente e para o futuro. O velho representava a
sabedoria, não apenas em termos de uma longa experiência, mas também da memória
de como eram as coisas, como eram feitas e, portanto, de como deveriam ser
feitas. Atualmente, a experiência acumulada não é mais considerada tão relevante.
Desde o início da Revolução Industrial, a novidade trazida por cada geração é
muito mais marcante do que sua semelhança com o que havia antes.
(Adaptado
de Eric Hobsbawm, O que a história tem a dizer-nos sobre a sociedade
contemporânea?, em: Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras,
1998, p. 37-38.)
a) Segundo o texto, como a Revolução Industrial
transformou nossa atitude em relação ao passado?
b) De que
maneiras a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX alterou o sistema de
produção?
Resposta:
a) De acordo com o texto sim, pois antes
da Revolução Industrial, “o passado era o modelo para o presente e o futuro”,
pois o velho representava a sabedoria, experiência e a memória. Depois da
Revolução Industrial, novidade surgida a cada geração ganhou mais importância
em relação a sua semelhança com o que havia antes.
b) A
Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX promoveu a substituição da
produção artesanal como sistema de produção predominante pelo sistema fabril.
Promoveu também a mecanização da produção e a perda o controle por parte do
trabalhador sobre o processo de trabalho, isto é, a alienação.
7. A paz não passa de um
engodo, de uma quimera, de um sonho fugaz; a indústria tornou-se o suplício dos
povos, depois que uma ilha de piratas [refere-se à Inglaterra] bloqueia as comunicações (...) e transforma suas fábricas e oficinas em viveiros de mendigos.
(Charles Fourier. Théorie des quatre mouvements (1808),
in OEuvres complètes. Paris: Anthropos, vol. I, 1978, citado por Elias Thomé Saliba. As
utopias românticas. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.)
O fragmento, escrito em 1808, mostra a visão
de Charles Fourier acerca do nascimento das fábricas. Explique
a) por que o autor chama as
fábricas de “viveiros de mendigos”.
b)
o que leva o
autor a afirmar que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”.
Resposta:
a) Nas fábricas dos
primeiros tempos da Revolução Industrial, os operários trabalhavam em precárias
condições, devido às longas jornadas de trabalho em ambiente em insalubre,
sujeitos a acidentes e a castigos físicos e em troca de salários
insignificantes.
b) A afirmação de Charles
Fourier de que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”, remete, no contexto em
que se deu, à hegemonia inglesa no comércio internacional, condição que a
Inglaterra ostentava desde o século XVII e que foi consolidada com a Revolução
Industrial no século XVIII.
8. "A Revolução Industrial assinala a mais radical transformação da
vida humana já registrada em documentos. Durante um breve período ela coincidiu
com a história de um único país, a Grã-Bretanha. Assim, toda uma economia
mundial foi edificada com base na Grã-Bretanha, ou antes, em torno desse país.
(...) Houve um momento na história do mundo em que a Grã-Bretanha podia ser
descrita como sua única oficina mecânica, seu único importador e exportador em
grande escala, seu único transportador, seu único país imperialista e quase que
seu único investidor estrangeiro; e, por esse motivo, sua única potência naval
e o único país que possuía uma verdadeira política mundial. Grande parte desse
monopólio devia-se simplesmente à solidão do pioneiro, soberano de tudo quanto
se ocupa por causa da ausência de outros ocupantes."
(Eric J. Hobsbawm. "Da
Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo". Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 1983, p.9)
Tendo
como referência o texto anterior:
a)
Explique dois fatores que contribuíram para que a Inglaterra tenha
experimentado a "solidão do pioneiro" no processo de Revolução
Industrial.
b)
Identifique duas mudanças ocorridas na sociedade inglesa do século XIX que
exemplifiquem a afirmativa do autor de que "a Revolução Industrial assinala
a mais radical transformação da vida humana já registrada em documentos".
Resposta:
a)
O aluno deverá explicar dois dentre os fatores a seguir: a acumulação de
capital entre os séculos XVI e XVIII por parte da burguesia e da gentry nas
atividades agrícolas, comerciais e manufatureiras; a existência de uma massa de
mão de obra disponível, barata e farta resultante dos cercamentos dos campos,
para ser utilizada nas primeiras fábricas; a existência de mercados produtores
de matérias-primas e de mercados consumidores para os produtos industrializados
ingleses, decorrência de seu grande poderio naval e comercial, que permitiu à
Inglaterra formar um dos maiores impérios coloniais da época moderna; a
abundância, em seu território, de jazidas de ferro e carvão, matérias-primas
fundamentais para a construção das máquinas e para a produção de energia; os
interesses da burguesia estavam representados na política do Estado inglês
desde a Revolução Gloriosa.
b)
O aluno poderá identificar duas dentre as seguintes mudanças: a crescente
urbanização; o aumento demográfico, devido, em parte, às modificações nas
técnicas agrícolas; o início do movimento de resistência dos trabalhadores,
como o Ludismo e o Cartismo, em função das péssimas condições de trabalho e de
vida naquela época; o desenvolvimento da produção em massa e a maior divisão do
trabalho; a formulação de políticas econômicas liberais e industriais; o início
da organização do movimento operário com o surgimento das tradeunions; o surgimento
de novas teorias sociais, como o Socialismo e o anarquismo.
9. "O que significa a frase 'a revolução industrial' explodiu?
Significa que a certa altura da década de 1780, e pela primeira vez na história
da humanidade, foram retirados os grilhões do poder produtivo das sociedades
humanas, que daí em diante se tornaram capazes da multiplicação rápida,
constante, e até o presente ilimitada, de homens, mercadorias e serviços. [...]
Sob qualquer aspecto, este foi provavelmente o mais importante acontecimento na
história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E
foi iniciado pela Grã-Bretanha. É evidente que isto não foi acidental."
HOBSBAWM, Eric J. "A era das
revoluções: Europa 1789-1848". Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 44-5.
1.
CITE e ANALISE dois fatores que tornaram possível o pioneirismo inglês no
processo de industrialização.
2.
EXPLIQUE uma das razões por que a indústria têxtil se tornou o setor de ponta
nos primórdios da industrialização.
Resposta:
1
- Pode-se mencionar como fatores que tornaram possível o pioneirismo inglês no
processo de industrialização:
-
a disponibilidade de capitais acumulados durante a fase mercantilista do
capitalismo graças às exportações de manutaturas e à hegemonia da marinha
britânica no comércio internacional;
-
os cercamentos (enclousers) - utilização das terras cultiváveis em bases
capitalistas - que promoveram o êxodo rural e, por conseguinte, a
disponibilidade de mão de obra abundante e barata nas áreas próximas às
fábricas.
2
- Os tecidos eram as principais manufaturas exportadas pelos ingleses durante a
fase do capitalismo mercantilista e graças à disponibilidade de mercados, no
contexto da Revolução Industrial, o setor têxtil foi o primeiro a passar pelo
processo de mecanização.
10. Com essas palavras, um negociante francês se referia à situação social
de seu país, por volta de 1830:
"Todo
fabricante vive em sua fábrica como os plantadores coloniais no meio de seus
escravos, um contra uma centena, e a subversão de Lyon é uma espécie de
insurreição de São Domingos [Haiti]. (...) Os bárbaros que ameaçam a sociedade
não estão nem no Cáucaso nem nas estepes tártaras; estão nos subúrbios de nossas
cidades industriais (...)".
(Apud Eric Hobsbawn. "A Era das
Revoluções 1789-1848", p. 221)
a)
Tomando como referência o texto apresentado, EXPLIQUE a questão social que
caracterizou países europeus, no curso da expansão industrial do século XIX.
b)
O autor do texto menciona a insurreição de São Domingos (Haiti), área de
colonização francesa, no Caribe. IDENTIFIQUE uma característica desse
acontecimento.
Resposta:
a)
Nos quadros da expansão industrial, em países europeus, no decorrer do século
XIX, a questão social correspondeu ao conjunto de tensões envolvendo os
interesses contraditórios entre o operariado fabril, mão de obra assalariada,
habitantes dos subúrbios das cidades, e os empresários e negociantes que
respondiam pelo controle e pela posse dos empreendimentos industriais. Nas
palavras de alguns intelectuais da época, a questão social era a materialização
dos conflitos entre CAPITAL e TRABALHO em relações de produção onde a expansão
do primeiro se estabelecia a partir da exploração do segundo. Tal conflito, em
larga medida, fomentou a criação de associações operárias e a proposição de ideias
políticas que denunciavam as condições de exploração do operariado fabril,
exigindo mudanças e reparações. O testemunho do negociante francês explicita o
quanto tais tensões entre capital e trabalho ameaçavam os interesses dos que
eram donos dos estabelecimentos fabris.
b)
Entre as características da insurreição de São Domingos estão a luta pela emancipação
política, a ampla participação dos escravos e a defesa do fim da escravidão.
11. O pioneirismo inglês no processo de constituição do capitalismo
industrial é explicado por um conjunto de fatores de natureza social, política
e econômica, durante os séculos XVII e XVIII.
Indique
três condições que favoreceram o desenvolvimento do capitalismo naquele país,
sendo uma política, uma social e uma econômica.
a)
Política:
b)
Econômica:
c)
Social:
Resposta:
a)
A ascensão política da burguesia inglesa após a Revolução Gloriosa em 1688 que
pôs fim à monarquia absolutista ao instituir a monarquia paralamentarista,
submetendo a autiridade real ao parlamento liderado pela burguesia.
b)
O acúmulo de capitais durante a fase mercantilista do capitalismo a partir da
hegemonia exercida no comécio marítimo internacional, sobretudo após o Ato de
Navegação de 1651, tanto pelo potencial da marinha mercante inglesa quanto pelo
volume na exportação de manufaturas, além dos acordos comerciais estabelecidos
com outras nações e a existência de um eficiente sistema financeiro,
consolidado com a criação do Banco da Inglaterra em 1694.
c)
A Revolução Agricola caracterizada pelos cercamentos, ao incorporar a atividade
rural à produção em regime capitalista, provocou a ruína dos arrendatátios e
pequenos proprietários de terras, que obrigados a abandonar o campo,
transformaram-se em abundante exército de mão de obra para as indústrias.
12. No turbilhão da primeira era industrial, o nacionalismo tornou-se o
principal meio pelo qual o governo podia garantir a unidade da população.
Conforme encorajado pelos Estados Europeus, o nacionalismo implicava convencer
a população de que ela devia sentir-se agressivamente orgulhosa do país em que
vivia. Da metade do século XIX em diante, a febre nacionalista infiltrou-se em
todas as formas culturais europeias, afetando a educação, as artes e a
literatura. (traduzido e adaptado de Paul Greenhalgh, Ephemeral Vistas: the
Expositions Universelles, Great Exhibitions and World's Fairs. Manchester:
Manchester University Press, 1988, p. 112-3).
a)
Caracterize a primeira era industrial, iniciada em fins do século XVIII.
b)
A partir do texto, explique quais as características do nacionalismo?
c)
De que forma o sentimento nacional foi expresso na literatura brasileira do
mesmo período?
Resposta:
a)
Designada como "Primeira Revolução Industrial", a primeira fase da
industrialização caracterizou-se pelo desenvolvimento do sistema de produção
fabril na Inglaterra, pela utilização do
vapor, do carvão e do ferro e a pela modernização da indústria têxtil.
b)
Valorização da unidade política e cultural de uma nação, acrescida da exaltação
do sentimento nacional e de propósitos militaristas e expansionistas.
c)
Com a exaltação do índio nas obras de José Alencar e Gonçalves Dias.
13. Os historiadores costumam distinguir a primeira Revolução Industrial,
ocorrida na Inglaterra no século XVIII, de uma segunda Revolução, datada do
último quartel do século XIX.
a)
Estabeleça duas distinções entre a 1a e a 2a Revolução
Industrial.
b)
Aponte uma consequência política da 2a Revolução Industrial.
Resposta:
a)
A Primeira Revolução Industrial (século XVIII), foi marcada pela introdução do
vapor e do carvão mineral para obtenção de energia e o surgimento do
proletariado como nova classe social.
A Segunda Revolução Industrial (século XIX)
tem como símbolos a eletricidade, o petróleo e o aço e desencadeou o
neocolonialismo e a estruturação do capitalismo monopolista.
b)
A introdução das novas tecnologias na indústria no século XIX, gerou a
necessidade de se ampliar as
fontes
de matérias-primas e os mercados consumidores, além de se criar novas áreas
para o investimento de capitais excedentes. Tais necessidades levaram as potências
industriais a uma política imperialista com a conquista e ocupação de novos
territórios. As potências europeias concentraram seus esforços na África e na
Ásia. Em particular na Ásia, enfrentaram a resistência dos nativos em
movimentos como a Guerra do Ópio na China em 1841 e Guerra dos Cipaios na Índia
em 1857.
14. "Tempos difíceis" é um romance do escritor inglês Charles
Dickens, publicado em 1854. A história se passa na cidade de Coketown, em torno
de uma fábrica de tecidos de algodão:
Umas
tantas centenas de operários na fábrica, umas tantas centenas de cavalos-vapor
de energia (...) O dia clareou e mostrou-se lá fora (...) As luzes apagaram-se
e o trabalho continuou. Lá fora, nos vastos pátios, os tubos de escapamento do
vapor, os montes de barris e ferro velho, os montículos de carvão ainda acesos,
cinzas, por toda parte, amortalhavam o véu da chuva e do nevoeiro.
a)
Qual a importância do carvão e do ferro na 1a Revolução Industrial?
b)
Comente as condições de trabalho nas fábricas inglesas no século XIX, a partir
do texto apresentado.
Resposta:
a)
O carvão era o combustível necessário para a utilização do vapor; e o ferro era
utilizado como matéria-prima essencial
para a fabricação das máquinas surgidas com a Revolução Industrial.
b)
No capitalismo selvagem que caracterizou a Primeira Revolução Industrial, as
condições de trabalho nas fábricas se pautavam pela insegurança, insalubridade,
extenuantes jornadas de trabalho e exploração do trabalho feminino e infantil.
Além dos baixos salários pagos aos trabalhadores.
Comentários
Postar um comentário