1. (Uerj 2013) China é vista como a
principal economia mundial
A China já é percebida em grande parte do
mundo como a principal economia mundial, embora na realidade seja a segunda,
atrás dos Estados Unidos. Segundo pesquisa de opinião publicada pela imprensa
chinesa, na qual foram ouvidas por telefone mais de 26 mil pessoas de 21
países, 41% disseram que a China é a maior potência econômica mundial, enquanto
40% acreditam que são os Estados Unidos. A tendência a favor dessa imagem da
China é especialmente forte na Europa, onde 58% dos britânicos têm essa
percepção.
Adaptado de , 14/06/2012.
Com elevadas taxas de crescimento em seu
Produto Interno Bruto nos últimos anos, a China confirma sua posição de
destaque nos cenários político e econômico mundiais.
Indique dois fatores que
impulsionaram esse grande avanço da economia chinesa.
Resposta:
Dois dos fatores:
• mão de obra com baixo custo
• fragilidade da legislação ambiental
• disponibilidade de matérias-primas
• política de incentivo às exportações
• disponibilidade de fontes de energia
• crescimento recente do mercado interno
• abertura econômica com entrada de capital estrangeiro
• disponibilidade de
infraestrutura moderna nas zonas especiais
Alguns dos fatores que podem ser considerados como determinantes para o
avanço da economia chinesa são: processo de abertura econômica iniciado na
década de 1980 que criou infraestrutura de transportes e energia, criação de
enclaves de produção para exportação (ZEE’s), incentivos fiscais, atração de
investimentos estrangeiros; oferta de mão de obra abundante e barata, e
atualmente qualificada; abundância de recursos naturais e energéticos;
legislação ambiental flexível; elevada poupança interna que em conjunto com a
grande população absoluta cria um numeroso mercado consumidor; a política
neoliberal que amplia a abertura dos mercados e a integração financeira
mundial.
2.
(Uerj 2012) Leia.
A saída pelo porto
Aos poucos eles estão chegando. Ao fim de 15
anos serão 250 mil, mais de sete vezes o atual número de habitantes (32.747).
Ou seja, a pacata São João da Barra, localizada no Norte Fluminense e que hoje
não enche sequer o estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro,terá uma população
suficiente para lotar três Maracanãs em 2025. A razão para tamanho salto são as
perspectivas de investimento no município a partir da construção do Porto do
Açu, empreendimento da LLX, o braço logístico do grupo de Eike Batista. Em
pouco mais de dez anos, a cidade deverá receber uma injeção de quase R$ 70
bilhões – R$ 3,4 bilhões do porto e outros R$ 64 bilhões de empresas que
deverão se instalar no seu entorno.
Adaptado de O Globo, 15/05/2011
Apresente duas consequências positivas para
a economia do Norte Fluminense e dois possíveis impactos negativos relacionados
ao espaço urbano de São João da Barra, decorrentes das perspectivas de
investimento abordadas no texto.
Resposta:
Entre as consequências positivas da
construção do complexo portuário e industrial do Açu em São João da Barra,
litoral norte do estado do Rio de Janeiro, destacam-se: geração de empregos,
aumento da renda per capita, elevação da arrecadação de impostos pelo
município, melhoria da infraestrutura e atração de empresas que vão aproveitar
a localização portuária.
Porém, podem acontecer impactos negativos,
caso o município não saiba planejar o crescimento, entre os quais:
– atração excessiva de imigrantes;
– problemas de moradia, como a favelização;
– aumento da violência urbana;
– sobrecarga dos serviços públicos de
educação e saúde;
– especulação imobiliária com elevação do
preço dos terrenos, imóveis e aluguéis;
– problemas ambientais.
3.
(Uerj 2012) Leia.
Multinacionais de alimentos agravam pobreza
Documento da ActionAid, apresentado no Fórum
Social Mundial de 2011, revela que um pequeno grupo de empresas domina a maior
parte do comércio mundial de itens como trigo, café, chá e bananas. Um terço de
todo o alimento processado do planeta está nas mãos de apenas 30 empresas.
Outras 5 controlam 75% do comércio internacional de grãos. Do total da produção
e da venda de agrotóxicos, também 75% são dominados por 6 companhias, e uma
única multinacional, a Monsanto, detém 91% do setor de produção e venda de
sementes.
Adaptado de www.observatoriosocial.org.br
O texto faz referência ao processo de
modernização da agropecuária mundial, com a formação e a expansão de complexos
agroindustriais.
Defina o que são complexos agroindustriais.
Com base na reportagem, aponte duas
consequências socioeconômicas negativas resultantes da situação de reduzida
concorrência no setor agrícola.
Resposta:
Os complexos agroindustriais ou do
agronegócio são complexas cadeias produtivas que articulam a produção
agropecuária com a produção industrial e o setor terciário (comércio, serviços
e finanças), a exemplo da produção de soja para exportação, intermediada por
transnacionais, e vendida para diferentes indústrias (óleo, ração para animais,
etc.).
Entre as
consequências negativas da prevalência das transnacionais no agronegócio estão
a elevação dos preços dos alimentos devido à lucratividade das empresas, o que
pode fazer com que parcelas da população mais pobre não tenham acesso à
alimentação. Outra consequência é o aumento da dependência do agricultor em
relação às empresas produtoras de sementes, inclusive transgênicos (Monsanto),
de agrotóxicos e fertilizantes. Também tem-se a exploração dos pequenos
proprietários por grandes empresas, a exemplo daqueles que vendem a produção
pecuária (aves e suínos) para a indústria de alimentos.
4. (Uerj) Governo já tem data para
tirar Angra 3 do papel: 10. de setembro
O
Brasil está muito próximo de tirar do papel a retomada do programa nuclear. O
governo debateu por anos se deveria ou não reiniciar as obras de Angra 3. Por
fim, em junho do ano passado, o Conselho Nacional de Política energética (CNPe) decidiu autorizar
a eletronuclear a construir a terceira usina em Angra dos Reis.
Pelos
planos que o governo vem anunciando recentemente, Angra 3 será apenas a
primeira de uma série de novas usinas nucleares que deverão ser construídas no
Brasil.
LEONARDO GOY. Adaptado de "O
Estado de São Paulo", 08/07/2008
A
retomada do programa nuclear brasileiro traz à tona a polêmica que envolve essa
forma de gerar energia não apenas no país, mas no mundo.
Aponte
dois argumentos favoráveis e dois argumentos contrários à opção de ampliar a
geração de energia elétrica em centrais termonucleares no Brasil.
Resposta:
Fatores
favoráveis: autonomia geográfica na localização de unidades geradoras; aumento
na oferta de energia.
Fatores
desfavoráveis: Altos custos, geração de lixo atômico.
5. (Uerj) Fábricas de brinquedos
querem polo no Nordeste
A forte concorrência dos chineses
deve levar os maiores fabricantes nacionais de brinquedos a criar um polo de
produção no Nordeste.
A China já responde por 70% dos
brinquedos vendidos no mundo e por 50% no mercado brasileiro.
Atualmente, 80% das fábricas
brasileiras de brinquedos estão no estado de São Paulo. O polo no Nordeste
poderá significar a extinção de 18 mil dos 23 mil postos de trabalho existentes
no mercado paulista.
LINO RODRIGUES. Adaptado de "O
Globo", 02/04/2008
Indique
dois fatores explicativos para a relocalização industrial relatada na
reportagem e aponte duas consequências socioeconômicas desse processo para a
região Nordeste.
Resposta:
A
mão de obra numerosa e custos tributários e de produção menores. Consequências:
maior geração de emprego , dinamização da economia regional.
6. (Uerj) O Brasil vai se tornar a
Arábia Saudita verde?
O Brasil é novamente o país do
futuro. Depois de rodar pelo país e se encantar com o processo de produção do
álcool a partir da cana-de-açúcar, Thomas Friedman, colunista do New York Times
e um dos maiores especialistas em Oriente Médio, voltou para os Estados Unidos
convencido de que o Brasil pode se tornar a Arábia Saudita do álcool. A
comparação com o maior exportador mundial de petróleo não é delirante. O Brasil
é o país mais avançado em produção de combustíveis de origem vegetal, também
chamados biocombustíveis.
("Época", 12/02/2007)
Após
vislumbrar a auto-suficiência na produção de petróleo, o Brasil desponta como
possível destaque na utilização da biomassa como fonte de energia. Cite duas
características do espaço físico brasileiro que favorecem a produção de
biomassa no país. Cite também dois riscos, um socioeconômico e outro ambiental,
caso se confirme o prognóstico
apresentado no texto.
Resposta:
Duas
das características:
-
grande disponibilidade de terras para o plantio, sem necessariamente diminuir a
área destinada à produção de alimentos
-
temperaturas que permitem mais de uma safra de um grande número de produtos
-
fotoperíodos longos durante quase todo o ano, favorecendo o crescimento dos
vegetais utilizados para produção de biocombustíveis
-
pluviosidade adequada à produção agrícola na maior parte do país
-
condições adequadas ao cultivo da cana-de-açúcar, cujo álcool é mais barato do
que obtido a partir de plantas cultivadas em áreas temperadas, como o milho e a
beterraba
Um
dos riscos socioeconômicos:
-
redução da área plantada destinada a alimentos
-
aprofundamento da concentração fundiária
Um
dos riscos ambientais:
-
ampliação do desmatamento do cerrado e da Amazônia para realizar o plantio de
espécies passíveis de gerar biocombustíveis
-
possibilidade de aumentar a poluição hídrica causada por agrotóxicos em virtude
da intensividade dos cultivos realizados pela agroindústria
-
expansão de monoculturas, comprometendo a biodiversidade de ecossistemas
regionais
7.
(Uerj 2012) Leia.
Sr. Presidente, Srs. Senadores, levamos a
cabo a tarefa da transição.
Acredito firmemente que o autoritarismo é
uma página virada na história do Brasil. Resta, contudo, um pedaço de nosso
passado político que ainda atravanca o presente e retarda o avanço da
sociedade. Refiro-me ao legado da Era Vargas, ao seu modelo de desenvolvimento
autárquico e ao seu Estado intervencionista.
Esse modelo, que à sua época assegurou
progresso e permitiu a nossa industrialização, começou a perder fôlego no fim
dos anos 70. Atravessamos a década de 80 às cegas. No final da “década
perdida”, os analistas políticos e econômicos mais lúcidos já convergiam na
percepção de que o Brasil vivia não apenas um somatório de crises conjunturais,
mas o fim de um ciclo de desenvolvimento a longo prazo.
FERNANDO
HENRIQUE CARDOSO
Discurso de
despedida do Senado, em 15/12/1994
Adaptado de
www.planalto.gov.br
Em seus dois mandatos como presidente,
Fernando Henrique Cardoso buscou apoio de diferentes forças políticas e
partidárias para implementar um programa de reformas que rompesse com o que
chamou de “legado da Era Vargas”. Essas reformas eram vistas pelo grupo
político ao qual pertencia como fundamentais para que o país vencesse
definitivamente as dificuldades enfrentadas na “década perdida”.
Explique o significado da expressão “década
perdida” para a economia brasileira.
Cite, ainda, duas ações desenvolvidas
durante os governos de Fernando Henrique Cardoso relacionadas a seu rompimento
com a “Era Vargas”.
Resposta:
A década de
80, dos governos Figueiredo e Sarney, é valorizada pela transição política em
direção à democracia, mas desprezada do ponto de vista econômico. Daí a
expressão “década perdida”, pois foi caracterizada por forte recessão, com
inflação crescente e retração das atividades econômicas, tendo como efeito o
aumento do desemprego e forte redução no poder de compra.
Em
contraposição à política considerada intervencionista do modelo varguista, o
governo FHC promoveu a desestatização, com abertura da economia ao capital estrangeiro,
além de uma política de flexibilização na legislação trabalhista.
8.
(Uerj 2012) Leia.
Nasce daqui uma questão: se vale mais ser
amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de
desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que
amado, quando haja de faltar uma das duas. Deve, todavia, o príncipe fazer-se
temer de modo que, se não adquire amizade, evite ser odiado, porque pode muito
bem ser ao mesmo tempo temido e não odiado; o que sempre conseguirá desde que
respeite os bens dos seus concidadãos e dos seus súditos porque os homens
esquecem mais depressa a morte do pai que a perda do patrimônio.
Mas quando um príncipe está com os exércitos
e tem uma multidão de soldados sob o seu comando, então é de todo necessário
que não se importe de passar por cruel; porque sem esta fama não se mantém um
exército unido, nem disposto a qualquer feito.
O Príncipe, de Nicolau Maquiavel
Adaptado de www.arqnet.pt
Nicolau Maquiavel foi um pensador florentino
que viveu na época do Renascimento. Ele é considerado um dos fundadores do
pensamento político moderno e suas ideias serviram de base para a constituição
do Absolutismo monárquico.
Identifique no texto duas
práticas do Absolutismo monárquico.
Resposta:
A
concentração de poderes está na essência da ideia do absolutismo, na medida em
que o governo não faz apenas as leis, mas controla seu cumprimento. Destaca-se
ainda a necessidade da força para a manutenção do poder e da ordem constituída,
entendida como fundamental para a preservação da nação, impedindo que
interesses particulares se sobreponham aos interesses sociais.
9. (Uerj 2012) Leia.
Uma questão acadêmica, mas interessante,
acerca da “descoberta” do Brasil é a seguinte: ela resultou de um acidente, de
um acaso da sorte? Não, ao que tudo indica. Os defensores da casualidade são
hoje uma corrente minoritária. A célebre carta de Caminha não refere a
ocorrência de calmarias. Além disso, é difícil aceitar que uma frota com 13
caravelas, bússola e marinheiros experimentados se perdesse em pleno oceano
Atlântico e viesse bater nas costas da Bahia por acidente.
Rejeitado o acaso como fonte de explicação
no que tange aos objetivos da “descoberta”, fica de pé a seguinte pergunta:
qual foi, portanto, a finalidade, a intenção da expedição de Cabral?
Adaptado de
LOPEZ, Luiz Roberto. História do Brasil colonial. Porto Alegre: Mercado
Aberto, 1983.
Os descobrimentos marítimos dos séculos XV e
XVI foram processos importantes para a construção do mundo moderno. A chegada
dos portugueses ao Brasil decorre dos projetos que levaram diferentes nações
europeias às grandes navegações.
Formule uma resposta à pergunta do autor, ao
final do texto: qual foi a finalidade da expedição de Cabral?
Em seguida, cite dois motivos que justificam
as grandes navegações marítimas nos séculos XV e XVI.
Resposta:
A viagem de
Cabral ao litoral do Brasil fez parte de um projeto para reconhecer o litoral
do Brasil, que pertencia a Portugal desde 1494, quando do Tratado de Tordesilhas.
A posse do litoral do Brasil, somada a posse do litoral africano, garantiria ao
reino lusitano o controle sobre a rota atlântica em direção ao oriente e suas
especiarias.
As “grandes
navegações” foram impulsionadas pela necessidade de superar a crise econômica
do século XIV, determinada pela retração da produção agrícola devido às guerras
e a peste negra; ao mesmo tempo contribuiu para consolidar o Estado Nacional,
nova forma de organização política constituída no final do período medieval.
10. (Uerj) A ALCA é parte de um projeto integral dos Estados Unidos que começa há
muito tempo, na realidade, há quase dois séculos, quando, em 1823, James Monroe
proclama a famosa doutrina que leva seu nome, a da América para os americanos.
ATILIO BORON
Adaptado de
http://www.revistaforum.com.br
A
política externa dos Estados Unidos sempre se constituiu em um elemento
preponderante nas relações entre os povos americanos, apesar das diferentes
conjunturas verificadas ao longo desses quase duzentos anos.
a)
Descreva o contexto histórico em que surgiu a Doutrina Monroe e aponte seu
principal objetivo.
b)
Indique a proposta dos idealizadores da ALCA e a principal argumentação dos
críticos dessa proposta.
Resposta:
a)
A Doutrina Monroe surgiu no contexto das lutas em prol das independências das
colônias americanas, marcado por tentativas de recolonização da Santa Aliança.
Evitar a intervenção das potências europeias
nos processos de independência das antigas colônias ibero-americanas.
b)
Promover um aprofundamento das relações comerciais e diplomáticas entre os EUA
e os demais países do continente americano, por meio do estabelecimento de uma
área de livre comércio.
Devido à superioridade econômica e
tecnológica dos EUA, a formação do bloco acabaria por ampliar a dependência
histórica da América Latina em relação aos EUA, contribuindo para a
consolidação de sua hegemonia.
Links para questões de outras disciplinas:
Bons estudos!!
Professor Arão Alves
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