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Iluminismo e Revolução Industrial - Questões discusivas com gabarito comentado



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1. (Ueg)  O avanço tecnológico das últimas décadas deu origem a setores muito sofisticados do ponto de vista técnico, tais como a microeletrônica, a biotecnologia, a robótica etc. Eles integram a chamada fábrica global, determinando uma nova distribuição espacial das indústrias, cujas características atendem, em última análise, à lógica do lucro.

Com relação aos fatores determinantes da teoria de localização industrial, responda:

a) Identifique os fatores que foram fundamentais para a localização industrial na primeira e na terceira Revolução Industrial.
b) Explique o significado do termo “fábrica global”.


Resposta:

a) A Primeira Revolução Industrial de um lado depende de capital acumulado, existência de minérios em abundância como o ferro e o manganês (custo do transporte, distâncias e quantidade) e fontes de energia. De outro lado um mercado consumidor com poder aquisitivo e mão de obra abundante são importantes.
A Terceira Revolução Industrial ocorre sobre novas bases. Energia elétrica, informatização, integração pesquisa – tecnologia, terceirização, Toyotismo (just in time), automação e robotização. Os avanços tecnológicos ocorrem em áreas como microeletrônica, nanotecnologia, biotecnologia, química fina entre outras. São aspectos que favorecem a acumulação flexível com desconcentração espacial.

b) Trata-se de um novo modelo produtivo com base na desconcentração espacial das atividades; distribuição do processo produtivo de bens por diferentes lugares. A sede administrativa da empresa é num dado país e sua linha de produção é em outro. A transnacionalização, por exemplo, pode ter um carro global. Projeto, administração e captação financeira num certo país; produção de autopeças em outro; carroceria e motores num terceiro e montagem num quarto país.



  
2. (Ufes)  No apogeu da crítica ao Antigo Regime, o filósofo e escritor francês Denis Diderot (1713-1784) afirmou: “Os homens somente serão livres quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre”. Ao lado de D´Alembert, Rousseau, Montesquieu, Voltaire e outros pensadores do seu tempo, Diderot produziu a famosa Enciclopédia, obra em 33 volumes, com 71.818 artigos e 2.885 ilustrações, redigida entre 1750 e 1772. Essa obra integrava um importante movimento filosófico conhecido como Iluminismo, que realizou forte crítica às monarquias de então e aos costumes da época, consolidando a modernidade.

a) Aponte duas das principais ideias do Iluminismo.
b) Analise a relação entre o pensamento iluminista e o surgimento do despotismo esclarecido, adotado por algumas monarquias europeias.


Resposta:

a) Serão consideradas, positivamente, as citações sobre as principais ideias do Iluminismo e suas respectivas características, entre outras citações afins ou correlatas:
- O Iluminismo foi um movimento cultural e filosófico que agitou as elites durante o século XVIII na Europa, que mobilizou a razão no sentido de transformar a sociedade e o pensamento existentes e representou um momento de intenso intercâmbio cultural.
- A principal ideia era o uso da razão e não da consciência religiosa como instrumento para a emancipação humana.
- O Iluminismo constituiu-se como um conjunto de concepções de grande influência em diversos domínios: político, filosófico, social, econômico e cultural.
- Outro pressuposto fundamental consistia na defesa da liberdade humana, reivindicando o fim de tudo aquilo que prendesse ou mantivesse os homens na servidão. Ele contestava o Absolutismo monárquico que defendia a tese do poder divino dos reais, visto defender a soberania como emanação da vontade da população. Nesse sentido, entendia que o poder deveria ser dividido, que sua autoridade não deveria residir exclusivamente na vontade dos monarcas, daí derivaram todos os esforços da criação dos três poderes – tal como propugnou Montesquieu – e a reflexão sobre o poder nas mãos dos reis e imperadores, bem como a defesa do constitucionalismo.
- Além de uma reação ao Absolutismo, o Iluminismo também representou uma reação contra a influência da Igreja na política e na vida sociocultural. Assim, reivindicava a necessidade de um ensino laico e da liberdade de culto. Para Voltaire, por exemplo, era fundamental a tolerância religiosa a fim de se evitarem as guerras e a perseguição. O peso da Igreja na vida cultural e a censura que esta promovia, a resistência às novas ideias entendidas como perigosas também surgia como um obstáculo a vencer.
- O próprio nome do movimento, Luzes – tal como era conhecido na França – indica a negação da presença da Igreja como algo medieval, como uma era de obscurantismo e superstição que atravancaram o desenvolvimento humano. Outro desdobramento importante desse ideário foi a defesa da renovação, da produção e da difusão de novos saberes tal como preconizada por Diderot e D´Alembert na elaboração d´A enciclopédia.
- Uma outra ideia fundamental presente no Iluminismo é a defesa de uma maior igualdade entre os homens, tal como surge nos textos de Rousseau e naquilo que definiu como vontade geral. Este pensador critica a desigualdade existente e reivindica maior participação política dos indivíduos no interior do Estado. Em suma, o Iluminismo utilizou a razão para combater a fé e a liberdade para se contrapor ao despotismo, transformando radicalmente o pensamento e as concepções de mundo posteriores.
- Outro desdobramento nesse sentido foi o desenvolvimento do liberalismo e das doutrinas liberais no século XIX. Elas revelam a reação do Iluminismo a várias práticas econômicas existentes no bojo do que se convencionou chamar de Mercantilismo.
- O ideário iluminista foi desenvolvido por diferentes pensadores e suas bases encontram-se em Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647-1706) e até mesmo em Isaac Newton (1643-1727).
- O Iluminismo desenvolveu-se entre a segunda metade do século XVIII e o início do século XIX, quando dá lugar a outras correntes de pensamento doutrinas políticas, econômicas e filosóficas.
- Um de seus epicentros do Iluminismo foi a França, mas também manifestou-se em vários outros países como a Inglaterra, os Estados germânicos, a Itália, a Escócia, os Países Baixos e a Rússia.
- Sob este conceito – Iluminismo – estão reunidas diversas tradições filosóficas, políticas, econômicas, sociais e até mesmo atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diferentes expressões do Iluminismo diferenciadas pelos países no momento em que surgem e devido ao seu caráter. Assim é possível falar em Iluminismo tardio, Iluminismo germânico de Kant e Herder, iluminismo católico.
- Um pressuposto fundamental é entender o Iluminismo como uma visão de mundo que prega a necessidade da ação para transformar ou reformar o mundo.

b) Serão consideradas, positivamente, as análises sobre as inter-relações entre o pensamento iluminista e o despotismo esclarecido, que levem em conta aspectos afins ou correlatos:
- O desenvolvimento do ideário iluminista acabou inspirando e pressionando os monarcas reinantes a adotarem alguns de seus preceitos, tendo surgido alguns personagens que coadjuvaram alguns Estados europeus a implementarem reformas na condução dos aspectos políticos e administrativos. Isto representou uma mudança social e politicamente mais abrangente, que foi denominada como despotismo esclarecido (ou ilustrado, ou ainda absolutismo ilustrado), uma expressão que identifica uma forma de governar característica da Europa continental a partir da segunda metade do século XVIII.
- Embora o poder dos soberanos não fosse questionado e estes se mantivessem à frente da condução dos assuntos ou negócios dos Estados, foram assumidos ou incorporados determinados princípios reformistas do Iluminismo. Ou seja, surgiu uma alteração no princípio que fundamentava o poder real desde a Idade Média, inclusive o direito divino dos reis, sendo adotadas algumas ideias defendidas pelo Iluminismo, havendo uma combinação entre estes. Desta forma a autoridade absoluta dos reis foi abrandada por reformas cujos princípios inspiravam-se no pensamento iluminista, conferindo sobrevida ao Antigo Regime.
- O despotismo esclarecido desenvolveu-se em vários países destacando, sobretudo, providências ou medidas aplicadas à economia, visando superar alguns entraves que a mantinham atrasada e essencialmente agrícola, coadjuvando no desenvolvimento da burguesia junto ao Estado.
- Os Déspotas Esclarecidos continuavam implementaram reformas administrativas, políticas, jurídicas e econômicas, bem como incentivaram reformas no ensino e incorporaram uma maior dose de tolerância e de liberdade ao pensamento e a certas práticas. Isto representou a consolidação daquilo que entendemos como a modernidade, que exerceu impulsos sensíveis no processo de modernização na Europa.
- Do ponto de vista político o despotismo esclarecido representa uma abertura da monarquia a determinadas pressões sociais, aproximando-se dos intelectuais, da burguesia em expansão e acolhendo, no interior do Estado, segmentos de uma burocracia administrativa, em especial os magistrados, que passam a adquirir cada vez mais importância na condução do governo. Lentamente agentes patrimoniais deram lugar a funcionários que ingressam na burocracia estatal, cujo exercício profissional encontra-se definido principalmente na retração do princípio da hereditariedade no cargo.
- Do ponto de vista religioso o despotismo esclarecido não encontrou homogeneidade, embora seja caracterizado pela ampliação da tolerância e pela ênfase sobre a laicização. De qualquer modo, em alguns países caracterizou-se por um espírito secular e, em outros casos, foi demasiado hostil a certas expressões religiosas. Em alguns países o déspota manteve alianças com a religião.
- Em Portugal, o expoente do despotismo esclarecido foi o marquês de Pombal, ministro do rei D. José I; na Prússia, o rei Frederico II; na Rússia, a representante do despotismo esclarecido foi Catarina II; na Suécia, foi Gustavo III; na Áustria destacaram-se d. Maria Teresa e seu ministro Kaunitz, bem como José II; nos Estados italianos os principais representantes foram o arquiduque Leopoldo de Habsburgo e o grão-duque da Toscana; no Reino de Nápoles, o ministro Bernardo Tanuci; na Espanha, os reis Filipe V, Fernando VI e Carlos III.



  
3. (Unesp)  No século XVIII, surgiram novas ideias que despertaram o interesse de muitos adeptos que rejeitavam as tradições e almejavam explicações racionais para compreender os fenômenos naturais e sociais. Como ficaram conhecidos os pensadores desse período e de que modo esses pensadores influenciaram monarcas e ministros europeus?


Resposta:

Os pensadores dessa época ficaram conhecidos como Iluministas. O movimento iluminista, também denominado de “Ilustração”, nasceu no final do século XVIII, época da Revolução Gloriosa na Inglaterra e influenciou toda uma grande geração de pensadores, principalmente na França. A força desse movimento que contestava o absolutismo, fez com que diversos monarcas adotassem algumas de suas ideias, num processo de adaptação parcial, com vistas a reduzir as críticas que sofriam. Esses governantes foram denominados “Déspotas Esclarecidos”. Déspotas por preservaram a maior parte das práticas absolutistas e esclarecidos por conhecerem e a adotarem algumas características iluministas.



  
4. (Ufg)  Leia e compare os documentos.

O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Três razões fazem ver que a monarquia hereditária é o melhor governo. A primeira é que é o mais natural e se perpetua por si próprio. A segunda razão é que esse governo é o que interessa mais na conservação do Estado e dos poderes que o constituem: o príncipe, que trabalha para o seu Estado, trabalha para seus filhos. A terceira razão retira-se da dignidade das casas reais.

BOSSUET, Jacques-Bénigne. A política inspirada na Sagrada Escritura. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano,1977. (Adaptado).

Nenhum homem recebeu da natureza o direito de comandar os outros. A liberdade é um presente do céu, e cada indivíduo da mesma espécie tem o direito de gozar dela logo que goze da razão. Toda autoridade (que não a paterna) vem duma outra origem, que não é a da natureza. Examinando-a bem, sempre se fará remontar a uma dessas duas fontes: ou a força e violência daquele que dela se apoderou; ou o consentimento daqueles que lhe são submetidos, por um contrato celebrado ou suposto entre eles e a quem deferiram a autoridade.

DIDEROT, Denis. Autoridade política. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1977.

O primeiro documento data de 1708, ao passo que o segundo faz parte da Enciclopédia, cujos volumes foram publicados entre 1751 e 1780. Ambos os escritos tratam do poder político e da relação entre governantes e governados, expressando perspectivas distintas. Nesse sentido, identifique e explique os princípios presentes em cada um dos documentos, que definiram a relação entre governantes e governados.


Resposta:

O princípio que orienta o primeiro documento é o do direito divino dos Reis; já, no segundo, o princípio orientador é o da razão iluminista. Para os defensores do Absolutismo, como Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704), o poder político dos Reis emanava de Deus, sendo, portanto, um “poder divino” e determinado pelo nascimento (a hereditariedade sustentava a sucessão dinástica). Isso significa que a legitimidade dos monarcas é indiscutível e natural, constituindo, então, uma relação entre governantes e governados, na qual o primeiro tem autoridade e o segundo deve-lhe obediência e fidelidade, na categoria de súdito. Para os iluministas, em geral, e para Diderot (1713-1784), em particular, tal como se pode deduzir da leitura do fragmento, o poder político não é algo natural ou tomado como uma herança divina, uma vez que os homens, amparados pela razão, devem gozar de sua liberdade.
Por isso, a relação entre governo e governado depende de fonte distinta: a força (o uso da violência) e o consentimento (o contrato).



  
5. (Unesp)  Leia o texto.

"O governo arbitrário de um príncipe justo [...] é sempre mau. Suas virtudes constituem a mais perigosa das seduções: habituam o povo a amar, respeitar e servir ao seu sucessor, qualquer que seja ele. Retira do povo o direito de deliberar, de querer ou de não querer, de se opor à vontade do príncipe até mesmo quando ele deseja fazer o bem. O direito de oposição [...] é sagrado. Uma das maiores infelicidades que pode advir a uma nação seria a sucessão de dois ou três reinados de um todo poderoso justo, doce, [...] mas arbitrário: os povos seriam conduzidos pela felicidade ao esquecimento completo de seus privilégios, a mais perfeita escravidão".
            (D. Diderot. "Refutação de Helvétius", 1774.)
a) Como se denomina a forma de regime monárquico a que se refere Diderot?
b) O texto apresentou uma concepção de cidadania que teve reflexos, quase imediatos, nas revoluções do século XVIII e permaneceu nas experiências democráticas e no horizonte político dos séculos seguintes. Quais aspectos de cidadania são defendidos por Diderot ao afirmar que, sem esses direitos, "os povos seriam conduzidos a mais perfeita escravidão"?


Resposta:

a) Absolutismo Monárquico, modelo de governo característico do Antigo Regime.

b) Denis Diderot defende o direito à cidadania, apoiado no direito de oposição à opressão e ao direito à liberdade de escolha.



  
6. (Uff)  No final do século XVIII, em função da divulgação das críticas iluministas aos "Antigos Regimes", observaram-se processos de modernização de certos regimes absolutistas em alguns Estados europeus. Esses processos indicavam, de um lado, a crise dos Antigos Regimes e, de outro, a presença nesses Estados, que se renovavam, de projetos de mudanças que tinham por objetivo manter o poder frente aos avanços burgueses. A partir dessas considerações:
a) indique dois Estados europeus que realizaram esses processos de modernização;
b) mencione como os livros didáticos de História registram esses processos e analise duas de suas características.


Resposta:

a) Estados europeus: Áustria, Rússia, Prússia, Portugal ou Espanha. Também serão consideradas corretas as respostas que citarem dois dos seguintes reis ou ministros: José II, Catarina II, Frederico II, D. José II, Marquês de Pombal, Carlos III ou Conde de Aranda.

b) Os processos são denominados de despotismo esclarecido, mas também serão consideradas as denominações: absolutismo esclarecido, despotismo iluminado e absolutismo iluminado. Quanto às características: I - poderão ser explicadas pelas reformas realizadas no tocante à eficácia administrativa, aumentando o poder do rei e limitando a presença da nobreza no Estado. Dessa forma, diminuiram os custos da Corte e realizaram um movimento de anulação dos privilégios das aristocracias desses Estados. II - poderão ser explicadas, também, pelo incentivo à educação pública, que ampliava as condições de acesso ao ensino dos setores burgueses através da criação de escolas e pelo apoio à criação e desenvolvimento das academias literárias e científicas. Tudo isso com a intenção de expandir a capacidade de domínio do Estado Absoluto, pois significava a abertura de um espaço de ação dos interesses burgueses, no intuito de compatibilizar suas economias às novas práticas mercantilistas e manufatureiras. Tais práticas garantiriam a esses Estados independência frente à política da Inglaterra e da França. Outra característica importante é o estímulo à cultura, às artes e à filosofia que, paradoxalmente, incentivou o avanço dos valores e ideias iluministas, aumentando a força das críticas aos Antigos Regimes.



  
7. (Unesp)  Os historiadores costumam distinguir a primeira Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no século XVIII, de uma segunda Revolução, datada do último quartel do século XIX.
a) Estabeleça duas distinções entre a 1a e a 2a Revolução Industrial.
b) Aponte uma consequência política da 2a Revolução Industrial.


Resposta:

a) A Primeira Revolução Industrial (século XVIII), foi marcada pela introdução do vapor e do carvão mineral para obtenção de energia e o surgimento do proletariado como nova classe social.
    A Segunda Revolução Industrial (século XIX) tem como símbolos a eletricidade, o petróleo e o aço e desencadeou o neocolonialismo e a estruturação do capitalismo monopolista.
b) A introdução das novas tecnologias na indústria no século XIX, gerou a necessidade de se ampliar as
fontes de matérias-primas e os mercados consumidores, além de se criar novas áreas para o investimento de capitais excedentes. Tais necessidades levaram as potências industriais a uma política imperialista com a conquista e ocupação de novos territórios. As potências europeias concentraram seus esforços na África e na Ásia. Em particular na Ásia, enfrentaram a resistência dos nativos em movimentos como a Guerra do Ópio na China em 1841 e Guerra dos Cipaios na Índia em 1857. 



  
8. (Unicamp)  O industrial Henry Ford observou certa vez: Não pude constatar que o trabalho repetitivo cause dano de qualquer espécie homem. Especialistas de inclinações liberais asseguraram-me que o trabalho repetitivo destrói o físico e a mente, porém esse não foi o resultado de nossas investigações. A tarefa mais monótona de toda a fábrica é aquela na qual um homem pega uma engrenagem, a agita dentro de um tanque de óleo e a coloca em um cesto. Não requer energia muscular, nem inteligência. No entanto um homem está nessa tarefa há oito anos ininterruptos. Ele economizou, investiu seu dinheiro, e tem hoje cerca de mil dólares. (Adaptado de Huw Beynon, "Trabalhando para Ford", Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1995, p. 150.)

a) Qual foi o sistema de produção industrial introduzido por Henry Ford e em que ele consistia?
b) Segundo Ford, quais as vantagens deste sistema de produção?
c) Que críticas foram feitas a este sistema?


Resposta:

a) Linha de montagem. Consistia na montagem de veículos por meio da produção em série, com os operários realizando sempre as mesmas tarefas operacionais.
b) Redução do tempo de trabalho e dos custos da produção, sem causar danos ao trabalhador.
c) Excessiva especialização do operário, alienando-o em relação ao processo produtivo. O operário fora transformado em mera peça do sistema fabril.



  
9. (Uff)  Numere a frase com sua respectiva resposta:

1 - Associação de empresas autônomas que contam com um organismo comercial comum para controle de preços de venda, da quantidade da produção, da distribuição dos mercados entre os participantes e da provisão de matéria-prima.
2 - União financeira em que a maioria das ações de empresas diferentes é controlada por um único grupo.
3 - Fusão de várias empresas numa só unidade, com absorção das mais débeis econômica ou financeiramente pelas mais fortes.
4 - Empresas reunidas sob uma gestão comum, deixando-se a cada uma sua autonomia produtiva.

(     ) Trust
(     ) Holding
(     ) Cartel

Assinale a opção que contém a numeração na ordem correta.
a) 1, 2, 4   
b) 3, 1, 2   
c) 2, 3, 4   
d) 2, 1, 3   
e) 3, 2, 1   


Resposta:

[E]



  
10. (Unesp)  Nas últimas décadas do Século XIX, inúmeras transformações de ordem técnica e empresarial deram origem ao capitalismo "monopolista". Em comparação com o capitalismo "concorrencial", que caracterizou a fase anterior, verificam-se algumas diferenças.
a) Cite as duas novas fontes de energia que começaram a ser utilizadas na produção fabril.
b) Indique as mudanças que ocorreram no modo de organização empresarial.


Resposta:

a) Motores a explosão e energia elétrica.
b) Formação de conglomerados financeiros (trustes, cartéis e holdings).




Montando respostas para a prova específica de História - Professor Arão Alves






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