Leia o fragmento.
Na transição brasileira para a democracia,
os setores conservadores, que sempre temem que a mobilização popular fuja ao
seu controle, acabaram por dar a tônica. A passagem da ditadura [militar,
1964-1985] à democracia político-eleitoral deveria ser feita “por cima”, sem a
participação como sujeitos dos que estavam “embaixo”.
Chico Alencar
et al, História da sociedade brasileira.
Pode-se verificar a transição conservadora,
comentada no trecho,
a) no isolamento político ao
qual foi submetido o candidato à presidência do PMDB, Tancredo Neves, que não
contou com o apoio das outras forças de oposição ao regime autoritário nas
eleições indiretas de janeiro de 1985.
b) na derrota da emenda
constitucional que preconizava eleições diretas para a presidência da República
e na constituição do primeiro governo pós-regime autoritário com a presença de
liberais moderados e de antigos partidários do regime anterior.
c) no completo descaso do
governo eleito em 1985 com a prometida convocação imediata de uma Assembleia
Nacional Constituinte, que só se tornou possível após a intervenção de
entidades da sociedade civil, como a OAB e a CNBB.
d) no compromisso da chapa de
oposição ao regime militar, sob a liderança de José Sarney, que se apresentou
nas eleições diretas de 1985 garantindo que as práticas autoritárias do regime
ditatorial não seriam investigadas.
e) na exigência explícita dos
ministros militares do governo Figueiredo de que o candidato às eleições
diretas em 1985 viesse do grupo dos peemedebistas autênticos e que a lei de
Anistia não fosse revista.
Resposta:
[B]
A derrota da Emenda Dante
de Oliveira, a qual preconizava eleições diretas para presidente da república,
e defendida por grande parte da sociedade civil, garantiu os desejos dos
setores conservadores com as indicações dos candidatos e a montagem do Colégio
Eleitoral para a eleição indireta à presidência da república.
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