1.
Era característica da Primeira Constituição Brasileira, de 1824:
a) ser imposta
pelo Imperador D. Pedro I.
b) ser fruto de
uma Assembleia Constituinte decorrente da Confederação do Equador.
c) instituir o
voto universal, secreto, obrigatório, para maiores de 18 anos, independente de
ser alfabetizado ou não.
d) estabelecer
três poderes, que funcionaram em harmonia e independência.
e) decretar o fim da
escravidão, além de definir direitos, como a propriedade de terras, para os
indígenas e seus descendentes que ainda viviam no Brasil.
Resposta:
[A]
Somente a alternativa [A]
está correta. A independência do Brasil ocorreu em 1822 e o país necessitava de
uma constituição. Em 1823 foi criada a Assembleia Nacional Constituinte para elaborar
o projeto constitucional. Porém o projeto da mandioca não agradou o imperador
D. Pedro I que dissolveu a Assembleia. Desta forma, a constituição de 1824 foi
outorgada, ou seja, imposta para o país. As demais alternativas estão
incorretas. A Confederação do Equador ocorreu em Pernambuco logo após a
constituição. O voto não era secreto. Havia quatro poderes sendo o quarto poder
chamado de “Moderador”. A escravidão só foi abolida em13 de Maio de 1888
2. No dia 01 de janeiro de 1880, uma massa popular
concentrou-se nos arredores do Largo de São Francisco, no Rio de Janeiro,
protestando contra a entrada em vigor de uma taxa de 20 réis, um vintém, sobre
o serviço de bondes puxados a burro. O vintém era moeda de cobre, a de menor
valor da época. O delegado que comandava as tropas da polícia pediu reforços ao
Exército, mas, antes que a ajuda chegasse, ordenou à polícia que dispersasse a
multidão a cacetadas. A um grito de “Fora o vintém!”, os manifestantes
começaram a espancar condutores, esfaquear mulas, virar bondes e arrancar
trilho. Coma chegada do Exército, alguns mais exaltados passaram a arrancar
paralelepípedos e atirá-los contra os soldados. Um deles atingiu o comandante
da tropa. O oficial descontrolou-se e ordenou fogo contra a multidão. As estatísticas
de mortos e feridos são imprecisas. Falou-se em 15 a 20 feridos e em três a dez
mortos. A multidão dispersou-se e, salvo pequenos distúrbios nos três dias
seguintes, o motim do vintém havia terminado. A cobrança da taxa passou a ser
quase aleatória. As próprias companhias de bondes pediam ao governo que a
revogasse. Desmoralizado, o ministério caiu a 28 de março. O novo ministério
revogou o desastrado tributo.
CARVALHO, José
Murilo de. A guerra do vintém. Disponível em:
Acesso em: 31 jul. 2013 (Adaptado).
A eclosão da chamada Guerra do Vintém, descrita
no texto acima, está relacionada com a(o)
a) descaso dos cidadãos
cariocas com a conservação das vias públicas.
b) aversão da população contra
o monopólio português do comércio varejista.
c) hostilidade do povo com o
recrutamento forçado para as tropas nacionais.
d) desilusão dos moradores com
a atuação das forças armadas brasileiras.
e) descontentamento de
segmentos sociais com a carestia do transporte urbano.
Resposta:
[E]
Somente a alternativa [E]
está correta. O texto menciona um importante movimento urbano ocorrido no Rio
de Janeiro no fim do Segundo Reinado, 1880. Trata-se da “Guerra do Vintém” que
contestou o aumento nas tarifas do bondinho puxado a burro. Depois de muita
violência, as autoridades revogaram o aumento do tributo. As demais
alternativas estão incorretas. Não se trata de conservação das vias públicas,
não diz respeito à desilusão dos moradores contra a atuação do exército, nem
menciona a hostilidade contra o recrutamento forçado.
3. O período historicamente conhecido como Período
Regencial foi caracterizado
a) por rebeliões populares
cujas ações exigiam o retorno da antiga realidade social com a volta de Pedro I
ao poder.
b) pela promoção política e
pela ascensão social dos setores menos favorecidos proporcionadas pelos
regentes.
c) por um conjunto de
rebeliões populares que clamavam pelo estabelecimento da republica e pelo final
da escravidão.
d) pela convulsão política que
desencadeou varias rebeliões que questionavam as estruturas estabelecidas.
Resposta:
[D]
O período regencial foi
marcado pela agitação política causada, principalmente, pela oposição entre os
partidos Liberal Moderado e Liberal Exaltado. Essa agitação, somada a outros
fatores, contribuiu para a eclosão de uma série de revoltas país afora, como a
Balaiada, a Sabinada e a Farroupilha.
4.
Num momento da história do império conhecido como
"avanço liberal", durante as regências, foram adotadas algumas medidas
que concediam maior poder à representação local.
(Sonia Guarita do Amaral. O Brasil
como império)
Aponte entre as alternativas aquela que apresente duas reformas
liberais:
a) Ato Adicional –
Reforma do Código de Processo Criminal.
b) Lei de Terras –
Lei Saraiva Cotegipe.
c) Lei Rio Branco
– Código de Processo Criminal.
d) Tarifa Alves
Branco – Lei Interpretativa do Ato Adicional.
e) Código de
Processo Criminal – Ato Adicional.
Resposta:
[E]
Código
do Processo Criminal concedeu grande autonomia aos poderes locais, uma vez que
descentralizava a justiça colocando-a nas mãos dos juízes de paz, eleitos pela
aristocracia rural dominante.
O Ato Adicional significou maior descentralização do poder e, para alguns,
permitiu uma “experiência republicana” na medida em que definiu um governante
eleito para um mandato de quatro anos e deu autonomia ás províncias com a
criação das Assembleias Provinciais.
5. Em 1824, é outorgada a Constituição do Império do Brasil. Entre suas características, podemos afirmar que
a) dividia
os poderes do Estado exclusivamente em Executivo,
Legislativo e Magistratura.
b) separava a Igreja Católica
do Estado Laico.
c) previa a eleição direta do
Primeiro Ministro.
d) estabelecia o voto universal e secreto para a população masculina.
e) dividia os poderes do Estado em Executivo, Legislativo,
Judiciário e Moderador.
Resposta:
[E]
A 1ª Constituição do Brasil
foi outorgada (imposta) por Dom Pedro I. Esta Carta Constitucional organizava
os poderes de Estado em 4: Judiciário, Legislativo, Executivo, além do Poder
Moderador. Este era exclusivo do Imperador, sendo considerado a “chave-mestra”
de toda a organização da política do Império. Este poder permitia ao Imperador
intervir em todos os demais poderes do Estado.
6.
As imagens, que
retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas
representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação.
A ideia que cada imagem evoca é, respectivamente
a) Habilidade
militar — riqueza pessoal.
b) Liderança
popular — estabilidade política.
c) Instabilidade
econômica — herança europeia.
d) Isolamento
político — centralização do poder.
e) Nacionalismo
exacerbado — inovação administrativa.
Resposta:
[B]
A questão deve ser
respondida a partir da interpretação das imagens fornecidas. Na primeira, D.
Pedro I aparece no "ato" da Independência, rodeado de brasileiros,
numa clara demonstração de "liderança popular", ainda que nossa
Independência não tenha sido um movimento do povo. Na segunda imagem, D. Pedro
II aparenta calma e tranquilidade, denotando a "estabilidade
política" pela qual seu governo passava.
7. Era “exclusivo
do imperador e definido pela Constituição como ‘chave mestra de toda
organização política’. Estava acima dos demais poderes”.
(COTRIM, 2009)
O texto em epígrafe aborda a criação no
Brasil, pela Constituição de 1824, do Poder
a) Moderador.
b) Justificador.
c) Executivo.
d) Judiciário.
e) Legislativo.
Resposta:
[A]
O Poder
Moderador foi uma criação da Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, e
dava ao imperador o controle sobre as estruturas políticas e judiciais do país,
caracterizando seu governo como centralizador e autoritário.
8. Durante o período imperial brasileiro, instaurou-se
uma ordem política caracterizada pelo centralismo e unitarismo. Houve, contudo,
manifestações de contestação a essa ordem, destacando-se aquelas que possuíam
caráter separatista e a defesa de propostas de maior autonomia para as
províncias.
Assinale a opção que identifica corretamente
duas dessas revoltas.
a) Revolta dos Malês e
Cabanagem
b) Guerra dos Farrapos e
Revolução Praieira
c) Balaiada e Revolta do
Vintém
d) Sabinada e Revolta do
Quebra-Quilos
e) Revolta da Chibata e
Revolta da Vacina
Resposta:
[B]
A Farroupilha teve caráter separatista e
inspiração republicana. A Praieira enfatizou a autonomia provincial para
Pernambuco.
[A] Revolta dos Malês e Cabanagem tiveram forte
cunho social, e não possuíam caráter separatista.
[C] A Revolta do Vintém foi expressão de
descontentamento de grupos urbanos no Rio de Janeiro.
[D] A revolta do Quebra Quilos foi ação contra a
carestia e a modernização do sistema de pesos e medidas.
[E] As Revoltas da Chibata e da Vacina ocorridas na
cidade do Rio de Janeiro não se relacionaram com as perspectivas separatistas;
foram revoltas sociais e ocorreram durante o período republicano.
9. A história da construção do Estado brasileiro na
primeira metade do século XIX foi a história da tensão entre unidade e
autonomia. Por outro lado, no interior do Estado, de elites com fortes vínculos
com os interesses de sua região de origem e ao mesmo tempo comprometidas com
uma determinada política nacional, pautada pela negociação destes interesses e
pela manutenção da exclusão social, marcou não apenas o século XIX, como também
o século XX. Através do parlamento essas elites regionais têm imposto uma
determinada dinâmica para o jogo político que se materializa na imensa
dificuldade de empreender reformas sociais profundas.
Dolhnikoff,
Miriam. O pacto imperial. As
origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo, 2005, p. 11-12.
De acordo com o ponto de vista apresentado
no texto,
a) a história brasileira é
marcada por práticas de tolerância política acentuadas nas últimas décadas com
a redemocratização do país.
b) o parlamento é a única
instituição política imune aos interesses e ao controle das elites regionais
brasileiras.
c) as profundas reformas
sociais só foram possíveis graças às transformações políticas ocorridas na
primeira metade do século XIX no Brasil.
d) a dinâmica política do
Estado nacional se constituiu com base em negociações entre as elites regionais
e a exclusão social de outros setores.
e) as características
descritas sobre o Estado revelam a supremacia do Poder Judiciário sobre o Poder
Legislativo na história política brasileira.
Resposta:
[D]
A autora, no
trecho citado, salienta o caráter elitista da vida política brasileira, com
arranjos que excluíam a participação popular no processo político. O próprio
fato de que durante parte considerável do Império (século XIX) o voto era
censitário, restrito a uma limitadíssima parcela mais rica da população,
reforça essa característica que a República não reverteu de imediato. Aspectos
como o voto de cabresto e os currais eleitorais, típicos da República Velha,
mostram exatamente esse predomínio das elites locais no uso da política em
benefício apenas de seus interesses.
10. Após o retorno de uma
viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus
partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio
de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11
de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das
Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam as fogueiras
“portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas
jogadas das janelas.
VAINFAS, R. (Org.). Dicionário
do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).
Os anos finais do
I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse
sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro
revela
a) estímulos
ao racismo.
b) apoio
ao xenofobismo.
c) críticas
ao federalismo.
d) repúdio
ao republicanismo.
e) questionamentos
ao autoritarismo.
Resposta:
[E]
O Primeiro
Reinado foi marcado pelo confronte entre “portugueses”, partidários do
Imperador, que governava de forma autoritária e centralizado a partir da
Constituição outorgada, e “brasileiros”, que faziam oposição ao imperador e
utilizaram diversas formas de pressão para dificultar a acabar com seu reinado.
Comentários
Postar um comentário