O continente africano foi vítima da cobiça de mão-de-obra barata e suprimentos naturais. Dividir para conquistar, esta era a ordem para manter a ordem. Franceses, alemães, ingleses, belgas, espanhóis, portugueses e italianos criaram o mapa africano a partir da divisão de povos e agrupamento de inimigos num mesmo território.
As independências das colônias francesas impulsionou o movimento de libertação dos países africanos. O "25 de Abril" trouxe a possibilidade das independência de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.
As colônias portuguesas estavam entre as mais antigas da África e foram as últimas a declarar independência da matriz. Um pouco de história faz bem àqueles que acham que com políticas de esmolas, como cotas para negros em universidades, os objetivos de melhoria serão um dia alcançados.
Independência de Angola
Nos anos 1950, Angola tinha o desejo unificado de se libertar de Portugal. Entretanto, o movimento anticolonialista era dividido entre grupos rivais como o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e a Unita (União Nacional para a Independência Total de Angola). No auge da Guerra Fria, cada grupo recebia apoio de um megabloco. A MPLA era financiada pelos países comunistas e a Unita recebia ajuda da OTAN e da África do Sul. Após a Revolução dos Cravos, os grupos iniciaram a guera civil em busca do poder na recente República Angolana.
A guerra civil se intensificou com a invasão das tropas da África do Sul em outubro de 1975 com a justificativa de neutralizar o envio de armas aos guerrilheiros da vizinha Namíbia. As tropas Sul-africanas e da UNITA foram detidas na capital Luanda pelos soldados cubanos.
No mês seguinte foi declarada a independência. O MPLA passou a controlar o novo governo da República Popular de Angola. O primeiro presidente, Agostinho Neto, teve de governar o país com o desastre da guerra civil e saída dos portugueses, praticamente a única mão-de-obra qualificada do país.
No mês seguinte foi declarada a independência. O MPLA passou a controlar o novo governo da República Popular de Angola. O primeiro presidente, Agostinho Neto, teve de governar o país com o desastre da guerra civil e saída dos portugueses, praticamente a única mão-de-obra qualificada do país.
Em maio de 1991, a MPLA e a Unita entraram em acordo para a convocação de eleições diretas em setembro do ano seguinte. A Unita não aceitou a derrota e reiniciou o conflito devastando ainda mais o país. Os EUA só reconheceram o governo angola em 1993 durante o governo Clinton, 18 anos após a independência do país. Basta lembrar que os estadunidenses eram mais rápidos que Ayrton Senna em reconhecer as ditaduras aliadas. O governo angolano foi reconhecido pelos EUA muito tempo depois dos talibãs no Afeganistão e do fascista Saddam no Iraque.
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