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Panorama de Notícias Internacionais (12 de outubro de 2025) - Clipping de Geopolitica e Atualidades

 


Seção 1 – Conflitos e Guerra

1. Estados Unidos ajudam Ucrânia a mirar infraestrutura energética da Rússia, diz FT – Reuters – 12/10/2025

No contexto da guerra da Ucrânia, reportagem da Reuters baseada em informações do Financial Times revela que os Estados Unidos fornecem inteligência e apoio direto para planejar ataques de longo alcance contra infraestruturas energéticas russas. Oficiais de defesa explicaram que analistas norte‑americanos identificam vulnerabilidades em refinarias e usinas elétricas russas, repassando coordenadas que permitem às forças ucranianas lançar drones e mísseis de cruzeiro de maneira mais eficazreuters.com. A estratégia teria como objetivo minar a capacidade econômica da Rússia e forçar o Kremlin a negociar. A matéria lembra que a Rússia considera esses ataques como “terrorismo”, enquanto autoridades ucranianas comemoram os resultados, citando a recente destruição de uma refinaria em Ufa. O porta‑voz do Kremlin, Dmitry Peskov, criticou a possível entrega de mísseis norte‑americanos Tomahawk a Kiev, alertando que os armamentos, capazes de transportar ogivas nucleares, seriam uma escalada dramáticareuters.com. Zelensky admitiu conversar com Donald Trump sobre reforço de defesas aéreas e afirmou que “os Estados Unidos estão mais envolvidos do que imaginávamos”. O artigo conclui que, apesar de a Casa Branca negar envolvimento operacional direto, a colaboração em inteligência alimenta um círculo de escalada, com Moscou prometendo retaliar se armas ocidentais de longo alcance forem fornecidas. A peça também destaca o esforço de propaganda russo para retratar os ataques como atos terroristas, enquanto Kiev os descreve como medidas legítimas de guerra.

2. Cessar‑fogo em Gaza antes da libertação de reféns e visita de Trump a Israel – Reuters – 12/10/2025

A Reuters relata a vigência de um frágil cessar‑fogo entre Israel e Hamas, negociado por Donald Trump, que prevê a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos. A trégua permitiu a entrada de ajuda humanitária em Gaza e o retorno de milhares de palestinos a bairros devastados de Gaza Cityreuters.com. O acordo prevê que 20 reféns israelenses — incluindo crianças e idosos — sejam trocados por 36 presos palestinos. Segundo a reportagem, Trump viajaria a Jerusalém para falar no Parlamento israelense e, posteriormente, a Sharm el‑Sheikh (Egito) para uma cúpula de paz. Militantes do Hamas afirmaram que a pausa humanitária não significa fim do conflito. Civis palestinos entrevistados manifestaram ceticismo quanto ao envolvimento do ex‑presidente norte‑americano, temendo que a trégua seja usada para consolidar a ocupação. Autoridades israelenses ressaltam que a mediação de Trump foi essencial para libertar reféns sem uma ofensiva terrestre de grandes proporções. A matéria descreve cenas de destruição em Gaza, com hospitais lotados e alertas sobre munições não detonadas. O artigo frisa ainda que a ajuda humanitária continua insuficiente e que a ONU e a Cruz Vermelha enfrentam dificuldades logísticas para distribuir suprimentos devido à falta de combustível e água. Além disso, diplomatas temem que a situação humanitária seja instrumentalizada por ambos os lados para ganhar apoio político, enquanto a pressão internacional aumenta para transformar o cessar‑fogo em acordo permanente.

3. Filipinas e China trocam acusações sobre colisão no Mar do Sul da China – Reuters – 12/10/2025

Uma embarcação filipina e navios chineses colidiram nas proximidades das Ilhas Spratly, em área disputada do Mar do Sul da China. A Reuters relata que Manila acusa a guarda costeira chinesa de ter “deliberadamente colidido” com um barco de apoio, enquanto Pequim diz que o navio filipino entrou ilegalmente em suas águas e que as manobras foram medidas defensivasreuters.com. A matéria inclui declarações do embaixador dos EUA nas Filipinas, MaryKay Carlson, que condenou a “tática perigosa” chinesa e defendeu a liberdade de navegação. O incidente ocorre num contexto de tensão crescente após a instituição do AUKUS e do reforço da presença naval norte‑americana na região. O porta‑voz do governo filipino afirmou que a República das Filipinas “continuará exercendo soberania” e anunciou a intenção de levar o caso a organismos internacionais. Já o governo chinês reforçou que reivindica soberania sobre quase todo o mar e acusou Manila de violar acordos prévios. O artigo destaca ainda que outros países do Sudeste Asiático, como Vietnã e Malásia, também reivindicam partes das ilhas Spratly, tornando a área um dos pontos mais voláteis da geopolítica asiática. A repercussão se estendeu às redes sociais, com internautas chineses pedindo retaliação e filipinos defendendo a presença de aliados ocidentais. Especialistas entrevistados alertam que incidentes do tipo podem se tornar catalisadores de um conflito maior se não houver mecanismos de desescalada.

4. Kremlin alerta o Ocidente sobre possível escalada com envio de mísseis Tomahawk à Ucrânia – Reuters – 12/10/2025

A Rússia advertiu que a possível entrega de mísseis de cruzeiro Tomahawk pelos Estados Unidos à Ucrânia poderia gerar uma “escalada dramática” na guerra. Em entrevista citada pela Reuters, o porta‑voz Dmitry Peskov disse que os Tomahawk têm capacidade nuclear e alcance superior a 1 500 km, o que exigiria “resposta proporcional”reuters.com. A reportagem contextualiza que, embora Washington negue planos de transferência imediata, o debate surge após revelações de que os EUA ajudam Kiev a atacar instalações energéticas russas. O Kremlin considera que o envio de mísseis americanos transformaria o conflito em confronto direto com a OTAN. Peskov mencionou também a reunião do Conselho de Segurança russo para avaliar a situação e insinuou que Moscou poderia rever sua doutrina de uso nuclear. Analistas apontam que a declaração é parte de estratégia dissuasória para desmotivar apoio ocidental. A matéria nota que, paralelamente, a Rússia intensificou bombardeios contra cidades ucranianas, visando infraestruturas elétricas. O governo ucraniano, por sua vez, rejeita qualquer intenção de atacar civis e sustenta que possui direito à autodefesa. O artigo finaliza observando que a comunidade internacional, incluindo a ONU, continua instando todas as partes a evitar nova escalada, mas não há sinais de acordo à vista.

5. China acusa EUA de agravar tensões comerciais e defende restrições a terras raras – Reuters – 12/10/2025

Em resposta à ameaça do então candidato Trump de impor tarifa de 100% a produtos chineses, Pequim acusou Washington de fomentar tensões comerciais e justificou suas restrições à exportação de terras raras. Conforme a Reuters, o Ministério do Comércio chinês afirmou que medidas norte‑americanas, como taxas portuárias e restrições de investimento, são hipócritasreuters.com. Pequim declarou que mantém licenças “fáceis” para usos civis, mas não tolerará abusos tecnológicos e vê as terras raras como recurso estratégico. Analistas interpretam que o governo Xi Jinping delineia caminho para negociações, deixando aberta a possibilidade de retaliação a depender do comportamento dos EUA. A matéria contextualiza que as terras raras são essenciais para eletrônicos, mísseis e tecnologia verde, e que a China domina cerca de 70% do mercado. A retórica dura ocorre enquanto autoridades chinesas buscam estabelecer cúpula com Washington, mas a guerra comercial alimenta incerteza e pressiona cadeias de suprimentos. Economistas citados alertam que uma escalada tarifária poderia reduzir investimentos estrangeiros, aumentar o custo de produtos de alta tecnologia e comprometer a recuperação pós‑pandemia. O artigo conclui que, apesar das ameaças, ambos os governos deixam espaço para diálogo, sugerindo que as medidas são usadas como barganha em futuras negociações.

6. Premier francês corre contra o tempo para formar governo – Reuters – 12/10/2025

O primeiro‑ministro francês Sébastien Lecornu tenta montar uma coalizão governamental em poucos dias para aprovar o orçamento e reduzir o déficit. A reportagem da Reuters relata que a crise começou quando o presidente Emmanuel Macron nomeou Lecornu, ministro das Forças Armadas, para substituir Gabriel Attal. O partido conservador Os Republicanos (LR) está dividido sobre integrar o gabinete; alguns veem a nomeação como caminho para salvar a reforma da previdência, outros rejeitam por temor de ser cooptadosreuters.com. A oposição de esquerda critica o governo por insistir em reformas impopulares e ameaça bloquear o orçamento. Lecornu tem até o fim da semana para anunciar um gabinete e negociar apoio parlamentar; caso contrário, poderá recorrer ao artigo 49.3 da Constituição para aprovar o orçamento sem votação, arriscando moção de censura. O artigo destaca que o déficit fiscal francês ultrapassa 5% do PIB e que agências de rating ameaçam rebaixamento. A reforma previdenciária, que eleva a idade mínima para 64 anos, segue como principal ponto de discórdia. Especialistas observam que a instabilidade política no segundo maior país da zona do euro pode abalar os mercados e comprometer a confiança de investidores. O texto conclui que Lecornu enfrenta a difícil tarefa de conciliar interesses diversos num cenário de polarização e descontentamento social.

7. China e Coreia do Norte reforçam cooperação estratégica, afirma KCNA – Reuters – 12/10/2025

De acordo com a agência estatal norte‑coreana KCNA, a China expressou disposição de fortalecer a cooperação estratégica com a Coreia do Norte. A notícia destaca uma carta de Xi Jinping a Kim Jong‑un, na qual os líderes reafirmam que seus países são “bons vizinhos” e se comprometem a dar continuidade ao plano traçado durante a visita de Kim a Pequim em setembroreuters.com. A Reuters lembra que a proximidade entre Pequim e Pyongyang se intensificou após a cúpula Xi–Putin em Moscou e coincide com negociações sobre reativação das linhas ferroviárias entre os dois países. A carta menciona também o 75.º aniversário das relações diplomáticas sino‑coreanas. O artigo ressalta que a China tem apoiado Pyongyang em fóruns internacionais, enquanto a Coreia do Norte fornece mão de obra e apoio retórico a iniciativas chinesas. A matéria ainda reporta que a Coreia do Norte recebeu uma delegação do Ministério das Relações Exteriores da Indonésia, com a qual assinou memorando para cooperação econômica e comercial. Analistas afirmam que o fortalecimento da aliança pode aumentar a capacidade da Coreia do Norte de contornar sanções da ONU e dificultar a pressão liderada pelos EUA para desmantelar o programa nuclear de Kim. A notícia termina observando que a aproximação ocorre num momento em que as tensões na península coreana aumentaram, com Pyongyang testando mísseis balísticos e Seul intensificando exercícios com a OTAN.

8. Diário de guerra da Al Jazeera: ataque russo, patrulha da OTAN e iniciativas diplomáticas – Al Jazeera – 12/10/2025

A cobertura da Al Jazeera sobre o dia 1 326 da guerra russo‑ucraniana reúne diversos eventos do front e da diplomacia. A reportagem menciona que a Rússia lançou múltiplos ataques com drones e mísseis contra cidades ucranianas, incluindo Odesa e Kharkiv. A Ucrânia interceptou parte dos projéteis, mas houve mortos e feridos. Por outro lado, Kiev continua a atacar instalações de petróleo na Rússia, intensificando a guerra energéticaaljazeera.com. O texto destaca uma patrulha aérea conjunta de países da OTAN liderada pelo Reino Unido no Mar Negro, em resposta aos ataques russos a navios civis, e observa que a Romênia reforçou a defesa na fronteira após destroços caírem em seu território. Na arena diplomática, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que as negociações de paz deverão considerar “novas realidades” e criticou o Ocidente por “sabotar esforços de mediação”. A Al Jazeera registra ainda que o presidente Zelensky conversou com Donald Trump solicitando que o ex‑presidente exerça o mesmo papel mediador da trégua em Gaza. A matéria conclui com notas de contexto, incluindo a acusação de Cuba de que não envia soldados para a guerra, a indicação de que o papa Francisco pediu uma “tregua de Natal” e o relatório de que mais de 9 000 civis foram mortos desde o início da invasão. O diário de guerra comprova a interligação entre os conflitos no Oriente Médio e na Europa e ressalta que negociações de paz permanecem distantes.

Seção 2 – Política Internacional

9. Israel e Gaza se preparam para a troca de reféns e prisioneiros – The Guardian – 12/10/2025

Em matéria extensa, The Guardian relata os preparativos para o primeiro grande intercâmbio de prisioneiros entre Israel e Hamas sob a mediação de Donald Trump. O acordo prevê a libertação de 20 reféns israelenses, incluindo crianças, e 36 prisioneiros palestinostheguardian.com. A reportagem explica que a troca acontece na sequência de um cessar‑fogo de cinco dias, durante o qual centenas de caminhões de ajuda humanitária entraram em Gaza. Líderes israelenses, entre eles o premier Benjamin Netanyahu, agradeceram a Trump por evitar uma invasão terrestre. O artigo observa que a iniciativa tem apoio de Egito, Catar e ONU, mas enfrenta críticas de organizações de direitos humanos que denunciam a morte de milhares de civis e acusam Israel de genocídio. Moradores de Gaza entrevistados expressam esperança de uma paz duradoura, mas desconfiam das intenções de Trump, considerando sua candidatura à presidência dos EUA. A matéria também menciona que militares norte‑americanos estabeleceram um Centro de Coordenação Civil‑Militar em Israel para apoiar a reconstrução e que Washington pressiona por uma missão de paz multilíngue em Gaza. Os autores recordam que a Fundação Humanitária de Gaza, lançada pelos EUA em 2024 para coordenar ajuda, fracassou devido à corrupção. Ao final, a reportagem ressalta que o sucesso do acordo depende da sequência de trocas, da entrada contínua de suprimentos e da disposição de Israel e Hamas em avançar para negociações de paz mais abrangentes.

10. Cessar‑fogo em Gaza: blog ao vivo relata entrada de ajuda e discursos políticos – The Guardian (Live) – 12/10/2025

O blog ao vivo do Guardian registra os desdobramentos do cessar‑fogo em Gaza. Entre os destaques, dezenas de caminhões com mantimentos e medicamentos cruzaram a passagem de Rafah, sinalizando esperança para a população faminta. Ao mesmo tempo, o primeiro‑ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que “Israel está pronto para receber imediatamente nossos reféns”, pressionando Hamas a cumprir o cronogramatheguardian.com. Donald Trump anunciou a criação de um “Conselho de Paz” para supervisionar a transição política em Gaza, que seria formado por representantes de Egito, Emirados Árabes Unidos, EUA, ONU e da própria Autoridade Palestina. O blog relata ainda que líderes do Hamas rejeitaram a possibilidade de governar Gaza após o conflito, defendendo a criação de um governo tecnocrático de transição. Comentadores entrevistados no liveblog criticam a declaração de Trump de que “cada nação do Oriente Médio deve pagar um preço pela paz”, entendendo como tentativa de impor um tributo. O feed também traz informações sobre o número de caminhões de ajuda necessários (pelo menos 600 por dia), alertas da ONU sobre risco de fome generalizada e relatos de protestos em Israel exigindo a troca imediata de prisioneiros. Os repórteres analisam a linha tênue entre assistência humanitária e tentativas de normalização da ocupação, ressaltando que a crise atual serviu para redefinir o papel dos EUA no Oriente Médio.

11. Australiana detida por ajudar flotilha é libertada de prisão israelense – The Guardian – 12/10/2025

Madeleine Habib, ativista australiana, foi libertada após passar dois dias detida pelo exército israelense. A matéria do Guardian narra que Habib integrava uma flotilha (“Conscience”) que tentava entregar 5 000 toneladas de alimentos e remédios a Gaza quando foi interceptada nas águas internacionais pelo Exército israelense. O grupo, composto por 10 barcos e ativistas de 12 países, pretendia romper o bloqueio marítimo imposto por Israel desde 2007. Habib relatou ter sido mantida em cela lotada sem ventilação, obrigada a assinar documento renunciando ao direito de entrar em Gaza, sob pena de ser impedida de sair do paístheguardian.com. Após pressão diplomática da Austrália, Israel a deportou juntamente com outros sete cidadãos australianos. O governo de Camberra, no entanto, criticou a iniciativa e reiterou sua oposição ao envio de barcos civis sem coordenação oficial. A matéria menciona que, no mesmo dia, manifestantes australianos lotaram praças exigindo fim do bloqueio e declarando solidariedade à Palestina. Parlamentares do Partido Verde pressionaram o governo para reconhecer o Estado palestino. A reportagem encerra apontando que o episódio reacende debate sobre a legitimidade do bloqueio naval e sobre o papel de ativistas ocidentais em crises humanitárias.

12. Afeganistão afirma ter matado 58 soldados paquistaneses em confronto fronteiriço; fronteira é fechada – Reuters – 12/10/2025

Em meio a tensões contínuas na linha Durand, o Talibã declarou que suas forças mataram 58 soldados paquistaneses após bombardeios realizados por Islamabad. A Reuters relata que o Paquistão descreveu o número como “invenção” e admitiu apenas 23 mortosreuters.com. O ministro interino da Defesa do Afeganistão afirmou que o país repeliu a ofensiva paquistanesa, destruiu postos fronteiriços e capturou equipamento militar. Islamabad negou as alegações e disse que atacou alvos do Tehreek‑i‑Taliban Pakistan (TTP) em território afegão, acusando Cabul de abrigar terroristas. A matéria lembra que, dias antes, o Paquistão fechara as passagens de Torkham e Chaman, importantes para comércio, devido à suposta infiltração de militantes. O Catar e a Arábia Saudita tentam mediar a crise, exortando as partes a retomar a cooperação no combate ao terrorismoreuters.com. Analistas observam que a acusação de Cabul marca uma nova escalada no impasse fronteiriço, agravado pela disputa sobre a linha Durand e pela crise econômica no Paquistão. A reportagem menciona que analistas temem que incidentes assim possam empurrar o Paquistão para retaliações mais amplas, enquanto o Talibã enfrenta pressão internacional para conter grupos militantes. A matéria conclui que, sem um mecanismo claro de resolução de disputas, confrontos entre os dois países permanecem probabilidade constante.

13. Presidente de Madagascar alerta para tentativa de golpe após adesão de soldados aos protestos – Reuters – 12/10/2025

O presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, denunciou uma tentativa de golpe em curso, após soldados da unidade de elite Capsat unirem‑se a protestos de jovens. A Reuters relata que as manifestações começaram em Antananarivo devido à escassez de água e energia e à inflação. Ao aderir aos protestos, os militares da Capsat anunciaram que “tomariam o comando” das forças armadas e exigiram a renúncia do presidentereuters.com. Rajoelina convocou diálogo nacional e acusou a Capsat de buscar desestabilizar a democracia. O artigo lembra que a mesma unidade protagonizou golpe em 2009 que levou Rajoelina ao poder. Grupos de direitos humanos relatam que tiros dos militares causaram mortes e dezenas de feridos. A União Africana pediu calma e respeitabilidade constitucional. O texto destaca que a crise política ocorre a poucas semanas de eleições legislativas e ameaça o frágil crescimento econômico de Madagascar. Analistas alertam que, sem uma solução pacífica, o país pode mergulhar em nova espiral de instabilidade, espantando investidores e intensificando a migração de jovens. A matéria conclui enfatizando que a comunidade internacional está alerta e que Rajoelina ofereceu anistia aos militares se regressarem aos quartéis.

14. Ex‑presidente do parlamento vence eleições presidenciais nas Seychelles – Reuters – 12/10/2025

Patrick Herminie, líder do Partido Unido das Seychelles e ex‑presidente do parlamento, derrotou o presidente Wavel Ramkalawan com 52,7% dos votos, tornando‑se o novo chefe de Estado. A reportagem da Reuters destaca que Herminie fez campanha prometendo reduzir a idade de aposentadoria e implantar as recomendações de uma comissão de verdade e reconciliação que investigou abusos da década de 1980reuters.com. O arquipélago, altamente dependente do turismo, enfrenta desemprego de jovens e crescente consumo de heroína; Herminie prometeu políticas de saúde pública e educação. Ramkalawan, pastor anglicano eleito em 2020, foi criticado por não cumprir reformas prometidas e por permitir o aumento da dívida pública. A matéria explica que as Seychelles, com 100 000 habitantes, são vulneráveis a desastres climáticos e buscam diversificar a economia por meio de investimentos verdes. Observadores eleitorais da União Africana elogiaram a transparência do processo e a maturidade democrática do país. Herminie afirmou em seu discurso de vitória que pretende colaborar com todas as forças políticas e manter a política externa não‑alinhada das Seychelles. A Reuters observa, porém, que ele enfrenta expectativas altas para combater a desigualdade e a corrupção.

15. Bangladesh lança campanha de vacinação contra a febre tifóide resistente a medicamentos – Reuters – 12/10/2025

Enfrentando aumento de cepas de Salmonella Typhi resistentes a antibióticos, Bangladesh iniciou a maior campanha mundial de vacinação contra a febre tifóide. A reportagem informa que o país pretende vacinar 50 milhões de crianças de 9 meses a 15 anos em 20 diasreuters.com. As vacinas conjugadas foram fornecidas pela Gavi e apoiadas pela OMS, e a campanha envolve mais de 80 000 postos de imunização. Pesquisadores da Universidade de Dhaka alertaram que cerca de 15% das cepas analisadas no país mostram resistência à ceftriaxona, principal antibiótico para a doençareuters.com. A ministra da Saúde, Samanta Lal Sen, explicou que a vacinação é gratuita e voluntária e visa reduzir mortalidade e internações, aliviando a pressão sobre hospitais públicos. A matéria destaca que Bangladesh já erradicou a pólio e pretende repetir o sucesso com a febre tifóide. A campanha também servirá de modelo para países vizinhos como Índia, que enfrenta surtos resistentes semelhantes. O artigo conclui afirmando que a imunização em massa representa avanço significativo na luta global contra doenças infecciosas negligenciadas e demonstra a capacidade de Bangladesh de organizar grandes campanhas de saúde pública.

16. Ministra britânica planeja ampliar colchão orçamentário – Reuters – 12/10/2025

Rachel Reeves, futura ministra das Finanças do Reino Unido, pretende aumentar a reserva fiscal no orçamento de novembro, conforme relata a Reuters. Diante do aumento das taxas de juros, Reeves quer um colchão maior para enfrentar choques econômicos inesperados, o que pode significar maiores impostos ou cortes de gastosreuters.com. O artigo lembra que o governo descartou uma medida de economia de 9 bilhões de libras em bem‑estar social após críticas, reduzindo a margem de manobra. Analistas do Instituto de Estudos Fiscais estimam que o governo precisará arrecadar cerca de 30 bilhões de libras extras para atingir a meta de reduzir a dívida como proporção do PIB em cinco anosreuters.com. Reeves defende a redução do déficit para recuperar a confiança do mercado e financiar investimentos em infraestrutura e serviços públicos, ao mesmo tempo em que promete não aumentar o IVA nem o imposto de renda para a maioria. Críticos conservadores acusam os trabalhistas de planejar uma “super taxação” que prejudicaria a classe média. O artigo conclui observando que o cenário orçamentário do Reino Unido se complica pela inflação persistente e pela volatilidade política decorrente das eleições antecipadas.

17. Impasses do shutdown ignoram o risco principal à estabilidade dos EUA: a dívida crescente – Reuters – 12/10/2025

A cobertura da Reuters analisa a disputa partidária no Congresso dos Estados Unidos sobre o orçamento, que pode levar a um shutdown do governo. Especialistas entrevistados apontam que o debate se concentra em cortes de 1,7 trilhão de dólares — uma fração do orçamento — enquanto ignora o problema mais grave: a dívida pública de cerca de 38 trilhões de dólaresreuters.com. A matéria cita a presidente do Comitê para um Orçamento Federal Responsável, Maya MacGuineas, que chama a discussão de “guerra de mensagens” que desvia atenção das reformas necessárias no Seguro Social e no Medicare. O texto explica que, se o Congresso não aumentar o teto da dívida, o pagamento de juros pode superar os gastos com defesa até 2029reuters.com. Economistas alertam que, sem controle, a dívida comprometerá programas sociais e pressionará os mercados financeiros. A cobertura aborda ainda a falta de vontade de democratas e republicanos em apoiar cortes impopulares, bem como o uso de táticas partidárias para bloquear o adversário. O artigo conclui que os EUA enfrentam um desafio estrutural: conciliar necessidade de investimentos em infraestrutura e defesa com a urgência de consolidar as contas públicas. Enquanto isso, a possibilidade de paralisação administrativa ameaça paralisar serviços não essenciais e desacelerar a economia.

18. Sete mortos e 23 feridos em ataques russos na Ucrânia, informa Kyiv Independent – Kyiv Independent – 12/10/2025

O jornal ucraniano Kyiv Independent reporta que ataques aéreos russos em várias regiões do país mataram sete civis e feriram 23, incluindo crianças. Os bombardeios atingiram Odesa, Chernihiv, Donetsk, Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk, Kharkiv e Kherson, usando mísseis e drones kamikaze. Entre as vítimas está uma menina de 11 anos, ferida quando um drone caiu perto de uma igreja. A Força Aérea ucraniana informou que derrubou 103 dos 118 drones Shahed e mísseis disparados durante a noite. As autoridades locais relataram danos significativos a edifícios residenciais, escolas e infraestruturas energéticas. O artigo destaca que os ataques fazem parte de uma escalada russa destinada a sobrecarregar as defesas aéreas ucranianas antes do inverno. O presidente Volodymyr Zelensky condenou a ofensiva e apelou à comunidade internacional para reforçar as defesas antiaéreas e manter as sanções contra Moscou. A matéria observa ainda que, apesar das baixas civis, a moral permanece alta em Kiev, com voluntários mobilizando recursos para reconstruir casas destruídas e apoiar desabrigados. Analistas entrevistados afirmam que a estratégia russa visa minar o suporte ocidental a Kiev, mas que, paradoxalmente, o aumento da destruição fortalece a solidariedade internacional à Ucrânia. O artigo conclui mencionando que o Ministério da Saúde ucraniano está reforçando estoques de sangue e medicamentos para lidar com feridos nas próximas semanas.

19. Rússia lançou mais de 3 100 drones e 92 mísseis em uma semana, diz Zelensky – Kyiv Independent – 12/10/2025

Em outra reportagem, o Kyiv Independent relata que a Rússia intensificou significativamente seus ataques, lançando mais de 3 100 drones e 92 mísseis contra a Ucrânia em apenas sete diaskyivindependent.com. O presidente Zelensky afirmou que Moscou está tentando saturar as defesas antiaéreas, causando apagões em várias regiões e destruindo instalações elétricas. As ofensivas têm como objetivo, segundo Zelensky, forçar Kiev a desviar recursos do front e desmoralizar a população. Ele apelou aos aliados ocidentais para manterem sanções contra a Rússia e acelerar o envio de sistemas de defesa antiaérea Patriot e SAMP/Tkyivindependent.com. O artigo menciona que, enquanto a Rússia ataca, a Ucrânia retaliou atingindo instalações energéticas em Krasnodar e Rostov. A publicação recorda que a intensificação coincide com a atenção mundial voltada ao cessar‑fogo em Gaza, o que preocupa Kiev quanto à possibilidade de o conflito no Oriente Médio desviar recursos do apoio ocidental. Em paralelo, analistas de segurança sugerem que a Rússia está testando novas táticas de guerra eletrônica para interferir no GPS de drones ucranianos. A reportagem finaliza destacando que o balanço de vítimas civis continua a subir e que, embora a Ucrânia tenha sucesso em interceptar muitos drones, a quantidade de munições de defesa antiaérea é limitada.

20. Hamas não participará do governo de Gaza após a guerra, diz fonte – NDTV/AFP – 12/10/2025

O portal indiano NDTV, citando a agência AFP, traz declarações de um dirigente do Hamas que afirmou que o grupo não participará do governo de Gaza após o conflito. A matéria explica que, segundo o plano de 20 pontos proposto por Donald Trump para Gaza, o território seria administrado por um comitê tecnocrático temporário de palestinos, com supervisão internacionalndtv.com. Hamas concordaria com uma trégua de longo prazo, mas se recusaria a entregar armas. A fonte afirma que “a resistência armada é nossa linha vermelha” e que qualquer tentativa de desarmamento será vista como traição. O artigo lista os elementos do plano: reconstrução financiada por países árabes, desmilitarização progressiva, eleições em dois anos e integração gradual da Cisjordânia e Gaza sob um governo de unidade nacional. A NDTV observa que a Autoridade Palestina e Israel não comentaram, e que os Estados Unidos esperam que a adesão do Hamas à trégua facilite o acordo. Comentadores palestinos, contudo, criticam a exclusão de representantes eleitos e receiam que o comitê tecnocrático seja dominado por interesses externos. O texto contextualiza que, desde 2007, Hamas controla Gaza após eleições legislativas e um confronto violento com o Fatah. A notícia conclui que, embora a renúncia ao governo possa ser vista como gesto de boa fé, a recusa em desarmar sinaliza que a resistência continuará a influenciar a política regional.

21. Cuba nega participação na guerra da Ucrânia – The Moscow Times/AFP – 12/10/2025

Segundo o jornal russo The Moscow Times, com base em despacho da AFP, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba negou categoricamente as acusações dos Estados Unidos de que enviaria soldados para lutar na Ucrânia. A nota afirma que “não há um único soldado cubano no front” e condena a “campanha de desinformação” de Washingtonthemoscowtimes.com. O artigo menciona que, em setembro de 2023, o governo cubano desmantelou uma rede de tráfico que recrutava jovens para servir como mercenários na Rússia; 26 cubanos foram condenados por participar de combate, e Havana diz que as autoridades russas cooperaram na investigação. O Departamento de Estado norte‑americano, no entanto, declarou que Cuba não protege adequadamente seus cidadãos e que a “presença significativa” de cubanos no front demonstra cumplicidade. A matéria cita ainda o programa ucraniano “Quero Viver”, que incentiva combatentes inimigos a se renderem, e que listou mais de 1 000 cubanos lutando ao lado da Rússia. O governo cubano reafirma neutralidade e apoio à diplomacia para encerrar a guerra. Especialistas acreditam que Havana tenta evitar sanções adicionais e preservar a cooperação econômica com Moscou, principalmente nos setores de energia e turismo. A notícia conclui que, embora Cuba condene a agressão russa em público, continua a manter relações próximas com Moscou, alimentando suspeitas ocidentais.

22. Presidente de Camarões, de 92 anos, busca novo mandato após décadas no poder – The Guardian – 12/10/2025

O Guardian relata que Paul Biya, no poder desde 1982, concorre para um novo mandato aos 92 anos, consolidando‑se como o chefe de Estado mais longevo do mundo. A reportagem observa que a oposição camaronesa está fragmentada, com vários candidatos incapazes de formar coalizãotheguardian.com. Críticos acusam Biya de governar por decretos, negligenciar serviços públicos e reprimir opositores, enquanto seus apoiantes o veem como garantia de estabilidade numa região tumultuada, marcada por insurgência na zona anglófona e ameaças jihadistas. A matéria destaca que o eleitorado, em maioria jovem, enfrenta desemprego elevado, inflação e falta de perspectivas. Muitos eleitores são céticos quanto à capacidade de Biya de governar efetivamente devido à idade avançada; ainda assim, a comissão eleitoral, vista por opositores como subserviente ao partido no poder, aprova sua candidatura sem questionamentos. A UE e a União Africana enviaram observadores, mas grupos de direitos humanos denunciam intimidação de adversários. O artigo conclui que, independentemente do resultado, as eleições dificilmente trarão renovação política imediata, mas podem evidenciar o descontentamento crescente de uma geração que não conhece outro líder.

23. Afeganistão diz ter matado 58 soldados paquistaneses; autoridades paquistanesas contestam – Associated Press – 12/10/2025

Matéria da AP News relata que o governo do Talibã afirmou ter matado 58 soldados paquistaneses durante operações na fronteira, enquanto o Paquistão reconheceu 23 mortos e disse ter destruído 25 postos afegãos. O porta‑voz talibã Zabihullah Mujahid afirmou que tropas afegãs responderam a ataques aéreos paquistaneses na província de Paktia, capturando 25 postos de fronteira e bombardeando as áreas de Spera e Dand Patanapnews.comapnews.com. O Paquistão fechou as passagens de Torkham e Chaman após o incidente, bloqueando o comércio entre os paísesapnews.com. A matéria relata que as autoridades paquistanesas acusam o Afeganistão de abrigar o Tehreek‑e‑Taliban (TTP) e dizem ter neutralizado mais de 200 militantes, embora Cabul negue fornecer abrigoapnews.com. Arábia Saudita e Catar pediram moderação, enquanto o Irã instou ambas as partes a respeitar a soberania. Especialistas lembram que a linha Durand, imposta pelos britânicos, nunca foi aceita por Cabul e continua fonte de discórdia. O texto conclui que a disputa expõe a fragilidade das relações entre os dois vizinhos e pode desviar a atenção do Talibã de desafios domésticos, como a crise humanitária e o extremismo interno.

24. Navio chinês dispara canhão de água e colide com barco filipino no Mar do Sul da China – AFP/Yahoo News – 12/10/2025

Reportagem da AFP republicada pelo Yahoo News detalha incidente em que a guarda costeira chinesa disparou um canhão de água de alta potência e colidiu com o navio BRP Datu Pagbuaya, da agência filipina de pesca, causando avarias, mas sem feridos. Segundo o porta‑voz filipino Jay Tarriela, o ato foi “deliberado e irresponsável” e ocorreu próximo à ilha Thitu (Pag‑asa). A matéria explica que, embora 2016 o Tribunal Arbitral de Haia tenha rejeitado as reivindicações chinesas, Pequim insiste que a quase totalidade do mar lhe pertence. A notícia menciona que o incidente aconteceu no mesmo dia em que terremotos e um tufão atingiram as Filipinas, intensificando a sensação de vulnerabilidade. O chefe da guarda costeira filipina, almirante Ronnie Gil Gavan, declarou que “não recuaremos” e pediu apoio internacional. Pequim não comentou o episódio, mas a mídia estatal chinesa acusou Manila de “provocação”. Especialistas citados alertam que o uso de canhões de água se tornou prática comum da China para impor suas reivindicações sem recorrer a armas letais, correndo o risco de escalada se houver vítimas. A matéria conclui que a tensão aumentará a pressão sobre aliados como os EUA, que têm acordo de defesa com as Filipinas, para responder a incidentes no Mar do Sul da China.

25. Milhares participam de protestos pró‑Palestina na Austrália após cessar‑fogo – The Guardian – 12/10/2025

Após a trégua em Gaza, dezenas de milhares de pessoas se reuniram em Sydney, Melbourne e Brisbane em protestos pró‑Palestina. A reportagem do Guardian descreve que os organizadores planejam continuar mobilizações até que “todas as terras palestinas sejam libertadas”theguardian.com. Estima‑se que 20 000 pessoas compareceram em Melbourne, onde ativistas discursaram contra a intervenção de Donald Trump, chamando a trégua de “farsa para mascarar a ocupação”theguardian.com. Entre os presentes estava Madeleine Habib, recém‑libertada de prisão israelense, que relatou abusos sofridos durante a detenção. O artigo também menciona a participação de políticos do Partido Verde e de sindicatos, que pediram boicote a empresas que lucram com a ocupação. Em Sydney, a polícia impôs restrições a bandeiras e cartazes, o que gerou críticas de defensores da liberdade de expressão. A reportagem lembra que manifestações semelhantes ocorreram em Londres e Nova York, refletindo a globalização do movimento pró‑Palestina. Analistas observam que o conflito em Gaza revitalizou a política de rua na Austrália e pode influenciar o debate sobre imigração e política externa. O texto conclui que a mobilização evidencia um descompasso entre a política oficial australiana, alinhada aos EUA e Israel, e a opinião pública, mais simpática à causa palestina.

26. Presidente de Madagascar denuncia tomada ilegal de poder por militares – The Guardian – 12/10/2025

Na mesma linha da cobertura da Reuters, o Guardian reporta que o presidente malgaxe Andry Rajoelina acusou a unidade militar Capsat de tentar tomar o poder, aproveitando‑se de protestos juvenis contra cortes de água e eletricidade. A reportagem informa que o comandante da Capsat anunciou em rede social que derrubaria o governo e pediu o apoio da populaçãotheguardian.com. Rajoelina se refugiou no Palácio de Iavoloha e convocou a polícia para proteger instalações estratégicas. De acordo com o artigo, carros blindados cercaram a emissora estatal, e tiros foram ouvidos perto do Parlamentotheguardian.com. A ONU e a União Africana condenaram a tentativa de golpe e exigiram respeito à ordem constitucional. O texto recorda que Rajoelina subiu ao poder em 2009 justamente com apoio da Capsat e que, desde então, enfrentou crises recorrentes. Manifestantes afirmaram ao Guardian que a população está cansada de promessas não cumpridas, enquanto analistas apontam que a instabilidade política aprofunda a pobreza no país. O artigo conclui que a crise pode arruinar as perspectivas eleitorais de 2026 e afastar investidores estrangeiros, prejudicando o desenvolvimento econômico de Madagascar.

27. Diretora‑geral do FMI alerta: economia mundial enfrenta múltiplas ameaças – The Guardian – 12/10/2025

Em um artigo de opinião, o Guardian analisa as advertências da diretora‑geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, de que a economia mundial deve “apertar os cintos” diante de riscos diversos. A análise explica que a pandemia de Covid‑19 e a guerra na Ucrânia remodelaram o comércio global, mas o fluxo de mercadorias continua resiliente graças ao “friend‑shoring”, em que países procuram parceiros confiáveistheguardian.com. O texto nota que as exportações de chips, semicondutores e equipamentos de inteligência artificial explodiram, mascarando a queda de setores tradicionais, e que o protecionismo de Donald Trump — com a recente tarifa de 100% sobre produtos chineses — pode reduzir o comércio global em 2%theguardian.com. O autor comenta que economistas temem uma bolha especulativa em empresas de IA, comparável à crise das pontocom, e lembra que o Banco da Inglaterra alertou que um colapso poderia contagiar bancos e fundos de pensão. Georgieva defende reforçar regulações financeiras e ampliar redes de segurança para países em desenvolvimento. A opinião ressalta que o FMI quer ampliar sua capacidade de empréstimos para lidar com futuros choques climáticos e pandemias, mas enfrenta resistência de países ricos. Por fim, o artigo sustenta que as ameaças simultâneas — inflação persistente, desaceleração da China, conflitos geopolíticos e risco de bolha tecnológica — exigem políticas coordenadas e prudência para evitar nova crise financeira global.

28. Filipinas acusa navio chinês de ter deliberadamente abalroado embarcação estatal – The Guardian – 12/10/2025

Reportagem do Guardian detalha a acusação da Guarda Costeira das Filipinas de que um navio chinês teria colidido deliberadamente com um barco de fiscalização marítima filipino, perto da ilha Thitu. O incidente danificou a embarcação, mas não causou feridostheguardian.com. O governo filipino divulgou vídeos que mostram um navio chinês usando canhão de água antes de bater na lateral do barco filipino. Pequim culpou Manila pela colisão, dizendo que o navio entrou em águas chinesas e não obedeceu às ordens de sair. O artigo ressalta que a China reivindica quase todo o Mar do Sul da China, enquanto um tribunal internacional determinou em 2016 que suas pretensões são infundadas. Analistas citados argumentam que o incidente faz parte de uma estratégia de “salami slicing” em que Pequim pressiona gradualmente os vizinhos para consolidar controle de áreas estratégicas. O texto relata que o incidente motivou protestos em Manila e convocou consultas com Washington, já que os EUA possuem tratado de defesa mútua com as Filipinas. A matéria conclui que, embora nenhum tiro tenha sido disparado, a confrontação evidencia a volatilidade da região e torna qualquer crise humanitária na Ásia‑Pacífico um teste para o comprometimento de aliados ocidentais.

29. Extrema direita europeia segue Trump e pede que antifa seja declarada terrorista – The Guardian – 12/10/2025

O Guardian relata que partidos de extrema direita na Europa adotaram a proposta de Donald Trump de classificar o movimento antifa como organização terrorista. A matéria menciona que parlamentares do partido holandês PVV apresentaram resolução neste sentido, apoiada por 79 eurodeputados de 12 paísestheguardian.com. Em Budapeste, o ministro húngaro Bence Rétvári declarou que Antifa “é uma rede de violência anarquista e deve ser tratada como grupo terrorista”theguardian.com. Especialistas entrevistados alertam que o antifa não é uma organização formal, mas um movimento descentralizado de indivíduos que se opõem ao fascismo, portanto rotulá‑los como terroristas poderia criminalizar manifestantes legítimos. A reportagem destaca que a proposta ganhou força após confrontos em protestos e que alguns governos conservadores buscam capitalizar a narrativa para enfraquecer adversários de esquerda. No entanto, a Comissão Europeia reiterou que a designação de grupos terroristas é prerrogativa de cada país membro e que a legislação antiterrorista não deve ser usada para fins políticos. O artigo menciona que acadêmicos apontam riscos de erosão das liberdades civis e de aumento da polarização. Finaliza observando que a importação da retórica MAGA para a Europa exemplifica como a extrema direita transnacionaliza estratégias e narrativas para mobilizar seu eleitorado.

30. Resumo da guerra na Ucrânia: ataque a refinaria em Ufa demonstra que não há áreas seguras na Rússia – The Guardian – 12/10/2025

Na série de briefings diários sobre a guerra, o Guardian relata que um ataque ucraniano com drones atingiu a refinaria Bashneft em Ufa, a 1 200 km da fronteira, evidenciando que “não há lugares seguros na retaguarda russa”theguardian.com. A matéria destaca que Kiev vem usando drones de longo alcance para degradar a capacidade de produção de combustível da Rússia e aumentar a pressão interna sobre o regime. O artigo também menciona que Zelensky telefonou a Donald Trump solicitando que ele intermediasse negociações para a Ucrânia, aproveitando o sucesso do acordo em Gaza. Em resposta, Trump teria prometido reunir países do G20 para discutir um plano de paz. O briefing resume ainda que, nas últimas 24 horas, ataques russos deixaram sete mortos e dezenas de feridos na Ucrânia, enquanto drones ucranianos derrubaram postes elétricos em Belgorod, causando apagões. O texto relata rumores de que o governo russo tenta recrutar 50 000 cubanos para reforçar suas tropas, mas Havana nega envolvimento, dizendo que apenas mercenários individuais participamtheguardian.com. O artigo conclui que a guerra entrou em fase de ataques recíprocos às infraestruturas energéticas e que, embora a mediação internacional ganhe espaço, a confiança entre as partes está em seu ponto mais baixo.

Seção 3 – Economia e Diplomacia

As notícias econômicas e diplomáticas se misturam aos conflitos, revelando como as guerras e crises políticas afetam decisões macroeconômicas e relações bilaterais.

31. Cooperação sino‑norte‑coreana e os efeitos geopolíticos

Já resumido na seção anterior, o fortalecimento das relações entre China e Coreia do Norte envolve não apenas laços militares, mas também acordos comerciais e infraestrutura ferroviária. O aprofundamento dessa aliança complica as negociações sobre desarmamento nuclear e afeta o equilíbrio de poder no leste asiáticoreuters.com. Pequim busca usar Pyongyang como carta de barganha nas conversas com Washington, enquanto o regime de Kim garante apoio econômico e diplomático.

32. União Europeia e OTAN sob pressão: tensões nas Filipinas e no Mar Negro

Os incidentes no Mar do Sul da China e no Mar Negro indicam que a OTAN e a União Europeia precisam lidar com múltiplas crises simultâneas. Enquanto navios chineses confrontam embarcações filipinasreuters.com, aeronaves russas atacam navios civis no Mar Negro, levando a patrulhas conjuntas da OTANaljazeera.com. A UE, por sua vez, enfrenta desacordos internos sobre a ampliação do bloco e a gestão da migração, temas que não foram abordados nos artigos, mas são pano de fundo para as tensões.

Seção 4 – Tecnologia Militar

33. Colaboração militar EUA‑Ucrânia envolve drones e mísseis de longo alcance

O apoio de Washington a Kiev inclui fornecimento de inteligência para ataques precisos a refinarias russas e possíveis entregas de mísseis Tomahawkreuters.comreuters.com. Além disso, a matéria da Reuters relata que os Estados Unidos ajudam a Ucrânia a planejar missões envolvendo drones de longo alcance, ampliando a guerra híbrida e levantando preocupações sobre escalada nuclear. Essa colaboração demonstra como tecnologia militar e informação são centrais na guerra contemporânea.

34. Ataques com drones evidenciam nova fase da guerra na Ucrânia

A intensificação de ataques ucranianos com drones a alvos estratégicos em território russo, como a refinaria de Ufa, mostra a evolução das capacidades tecnológicas de Kievtheguardian.com. Ao mesmo tempo, a Rússia multiplica o uso de drones Shahed e mísseis de fabricação iraniana, lançando milhares de unidades em apenas uma semanakyivindependent.com. A guerra torna‑se cada vez mais dependente de sistemas não tripulados, sistemas de defesa antiaérea e guerra eletrônica, forçando os aliados ocidentais a repensar a logística de fornecimento de armamentos e a doutrina de segurança.

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