❖ Questão 1
Considerando o contexto hemisférico da década de 1950 e a busca do Brasil por protagonismo regional, julgue a afirmativa a seguir:
A Operação Pan-Americana representou uma proposta brasileira de segurança coletiva, voltada a fortalecer o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) por meio da coordenação militar latino-americana.
❖ Questão 2
Acerca das iniciativas multilaterais brasileiras no âmbito da UNCTAD e do Grupo dos 77, julgue a afirmativa a seguir:
A adesão do Brasil ao Grupo dos 77 refletiu a adoção de uma postura anticapitalista no sistema internacional e a rejeição explícita das instituições econômicas de Bretton Woods.
❖ Questão 3
Considerando os fundamentos da Política Externa Independente (PEI), formulada nos governos Jânio Quadros e João Goulart, julgue a afirmativa a seguir:
A PEI preconizava o não alinhamento ideológico, a diversificação de parcerias e o engajamento ativo em organismos multilaterais como instrumentos de promoção da autonomia do Brasil no cenário global.
❖ Questão 4
No que se refere à Conferência de Bandung (1955) e seu impacto na formulação de agendas políticas do Terceiro Mundo, julgue a afirmativa a seguir:
A diplomacia brasileira, mesmo não tendo participado oficialmente da Conferência de Bandung, incorporou em etapas posteriores parte dos princípios ali defendidos, como o anticolonialismo e a cooperação Sul-Sul.
❖ Questão 5
Sobre as diretrizes da política externa brasileira durante o regime militar, julgue a afirmativa a seguir:
A visita do presidente Richard Nixon ao Brasil, em 1971, simbolizou um realinhamento automático da diplomacia brasileira ao eixo geopolítico norte-americano, abandonando definitivamente o projeto de inserção autônoma no sistema internacional.
❖ Questão 6
Considerando os esforços brasileiros por reconhecimento internacional como potência média, julgue a afirmativa:
A participação do Brasil na UNCTAD e no Grupo dos 77 revelou uma estratégia de diplomacia econômica do Sul Global que transcendia alianças ideológicas, buscando reformar normas internacionais em benefício dos países em desenvolvimento.
❖ Questão 7
A respeito da Política Externa Independente, julgue a afirmativa a seguir:
A política de reconhecimento da República Popular da China, a aproximação com países africanos recém-descolonizados e a defesa da autodeterminação dos povos são exemplos da ampliação do horizonte diplomático brasileiro durante a PEI.
❖ Questão 8
Sobre o pensamento estratégico brasileiro na era Juscelino Kubitschek, julgue a afirmativa:
A OPA foi apresentada como um projeto supranacional, que buscava superar a lógica da assistência pontual dos EUA à América Latina e propunha uma parceria horizontal baseada na equidade e no desenvolvimento conjunto.
❖ Questão 9
Com base nos desdobramentos da Guerra Fria na política externa brasileira, julgue:
Apesar do discurso autônomo da PEI, o Brasil manteve durante os anos 1960 um padrão de alinhamento tácito aos EUA nas questões mais relevantes da política de segurança interamericana.
❖ Questão 10
Considerando a evolução da política externa brasileira no contexto do regime militar, julgue:
A chamada "doutrina do pragmatismo responsável e ecumênico", lançada no governo Geisel, foi uma tentativa de reconciliar a busca por autonomia com os compromissos ideológicos firmados com o Ocidente liberal.
✅ Gabaritos e Comentários
1. Errado
A OPA não foi uma proposta de coordenação militar, mas de cooperação econômica. Visava angariar apoio dos EUA para o desenvolvimento latino-americano, rompendo com o foco exclusivo em segurança do TIAR. JK buscava liderança regional via diplomacia do desenvolvimento, não via instrumentos militares.
2. Errado
A adesão ao G-77 não implicou rejeição ao capitalismo ou às instituições de Bretton Woods. O Brasil buscava reformas da ordem econômica internacional, defendendo interesses dos países em desenvolvimento, mas sem romper com o sistema capitalista global.
3. Certo
A PEI foi pautada por não alinhamento ideológico, autonomia decisória e universalização das relações, com destaque para atuação em fóruns multilaterais. Defendia a inserção ativa do Brasil como potência média não subordinada.
4. Certo
Embora ausente de Bandung, o Brasil passou a incorporar princípios defendidos na conferência, como antirracismo, autodeterminação e solidariedade Sul-Sul, especialmente sob Goulart. Essas ideias repercutiram na retórica e prática da PEI.
5. Errado
Apesar da reaproximação com os EUA no governo Médici, não houve realinhamento automático. A partir de Geisel, com o pragmatismo responsável e ecumênico, a diplomacia buscou recuperar autonomia, mesmo sob regime autoritário.
6. Certo
A diplomacia econômica do Brasil na UNCTAD e no G-77 foi orientada por interesses estruturais, não por ideologia. Buscava reformar regras do comércio internacional em favor dos países periféricos, posicionando-se como liderança do Sul Global.
7. Certo
O reconhecimento da China, aproximações com África e defesa da autodeterminação compõem o núcleo da universalização diplomática promovida pela PEI. A política rompeu com o exclusivismo ocidental e diversificou o portfólio externo do Brasil.
8. Certo
A OPA criticava a assistência condicionada dos EUA e propunha uma nova arquitetura hemisférica de desenvolvimento. JK defendia cooperação horizontal, investimentos estruturais e diálogo político, antevendo, em certa medida, a agenda da UNCTAD.
9. Errado
Nos anos 1960, o Brasil rompeu com o padrão de alinhamento tácito ao buscar relação com URSS, China e África, reconhecendo novos Estados e tensionando posições interamericanas, como no caso de Cuba. A PEI foi ruptura e não continuidade.
10. Errado
O pragmatismo responsável e ecumênico rompeu com compromissos ideológicos firmados com o Ocidente, buscando autonomia funcional, sobretudo no campo econômico. A doutrina não foi reconciliação ideológica, mas reafirmação da autonomia como método.
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