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Política Externa Brasileira segundo Mônica Hirst: Relações Brasil–Estados Unidos de Vargas à era multipolar

 


Política Externa Brasileira segundo Mônica Hirst: Relações Brasil–Estados Unidos de Vargas à era multipolar

Introdução

A relação entre Brasil e Estados Unidos ocupa um lugar de destaque na política externa brasileira, com impacto global e regional significativo. Como as duas maiores democracias do Hemisfério Ocidental, Brasil e EUA desenvolveram uma parceria complexa, marcada por períodos de aproximação e distanciamento. Entender esses altos e baixos é fundamental para quem estuda relações internacionais e, especialmente, para concurseiros do CACD que precisam dominar a história diplomática brasileira. Nesse contexto, a perspectiva da professora e pesquisadora Mônica Hirst oferece uma análise rica e diferenciada sobre as relações Brasil-EUA, combinando rigor acadêmico e olhar crítico. Hirst, em obras influentes como Brasil-Estados Unidos: Desencontros e Afinidades, interpreta a evolução desse vínculo através de fases distintas, como momentos de aliança, alinhamento, autonomia, ajustamento e afirmação​

. Este artigo explora essas fases e a visão de Mônica Hirst sobre cada período – da Era Vargas à era multipolar atual –, destacando por que sua análise é referência em política externa brasileira e quais desafios se colocam para o futuro da relação Brasil-EUA.

Quem é Mônica Hirst e por que sua análise é importante?

Mônica Hirst é uma das vozes mais emblemáticas nos estudos de política externa do Brasil. Acadêmica brasileira com carreira internacional, Hirst é doutora em Estudos Estratégicos pela UFRGS e mestre em Ciência Política pelo IUPERJ​

. Atua como professora na Universidad Torcuato Di Tella, na Argentina, e no IESP-UERJ, além de ter lecionado no Instituto Rio Branco (formação de diplomatas) e em universidades renomadas como Stanford e Harvard​
. Ao longo de décadas de pesquisa, publicou extensamente sobre política externa brasileira, relações Estados Unidos–América Latina e segurança regional​
, construindo autoridade no assunto.

Entre suas principais obras destacam-se The United States and Brazil: A Long Road of Unmet Expectations (2004) – traduzida no Brasil como Brasil-Estados Unidos: Desencontros e Afinidades (FGV, 2009) – em que disseca a história das relações Brasil-EUA no século XX e início do XXI. Nesse trabalho, Hirst propõe uma leitura inovadora dos ciclos diplomáticos brasileiros, organizando-os em fases conceituais marcadas pelos “5 As”: Aliança, Alinhamento, Autonomia, Ajustamento e Afirmação

. Essa estrutura analítica clarifica como o Brasil ora se aproximou estrategicamente de Washington, ora buscou maior independência. A importância da análise de Hirst reside não só em sua erudição histórica, mas também em sua capacidade de articular teoria e prática – fornecendo ferramentas para compreender o passado e pensar estratégias futuras. Sua interpretação iluminada e crítica é amplamente respeitada, tornando-se referência obrigatória para estudantes de relações internacionais e diplomatas em formação que buscam entender a política externa do Brasil em relação aos EUA.

Principais fases da relação Brasil-EUA na visão de Mônica Hirst

As reflexões de Mônica Hirst identificam fases distintas na relação entre Brasil e Estados Unidos, cada qual determinada por contextos históricos e escolhas diplomáticas específicas. A seguir, exploramos três grandes períodos – da Era Vargas à era pós-Guerra Fria – destacando o pragmatismo brasileiro, os momentos de alinhamento ideológico, os esforços de autonomia estratégica e a posterior busca por equilíbrio em um mundo multipolar, de acordo com a visão da autora.

Era Vargas (1930–1945): pragmatismo e Segunda Guerra

Durante a Era Getúlio Vargas, a política externa brasileira caracterizou-se por um pragmatismo marcante, guiado pela busca de benefícios concretos para o desenvolvimento nacional. Nos anos 1930, Vargas adotou uma estratégia de duplo jogo nas relações exteriores: ao mesmo tempo em que mantinha laços comerciais com potências europeias (como a Alemanha) para impulsionar a industrialização brasileira, procurava estreitar os vínculos com os Estados Unidos​

. Esse equilíbrio pragmático visava extrair vantagens de ambos os lados em um contexto global conturbado. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o governo Vargas negociou seu alinhamento aos Aliados de forma calculada. Brasília condicionou seu apoio militar – como o envio da Força Expedicionária Brasileira (FEB) – a contrapartidas estratégicas por parte de Washington​
. Como resultado, o Brasil obteve investimentos importantes, a exemplo do financiamento para a usina siderúrgica de Volta Redonda e o reequipamento das Forças Armadas, fortalecendo a base industrial e militar do país.

Esse período viu o auge da cooperação entre Vargas e Franklin D. Roosevelt, simbolizado pelo encontro de Natal (1943) e pela Política da Boa Vizinhança dos EUA, que buscava uma relação mais horizontal com a América Latina. No entanto, mesmo durante a guerra, Vargas jamais perdeu de vista os interesses nacionais – sua diplomacia oscilou entre gestos de aproximação e firmeza negociadora. Ao final do conflito, algumas tensões vieram à tona: o Brasil esperava apoio econômico contínuo dos EUA (como preços favoráveis para o café e créditos para projetos industriais), expectativas que não se concretizaram plenamente​

. Ainda assim, o legado da Era Vargas foi o estabelecimento de um padrão de pragmatismo brasileiro nas relações com os EUA, em que alianças eram meios para fins de desenvolvimento interno. Hirst destaca esse período como uma “aliança informal” nas relações bilaterais – uma proximidade estratégica sem acordo escrito, pautada em trocas de conveniência mútua​
. Essa base preparou o terreno para os dilemas que viriam no pós-guerra, quando ideologia e Guerra Fria reconfigurariam as dinâmicas do relacionamento.

Guerra Fria (1947–1991): alinhamento ideológico vs. autonomia

Com o início da Guerra Fria, a política externa do Brasil passou a oscilar entre o alinhamento ao bloco liderado pelos EUA e esforços de afirmação autônoma. Na visão de Mônica Hirst, de 1942 até meados dos anos 1970 predominou uma fase de alinhamento automático do Brasil com os Estados Unidos​

. Nesse período, especialmente sob os governos Dutra (1946–51) e durante boa parte do regime militar pós-1964, o anticomunismo serviu de guia ideológico para uma estreita cooperação político-militar com Washington. O Brasil rompeu relações com o bloco socialista, aderiu a pactos hemisféricos de segurança e beneficiou-se de assistência econômica e militar norte-americana. A importância da ajuda dos EUA fez com que o país, em muitos momentos, seguisse de perto as preferências de Washington – um reflexo da dependência econômica e da assimetria estrutural que caracterizavam a relação. De acordo com Hirst, do início dos anos 1940 até os anos 1970 o Brasil manteve uma postura de alinhamento, oscilando entre períodos de alinhamento “automático” e “negociado”, conforme as circunstâncias​
.

Contudo, mesmo nessa fase alinhada, houve fissuras de autonomia. O exemplo mais notável foi a Política Externa Independente (PEI) dos presidentes Jânio Quadros e João Goulart no início dos anos 1960. Buscando maior autonomia estratégica, o Brasil reatou relações diplomáticas com a União Soviética, posicionou-se de forma mais neutra na rivalidade Leste-Oeste e defendeu direitos próprios em fóruns internacionais. Essas iniciativas contrariaram interesses norte-americanos e estremeceram a relação bilateral​

contribuindo para tensões que antecederam o golpe de 1964 – apoiado nos bastidores pelos EUA para conter a influência de esquerda na América Latina​
. Com a instauração do regime militar, especialmente sob o governo Castelo Branco, o alinhamento ideológico aos EUA foi restabelecido: o Brasil apoiou ativamente a agenda dos EUA na região (como a Aliança para o Progresso) e recebeu contrapartidas em assistência.

Na segunda metade dos anos 1970, porém, o pêndulo moveu-se novamente. O presidente Ernesto Geisel (1974–79) inaugurou uma guinada pragmática e nacionalista dentro do regime militar, diminuindo a dependência em relação a Washington. Geisel encerrou o acordo militar Brasil-EUA de 1952 e resistiu às pressões norte-americanas em temas sensíveis – notadamente quando o governo Jimmy Carter passou a criticar veementemente as violações de direitos humanos no Brasil​

. Apesar do desgaste político entre os governos, o comércio e investimentos entre os dois países continuaram, e o Brasil diversificou suas parcerias externas, aproximando-se de vizinhos latino-americanos, da Europa, da China e até esboçando acordos nucleares com a Alemanha Ocidental. Essa fase final da Guerra Fria representa, segundo Hirst, a etapa da autonomia: de 1977 até 1990, o Brasil conduziu uma política externa mais independente vis-à-vis Washington​
. A cooperação bilateral assumiu um perfil mais baixo, com distanciamento prudente durante as discordâncias, mas sem rompimento. Hirst observa que, embora as relações seguissem cordiais, as assimetrias de poder e interesses ficavam evidentes – um lembrete de que o Brasil buscava escapar da sombra política dos EUA, mas não podia ignorar sua influência​
. Em suma, durante a Guerra Fria o Brasil viveu o dilema entre se alinhar ao líder hemisférico – garantindo apoio econômico-militar e proteção – ou exercer uma autonomia assertiva, defendendo um projeto de desenvolvimento soberano. Essa tensão entre alinhamento e autonomia permeou a política externa brasileira por toda a segunda metade do século XX, configurando o caráter multifacetado das relações Brasil-EUA nesse período.

Pós-Guerra Fria (1991–presente): multipolaridade e busca por equilíbrio

O fim da Guerra Fria e a transição para um mundo unipolar nos anos 1990 trouxeram novos desafios e oportunidades para a política externa do Brasil em sua relação com os Estados Unidos. Sem a polarização ideológica Leste-Oeste, o Brasil passou por uma fase de ajustamento nas relações com Washington. Durante o governo Collor (1990–92) e, em parte, Itamar Franco (1992–94), houve um esforço deliberado de reaproximação e cooperação com os EUA, acompanhando a onda neoliberal e a “Nova Ordem” internacional liderada por Washington. Hirst caracteriza esse período como marcado por uma postura mais flexível do Brasil frente às expectativas norte-americanas nos campos econômico, diplomático e internacional​

. Isso se traduziu em medidas como a abertura comercial brasileira, o entusiasmo inicial com a proposta de uma Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) e maior diálogo em temas globais (meio ambiente, não proliferação etc.), sinalizando uma vontade de integrar-se à ordem liberal vigente. A multipolaridade ainda engatinhava, mas o Brasil já buscava equilibrar sua inserção: ao mesmo tempo em que estreitava laços com os EUA, também reforçava a integração regional (Mercosul, 1991) e as relações Sul-Sul, visando reduzir a vulnerabilidade de depender de um único parceiro. Esse balanço refletia a estratégia clássica de autonomia pela diversificação, procurando diluir a assimetria estrutural com os EUA por meio de múltiplos eixos de atuação externa.

A partir de meados da década de 1990 e especialmente com os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003–2010), o cenário internacional ruma à multipolaridade. Novos polos de poder econômico e político ganham destaque – China, União Europeia, Índia, Rússia – e o Brasil se posiciona como ator emergente. Mônica Hirst identifica nos anos 2000 o início de uma fase de afirmação na política externa brasileira​

. Durante as presidências de Lula, o Brasil adotou um perfil mais assertivo e altivo em seu relacionamento com Washington, combinando pragmatismo com protagonismo internacional. Por um lado, manteve a cooperação com os EUA em áreas de interesse mútuo, porém deixando claros os limites das concessões brasileiras e afirmando suas próprias ambições​
. Exemplos disso foram as negociações comerciais: Brasília atuou de forma firme na Rodada Doha e nas discussões da ALCA, defendendo espaços para sua política industrial e agrícola. Por outro lado, o Brasil intensificou iniciativas autônomas: liderou a integração sul-americana (UNASUL), engajou-se ativamente em fóruns multilaterais (G20 financeiro, BRICS) e expandiu relações com África, Ásia e Oriente Médio. Essa combinação rendeu uma relação Brasil-EUA mais equilibrada. Hirst nota que, nesse período, houve um esforço de ambas as partes em identificar interesses comuns e reconhecer reciprocamente responsabilidades internacionais​
. De fato, durante o governo Lula e a administração Barack Obama, as relações Brasil-EUA alcançaram um patamar de maior respeito e diálogo construtivo, ainda que não isento de atritos pontuais (como nas votações sobre Irã ou na prioridade dada por cada um a certas alianças). Podemos dizer que o Brasil, então, já não era mero coadjuvante, mas buscava atuar como ator regional independente e parceiro que agrega valor em agendas globais – seja no clima, energia renovável ou paz e segurança (participando, por exemplo, da MINUSTAH no Haiti, com respaldo dos EUA). Em síntese, no período pós-Guerra Fria até o presente, o Brasil tem perseguido uma busca por equilíbrio: equilibrar sua relação tradicional com os EUA com a necessidade de aproveitar a multipolaridade emergente, projetando autonomia sem romper os laços históricos com Washington. Essa delicada calibragem continua definindo a política externa brasileira nos dias atuais, conforme analisado por Hirst e outros especialistas.

Tensões atuais e desafios futuros

No cenário contemporâneo, a relação Brasil-EUA enfrenta novas tensões e desafios inéditos, moldados pela ascensão da China e por mudanças na conjuntura geopolítica global. Mônica Hirst enfatiza que a rivalidade crescente entre Estados Unidos e China impõe pressões significativas sobre países como o Brasil​

. Os EUA, ao buscarem reafirmar sua liderança mundial, passaram a encarar a China como adversário estratégico direto – uma competição que transborda para os organismos multilaterais e para pautas globais (comércio, tecnologia 5G, meio ambiente, direitos humanos). Essa dinâmica coloca o Brasil diante de escolhas difíceis: Washington espera maior alinhamento de seus parceiros tradicionais, enquanto Pequim tornou-se indispensável como principal parceiro comercial e investidor no Brasil. Hirst observa que os americanos vêm tentando recuperar terreno no Sul Global após certo afastamento, mas muitas vezes isso ocorre via polarização (“conosco ou contra nós”) em relação à China, algo que considera “disfuncional para a agenda global”
. A autora sugere que essa abordagem pode minar a cooperação internacional em temas cruciais – por exemplo, o combate à mudança climática exige esforços conjuntos de EUA, China e emergentes, e não uma disputa de influência. Para o Brasil, o desafio estratégico é claro: como manter sua autonomia estratégica e promover seus interesses nacionais sem se ver forçado a escolher lados em uma nova Guerra Fria sino-americana.

Além da competição entre grandes potências, fatores internos recentes adicionaram complexidade às relações Brasil-EUA. Durante o governo Jair Bolsonaro (2019–2022), Brasília adotou um alinhamento ideológico incomum com a administração de Donald Trump, marcando um afastamento das tradições diplomáticas de equilíbrio. Mônica Hirst descreveu esse período como um “bilateralismo histriônico”, caracterizado mais por adulação do que por cálculo estratégico​

. Houve uma convergência quase automática às posições de Washington em questões como Israel, clima e até disputas com a China, enquanto pautas de interesse brasileiro amplo foram negligenciadas. O resultado, após a saída de Trump, foi um vazio nas relações: a casa Branca de Joe Biden mostrou-se fria com o governo Bolsonaro, isolando o Brasil em várias frentes. Hirst chegou a afirmar em 2022 que a relação dos EUA com o Brasil e a América Latina era “um vazio que precisa ser construído”, ressaltando que se tratava de um vazio duplo – falta de iniciativa tanto de Washington quanto de Brasília​
. Essa ausência de engajamento não é saudável, pois deixa questões importantes sem coordenação e reduz a influência brasileira.

O futuro, contudo, apresenta oportunidades de correção de rota. No atual governo Lula (2023–), a política externa brasileira busca reconstruir pontes e restabelecer uma parceria sólida com os EUA em novos termos​

. Os desafios futuros incluem encontrar áreas de convergência pragmática com Washington – como a agenda ambiental (onde Brasil e EUA, sob Biden, podem cooperar na proteção da Amazônia e no combate ao aquecimento global) e a promoção de energias limpas –, ao mesmo tempo mantendo a diversidade de vínculos internacionais que o mundo multipolar proporciona. Hirst sugere que essa reconstrução deve ser feita “mantendo as diferenças, as soberanias” de cada país​
. Ou seja, Brasil e Estados Unidos podem – e devem – buscar uma relação mais equilibrada, sem expectativas irreais de alinhamento automático. Para o Brasil, isso significa afirmar seus interesses (seja na parceria com a China, na liderança regional ou em fóruns globais) de forma transparente, enquanto engaja os EUA com respeito e clareza quanto aos limites. Os Estados Unidos, por sua vez, terão de reconhecer o Brasil como um ator com voz própria e buscar entendimentos baseados em interesses mútuos, não em hierarquias ultrapassadas. A presença da China e de outras potências na equação dá ao Brasil margem para diversificar opções, mas também exige diplomacia hábil para não incorrer em antagonismos desnecessários. Em suma, o grande desafio adiante – iluminado pelas reflexões de Hirst – é construir uma relação Brasil-EUA contemporânea que seja simultaneamente cooperativa e soberana, na qual o Brasil redefina sua posição como parceiro que agrega valor sem abrir mão de sua autonomia estratégica.

Conclusão

A análise de Mônica Hirst sobre a política externa brasileira evidencia que a relação entre Brasil e Estados Unidos foi forjada em ciclos históricos de aproximação e afastamento, marcados por alianças tácitas, alinhamentos condicionados, buscas por autonomia e recentes esforços de ajuste e afirmação. Em cada fase – da diplomacia pragmática de Vargas, passando pelos dilemas da Guerra Fria até a complexa era multipolar atual – o Brasil tentou equilibrar interesses nacionais e pressões externas, ora com sucesso, ora enfrentando contradições. Segundo Hirst, uma compreensão clara desses desencontros e afinidades ao longo do tempo é fundamental para projetar caminhos futuros​

.

Para o Brasil do século XXI, redefinir sua posição perante os EUA exigirá aprender com essas lições históricas. Significa evitar os extremos de submissão cega ou antagonismo estéril, buscando em vez disso uma parceria madura e equilibrada. Hirst aponta que isso passa pelo reconhecimento mútuo de interesses e pela identificação de agendas positivas comuns​

– seja no desenvolvimento sustentável, na inovação tecnológica ou na governança global. Ao mesmo tempo, o Brasil deve manter a diversificação de suas alianças internacionais, garantindo margem de manobra e reduzindo vulnerabilidades perante a potência norte-americana. Em última instância, a visão de Mônica Hirst sugere que uma relação Brasil-EUA mais construtiva dependerá de diálogo respeitoso, pragmatismo brasileiro e assertividade na defesa do projeto nacional. Trata-se de construir, no presente, os alicerces de um futuro em que diferenças sejam acomodadas e convergências fortalecidas em benefício de ambos os países.

Como concurseiro ou estudioso de relações internacionais, vale acompanhar de perto essas reflexões e os desdobramentos atuais da diplomacia brasileira. Continue ligado no Blog do Professor Arão Alves para mais artigos informativos e rigorosos sobre política externa brasileira e temas globais – aprofundando seu conhecimento e sua preparação para o CACD. Vamos juntos desvendar a geopolítica e entender o lugar do Brasil no mundo!

#PolíticaExternaBrasileira #RelaçõesInternacionais #BrasilEUA #MônicaHirst #Geopolítica

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