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Conflitos Globais em Foco: Detalhes do Ataque Aéreo Russo Mais Devastador Desde 2022

 


Olá, meus amigos e minhas amigas, a Rússia lançou hoje cedo, um dos seus maiores ataques de mísseis em semanas contra a cidade de Kyiv e suas adjacências na Ucrânia. Esse ataque, segundo informações do governo de Kiev,  resultou em pelo menos 17 pessoas feridas e provocou danos  a edificações escolares, residenciais e instalações industriais. É um cenário que realmente demanda nossa atenção e reflexão.

É interessante o fato de que o  ataque  ocorreu poucas horas após a visita do conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan a Kiev,. Seria isso mera  coincidência, ou contem alguma mensagem implícita?

Como é comum acontecer em situações como essas, durante o ataque  mais de 25.000 cidadãos buscaram refúgio nas estações de metrô da cidade. As imagens e vídeos compartilhados nas redes sociais mostravam as pessoas aglomeradas em espaços subterrâneos, numa cena que já nos acostumamos a ver em fotos de momentos com esses.

As autoridades ucranianas reportaram que a Rússia lançou uma combinação de dois mísseis balísticos e 29 mísseis de cruzeiro contra a região de Kyiv. Embora não seja possível verificar de forma independente, segundo eles, todos foram interceptados e abatidos. Mas e as crateras vistas nas fotos? Eles dizem que foram os destroços que fizeram aqueles estragos e as crateras.  Ainda segundo uma declaração da força aérea, eles estão desconfiados de que  os mísseis balísticos tenham origem norte-coreana

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, expressou sua preocupação, e chamou atenção para o terror constante que a população enfrenta, tanto de dia quanto de noite. Ele aproveitou para destacar a importância do apoio mundial, especialmente no fornecimento de sistemas de defesa aérea para o país.

Segundo relatório do  exército ucraniano, nos dois primeiros anos de conflito, mais de 8.000 mísseis foram lançados contra a Ucrânia.

O método utilizado para o ataque envolveu bombardeiros estratégicos e o lançamento de mísseis diretamente do território russo, visando Kyiv de diferentes direções.

Mesmo considerando que os fragmentos dos mísseis ainda serão analisados, já há que afirme que  a Rússia gastou aproximadamente 390 milhões de dólares nesse ataque sobre Kyiv.

Bom, como vocês sabem,  o Chefe do Comitê Militar da OTAN, Rob Bauer, esteve  lá em Kiev.  Durante sua estadia, ele procurou atuar como uma espécie de colting de auto ajuda, tanto para manter o moral ucraniano, quanto o moral do ocidente.  Fez um apelo para que os aliados da Ucrânia não adotem uma postura excessivamente pessimista em relação à capacidade do país de resistir às forças russas. Além disso, destacou a urgência de acelerar o envio de pacotes de ajuda significativos para o país.

Esta visita de Bauer não foi um evento qualquer. Marca a primeira vez que uma delegação militar da OTAN realizou uma visita oficial a Kyiv desde fevereiro de 2022.

Como sabemos, e ele sabe melhor do que nós, a situação enfrentada pelas forças ucranianas é desafiadora, com escassez de munições e pessoal, especialmente no leste do país, onde as forças russas têm conseguido avançar gradualmente.

Durante sua participação no Fórum de Segurança de Kyiv, Bauer fez declarações fortes e emotivas sobre a necessidade de apoio à Ucrânia. Veja o que ele disse:  "A Ucrânia precisa de mais suporte. E precisa agora. O tempo aqui não é medido em dias, semanas ou meses. É medido em vidas humanas. Em nações aliadas, uma semana é simplesmente uma semana. Na Ucrânia, uma semana pode significar a perda de uma mãe, um pai, uma criança, um amigo, um amor, para sempre." Ele também elogiou a resiliência da Ucrânia e sua capacidade de adaptação rápida, que tem alterado vários aspectos da guerra moderna.

Bauer também teve importantes encontros durante sua estadia em Kiev,  incluindo uma reunião com Oleksandr Syrskyi, o Chefe do Exército da Ucrânia, para discutir a situação atual dos combates. Syrskyi destacou, em uma publicação no Facebook, que conversaram sobre suprimentos de munição e defesa aérea. Com o Ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, Bauer discutiu perspectivas para o treinamento de combate dos militares ucranianos e a cooperação nas indústrias de defesa.

 

Bom gente, mudando de assunto, embora tendo ao seu alcance apenas as palavras como armas, os discursos de António Guterres, o secretário-geral da ONU, em um encontro com líderes da União Europeia, não deixa de ter sua importância

Guterres chegou trazendo uma mensagem poderosa para todos nós. Falando aos  repórteres, antes das discussões, ele pintou o quadro do mundo atual como caótico, onde superpotências estão em desacordo, criando um cenário de impunidade. Ele destacou ainda  como países e grupos armados agem como se pudessem fazer o que quisessem, sem prestar contas a ninguém.

Segundo ele, numa situação assim, é de suma importância se apegar aos princípios fundamentais: a Carta da ONU, o direito internacional, a integridade territorial dos países e o direito humanitário internacional. Com base nesses princípios, ele defende a necessidade de uma paz que respeite integralmente esses valores, especialmente no que diz respeito à Ucrânia, enfatizando a soberania e integridade territorial do país.

Mas é claro que ele não se restringiu ao conflito europeu.  Da mesma forma, mencionou a situação em Gaza, chamando a atenção para a necessidade de um cessar-fogo, condenando os ataques terroristas de 7 de outubro e outras violações do direito humanitário internacional pelo Hamas, bem como a preocupante quantidade de baixas civis na região, algo sem precedentes em seu mandato como secretário-geral.

Guterres ressaltou o princípio básico do direito humanitário internacional: a proteção dos civis, afirmando que devemos nos manter firmes aos princípios, tanto na Ucrânia quanto em Gaza, sem aplicar dois pesos e duas medidas.

Mas parece que ele não estava sozinho. Em paralelo, Mark Rutte, o primeiro-ministro holandês, compartilhou suas preocupações sobre a situação cada vez mais desesperadora em Gaza, que piora a cada dia. Ele fez um apelo urgente por uma pausa imediata nos combates para facilitar a entrada de ajuda em Gaza, garantir que a assistência chegue com segurança àqueles que precisam e para a libertação dos reféns. Rutte também instou Israel a se abster de iniciar uma ofensiva terrestre em grande escala em Rafah, destacando a vulnerabilidade da população local.

A preocupação maior, segundo Rutte, é garantir que o conflito não se alastre para regiões mais amplas, um lembrete da importância de buscar soluções que promovam a paz e a estabilidade, respeitando os princípios fundamentais do direito internacional e a proteção dos civis em todos os cenários de conflito.

Como tenho dito, a insistência de Neytaneaho tem contribuído para um isolamento cada vez maior na comunidade internacional. Adeclaração feita recentemente por Josep Borrell, o alto representante da União Europeia para assuntos exteriores, traz algumas novidades em relação à posição da UE sobre o conflito no Oriente Médio. Borrell expressou sua satisfação pelo fato de os Estados membros da UE estarem considerando adotar uma declaração sobre Israel que vai muito além das conclusões de outubro, quando foi feito um apelo por pausas humanitárias no conflito.

O rascunho de oito parágrafos desta declaração expressa uma forte condenação ao Hamas pelos seus "ataques terroristas brutais e indiscriminados" e reitera o apoio ao direito de Israel de se defender. No entanto, o que realmente chama a atenção é a linguagem acentuadamente intensificada no parágrafo 22, onde é destacada  a profunda preocupação do Conselho Europeu com a situação humanitária catastrófica em Gaza, enfatizando seu efeito desproporcional sobre civis, especialmente crianças, além do  risco iminente de fome.  O documento também ressalta  a necessidade urgente de acesso humanitário completo, rápido, seguro e sem impedimentos em toda a Faixa de Gaza, por todos os meios possíveis. A iniciativa Amalthea, que como vocês sabem, tem esse nome inspirado na ninfa da mitologia grega que teria uma cabra com cujo leite amamentou Zeus,  abre uma rota marítima de emergência de Chipre para Gaza, complementando as rotas terrestres principais, e é saudada pelo Conselho Europeu, que também aponta a necessidade de rotas terrestres e passagens adicionais.

Borrell parece otimista sobre a aprovação das conclusões pelo Conselho, que avançam significativamente em relação às primeiras conclusões de outubro. No entanto, alguns diplomatas consideram o texto frágil.  Um deles comentou sobre a fragilidade do texto, sugerindo que alterações podem desfazer o consenso como se desmancha uma malha.

Ao chegar à cúpula de líderes da UE em Gaza, Borrell fez comentários contundentes sobre a escassez de alimentos e medicamentos na região, classificando-a como "um fracasso da humanidade". Ele disse que a situação atual em Gaza não é apenas uma crise humanitária, mas sim uma  falha coletiva da humanidade, resultante de bombardeios, e não de desastres naturais. Borrell argumentou que a única maneira de aliviar a crise é com Israel respeitando mais os civis e permitindo mais apoio a Gaza.

Ele destacou a importância crítica de enviar alimentos e medicamentos para a população, mencionando que, apesar dos esforços de ajuda, as pessoas, especialmente as crianças, continuam sofrendo de fome e necessitam de medicamentos essenciais. Ele disse que espera  que o Conselho envie uma mensagem forte a Israel para cessar o bloqueio à entrada de alimentos em Gaza, e assim tentar mitigar o sofrimento humano na região.

Bom, gente, apesar das tenções e das alianças militares como a  Aukus, a diplomacia lança  um sopro de esperança na Ásia pacífico, mais precisamente  no front diplomático entre a China e a Austrália.

Recentemente, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China falou sobre a possibilidade de iniciar conversas com a Austrália sobre questões marítimas. Isso é bem interessante, especialmente considerando as tensões crescentes em várias nações que margeiam o Mar do Sul da China, o que tem gerado preocupações sobre a segurança regional.

Essa conversa sobre as negociações marítimas veio à tona no último dia da visita do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, à Austrália. Durante a visita, ele teve encontros com seu homólogo australiano e outros líderes do país para discutir comércio e diferenças sobre a segurança regional.

A Austrália e a China, que são grandes parceiras comerciais, estão tentando reconstruir suas relações depois de um período tenso em 2020. Não sei se vocês lembram, mas tudo começou quando Canberra pediu uma investigação independente sobre as origens da COVID-19, e como resposta, Pequim impôs barreiras comerciais. Mas, desde a mudança no governo australiano há dois anos, a maioria dessas barreiras foi suspensa.

Como temos vosto nos últimos vídeos, questões marítimas têm sido um ponto sensível, e o tema também envolve os dois países, especialmente com as crescentes confrontações no Mar do Sul da China, uma via, que como sabemos é vital sob o ponto de vista econômico e  a China reivindica quase na íntegra, apesar de haver reivindicações sobrepostas por várias nações do Sudeste Asiático.

Lin Jian, o porta-voz do ministério, mencionou que ambos os países concordaram em restaurar e estabelecer diálogos em vários campos, incluindo diplomacia, comércio, tecnologia, educação e aplicação da lei, e também estão considerando iniciar conversas sobre questões marítimas.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, expressou preocupações sobre comportamentos inseguros e desestabilizadores no Mar do Sul da China, especialmente diante dos confrontos entre embarcações chinesas e filipinas em águas disputadas.

Além disso, em novembro, a Austrália criticou a China por uma interação naval considerada "insegura e pouco profissional", que resultou em ferimentos a mergulhadores militares australianos. E, em uma declaração conjunta este mês, a Austrália e o grupo regional da ASEAN enfatizaram que todos os países devem evitar ações unilaterais no Mar do Sul da China que ameacem a paz, segurança e estabilidade na área disputada.

No campo do comércio, após um encontro com o premier de Nova Gales do Sul em Sydney, Wang ressaltou o apoio de muitos australianos à melhoria e desenvolvimento das relações bilaterais. Ele demonstrou otimismo sobre o fortalecimento do diálogo e cooperação entre China e Austrália em vários setores, como energia, mineração, produtos agrícolas e laticínios. Além disso, o ministério do comércio da China saudou a decisão da Austrália de suspender medidas antidumping contra turbinas eólicas chinesas, mostrando disposição para trabalhar juntos em questões de mudança climática.

Não sei vocês, mas eu vibro, claro que sem otimismo exagerado, quando a diplomacia ocupa posição de destaque e quando o diálogo substitui as armas e os testes balísticos.

Ficamos por aqui, se esse texto foi útil pra você, faça um comentário, compartilhe em suas redes sociais, dê um like, e é claro, se ainda não for inscrito, inscreva-se. Ok, gente, um grande abraço do professor Arão Alves.


#Geopolítica #RelaçõesInternacionais #AtaqueAéreoRusso #RússiaChinaEUA #ÚltimasNotícias #PolíticaExterna #Diplomacia



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