Conheça meu curso intensivo de História do Brasil
1.
(Unicamp 2020) Na
América Portuguesa do século XVI, a política europeia para os indígenas
pressupunha também a existência de uma política indígena frente aos europeus,
já que os Tamoios e os Tupiniquins tinham seus próprios motivos para se aliarem
aos franceses ou aos portugueses.
(Adaptado de Manuela Carneiro da Cunha, Introdução a uma história
indígena. São Paulo: Companhia das Letras/Fapesp, 1992, p. 18.)
Com base no excerto
e nos seus conhecimentos sobre os primeiros contatos entre europeus e indígenas
no Brasil, assinale a alternativa correta.
a) A
população ameríndia era heterogênea e os conflitos entre diferentes grupos
étnicos ajudaram a definir, de acordo com suas próprias lógicas e interesses, a
dinâmica dos seus contatos com os europeus.
b) O
fato de Tamoios e Tupiniquins serem grupos aliados contribuiu para neutralizar
as disputas entre franceses e portugueses pelo controle do Brasil, pelo papel
mediador que os nativos exerciam.
c) Os
indígenas, agentes de sua história, desde cedo souberam explorar as rivalidades
entre os europeus e mantê-los afastados dos seus conflitos interétnicos,
anulando o impacto da presença portuguesa.
d) As
etnias indígenas viviam em harmonia umas com as outras e em equilíbrio com a
natureza. Esse quadro foi alterado com a chegada dos europeus, que passaram a
incentivar os conflitos interétnicos para estabelecer o domínio colonial.
Resposta:
[A]
A princípio, em especial
durante o ciclo do pau-brasil, o contato entre indígenas e portugueses foi
amistoso. Porém, a partir da adoção da agromanufatura do açúcar, os portugueses
passaram a tratar os indígenas como possível mão de obra nos engenhos, o que
levou as diferentes tribos brasileiras a usar as rivalidades entre os países
europeus (como França e Portugal) em benefício próprio.
2. (Fuvest 2020) As tentativas holandesas de
conquista dos territórios portugueses na América tinham por objetivo central
a) a apropriação do complexo
açucareiro escravista do Atlântico Sul, então monopolizado pelos portugueses.
b) a formação de núcleos de
povoamento para absorverem a crescente população protestante dos Países Baixos.
c) a exploração das minas de
ouro recém‐descobertas no interior,
somente acessíveis pelo controle de portos no Atlântico.
d) a ocupação de áreas até
então pouco exploradas pelos portugueses, como o Maranhão e o Vale Amazônico.
e) a criação de uma base para
a ocupação definitiva das áreas de mineração da América espanhola.
Resposta:
[A]
No contexto da União Ibérica, 1580-1640, a
Espanha boicotou o comércio do açúcar entre Portugal e Holanda. Assim, em 1621,
foi criada na Holanda a Companhia das Índias Ocidentais visando invadir o
Brasil e monopolizar todo o complexo de produção açucareira. Em 1624, ocorreu a
invasão fracassada na Bahia. Entre 1630-1654, ocorreu o domínio da Companhia
das Índias Ocidentais sobre boa parte do Nordeste do Brasil. Gabarito [A].
3.
(Famerp 2020) A
camada intermediária abrangia, nas Minas, indivíduos entregues a uma gama
variada de atividades profissionais. Creio ser possível arriscar a hipótese de
que poucos viviam com certo conforto e despreocupação, a grande maioria sendo constituída
pelos que tinham de lutar diariamente pela subsistência, numa capitania
inteiramente voltada para a faina aurífera e para a mineração de diamantes.
(Laura Vergueiro. Opulência e miséria das Minas Gerais, 1983.)
Entre os membros do
grupo social apresentado no texto, viviam nas Minas Gerais do século XVIII:
a) pecuaristas,
alfaiates e escravos.
b) vendeiros,
bandeirantes e grandes produtores rurais.
c) pintores,
altos dignitários da Igreja e prostitutas.
d) tropeiros,
contratadores de diamante e romeiros.
e) carpinteiros,
padres e faiscadores.
Resposta:
[E]
O texto da historiadora Laura Vergueiro faz
referência as transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil do século
XVIII, associadas ao contexto da mineração. Entre as principais mudanças estão
a transferência do eixo econômico do Nordeste para o centro da colônia, a
cidade do Rio de Janeiro tornou-se a nova capital, esboçou-se um mercado
interno, surgiram diversas cidades, desenvolveu um ambiente artístico e
cultural, ocorreu um forte crescimento demográfico surgindo uma camada
intermediária composta profissionais liberais, mineradores, carpinteiros,
faiscadores, padres, etc. Gabarito [E].
4. (Espcex (Aman) 2020) A industrialização da
segunda metade do século XVIII, particularmente na Inglaterra, iniciou- se com
a mecanização do setor têxtil, cuja produção tinha amplos mercados nas colônias
inglesas. Qual tratado abriu as portas das colônias portuguesas para as manufaturas
inglesas?
a) Tratado de Utrecht, de
1713.
b) Tratado de Methuen, de
1703.
c) Tratado de Paris, de 1763.
d) Tratado de Madri, de 1750.
e) Tratado de Utrecht, de
1715.
Resposta:
[B]
Com a descoberta de ouro na
região de Minas Gerais em 1696, a Inglaterra teve acesso a essa informação e,
através do Tratado de Methuen de 1703, procurou canalizar esses metais
preciosos para a Inglaterra o que contribuiu para a Revolução Industrial. Pelo tratado
de Methuen conhecido como Panos e Vinhos, Portugal exportava vinho para a
Inglaterra e importava tecidos, porém os tecidos eram mais caros gerando um deficit
para Portugal que era amenizado com o ouro brasileiro que acabava chegando na
Inglaterra. Gabarito [B].
5. (Espcex (Aman) 2020) Na segunda metade do século
XVIII, durante a administração do marquês de Pombal (1750 a 1777), foram
adotadas medidas que objetivavam tornar mais ágil e eficiente a administração
da colônia portuguesa do Brasil, dentre as quais se destaca:
a) a elevação do Estado do
Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarve.
b) o reconhecimento da
importância das Regiões do Sul e Sudeste, em função do incremento do ciclo
econômico do café.
c) a transferência da capital
do estado do Brasil, de Salvador para o Rio de Janeiro.
d) o estado do Grão-Pará e
Maranhão recebeu a denominação de estado do Maranhão.
e) a restauração do sistema de
Capitanias Hereditárias.
Resposta:
[C]
O ministro Pombal, um déspota esclarecido do
rei português José I, 1750-1777, realizou algumas reformas visando modernizar o
Estado Português, torná-lo mais eficiente e menos de dependente da Inglaterra.
As medidas pombalinas atingiram também a colônia através de ajustes fiscais
rígidos como a criação da derrama, expulsão dos jesuítas, criação de companhias
de comércio, mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, entre outras
medidas, Gabarito [C].
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