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Brasil Colonial - Questões comentadas


1.   A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de João Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta proclamação heroica.  VAINFAS. R Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009.

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O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa seiscentista foi o resultado do(a)

(A) fraqueza bélica dos protestantes batavos.   

(B) comércio transatlântico da África ocidental.   

(C) auxílio financeiro dos negociantes flamengos.    

(D) diplomacia internacional dos Estados ibéricos.    

(E) interesse econômico dos senhores de engenho.    



2.   A expansão da agroindústria açucareira atingiu proporções assombrosas. O negócio da produção e comercialização do açúcar formava uma complexa rede de interesses que atraiu ataques estrangeiros. Em 1624 membros do exército da Companhia das Índias Ocidentais ataca­ram e ocuparam a sede do governo-geral em Salvador, e lá ficaram durante quase um ano. Em 1630, o ataque a Recife iniciou uma longa guerra de ocupação e reconquista, na qual todos os recursos materiais e humanos da colônia foram mobilizados para expulsar os invasores. Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil.



O texto deve ser relacionado com: 

(A) invasões francesas;    

(B) ataques de corsários ingleses;    

(C) confrontos com espanhóis;    

(D) invasões holandesas;    

(E) ataques de corsários franceses.    



TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Do Brasil descoberto esperavam os portugueses a fortuna fácil de uma nova Índia. Mas o pau-brasil, única riqueza brasileira de simples extração antes da “corrida do ouro” do início do século XVIII, nunca se pôde comparar aos preciosos produtos do Oriente. (...) O Brasil dos primeiros tempos foi o objeto dessa avidez colonial. A literatura que lhe corresponde é, por isso, de natureza parcialmente superlativa. Seu protótipo é a carta célebre de Pero Vaz de Caminha, o primeiro a enaltecer a maravilhosa fertilidade do solo. (MERQUIOR, José Guilherme. De Anchieta a Euclides Breve história da literatura brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977, p. 3-4)



3.   A colonização portuguesa, no século XVI, se valeu de algumas estratégias para usufruir dos produtos economicamente rentáveis no território brasileiro, e de medidas para viabilizar a ocupação e administração do mesmo. São exemplos dessas estratégias e dessas medidas, respectivamente,

(A) a prática do escambo com os indígenas e a instituição de vice-reinos, comarcas, vilas e freguesias.   

(B) a implementação do sistema de plantation no interior e a construção, por ordem da Coroa, de extensas fortalezas e fortes.   

(C) a imposição de um vultoso pedágio aos navios corsários de distintas procedências e a instalação de capitanias hereditárias.   

(D) a introdução da cultura da cana-de-açúcar com uso de trabalho compulsório e a instituição de um governo geral.    

(E) o comércio da produção das missões jesuíticas e a fundação da Companhia das Índias Ocidentais.    



4.   Quem vir na escuridade da noite aque­las fornalhas tremendas perpetuamente ar­dentes, o ruído das rodas, das cadeias, da gente toda da cor da mesma noite, traba­lhando vivamente, e gemendo tudo ao mes­mo tempo sem momento de tréguas, nem de descanso; quem vir enfim toda a máquina e aparato confuso e estrondoso daquela Babilônia, não poderá duvidar, ainda que te­nha visto Etnas e Vesúvios, que é uma seme­lhança de inferno. (Padre Antonio Vieira. Citado por Lilia Schwarcz e Heloisa Starling in Brasil uma Biografia)





A leitura do trecho deve ser relacionada com: 

(A) o trabalho indígena na extração do pau­-brasil;    

(B) o trabalho indígena na lavoura da cana­-de-açúcar;    

(C) o trabalho de escravos negros africanos no engenho de cana-de-açúcar;    

(D) o trabalho de escravos negros africanos no garimpo, na mineração;    

(E) o trabalho de imigrantes italianos na la­voura cafeeira.   



5.   Os holandeses ocuparam, durante 24 anos, o Nordeste brasileiro: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Itamaracá (1630-1654). Nesse período, Pernambuco se transformou numa verdadeira metrópole, com uma vida cultural intensa, onde poetas, cientistas e filósofos tornaram o Brasil um centro intelectual único na América do Sul. Nesse contexto, os judeus puderam constituir uma comunidade com escolas, sinagogas e cemitério, dando sua contribuição ao enriquecimento da vida cultural da região. LEVY, Daniela Tonello. Judeus e Marranos no Brasil Holandês. Pioneiros na colonização de Nova York. Século XVII. São Paulo: USP, 2008. (Adaptado)



Uma característica sociopolítica da ocupação holandesa no contexto mencionado foi

(A) a retração da produção de açúcar.   

(B) o florescimento de um movimento antimodernizador.   

(C) o estabelecimento da tolerância e da liberdade religiosa.   

(D) a preocupação apenas em explorar comercialmente o território.   

(E) a manutenção de boas relações comerciais com o mundo ibérico.   



6.   Sobre o processo de ocupação e exploração da América Portuguesa e a relação entre portugueses e as populações indígenas, é correto afirmar que

(A) apoiados em práticas como escambo e escravização os portugueses conseguiram iniciar a exploração do território brasileiro nas primeiras décadas do século XVI.   

(B) os portugueses não encontraram nenhuma resistência das populações nativas, as quais foram rapidamente civilizadas pela prática do escambo.   

(C) sob a influência das ideias de Rousseau, os colonos portugueses respeitaram o modo de vida das várias sociedades nativas e promoveram uma ocupação pacífica do Brasil.   

(D) uma das principais facilidades encontradas pelos portugueses na ocupação do território brasileiro foi a unidade linguística e cultural das populações nativas.   

(E) a presença portuguesa no Brasil não provocou alterações na diversidade e na demografia das populações nativas.   



O trecho faz referência à Insurreição Pernambucana, movimento revoltoso que ajudou Portugal a expulsar os holandeses do Nordeste brasileiro em 1645. Como fica claro, houve maciça adesão da nobreza da terra a partir da promessa de suspensão das dívidas obtidas junto à CIA das Índias Ocidentais. Ou seja, houve interesse econômico por parte dos senhores de engenho na luta.  

Resposta da questão 2:
 [D]

Somente a alternativa [D] está correta. O texto menciona as invasões holandesas no Brasil dentro do contexto da União Ibérica, 1580-1640. A Companhia das Índias Ocidentais possuía interesse na produção e venda do açúcar produzido no Brasil. Daí ocorreu uma invasão fracassada em Salvador no ano de 1624 e outra invasão em Pernambuco em 1630.  

Resposta da questão 3:
 [D]

Buscando um meio de obter lucro e, ao mesmo tempo, promover a ocupação do território colonial, Portugal decidiu promover a introdução da cultura da cana-de-açúcar e dividir a Colônia em Capitanias Hereditárias. Para tornar a empresa agrícola mais rentável, houve a adoção da mão de obra escrava negra. E quando o sistema de Capitanias Hereditárias se mostrou, em partes, ineficiente, houve a introdução do sistema de Governo Geral para auxiliá-lo.  

Resposta da questão 4:
 [C]

A partir do autor do texto e de algumas informações nele contidas, podemos identificar que o trabalho citado é o do negro escravo nos engenhos de açúcar do Brasil.  

Resposta da questão 5:
 [C]

O texto da historiadora Daniela Tonello Levy aponta para a relevância da presença holandesa em Pernambuco, 1630-1654. João Maurício de Nassau trouxe diversos intelectuais para morar no Brasil criando um ambiente urbano e intelectual. Investiu nos engenhos, modernizou a região e permitiu ampla liberdade religiosa o que era raro naquela época de guerras religiosas como a Guerra dos Trintas anos na Europa.  

Resposta da questão 6:
 [A]


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