Conheça meu curso intensivo de História do Brasil
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#partiu auladoarão
1. O surto de febre amarela que o país enfrenta nos
últimos anos é o maior desde os anos 80 e parte da prevenção se dá através da
vacinação contra a doença. Contudo, outra campanha de vacinação, dessa vez para
conter surto de varíola no início do século XX, não teve aceitação popular,
gerando a Revolta da Vacina.
Sobre essa revolta, assinale a alternativa CORRETA:
a) No início do século,
durante o mandado do presidente Rodrigues Alves, o Rio de Janeiro passou por
uma grande reforma visando a modernização da capital e o combate a epidemia de
varíola que assolava a região, para isso o governo iniciou a derrubada dos
antigos cortiços e a relocação dos moradores da região para conjuntos
habitacionais populares.
b) Devido a grave epidemia de
varíola na região da capital federal, no início do século XX o governo
instituiu uma política de conscientização da população através do ensino das
medidas preventivas nas escolas públicas, além da visita de agentes sanitários
às casas para demonstrar como medidas simples como evitar a água parada
ajudavam no combate ao mosquito transmissor.
c) Dentre as outras doenças
que agrediam a região da capital federal estavam também a peste bubônica e a
febre amarela. Para conter a peste as brigadas sanitárias espalhavam veneno
contra ratos na cidade e removiam o lixo acumulado nas ruas, e para o combate contra
a febre amarela o governo eliminou centenas de macacos transmissores das matas
da região.
d) O sanitarista Oswaldo Cruz,
na tentativa de erradicar a varíola, defendeu a necessidade da vacina
obrigatória, tal medida foi aprovada em Congresso que definiu que as brigadas
de vacinação poderiam entrar na residência da população e aplicar a vacina a
força.
e) No ano de 1904, estourou a
Revolta da Vacina no Rio de Janeiro contra a política de vacinação obrigatória
instituída pelo governo do período. De início contra os agentes sanitários, a
revolta se espalhou pela cidade e culminou na primeira tentativa popular de
golpe para a derrubada do governo republicano.
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
São evidentes as marcas da linguagem do espaço
urbano moderno na produção literária atual, sobretudo na poesia. Outdoors, inscrições, pichações, logotipos, signos
públicos, grafites passam a constituir uma espécie de comunicação entre as
várias camadas da sociedade, dos empresários aos excluídos, da cultura pop às
criações das grandes agências publicitárias, das manifestações populares às
campanhas políticas ou institucionais. Há uma espécie de fermentação de signos
desejosos de expor seja o rosto triunfante do capitalismo, seja a reação aos
valores que ele propaga – fenômeno
a que muitos poetas contemporâneos se mostram sensíveis.
(SEPÚLVEDA, Alaor, inédito)
2. O espaço urbano da cidade
do Rio de Janeiro foi reformulado no começo do século XX com vistas à
modernização. No decorrer dessa reforma urbanista eclodiu uma revolta popular
a) apelidada de Bota Abaixo,
que procurava deter as construções e obras urbanas ordenadas pelo prefeito
Pereira Passos, mediante a alegação de que a população mais pobre havia sido
transferida para os morros da cidade, sob a promessa, não cumprida, de que
teriam moradias.
b) motivada pela reação de
setores populares à imposição da vacinação executada de forma violenta por
agentes de saúde com o auxílio da polícia, em um contexto de inconformismo
causado pela demolição de casebres e cortiços para o embelezamento da cidade.
c) iniciada por marinheiros
que, indignados com a permanência de castigos físicos na Marinha, em um momento
em que se celebravam os ares modernos do Rio de Janeiro, amotinaram-se e
bombardearam parte da região portuária da capital, com o apoio de outros
segmentos da população.
d) desencadeada após a
execução de dezoito jovens tenentes lotados no Forte de Copacabana, que haviam
se insurgido contra o poder das oligarquias e o autoritarismo dos governantes,
cujas mortes causaram grande comoção popular e a realização de barricadas na
cidade.
e) popularizada como Noite das
Garrafadas, uma vez que populares se armaram com pedaços de paus, garrafas e
outras armas improvisadas para resistirem à ação de sanitaristas e milícias que
interditaram os bairros pobres da cidade e atearam fogo, a fim de combater as
epidemias de febre amarela e varíola.
3. “E
era preciso embelezar as principais cidades, para que bem representassem suas
funções: cuidar dos edifícios públicos; afastar a pobreza para os novos
subúrbios; implementar o transporte coletivo, e construir instituições
representativas. Foi com esse intuito ‘civilizatório’ que o presidente
Rodrigues Alves (1902-1906) montou uma equipe técnica para fazer do Rio de
Janeiro uma vitrine para os interesses estrangeiros (...). A comissão
responsável pelas obras recebeu poderes ilimitados e estabeleceu um plano com três
grandes metas: a modernização do porto, que estaria a cargo do engenheiro Lauro
Müller; o saneamento da cidade, de cuja realização se incumbiria o médico
sanitarista Oswaldo Cruz, e a reforma urbana, que caberia ao engenheiro Pereira
Passos, o qual conhecia de perto o projeto para Paris elaborado pelo barão de
Haussmann”.
Lilia M. Schwarcz e Heloísa M. Starling. Brasil: Uma biografia.
São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 327.
No início do século XX, as
autoridades republicanas elaboraram um projeto de embelezamento das principais
cidades do Brasil, sintonizando o país com a modernização vivenciada por outros
centros urbanos mundiais. No entanto, tal projeto provocou diversas reações
contrárias, principalmente por parte das camadas populares, diretamente
afetadas.
Sobre o assunto, assinale a
alternativa correta.
a) Símbolo do “Ciclo da
Borracha”, a cidade de Manaus passou por um grande processo de reforma urbana,
liderada por Pereira Passos. A pujança econômica contribuiu para a remodelação
do centro da cidade e para a construção do teatro municipal, aprofundando as
desigualdades sociais e, por isso, gerando revoltas.
b) A construção de Belo
Horizonte, pelos republicanos mineiros, representou um projeto autoritário de
deslocamento da população pobre para a zona suburbana. Ao mesmo tempo,
simbolizou a intenção das elites burguesas, ao fazer da cidade uma pretensa
candidata à condição de nova capital federal.
c) Em São Paulo, o acelerado
crescimento econômico contribuiu, de forma decisiva, para o surgimento de uma
nova paisagem urbana. A construção de grandes avenidas resultou na destruição
de todos os casebres de madeira e na vacinação obrigatória contra a varíola, gerando
contestações da população.
d) No Rio de Janeiro, a
Revolta da Vacina (1904) representou a contestação popular às medidas autoritárias
da prefeitura. Resultado da incompreensão de parte a parte, tal Revolta não
deixou de simbolizar o entendimento, por parte das camadas atingidas, sobre os
limites das ações das autoridades públicas.
e) A construção de Brasília
representava o desenvolvimento econômico e social do interior do país. Ao mesmo
tempo, permitia às autoridades públicas inserir a nova capital entre as cidades
mais modernas e planejadas do mundo, acentuando o caráter modernizador e
positivista da República recém-instaurada.
4.
A seca que, entre 1777 e 1779, devastou o Ceará trouxe uma nova
realidade para a cidade de Fortaleza, alterando sua paisagem urbana e
populacional. Analise as proposições abaixo e assinale aquela que NÃO corresponde
ao contexto enunciado.
a) Os
abarracamentos eram chefiados pelos próprios retirantes que se organizavam em
vários grupos e dividiam-se para distribuir comida, medicação, roupas e até
auxílio funeral para os que morriam em consequência da varíola ou de outra
doença qualquer.
b) Durante a
citada seca, a população de Fortaleza teria triplicado, em virtude da grande
onda de indivíduos que foram obrigados a abandonar o interior do Estado em
busca de sobrevivência na capital.
c) A solução
encontrada pelo Presidente da Província para abrigar os retirantes foi a
criação dos abarracamentos, que se constituíram numa solução emergencial para a
demanda populacional do momento.
d) A presença dos
retirantes na cidade era o retrato vivo da miséria, e chocava os olhos da elite
e dos moradores da cidade de Fortaleza, de modo geral; os poderes instituídos
viam–nos como uma gente perigosa que necessitava ser vigiada.
5. Diversos fatores motivaram a denominada ‘Crise do
século XIV’, ocorrida na Europa da Baixa Idade Média. Dentre esses fatores,
pode-se citar corretamente
a) a disseminação das guerras
pelo continente europeu, a quebra da produção de alimentos e a mortandade
causada pela peste bubônica.
b) a efervescência religiosa
das Cruzadas, a eclosão da Revolução dos Trinta Anos e o despovoamento do Sacro
Império.
c) a eclosão da Guerra dos
Sete Anos, a conquista da França pelos muçulmanos e a epidemia de varíola.
d) a deflagração da Guerra da
Sucessão Espanhola, a dissolução da Liga Hanseática e a decadência das comunas.
e) o advento da Reforma
Protestante, o abandono dos arroteamentos e a eclosão de guerras entre as
cidades italianas.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[D]
[D]
Somente a
alternativa [D] está correta. No governo de Rodrigues Alves, 1902-1906, ocorreu
um processo de modernização da capital do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro.
Paralelamente, o governo federal, o prefeito da capital Pereira Passos e o
médico sanitarista Oswaldo Cruz implantaram uma campanha contra malária, peste
bubônica e varíola que afligiam os habitantes da cidade. Foi aprovada uma lei
em 1904 que estabeleceu vacina obrigatória contra a varíola dando autonomia
para os agentes de saúde pública entrar nos lares e aplicar a vacina. O
resultado foi uma revolta conhecida como a revolta da vacina.
Resposta da questão 2:
[B]
[B]
A questão faz
referência à Revolta da Vacina, uma manifestação popular contra o projeto de
modernização da cidade que previa o bota abaixo (derrubada dos cortiços), os
fumacês e a Lei de Vacinação Obrigatória para varíola.
Resposta da questão 3:
[D]
[D]
Somente a
alternativa [D] está correta. A questão aponta para a modernização que ocorreu
na cidade do Rio de Janeiro, capital do Brasil durante o quadriênio de
Rodrigues Alves, 1902-1906. O presidente paulista Rodrigues Alves, o prefeito
do Rio de Janeiro Pereira Passos e o médico Oswaldo Cruz atuaram juntos neste
compromisso de modernizar e higienizar a capital do Brasil. A vacina tornou-se
obrigatória e ocorreu um processo de demolição de cortiços do centro da cidade.
Como consequência, ocorreu em 1904 a Revolta da Vacina, uma manifestação
popular contra as medidas consideradas truculentas pela população.
Resposta da questão 4:
[A]
[A]
Somente a proposição [A] está correta. A questão remete a uma das
diversas secas que assolaram a região do Ceará. A forte seca entre 1777 e 1779,
provocou mudanças significativas naquela região. Fortaleza triplicou sua
população em razão do êxodo rural, isto é, as pessoas deslocaram da miséria no
campo para buscar abrigo e sobrevivência na capital. O líder político da
província criou os “Abarracamentos” como solução emergencial para abrigar os
retirantes. O rosto pobre e desolado destes retirantes assustava e incomodava
os moradores da capital Fortaleza. Os abarracamentos eram caracterizados pela
precariedade e falta de condições dignas para atender a forte demanda social.
Resposta da questão 5:
[A]
[A]
A crise do século
XIV está associada à trilogia “guerra, peste e fome”. Se por um lado a Europa
vivia um processo de crescimento desde as Cruzadas, com o incremento do
comércio e da vida urbana, no século XIV a Guerra dos Cem Anos entre França e
Inglaterra serviu para a destruição de campos e pastagens e promoveu grande
mortandade. A Peste Negra, que se expandiu por diversas regiões da Europa, mas
teve seu epicentro nas cidades italianas, também foi decisiva para a intensa
mortalidade. A fome foi um problema crônico na Europa durante toda a Idade
Média, mas agravou-se neste século devido ao rápido crescimento da população no
século anterior, às guerras e o não desenvolvimento de novas técnicas agrárias.
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