Conheça meu curso intensivo de História do Brasil
Para não perder as novidades, inscreva-se no Canal e clique no sino:
Para não perder as novidades, inscreva-se no Canal e clique no sino:
1.
Leia o
excerto a seguir:
“A Grécia se reconhece numa certa forma
de vida social, num tipo de reflexão que define a seus próprios olhos sua
originalidade, sua superioridade sobre o mundo bárbaro. No lugar do Rei cuja
onipotência se exerce sem controle, sem limite, no recesso de seu palácio, a
vida política grega pretende ser o objeto de um debate público em plena luz do
sol, na ágora, da parte de cidadãos definidos como iguais e de quem o Estado é
a questão comum [...]”.
(VERNANT,
Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: DIFEL,
2013.)
Tendo como base as afirmações expostas por Vernant, identifique os traços
principais da polis grega, o sistema político que ela substituiu e os
principais problemas que ela apresenta.
Resposta:
Durante
o período Arcaico da Grécia, VIII-VI a.C, predominava um governo aristocrático
monopolizado pela elite agrária que possuía o domínio político e econômico. No
período Clássico, V-IV a.C, foi implantada a democracia e
o poder foi transferido para os cidadãos. A ágora, praça pública, passou a ser
o cenário do debate político dos cidadãos visando criar leis para a polis. Vale
lembrar que polis era uma cidade estado que possuía autonomia política, a
democracia era direta e participativa e a cidadania era muito restrita, apenas
10% da população exercia seus direitos políticos. Mulheres, escravos e
estrangeiros estavam excluídos.
2. Observe
a imagem:
Durante o
domínio da dinastia abássida (749-1258 d.n.e.), conheceu-se um período de
desenvolvimento significativo da filosofia, das ciências e das artes. Na
atualidade, é de consenso geral que o renascimento europeu é herdeiro de todo
esse desenvolvimento, mostrando os laços civilizacionais entre Oriente e
Ocidente que na época pareciam estar separados por rivalidades políticas e
religiosas. Usando a imagem como referência e com base no conhecimento da
cultura e sociedade muçulmana daquela época:
- identifique o centro político desde onde se
exerceu o domínio abássida;
- mencione três das instituições mais importantes
que promoveram esse desenvolvimento;
-
explique o papel das bibliotecas, em particular a Casa da Sabedoria, para a
preservação do patrimônio científico e cultural do mundo antigo.
Resposta:
No
ano de 750, a dinastia Omíada foi substituída pela dinastia Abássida e a cidade
de Bagdá tornou-se a capital. Durante o longo reinado dos Abássidas, 750-1258,
ocorreu um grande desenvolvimento cultural e científico através do surgimento
de centros de estudos, Academias, criação de Bibliotecas como a Casa da
Sabedoria que atuou principalmente na tradução de obras de grande relevância.
Surgiram cidades contribuindo para os estudos de Teologia, Direito, História,
Economia, etc. A arquitetura se destacou com a construção de palácios, mesquitas
e escolas. A literatura recebeu grande influência Persa com destaque para a
obra “As mil e uma noites”. A ciência foi um campo destacável da cultura árabe,
recebendo a influência dos gregos desenvolveram a Matemática, Física, Química,
Medicina. Na Filosofia, preservaram os conhecimentos de Platão e Aristóteles.
Avicena e Averrois deram grande contribuição. As bibliotecas, centro de
estudos, Academias, observatórios contribuíram para a preservação de um grande
patrimônio nas mais diversas áreas do saber do mundo antigo e medieval uma vez
que as obras eram traduzidas. A Casa da Sabedoria é um grande exemplo de
instituição que contribuiu para a preservação de saberes.
3.
Leia o
seguinte excerto:
“O explorado percebe que a sua
libertação pressupõe todos os meios e desde logo a força. Quando, em 1956,
depois da capitulação do Sr. Guy Mollet diante dos colonos da Argélia, a Frente
Nacional de Libertação, num panfleto célebre, constatou que o colonialismo só
larga a presa ao sentir a faca na goela, nenhum argelino achou realmente esses
termos demasiado violentos. O panfleto não fazia senão exprimir o que todos os
argelinos sentiam intimamente: o colonialismo não é uma máquina de pensar, não
é um corpo dotado de razão. É a violência em estado bruto e só pode inclinar-se
diante de uma violência maior”.
(FANON,
Frantz. Os condenados da Terra. Editora Civilização Brasileira, Rio de
Janeiro, 1968. p. 46.)
A guerra da Argélia foi um dos eventos mais violentos protagonizados na
África após a Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, considerando o excerto
lido e com base nos conhecimentos sobre as lutas pela independência africana,
identifique o país europeu que colonizou esse país africano e mencione pelo
menos dois aspectos que caracterizaram essa guerra. Do mesmo modo, mencione
dois aspectos importantes do papel que a Argélia teve para os demais movimentos
de libertação africanos.
Resposta:
A
Argélia foi colonizada pela França por 132 anos. A sangrenta Guerra da Argélia,
1954-1962, contra a França, teve como objetivo conquistar a autonomia política,
isto é, fazer a independência e, ao mesmo tempo, romper com décadas de
exploração da França diante dos argelinos bem como das riquezas daquele país
Africano. Esta guerra que culminou na independência da Argélia serviu como
inspiração para o continente Africano em função do êxito do movimento além das
importantes táticas de guerrilhas utilizadas pelos argelinos.
4.
Leia os dois
excertos que seguem. O primeiro refere-se à memória do Holocausto, e outro, à
“marcha de supremacistas brancos” em Charlottesville, ocorrida recentemente nos
Estados Unidos da América.
“Tudo foi dito sobre o que faz a
especificidade do horror dos campos, dos vagões até as câmaras de gás, dos cães
de guarda aos militares uniformizados, dos miradouros das sentinelas aos arames
farpados, da fome ao frio, das agressões às humilhações [...]. Em compensação,
foi mantido o silêncio sobre os convites feitos por esses mesmos homens para
que não seja esquecido e seja levado em consideração o que foi possível
aprender lá, de modo a transmitir aqui. Pois o inferno vivido e habitado torna
legítimo e desejável um mundo onde se tentaria evitar o retorno daquilo que de
perto e de longe possa assemelhar-se a ele”.
(Michel
Onfray. A Política do Rebelde – tratado de resistência e insubmissão.
Rio de Janeiro, Rocco, 2001, p. 36.)
A marcha de supremacistas brancos
chegou a ser declarada pela prefeitura como ato ilegal antes de seu início, sem
sucesso. Os radicais racistas, incluindo elementos do velho grupo de extrema
direita Ku Klux Klan, portavam bandeiras confederadas, entoavam slogans
nazistas e se armaram de capacetes, escudos e cassetetes. Acredita-se até que
tenham utilizado gás pimenta e lacrimogêneo contra seus oponentes. Antes do
meio-dia já se havia desencadeado a situação de violência, concentrada no
campus da Universidade da Virgínia. Entre os contramanifestantes se destacava o
agrupamento antirracista Black Lives Matter (as vidas dos negros importam). Os
protestos eram de uma violência desenfreada. E o governo estadual ativou o
estado de emergência e deslocou um forte contingente de unidades antidistúrbios.
(LLANO, Pablo
de. Três mortos na jornada de violência provocada por grupos racistas
norte-americanos. in.: El País Brasil. 13 agosto 2017. Disponível em:
.
Acesso em: 16 ago 2017.)
Relacione os dois textos, tendo como base a importância do cultivo da
memória, problematizando cada um dos eventos e identificando que implicações um
traz ao outro.
Resposta:
O
cultivo da “Memória Histórica” é de fundamental importância para o presente e o
futuro de um país. A recuperação da Memória contribui para não se esquecer das
grandes tragédias que ocorreram no passado, evitar e inibir novos conflitos e
violências. Desta forma, a memória caminha com a ideia de reconciliação
nacional, caminha com a democracia contribuindo para a afirmação da humanidade
de todos. A memória segundo o primeiro texto, Michel Onfray, fazendo referência
ao Holocausto, (...)“pois o inferno vivido e habitado torna legítimo e desejável
um mundo onde se tentaria evitar o retorno daquilo que de perto e de longe
possa assemelhar-se a ele”. O segundo texto faz referência a Marcha
Supremacista ocorrida no ano de 2017 nos EUA. Trata-se de um movimento de
extrema direita, racista e preconceituoso contra imigrantes, judeus, negros,
homoafetivos. Esta marcha é de certa forma, a permanência da violência
praticada no contexto da Guerra de Secessão, 1861-1865, e do conflito entre
negros e brancos. Tanto o holocausto quanto o forte racismo nos EUA através da
atuação da Ku Klux Klan, são tragédias que a Memória deve impedir que
retornassem.
5.
A Carta do Atlântico, assinada em 1941
pelo presidente dos Estados Unidos Franklin D. Roosevelt e o Primeiro Ministro
britânico Winston Churchill, declarava no seu artigo Quinto: “Desejam promover,
no campo da economia, a mais ampla colaboração entre todas as nações, com o fim
de conseguir, para todos, melhores condições de trabalho, prosperidade econômica
e segurança social”. E no seu artigo Sexto: “Depois da destruição completa da
tirania nazista, esperam que se estabeleça uma paz que proporcione a todas as
nações os meios de viver em segurança dentro de suas próprias fronteiras, e aos
homens em todas as terras a garantia de existências livres de temor e de
privações.
Carta do
Atlântico – 1941, em Documentos Internacionais da Sociedade das Nações (1919
a 1945), Biblioteca Digital dos Direitos Humanos, USP. Disponível em:
. Acesso: 30.08.2016.
Com base nos artigos citados dessa carta e nos conhecimentos sobre a
Segunda Guerra Mundial, escreva um texto comentando três aspectos envolvidos na
participação das colônias africanas na guerra, mencionando três consequências
dessa participação para os movimentos de independência dessas colônias.
Resposta:
A questão menciona o
envolvimento do continente Africano na Segunda Guerra Mundial. O fator
relevante foi um forte sentimento nacionalista nas colônias africanas e deve
ser compreendido pelo fato de que não estavam motivados pela fúria de seus
colonizadores em caso de resistência, mas sim, pela vontade de defender seus
territórios, povos, culturas. A participação dos africanos nas lutas da guerra
tem como pano de fundo a esperança de uma abertura democrática, ou seja, a
descolonização. Isso acabou acontecendo quando os aliados declararam guerra ao
eixo fascista. Porém, vale lembrar que muitos africanos ligados às colônias
italianas foram recrutados, forçadamente, para lutar em frentes de batalha na
Líbia, Oriente Médio, Indochina e Birmânia. Após a Segunda Guerra, as
radicalizações políticas seriam realidade nas colônias africanas, em especial
na Tunísia, Marrocos e Argélia. Os partidos nacionalistas incentivadores de
movimentos como “negritude” e “pan-africanismo” começaram a sonhar com a
conquista da independência, já que, em meio à guerra, o conflito fora pela
defesa da democracia. Democracia esta que, agora, estava sendo reivindicada
pelos povos africanos que lutaram por ela. Os movimentos nacionalistas
ocorridos nas quatro primeiras décadas do século XX estimularam as solicitações
de independência, cuja consolidação ocorreu nas décadas de 1960 e 1970.
Comentários
Postar um comentário