1.
As novas tecnologias foram
massificadas, alcançando e impactando de diferentes formas os lugares. A ironia
proposta pela charge indica que o acesso à tecnologia está
a) vinculado a mudanças na
paisagem.
b) garantido de forma
equitativa aos cidadãos.
c) priorizado para resolver as
desigualdades.
d) relacionado a uma ação
redentora na vida social.
e) dissociado de revoluções na
realidade socioespacial.
Resposta:
[E]
A charge indica o paradoxo
entre a questão socioeconômica e o uso de tecnologia ao expor que as
desigualdades sociais ainda se postergam a despeito das revoluções
tecnológicas.
Estão incorretas as
alternativas:
[A] porque a charge não
indica mudanças na paisagem;
[B] porque o acesso à
tecnologia depende da condição socioeconômica;
[C] porque o
desenvolvimento tecnológico objetiva o mercado e não as desigualdades sociais;
[D] porque a charge indica
condições precárias de vida.
2.
O processo indicado no gráfico
demonstra um aumento significativo da população urbana em relação à população
rural no Brasil. Esse fenômeno pode ser explicado pela
a) atração de mão de obra pelo
setor produtivo concentrado nas áreas urbanas.
b) manutenção da instabilidade
climática nas áreas rurais.
c) concentração da oferta de
ensino nas áreas urbanas.
d) inclusão da população das
áreas urbanas em programas assistenciais.
e) redução dos subsídios para
os setores da economia localizados nas áreas rurais.
Resposta:
[A]
Como mencionado
corretamente na alternativa [A], o processo de urbanização está associado ao êxodo
rural que desloca para as cidades, grande contingente de mão de obra absorvido
ou não, pelos setores secundário e terciário. Estão incorretas as alternativas:
[B], porque a migração rural urbana não é resultante da questão climática; [C],
porque o deslocamento para áreas urbanas não resulta da oferta de ensino, mas
de empregos; [D], porque os programas assistenciais atendem baixa renda,
independente de seu domicílio; [E], o êxodo rural decorre das condições
precárias para as famílias de baixa renda do campo.
3. Energia de Noronha virá da
força das águas
A energia de Fernando de
Noronha virá do mar, do ar, do sol e até do lixo produzido por seus moradores e
visitantes. É o que promete o projeto de substituição da matriz energética da
ilha, que prevê a troca dos geradores atuais, que consomem 310 mil litros de
diesel por mês.
GUIBU, F. Folha de S. Paulo, 19 ago. 2012 (adaptado).
No texto, está apresentada
a nova matriz energética do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. A
escolha por essa nova matriz prioriza o(a)
a) expansão da oferta de
energia, para aumento da atividade turística.
b) uso de fontes limpas, para
manutenção das condições ecológicas da região.
c) barateamento dos custos
energéticos, para estímulo da ocupação permanente.
d) desenvolvimento de unidades
complementares, para solução da carência energética local.
e) diminuição dos gastos
operacionais de transporte, para superação da distância do continente.
Resposta:
[B]
Como mencionado
corretamente na alternativa [B], a adoção de matrizes energéticas renováveis e limpas
objetiva a manutenção das condições ecológicas da área. Estão incorretas as
alternativas: [A] e [C], porque o objetivo não é o aumento do turismo ou a
ocupação permanente da área; [D], porque a adoção de fontes limpas irá
substituir e não complementar a produção termoelétrica; [E], porque o texto não
faz referencia ao transporte.
4. O ícone dos conflitos que
assolam a região da bacia do Xingu na atualidade é o projeto da hidrelétrica de
Belo Monte. Prevista para ser implantada no Médio Xingu, tem a capacidade de
gerar, segundo os estudos da Eletronorte, 11 mil megawatts de energia, o que
faria dela a segunda maior hidrelétrica do Brasil. Entre adesivos que refletem
o teor polêmico do projeto – “Eu quero Belo Monte” e “Fora Belo Monte” –, os
moradores de Altamira, cidade polo da região onde a usina deverá ser
construída, se dividem.
MARTINHO, N. O coração do Brasil. Horizonte
Geográfico, n. 129, jun. 2010 (adaptado).
Na polêmica apresentada, de
acordo com a perspectiva dos trabalhadores da região, um argumento favorável e
outro contrário à implementação do projeto estão, respectivamente, na
a) urbanização da periferia e
valorização dos imóveis rurais.
b) recuperação da autoestima e
criação de empregos qualificados.
c) expansão de lavouras e
crescimento do assalariamento agrícola.
d) captação de investimentos e
expropriação dos posseiros pobres.
e) adoção do preservacionismo
e estabelecimento de reservas permanentes.
Resposta:
[D]
A
implantação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte traz benefícios como o
direcionamento de investimentos para a região podendo alavancar setores da
economia, porém, ao mesmo tempo resulta em prejuízos para a população que não
tem acesso legal à terra e que, dessa forma, não seria beneficiária de
indenizações. Estão incorretas as alternativas [A], [B] e [C] porque a
urbanização da periferia e a valorização dos imóveis rurais não são consequências
diretas da implantação da usina; [D], porque a implantação da usina não é um
processo preservacionista.
5. Sabe-se o que era a mata do
Nordeste, antes da monocultura da cana: um arvoredo tanto e tamanho e tão basto
e de tantas prumagens que não podia homem dar conta. O canavial desvirginou
todo esse mato grosso do modo mais cru: pela queimada. A fogo é que foram se abrindo
no mato virgem os claros por onde se estendeu o canavial civilizador, mas ao
mesmo tempo devastador.
FREYRE, G. Nordeste. São Paulo: Global, 2004 (adaptado).
Analisando os
desdobramentos da atividade canavieira sobre o meio físico, o autor salienta um
paradoxo, caracterizado pelo(a)
a) demanda de trabalho, que
favorecia a escravidão.
b) modelo civilizatório, que
acarretou danos ambientais.
c) rudimento das técnicas
produtivas, que eram ineficientes.
d) natureza da atividade
econômica, que concentrou riqueza.
e) predomínio da monocultura,
que era voltada para exportação.
Resposta:
[B]
Como mencionado corretamente
na alternativa [B], o autor associa a ocupação do nordeste brasileiro por meio
da produção canavieira com o forte impacto ambiental trazido por ela, caracterizando
dessa forma, a contradição. Estão incorretas as alternativas: [A], porque não
há referencias ao processo de escravidão; [C], porque não há referencias às
técnicas utilizadas, mas à ocupação do espaço de forma predatória; [D], porque
não há referencias ao modelo concentrador de capital; [E], porque embora a
produção canavieira seja monocultora e voltada à exportação, o autor ressalta o
aspecto ambiental da ocupação do espaço para essa produção.
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