1.
A capital da Repuìblica
naÞo pode continuar a ser apontada como sede de vida difiìcil, quando tem
fartos elementos para constituir o mais notaìvel centro de atraçaÞo de
braços, de atividade e de capitais nesta parte do mundo.
RODRIGUES ALVES, presidente da República, 1902-1906.
Adaptado de FIDÉLIS, C.; FALLEIROS, I. (Org.).
Na corda bamba de sombrinha: a sauìde no fio da histoìria.
Rio de Janeiro: Fiocruz/COC; Fiocruz/EPSJV, 2010.
No início do século XX,
enquanto a charge ironizava um dos graves problemas que afetava a população da
cidade do Rio de Janeiro, o pronunciamento do então presidente Rodrigues Alves
enfatizava a preocupação com o que poderia comprometer o desenvolvimento da
capital da República.
Naquele contexto, uma ação
governamental para promover tal desenvolvimento e um resultado obtido, foram,
respectivamente:
a) reforma urbana –
qualificação da mão de obra
b) combate à insalubridade –
incremento da imigração
c) ampliação da rede
hospitalar – controle da natalidade
d) expansão do saneamento
básico – erradicação da pobreza
Resposta:
[B]
A questão faz referência ao
Rio de Janeiro, capital do Brasil no contexto da República Velha. Dentro de uma
perspectiva Positivista, a jovem república brasileira tinha alguns desafios a
serem vencidos, tais como, as péssimas condições de higiene do Rio de janeiro
que culminavam em doenças como varíola, peste negra e febre amarela, entre
outras. Desta forma, o presidente Rodrigues Alves, 1902-1904, o prefeito do Rio
de Janeiro Pereira Passos e o médico sanitarista Oswaldo Cruz atuaram juntos
para fazer uma reforma urbana na capital do Brasil, demolindo cortiços e
introduzindo a vacina obrigatória. Para suprir a necessidade de mão de obra na
lavoura cafeeira, era incentivada a imigração, basta lembrar que o lema do
governo de Afonso Pena, 1909-1910, era “governar é povoar”.
2. Antecipando-nos à derrocada
das forças subversivas, acionadas por dispositivos governamentais, que visavam
à destruição do primado da democracia e à implantação de um regime totalitário,
tivemos a lucidez e o patriotismo de alertar os poderes constituídos da
República para a defesa da ordem jurídica e da Constituição, tão seriamente
ameaçadas. Podemos hoje, erradicado o mal das conjuras comuno-sindicalistas,
proclamar que a sobrevivência da Nação Brasileira se processou sob a égide
intocável do Estado de Direito.
Adaptado de Ata da Reunião Ordinária do Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil – OAB, 07/04/1964.
O apoio da Ordem dos
Advogados do Brasil à deposição do presidente João Goulart (1961-1964), como
indicado no texto, insere-se no contexto de intensas polarizações de opiniões
entre partidos e associações.
Essas polarizações
expressavam posicionamentos distintos acerca da seguinte proposta do governo
João Goulart:
a) implementação das reformas
de base
b) política de desvalorização
monetária
c) cerceamento da liberdade de
imprensa
d) controle orçamentário dos
poderes estaduais
Resposta:
[A]
A
questão aponta para uma característica da nossa história, uma forte polarização
ideológica em determinados contextos como ocorreu em 1964 quando Jango anunciou
sua proposta denominada de “Reformas de Base” que defendia uma ampla reforma no
país no campo da educação, reforma agrária, urbana, tributária, etc. Nesta
conjuntura histórica, a Guerra Fria estava tensa devido a Guerra do Vietnã,
Revolução Cubana e o assassinato de Kennedy, presidente dos EUA.
3. Durante a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945), a ação do Partido Nazista na Alemanha ampliou a propaganda
contra os que foram considerados os inimigos internos da nação germânica. O
cartaz abaixo é um exemplo dessa política.
Um aspecto da ideologia
nazista observado nesse cartaz é:
a) antissemitismo
b) anticapitalismo
c) anticomunismo
d) antiamericanismo
Resposta:
[A]
A questão remete a Segunda
Guerra Mundial, 1939-1945, quando a Alemanha nazista liderada por Hitler
divulgava propagandas antissemitas, contra judeus. Os meios de comunicação de
massa divulgavam a ideologia totalitária segundo Hannah Arendt. Desta forma,
filmes, cartazes e mensagens eram veiculados contra comunistas, judeus, negros,
homoafetivos, ciganos, entre outros e reforçavam a ideia do Arianismo.
4.
Os monumentos históricos
promovem o destaque de acontecimentos, personagens, feitos e valores a serem
reverenciados por uma sociedade. Exemplos desses monumentos são as estátuas de
João Cândido, líder da Revolta da Chibata no início do século XX, e do Barão de
Mauá, empresário e empreendedor no século XIX.
As estátuas desses
personagens indicam, respectivamente, o enaltecimento das seguintes ideias:
a) revisão das hierarquias
militares – progresso financeiro
b) defesa dos direitos
trabalhistas – dinamização comercial
c) redimensionamento do
preconceito racial – integração nacional
d) diversidade das
contribuições étnicas – modernização econômica
Resposta:
[D]
O presente e suas demandas
estão sempre revisitando o passado, a memória, para enaltecer alguns
personagens, valores ou feitos históricos. O passado é interpretado à luz do
presente. As referidas estátuas buscam enaltecer valores importantes para a
contemporaneidade. A estátua inaugurada em 2008 de João Cândido, líder negro da
revolta da Chibata em 1910, pode ser lembrada no sentido de mostrar a
diversidade étnica no processo histórico brasileiro. Da mesma forma, Irineu
Evangelista de Souza, conhecido como Barão de Mauá, foi um grande empresário
durante o Segundo Reinado, 1840-1889, que investiu em diversas regiões do
Brasil e, em 1910, ganhou uma estátua como referência a modernização econômica.
5. Se há apenas cinco ou dez
anos dissessem a alguém em Cuba que um presidente norte-americano visitaria a
Ilha, a resposta seria um sorriso irônico; mas se fosse mencionada a
possibilidade de ver os Rolling Stones tocando em Havana, a reação teria sido
uma gargalhada – ou um grito, se a pessoa assim informada tivesse seus 60 ou 70
anos de vida. Porque aqueles que fomos jovens em Cuba na década de 1960
dificilmente esqueceremos as críticas políticas quando confessávamos ouvir os
Beatles ou os Stones. Quem poderia ter previsto? Definitivamente, os tempos
estão mudando.
LEONARDO PADURA
Adaptado de Folha de S. Paulo, 12/03/2016.
As considerações do
escritor sobre a sociedade cubana indicam que, na década de 1960 e no momento
atual, as diferenças entre as condições de vida são contextualizadas,
respectivamente, pelos seguintes aspectos das relações internacionais:
a) expansão mundial de regimes
totalitários – supremacia das concepções neoliberais
b) crescimento da influência
global soviética – afirmação da hegemonia norte-americana
c) bipolaridade entre
capitalismo e socialismo – multipolaridade da ordem econômica
d) política externa
independente na América Latina – integração das nações subdesenvolvidas
Resposta:
[C]
A questão aponta para um
relevante acontecimento: a visita a Cuba do presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama e o show dos Rolling Stones em Havana, em 2016. Na década de 1960,
durante a Guerra Fria, a relação entre Cuba e EUA foi deteriorada devido a
Revolução Cubana, de 1959, que produziu a expulsão da Ilha da OEA, Organização
dos Estados Americanos, bem como o embargo econômico que ainda persiste. No
entanto, o mundo bipolar ruiu em 1989 com a queda do muro de Berlim surgindo
uma “Nova Ordem Mundial”, o mundo neoliberal globalizado ancorado na
multipolaridade”.
Comentários
Postar um comentário