1.
(Fuvest 2013) Grandes lagos artificiais
de barragens, como o Nasser, no Rio Nilo, o Three Gorges, na China, e o de
Itaipu, no Brasil, resultantes do represamento de rios, estão entre as obras de
engenharia espalhadas pelo mundo, com importantes efeitos socioambientais.
Acerca dos efeitos socioambientais de
grandes lagos de barragens, considere as afirmações abaixo.
I. Enquanto no passado, grandes lagos de barragem
restringiam-se a áreas de planície, atualmente, graças a progressos
tecnológicos, situam-se, invariavelmente, em regiões planálticas, com
significativos desníveis topográficos.
II. A abertura das comportas que represam as
águas dos lagos de barragens impede a ocorrência de processos de sedimentação,
assim como provoca grandes enchentes a montante.
III. Frequentes desalojamentos de pessoas para a
implantação de lagos de barragens levaram ao surgimento, no Brasil, do
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB.
IV. Por se constituírem como extensos e, muitas
vezes, profundos reservatórios de água, grandes lagos de barragens provocam
alterações microclimáticas nas suas proximidades.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Resposta:
[D]
A implantação de barragens
de hidrelétricas causa impactos ambientais e sociais, como alterações no
ecossistema e clima locais (IV) e protestos de populações prejudicadas pelo
reservatório e que se organizam em movimentos sociais como o MAB – Movimento
dos Atingidos por Barragens (III).
Os itens incorretos são:
I. Tradicionalmente, os
grandes lagos para o aproveitamento hidrelétrico se localizam em áreas com
relevo planáltico, uma vez que o desnível topográfico propicia maior geração de
energia. Recentemente, foram implantadas novas tecnologias que permitem o
aproveitamento hidrelétrico em áreas cujo relevo apresenta menor desnível, como
é o caso das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio no rio Madeira (RO).
II. A implantação de uma
barragem faz com que aumento o acúmulo de sedimentos retidos no reservatório. O
procedimento de abertura das comportas que represam as águas até propicia
alguma sedimentação à jusante. A barragem pode funcionar também para atenuar as
inundações à jusante devido à retenção de água. Algumas vezes, quando o
reservatório está com excesso de água, a maior vazão pelas comportas pode
causar enchentes à jusante.
2.
(Fuvest 2012) Ainda
no começo do século 20, Euclides da Cunha, em pequeno estudo, discorria sobre
os meios de sujeição dos trabalhadores nos seringais da Amazônia, no chamado
regime de peonagem, a escravidão por dívida. Algo próximo do que foi constatado
em São Paulo nestes dias [agosto de 2011] envolvendo
duas oficinas terceirizadas de produção de vestuário.
José de Souza
Martins, 2011. Adaptado.
No texto acima, o autor faz menção à
presença de regime de trabalho análogo à escravidão, na indústria de bens
a) de consumo não duráveis,
com a contratação de imigrantes asiáticos, destacando-se coreanos e chineses.
b) de consumo duráveis, com a
superexploração, por meio de empresas de pequeno porte, de imigrantes chilenos
e bolivianos.
c) intermediários, com a
contratação prioritária de imigrantes asiáticos, destacando-se coreanos e
chineses.
d) de consumo não duráveis,
com a superexploração, principalmente, de imigrantes bolivianos e peruanos.
e) de produção, com a
contratação majoritária, por meio de empresas de médio porte, de imigrantes
peruanos e colombianos.
Resposta:
[D]
Atualmente,
as oficinas de costura, localizadas na região central da cidade de São Paulo,
têm recorrido à mão de obra que imigrou clandestinamente, constituída por
trabalhadores bolivianos e peruanos; devido à ilegalidade e não terem direitos
trabalhistas, são sujeitos a condições de superexploração (baixos salários e
ausência de benefícios sociais).
3.
(Fuvest 2012) Do ponto de vista
tectônico, núcleos rochosos mais antigos, em áreas continentais mais
interiorizadas, tendem a ser os mais estáveis, ou seja, menos sujeitos a abalos
sísmicos e deformações. Em termos geomorfológicos, a maior estabilidade
tectônica dessas áreas faz com que elas apresentem uma forte tendência à
ocorrência, ao longo do tempo geológico, de um processo de
a) aplainamento das formas de
relevo, decorrente do intemperismo e da erosão.
b) formação de depressões
absolutas, gerada por acomodação de blocos rochosos.
c) formação de canyons,
decorrente de intensa erosão eólica.
d) produção de desníveis
topográficos acentuados, resultante da contínua sedimentação dos rios.
e) geração de relevo serrano,
associada a fatores climáticos ligados à glaciação.
Resposta:
[A]
Os crátons
que abrigam escudos cristalinos são tectonicamente estáveis e, aos poucos, são
aplainados pela ação do intemperismo e da erosão.
4.
(Fuvest 2012) Logo após a entrada de
milhares de imigrantes norte-africanos na Itália, em abril deste ano, o
presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro da Itália, Silvio
Berlusconi, fizeram as seguintes declarações a respeito de um consenso entre
países da União Europeia (UE) e associados.
Queremos mantê-lo vivo, mas
para isso é preciso reformá-lo.
Nicolas Sarkozy.
Não queremos colocá-lo em
causa, mas em situações excepcionais acreditamos que é preciso fazer
alterações, sobre as quais decidimos trabalhar em conjunto.
Silvio Berlusconi.
http://pt.euronews.net.
Acesso em julho/2011. Adaptado.
Sarkozy e Berlusconi encaminharam pedido à
UE, solicitando a revisão do
a) Tratado de Maastricht, o
qual concede anistia aos imigrantes ilegais radicados em países europeus há
mais de 5 anos.
b) Acordo de Schengen, segundo
o qual Itália e França devem formular políticas sociais de natureza bilateral.
c) Tratado de Maastricht, que
implementou a União Econômica Monetária e a moeda única em todos os países da
UE.
d) Tratado de Roma, que criou
a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e suprimiu os controles alfandegários nas
fronteiras internas.
e) Acordo de Schengen, pelo
qual se assegura a livre circulação de pessoas pelos países signatários desse
acordo.
Resposta:
[E]
A União
Europeia recebeu sua denominação oficial em 1992 com a assinatura do Tratado de
Maastricht que, entre outras determinações, estabelecia a existência de uma
cidadania europeia e a unificação monetária. Em outubro de 1997, foi
institucionalizado, em escala europeia, o Tratado de Schengen, criado em 1985,
e que permite a livre circulação de cidadãos comunitários pelos países
signatários. Todavia, em 2011, após desentendimentos entre os governos italiano
e francês devido à imigração de africanos para a Itália, os governos europeus
pensaram em retomar o controle temporário das fronteiras internas em situações
“excepcionais”.
5.
(Fuvest 2013) A economia das possessões
coloniais portuguesas na América foi marcada por mercadorias que, uma vez
exportadas para outras regiões do mundo, podiam alcançar alto valor e garantir,
aos envolvidos em seu comércio, grandes lucros. Além do açúcar, explorado desde
meados do século XVI, e do ouro, extraído regularmente desde fins do XVII,
merecem destaque, como elementos de exportação presentes nessa economia:
a) tabaco, algodão e derivados
da pecuária.
b) ferro, sal e tecidos.
c) escravos indígenas, arroz e
diamantes.
d) animais exóticos, cacau e
embarcações.
e) drogas do sertão, frutos do
mar e cordoaria.
Resposta:
[A]
A questão
demanda conhecimentos específicos acerca dos produtos explorados comercialmente
por Portugal no Brasil Colonial, dentro dos interesses mercantilistas daquele
país europeu. O tabaco era usado principalmente como moeda de troca na
aquisição de escravos africanos. O algodão atendeu ao mercado europeu,
sobretudo no momento em que as Colônias Inglesas da América do Norte,
envolvidas em seu processo de independência, deixaram de fazê-lo. Já o couro e
o charque, derivados da pecuária, atendiam ao mercado luso.
6. (Fuvest 2013) Leia os textos abaixo:
Coube ao Gen. Mourão Filho,
Cmt. da 4ª Região Militar, essa histórica iniciativa, a 31 de março, nas
altaneiras montanhas de Minas. E a Revolução, sem que tivesse havido elaboradas
articulações prévias entre os Chefes Militares, – não teria havido tempo para
isto – empolga o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, para ter seu epílogo às
11h45min do dia 2 de abril, no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, com a
partida do ex-Presidente João Goulart para o estrangeiro.
M. P.
Figueiredo. A Revolução de 1964. Um depoimento para a história pátria. Rio
de Janeiro: APEC, 1970, p. 11-12. Adaptado.
Lembro-me bem do dia 31 de
março de 1964. Era aluno do curso de Sociologia e Política da Faculdade de
Ciências Econômicas da antiga Universidade de Minas Gerais e militava na Ação
Popular, grupo de esquerda católica [...] No dia seguinte, 1º de abril, já não
havia dúvida sobre a vitória do golpe. Saí em companhia de colegas a vagar
pelas ruas de Belo Horizonte [...] Contemplávamos, perplexos, a alegria dos que
celebravam a vitória e assistíamos, assustados, ao início da violência contra
os derrotados.
J. M. de
Carvalho. Forças Armadas e Política no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 2005, p. 118.
a) Que denominação cada autor utilizou para
se referir ao regime instaurado após 31 de março de 1964? A que se deve essa
diferença de denominação?
b) Tal diferença se relaciona
com a criação da Comissão da Verdade em 2012? Justifique.
Resposta:
a) No texto 1 (M.P.
Figueiredo), o autor utilizou a denominação “revolução” para o regime
instaurado após 31 de março de 1964, já o autor do texto 2 (J.M. de Carvalho)
utilizou a denominação “golpe”. Essa diferença de denominação está relacionada
com a forma como cada grupo envolvido no processo encarou o regime instaurado.
No primeiro caso, estão principalmente os segmentos ligados ao meio militar e
da burguesa patrocinadora do movimento. No segundo grupo, os opositores ao
regime, seus simpatizantes.
b) Sim. A
partir de 1970, com a “abertura política” e a divulgação cada vez maior de
informações obtidas através de documentos e testemunhos de personagens
envolvidos nos fatos ocorridos durante a vigência do regime instaurado após 31
de março de 1964, ficava cada vez mais difícil defender a ideia de “revolução”.
Mais recentemente, inspirado pelos acontecimentos nos países vizinhos,
instauraram-se as Comissões da Verdade, com o objetivo de investigar e apurar
os fatos envolvendo os desaparecidos políticos.
7.
(Fuvest 2013) Durante os primeiros tempos
de sua existência, o PCB prosseguiu em seu processo de diferenciação ideológica
com o anarquismo, de onde provinha parte significativa de sua liderança e de
sua militância. Nesse curso, foi necessário, no que se refere à questão
parlamentar, também proceder a uma homogeneização de sua própria militância.
Houve algumas tentativas de participação em eleições e de formulação de propostas
a serem apresentadas à sociedade que se revelaram infrutíferas por questões
conjunturais. A primeira vez em que isso ocorreu foi, em 1925, no município
portuário paulista de Santos, onde os comunistas locais, apresentando-se pela
legenda da Coligação Operária, tiveram um resultado pífio. No entanto, como
todos os atos pioneiros, essa participação deixou uma importante herança: a
presença na cena política brasileira dos trabalhadores e suas reivindicações.
Estas, em particular, expressavam um acúmulo de anos de lutas do movimento
operário brasileiro.
Dainis
Karepovs. A classe operária vai ao Parlamento. São Paulo: Alameda, 2006, p.169.
A partir do texto acima, pode-se afirmar
corretamente que
a) as eleições de
representantes parlamentares advindos de grupos comunistas e anarquistas foram
frequentes, desde a Proclamação da República, e provocaram, inclusive, a
chamada Revolução de 1930.
b) comunistas, anarquistas e
outros grupos de representantes de trabalhadores eram formalmente proibidos de
participar de eleições no Brasil desde a proclamação da República, cenário que
só se modificaria com a Constituição de 1988.
c) as primeiras décadas do
século XX representam um período de grande diversidade político-partidária no
Brasil, o que favoreceu a emergência de variados grupos de esquerda, cuja
excessiva divisão impediu-os de obter resultados eleitorais expressivos.
d) as experiências
parlamentares envolvendo operários e camponeses, no Brasil da década de 1920,
resultaram em sua presença dominante no cenário político nacional, após o
colapso do primeiro regime encabeçado por Getúlio Vargas.
e) as primeiras participações
eleitorais de candidatos trabalhadores ganharam importância histórica, uma vez
que a política partidária brasileira da chamada Primeira República era dominada
por grupos oriundos de grandes elites econômicas.
Resposta:
[E]
O texto – que
precisa ser lido com muita atenção – mostra as primeiras iniciativas de
participação política de trabalhadores em meio ao processo eleitoral brasileiro
característico da República Velha. Tal processo era marcado pelo voto de
cabresto e pelo consequente controle das eleições por parte das elites ligadas
à posse da terra. Em razão disso, as iniciativas dos trabalhadores tiveram
resultados pífios, mas serviram de base para futuros questionamentos do sistema
político vigente.
8.
(Fuvest 2013) Maldito, maldito criador!
Por que eu vivo? Por que não extingui, naquele instante, a centelha de vida que
você tão desumanamente me concedeu? Não sei! O desespero ainda não se apoderara
de mim. Meus sentimentos eram de raiva e vingança. Quando a noite caiu, deixei
meu abrigo e vagueei pelos bosques. (...) Oh! Que noite miserável passei eu!
Sentia um inferno devorar-me, e desejava despedaçar as árvores, devastar e
assolar tudo o que me cercava, para depois sentar-me e contemplar satisfeito a
destruição. Declarei uma guerra sem quartel à espécie humana e, acima de tudo,
contra aquele que me havia criado e me lançara a esta insuportável desgraça!
Mary Shelley. Frankenstein. 2ª ed. Porto Alegre: LPM, 1985.
O trecho acima, extraído de uma obra
literária publicada pela primeira vez em 1818, pode ser lido corretamente como
uma
a) apologia à guerra
imperialista, incorporando o desenvolvimento tecnológico do período.
b) crítica à condição humana
em uma sociedade industrializada e de grandes avanços científicos.
c) defesa do clericalismo em
meio à crescente laicização do mundo ocidental.
d) recusa do evolucionismo,
bastante em voga no período.
e) adesão a ideias e
formulações humanistas de igualdade social.
Resposta:
[B]
O romance Frankenstein, de Mary Shelley, foi
escrito e publicado sob o contexto da Primeira Revolução Industrial, época
marcada por grandes avanços científicos e pela crença de que o homem poderia
controlar a natureza – fatos que são questionados pela autora.
9.
(Fuvest 2013) Oh! Aquela alegria me deu
náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse: tanto
melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a justiça em
suas mãos. Aprovo essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os
tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, a
fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos
costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.
Graco Babeuf,
citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e
revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado.
O texto é parte de uma carta enviada por
Graco Babeuf à sua mulher, no início da Revolução Francesa de 1789. O autor
a) discorda dos propósitos
revolucionários e defende a continuidade do Antigo Regime, seus métodos e
costumes políticos.
b) apoia incondicionalmente as
ações dos revolucionários por acreditar que não havia outra maneira de
transformar o país.
c) defende a criação de um
poder judiciário, que atue junto ao rei.
d) caracteriza a violência
revolucionária como uma reação aos castigos e à repressão antes existentes na
França.
e) aceita os meios de tortura
empregados pelos revolucionários e os considera uma novidade na história
francesa.
Resposta:
[D]
O texto
mostra os sentimentos de Graco Babeuf em relação aos eventos que iniciaram a
Revolução Francesa, em 1789. Tais sentimentos apresentam-se contraditórios,
embora, ao final, Babeuf deixe claro que a ação violenta dos revolucionários
era uma resposta aos abusos cometidos pelo Antigo Regime francês ("Nossos
senhores colherão o que semearam"). Posteriormente, na fase da Revolução
Francesa conhecida como Diretório, Graco Babeuf liderou a Conjura dos Iguais.
10.
(Fuvest 2013) Fosse com militares ou
civis, a África esteve por vários anos entregue a ditadores. Em alguns países,
vigorava uma espécie de semidemocracia, com uma oposição consentida e
controlada, um regime que era, em última análise, um governo autoritário. A
única saída para os insatisfeitos e também para aqueles que tinham ambições de
poder passou a ser a luta armada. Alguns países foram castigados por ferozes
guerras civis, que, em certos casos, foram alongadas por interesses
extracontinentais.
Alberto da
Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 139.
Entre os exemplos do alongamento dos
conflitos internos nos países africanos em função de “interesses
extracontinentais”, a que se refere o texto, pode-se citar a participação
a) da Holanda e da Itália na
guerra civil do Zaire, na década de 1960, motivada pelo controle sobre a
mineração de cobre na região.
b) dos Estados Unidos na
implantação do apartheid na África do Sul, na década de 1970, devido às
tensões decorrentes do movimento pelos direitos civis.
c) da França no apoio à luta
de independência na Argélia e no Marrocos, na década de 1950, motivada pelo
interesse em controlar as reservas de gás natural desses países.
d) da China na luta pela
estabilização política no Sudão e na Etiópia, na década de 1960, motivada pelas
necessidades do governo Mao Tse-Tung em obter fornecedores de petróleo.
e) da União Soviética e Cuba
nas guerras civis de Angola e Moçambique, na década de 1970, motivada pelas
rivalidades e interesses geopolíticos característicos da Guerra Fria.
Resposta:
[E]
Embora haja o
texto como referência, a questão demanda conhecimentos específicos acerca da
Descolonização Afro-Asiática e da Guerra Fria, uma vez que o primeiro evento
sofreu influência do segundo. Angola e Moçambique, ex-colônias portuguesas na
África, alcançaram suas respectivas independências na década de 1970,
auxiliadas por Cuba e União Soviética.
11.
(Fuvest 2013) O que acontece quando a
gente se vê duplicado na televisão? (...) Aprendemos não só durante os anos de
formação mas também na prática a lidar com nós mesmos com esse “eu” duplo. E,
mais tarde, (...) em 1974, ainda detido para averiguação na penitenciária de
Colônia-Ossendorf, quando me foi atendida, sem problemas, a solicitação de um
aparelho de televisão na cela, apenas durante o período da Copa do Mundo, os
acontecimentos na tela me dividiram em vários sentidos. Não quando os poloneses
jogaram uma partida fantástica sob uma chuva torrencial, não quando a partida
contra a Austrália foi vitoriosa e houve um empate contra o Chile, aconteceu
quando a Alemanha jogou contra a Alemanha. Torcer para quem? Eu ou eu torci para
quem? Para que lado vibrar? Qual Alemanha venceu?
Gunter Grass. Meu
século. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 237. Adaptado.
O trecho acima, extraído de uma obra
literária, alude a um acontecimento diretamente relacionado
a) à política nazista de fomento
aos esportes considerados “arianos” na Alemanha.
b) ao aumento da criminalidade
na Alemanha, com o fim da Segunda Guerra Mundial.
c) à Guerra Fria e à divisão
política da Alemanha em duas partes, a “ocidental” e a “oriental”.
d) ao recente aumento da
população de imigrantes na Alemanha e reforço de sentimentos xenófobos.
e) ao caráter despolitizado
dos esportes em um contexto de capitalismo globalizado.
Resposta:
[C]
Embora haja o
texto como referência, a questão demanda conhecimentos específicos acerca da
Guerra Fria. Em 1974, a Alemanha encontrava-se dividida em Alemanha Ocidental
(de orientação capitalista) e Alemanha Oriental (de orientação socialista).
Essa divisão foi consequência dos primeiros anos da Guerra Fria, tendo sido oficializada
em 1949, durando até 1990.
Link para questões de outras disciplinas:
Bons estudos!!
Professor Arão Alves
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