Conflito Israel X Palestina - Faixa de Gaza e Cisjordânia
1987 - Intifada
O conflito israelo-palestino envolve a disputa dos dois povos pelo direito à soberania e pela posse da terra ocupada por Israel e pelos territórios palestinos.
O impasse teve início no século 19, quando judeus sionistas expressaram o desejo de criar um Estado moderno em sua terra ancestral e começaram a criar assentamentos na região, na época controlada pelo Império Otomano.
Desde então, houve muita violência e controvérsia em torno da questão, assim como vários processos de negociações de paz durante o século 20 e ainda estão em andamento.
Tanto israelenses quanto palestinos reivindicam sua parte da terra com base na história, na religião e na cultura. Os israelenses, representados pelo Estado de Israel, têm soberania sobre grande parte do território, que foi conquistado após a derrota dos árabes em duas guerras - o conflito árabe-israelense de 1948 e a Guerra dos Seis Dias, de 1967.
Os palestinos, representados pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), querem assumir o controle de parte dos territórios e estabelecer um Estado Palestino soberano e independente.
Grande parte dos palestinos aceitam as regiões da Cisjordânia e da faixa de Gaza como território para um futuro Estado palestino. Muitos israelenses também aceitam essa solução.
Uma discussão em torno dessa solução ocorreu durante os Acordos de Oslo, assinados em setembro de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que permitiu a formação da ANP. No entanto, Israel e ANP não chegaram a uma posição comum.
Apesar de vários outros acordos e planos de paz, como os de Camp David e das negociações do chamado Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, União Européia, Rússia e ONU), a situação ainda se vê hoje em um impasse.
Atualmente, as negociações esbarram na questão do governo palestino, que, liderado pelo movimento radical islâmico Hamas (que assim como o moderado Fatah possui braços armado e político) não reconhece o direito de existência de Israel. Após a vitória do Hamas (considerado pelos EUA e por Israel como um grupo terrorista) em 2006, a comunidade internacional iniciou um bloqueio financeiro à ANP que gera uma grave crise nos territórios palestinos. Saiba mais sobre o conflito Hamas X Fatah
O recente acordo entre o Hamas e o Fatah para a formação de um governo de coalizão ainda não permitiu o retorno de negociações que incluam os palestinos no processo de paz. O impasse é devido, principalmente, à resistência do Hamas em reconhecer Israel e à resistência da comunidade internacional em reconhecer a legitimidade do movimento islâmico como representante dos palestinos.
1917 - Declaração do Reino Unido
O Reino Unido divulga a Declaração de Balfour, que concede aos judeus direitos políticos como nação, e foi vista pelo povo judeu como uma promessa para a formação de um Estado Judeu nos territórios palestinos.
1947 - Plano de partilha da ONU
Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprova plano para partilha da Palestina, ou seja, a criação de Israel e de um Estado palestino. Até então, a região era uma colônia britânica. A partilha é rejeitada por árabes e palestinos, que prometem lutar contra a formação do Estado judaico.
1949 - Expansão das fronteiras
Em 1949 Israel vence guerra árabe-israelense e expande fronteiras. Cisjordânia e Jerusalém Oriental ficam com a Jordânia; Gaza, com o Egito.
Vários outros conflitos armados ocorreram entre o Estado de Israel e os árabes e palestinos tendo como foco Israel e seu território. No que concerne à conquista de terras, é importante destacar também a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel conquista o deserto do Sinai, a faixa de Gaza (Egito), a Cisjordânia, Jerusalém Oriental (Jordânia) e as colinas do Golã (Síria).
Em 1982, seguindo um acordo entre Israel e o Egito alcançado três anos antes, os israelenses se retiram do Sinai.
1987 - Intifada
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