Pular para o conteúdo principal

Questões CESPE. CACD com questões comentadas



Para não perder as novidades, inscreva-se no Canal: https://www.youtube.com/channel/UC23whF6cXzlap-O76f1uyOw/videos?sub_confirmation=1



Treinando para o TPS com questões comentadas.


13- Cinco paradigmas históricos foram identificados na História da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno, correspondendo cada um deles a uma periodização, com a qual se procurou inserir a conjuntura nas estruturas históricas e articular micro- e macro-história para se obter uma interpretação categorial e sistemática da evolução da política exterior do Brasil nos últimos dois séculos. Assim foram apresentados por Cervo e Bueno: a) o das concessões sem barganha da época da independência (1808-1828), pelo qual se sacrificou o interesse nacional sob múltiplos aspectos, com efeitos nefastos sobre a formação nacional até meados da década de 40 do século XIX; b) o da leitura complexa do interesse nacional, aliado à determinação de preservar o exercício soberano da vont ade nacional (1844-1889); c) a diplomacia da agroexportação e dos grandes alinhamentos com que a República, que subordinaria o serviço da diplomacia aos interesses do segmento interno socialmente hegemônico, particularmente plantadores e exportadores de café (1889-1930); d) o modelo de política exterior do nacional-desenvolvimentismo que acoplou, finalmente, a face extern a da política às demandas do moderno desenvolvimento, dos anos 30 à década de 80 do século XX; e) a dança dos três paradigmas disponíveis simultaneamente, no tempo mais recente da política externa do Brasil (os anos 90 e o
início do novo século): o da sobrevivência limitada do nacionaldesenvolvimentismo, o da expansão do liberalismo desenfreado e do Estado logístico, que equilibra os dois anteriores.


José Flávio Sombra Saraiva. Um percurso acadêmico modelar: Amado Luiz Cervo e a afirmação da historiografia das relações internacionais no Brasil. Apud: Estevão Chaves de Rezende Martins (Org.). Relações internacionais: visões do Brasil e da América Latina. Br asília: IBRI, 2003, p. 27 (com a d a p t a ç õ e s ) .


Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqü en t es , relativos à política internacional e à inserção histórica do Brasil no cenário mundial.


Em que pese toda a efervescência política, que teve no impeachment de Collor e seus desdobramentos o seu ápice, o governo Itamar Franco conseguiu levar adiante as reformas relativas à privatização, à desregulamentação, à abertura comer c i a l e à regularização das relações com a comunidade financeira internacional.


ERRADA!!!


Embora enfrentando uma conjuntura desfavorável, a venda da CSN em abril de 1993, reforça a assertividade da afirmativa. As dificuldades foram tantas que o presidente acabou recuando e cancelando o leilão da Ultrafértil. Relativamente discreto, Itamar conseguiu o consenso político necessário para passar confiança e apresentar o Impeachment como uma marca do amadurecimento das instituições democráticas.


2- Cinco paradigmas históricos foram identificados na História da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno, correspondendo cada um deles a uma periodização, com a qual se procurou inserir a con ju ntura nas estruturas históricas e articular micro- e macro-história para se obter uma interpretação categorial e sistemática da evolução da política exterior do Brasil nos últimos dois séculos. Assim foram apresentados por Cervo e Bueno: a) o das concessões sem barganha da época da independência (1808-1828), pelo qual se sacrificou o interesse nacional sob múltiplos aspectos, com efeitos nefastos sobre a formação nacional até meados da década de 40 do século XIX; b) o da leitura complexa do interesse nacional, aliado à determinação de preservar o exercício soberano da vont ade nacional (1844-1889); c) a diplomacia da agroexportação e dos grandes alinhamentos com que a República, que subordinaria o serviço da diplomacia aos interesses do segmento interno socialmente hegemônico, particularmente plantadores e exportadores de café (1889-1930); d) o modelo de política exterior do nacional-desenvolvimentismo que acoplou, finalmente, a face extern a da política às demandas do moderno desenvolvimento, dos anos 30 à década de 80 do século XX; e) a dança dos três paradigmas disponíveis simultaneamente, no tempo mais recente da política externa do Brasil (os anos 90 e o
início do novo século): o da sobrevivência limitada do nacionaldesenvolvimentismo, o da expansão do liberalismo desenfreado e do Estado logístico, que equilibra os dois anteriores.


José Flávio Sombra Saraiva. Um percurso acadêmico modelar: Amado Luiz Cervo e a afirmação da historiografia das relações internacionais no Brasil. Apud: Estevão Chaves de Rezende Martins (Org.). Relações internacionais: visões do Brasil e da América Latina. Br asília: IBRI, 2003, p. 27 (com a d a p t a ç õ e s ) .


Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqü en t es , relativos à política internacional e à inserção histórica do Brasil no cenário mundial.


O breve governo de Fernando Collor, o primeiro eleito diretamente desde Jânio Quadros, foi marcado por um vertiginoso processo de ultra-liberalização da economia brasileira, um modelo de inserção internacional que, com menor ou igual intensidade, muitos outros países latinoamericanos colocaram em prática nos anos 90 do século passado.


CORRETA!!


Embora Sarney tenha sido primeiro presidente civil após a ditadura, sua chapa foi eleita por um colégio eleitoral, isto é, de forma indireta. Collor, desse modo, foi o primeiro presidente eleito diretamente. Quem havia sido o último? O golpe civil-militar derrubou João Goulart, que fora vice na chapa que elegeu Jânio Quadros (renunciou meses após sua posse). Do exposto, fica evidente que o último presidente eleito antes do golpe foi Jânio.
Em relação a ultra-liberalização, foi aquilo que alguns chamam de neoliberalismo. Collor implementou um intenso processo de abertura econômica, fomentando a diminuição do estado (estado mínimo) por meio de privatizações e incentivo às importações (diminuição do protecionismo)


3- Considerando os governo do período militar (1964-1985), julgue o item a seguir:


O governo Geisel não conseguiu vencer a forte resistência provinda do setor contrário à abertura política, o que se evidenciou pelo recrudescimento das torturas de presos políticos. Coube ao governo seguinte, o do general Figueiredo, controlar esse setor e criar as condições para o retorno à democracia, o que ocorreu com a extinção do Ato Institucional n.o 5 e com a assinatura do ato de anistia política.


Errado!!



A abertura iniciou-se com Geisel, no entanto, como ele previra, de forma lenta, gradual e segura. No discurso de posse deixou claro que não toleraria torturas. Desobedecido, reagiu. (demissão de Ednardo d’ávila, reserva de Silvio Frota). Além disso, não podemos esquecer do fim da vigência do AI-5 e da restauração do Hábeas-Córpus. Figueiredo deu continuidade ao processo que seu antecessor iniciara.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Questões discusivas com gabarito comentado - Renascimento Cultural

Para não perder as novidades, inscreva-se no Canal HIstória em gotas:   https://www.youtube.com/channel/UC23whF6cXzlap-O76f1uyOw/videos?sub_confirmation=1 1 .    Um dos aspectos mais importantes da nova ordem decorrente do Renascimento foi a formação das repúblicas italianas. Dentre elas, se destacaram Florença e Veneza. Essas repúblicas inovaram no sentido das suas formas de governo, assim como na redefinição do lugar do homem no mundo, inspirando a partir daí novas formas de representá-lo. a) Tomando o caso de Florença, explique como funcionavam as repúblicas italianas, levando em conta a organização política e os vínculos entre os cidadãos e a cidade, e indique o nome do principal representante das ideias sobre a política florentina no século XVI. b) Analise o papel de Veneza no desenvolvimento do comércio europeu, e suas relações com o Oriente.     2 .    As imagens abaixo ilustram alguns procedimentos utilizados por um novo modo de conhecer e explicar a realid

Questões discusivas com gabarito comentado sobre Revolução Russa e Primeira Guerra

1 .    Os planos de guerra apresentados no mapa acima demonstram como o sistema de alianças, constituído pelos países europeus no período denominado "Paz Armada" (1871-1914), acabou por levar o mundo à Primeira Guerra Mundial. Outro elemento importante para a compreensão das relações político-diplomáticas neste período é a instrumentalização do nacionalismo por parte dos Estados. a) Estabeleça a relação existente entre o pan-eslavismo e o plano de ataque austro-húngaro à Sérvia. b) Tendo em vista as tensas relações entre franceses e alemães desde a década de 1870, aponte duas razões para a existência tanto do Plano XVII (invasão francesa da Lorena), quanto do Plano Schlieffen (ataque alemão à França).     2 .    A Revolução Russa de 1917 significou a formação do primeiro Estado Socialista do mundo, provocando uma ruptura no sistema capitalista mundial e influenciando os movimentos revolucionários no pós-guerra e a divisão do mundo em Socialismo e Ca

Questões discussivas com gabarito sobre Primeira guerra e crise de 29

Para não perder as novidades, inscreva-se no Canal e clique no sino: https://www.youtube.com/channel/UC23whF6cXzlap-O76f1uyOw/videos?sub_confirmation=1 #partiuauladoarão 1 . (Unifesp 2011)  Numa quinta-feira, 24 de outubro de 1929, 12.894.650 ações mudaram de mãos, foram vendidas na Bolsa de Nova Iorque. Na terça-feira, 29 de outubro do mesmo ano, o dia mais devastador da história das bolsas de valores, 16.410.030 ações foram negociadas a preços que destruíam os sonhos de rápido enriquecimento de milhares dos seus proprietários. A crise da economia capitalista norte-americana estendeu-se no tempo e no espaço. As economias da Europa e da América Latina foram duramente atingidas. Franklin Delano Roosevelt, eleito presidente dos Estados Unidos em 1932, procurou combater a crise e os seus efeitos sociais por meio de um programa político conhecido como New Deal . a) Identifique dois motivos da rápida expansão da crise para fora da economia norte-americana.