Ucrânia sofre com ataque de mais de 150 mísseis em várias partes do país - Míssil Russo na Polônia - Otan em alerta
Olá, meus amigos e minhas amigas, parece que o espírito
natalino não teve efeito sobre a Rússia, se bem que o Natal deles só é
comemorado em 7 de janeiro. Até a hora em que gravei esse vídeo, o número de
mortos no ataque de mísseis da Rússia à Ucrânia havia subido para 18, de acordo
com a Reuters. Isso sem contar dezenas de pessoas feridas e um número
desconhecido de soterrados sob os escombros durante cerca de 18 horas de
ataques russos.
A Ucrânia chama a atenção do Ocidente para que forneça mais
defesas aéreas para protegê-los contra ataques aéreos como o ocorrido nessa
sexta-feira. Na noite passada em Kharkiv, foi como qualquer outra noite.
Múltiplos alertas de ataques aéreos aos quais as pessoas já estavam acostumadas
com esse terror diário nem prestam mais atenção. As primeiras explosões foram
ouvidas a partir das 5h de hoje, 29 de dezembro. Veja o relato de uma moradora:
"Eu estava no meu apartamento no sudeste de Kharkiv com minha mãe, que
tinha passado por uma cirurgia na coluna. Eu deveria pegar um trem para Kiev às
7h21 e ela deveria ter uma consulta médica às 8h30. A partir dos primeiros
ataques que não ouvimos, quando acordei às 5h30 para me preparar para o trem,
todos os meus amigos já estavam acordados e a cidade já estava sob ataque.
Chamei um táxi, troquei opiniões com o motorista sobre o quão altos eram os
estrondos e se eles estavam sendo interceptados pelo som - já que todo
habitante de Kharkiv é um especialista agora. Então, cheguei à estação de trem;
as pessoas estavam calmas. Entrei no trem, ouvi algumas explosões enquanto
esperava a partida, mas estavam longe. Então não me movi. O trem partiu
conforme o horário, às 7h21. Minha mãe chegou à consulta médica às 8h30 e me disse
que ouviu duas explosões altas."
É visível a revolta e o desespero dos líderes ucranianos diante da intensidade dos ataques russos, que parecem intermináveis e vêm minando os últimos fios de esperança tanto no front quanto nas cidades, na população.
O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, tenta reproduzir a sensação vivida pelos ucranianos em seu cotidiano para o mundo que a cada dia parece mais insensível tanto com o sofrimento da Ucrânia quanto com o sofrimento da população civil em Gaza, com o sofrimento dos reféns israelenses e de suas famílias e com o sofrimento dos soldados de última hora que há alguns meses, ao lado de suas famílias, viviam uma vida comum como a que eu e você vivemos. Há uma tendência de que, expostos à violência, nos tornemos cada vez mais insensíveis a ela. Talvez seja isso que ucranianos, familiares de reféns israelenses e civis de Gaza tentam causar em nós com os seus gritos e cartazes: despertar a nossa sensibilidade, nossa empatia diante das atrocidades da guerra.
Todo dia tem algum comentário nos vídeos me classificando ora como pró-Rússia, ora como pró-Ucrânia. Isso não me entristece ou irrita, uma vez que escolhi essa posição e, mesmo discutindo diariamente a frieza da geopolítica, me mantenho um eterno torcedor pela paz. Quem se comporta assim e tem consciência de sua escolha já sabe que virará alvo dos dois lados e apanhará de ambos os lados. Sou definitivamente pró-vida, pró-paz e pró-civis inocentes, independentemente de que lado façam parte.
Vejam o que disse Dmytro Kuleba: "Hoje, milhões de ucranianos acordaram com o som alto de explosões. Eu gostaria que esses sons de explosões na Ucrânia pudessem ser ouvidos em todo o mundo".
Fica evidente que seu discurso, para além de seu significado direto, também é uma mensagem direcionada aos aliados ocidentais, uma forma de pressionar por ajuda adicional.
"A Rússia atacou com tudo o que tem em seu arsenal... Aproximadamente 110 mísseis foram disparados, a maioria dos quais foi interceptada", disse o presidente Volodymyr Zelenskyy no aplicativo Telegram.
O comandante da Força Aérea, Mykola Oleshchuk, sugeriu que o ataque foi o maior bombardeio aéreo da Rússia desde a invasão de fevereiro de 2022, descrevendo-o no aplicativo Telegram como "o ataque mais massivo pelo ar".
O chefe do Exército, general Valeriy Zaluzhnyi, disse que o ataque visou infraestrutura crítica e instalações industriais e militares. Não houve comentários imediatos da Rússia.
Na verdade, conforme falamos em vídeos do canal, autoridades ucranianas vêm alertando há semanas que a Rússia poderia estar acumulando mísseis para lançar um grande ataque aéreo no sistema de energia. No ano passado, milhões de pessoas ficaram no escuro quando ataques russos atingiram a rede elétrica.
Cinco pessoas foram mortas na região central de
Dnipropetrovsk, onde os mísseis atingiram um centro comercial, uma residência
particular e um prédio residencial de seis andares.
Na cidade portuária de Odessa, três pessoas foram mortas e pelo menos 15 ficaram feridas em prédios atingidos por mísseis. Na região de Lviv, que faz fronteira com o membro da OTAN Polônia, os impactos dos mísseis foram confirmados em uma instalação de infraestrutura crítica não nomeada.
Mísseis atingiram várias instalações de infraestrutura na cidade do sudeste de Zaporizhzhia e uma pessoa foi morta, disse o ministro do Interior.
Zelensky procurou valorizar a atuação da defesa aérea apesar dos danos. Disse que esses ataques russos devem continuar, mas que o ânimo ucraniano não será abalado. Veja o que ele disse:
"Estou grato a todos os soldados e oficiais de nossas forças de defesa aérea, cujo profissionalismo está frustrando os planos insidiosos do inimigo [russo] de quebrar nossa determinação de lutar até a vitória. É evidente que, com os estoques de mísseis de que [a Rússia] dispõe, [ela] pode continuar tais ataques e o fará. Por nossa parte, continuamos a trabalhar com os governos de nossos países parceiros para fornecer à Ucrânia sistemas de defesa aérea suficientes para proteger nosso povo do perigo de futuros ataques."
Mas todo esse ataque já começa a gerar ruído para além da Ucrânia. É que um histórico objeto de desejo da Rússia, que foi alvo da Rússia na Primeira e na Segunda Guerra Mundial, afirma que seu espaço aéreo teria sido utilizado por ao menos um dos mísseis russos. Ah! Esse país seria a Polônia.
Pois é, segundo o chefe do Estado-Maior do Exército polonês, o general Wieslaw Kukula, um míssil russo entrou em seu espaço aéreo antes de seguir em direção à Ucrânia. Veja o que ele disse:
"Tudo indica que um míssil russo entrou no espaço aéreo polonês. Nós o detectamos por radar. Ele deixou esse espaço imediatamente" em direção à Ucrânia.
Parece que o míssil sobrevoou o espaço aéreo polonês por três minutos, por cerca de quarenta quilômetros. Veja o que disse o General Maciej Klisz, comandante operacional do exército polonês: "Enviamos nossas forças, aviões, para interceptar e derrubar se necessário, mas o tempo de sobrevoo e a forma como manobrou (...) permitiram que o míssil saísse do território polonês".
Segundo ele, após uma grande onda de ataques à Ucrânia, o sistema de defesa antiaérea polonês foi colocado em estado de alerta na noite de quinta-feira para sexta-feira. Para evitar equívocos, foram feitas buscas no solo onde o sinal de rádio do míssil foi perdido. A situação é tensa, pois a Polônia pertence à OTAN e a situação precisa ser esclarecida para que não se cogite acionar o artigo 4o da Aliança militar.
Não é por acaso que após esse incidente, autoridades civis e militares polonesas realizaram reuniões de emergência, e o presidente Andrzej Duda conversou com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg.
É, gente, os dias vão passando e as notícias não apontam para o arrefecimento do conflito; ao contrário, as tensões aumentam e o risco de uma escalada também. Torçamos para que a paz seja alcançada o mais brevemente possível, para que os civis ucranianos, israelenses, palestinos e de outros países que enfrentam conflitos regionais, seja na África ou na Ásia, muitas vezes esquecidos ou ignorados pela imprensa internacional, possam viver de forma minimamente normal como a maioria de nós vive.
Ficamos por aqui. Se esse vídeo foi útil para você, faça um comentário, compartilhe em suas redes sociais, dê um like e, é claro, se ainda não for inscrito, inscreva-se no canal e ative o sino. Ok, gente, um grande abraço do Professor Arão Alves.
#russia #ucrania #Ucrânia #Rússia #Putin #Zelensky
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