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Conheça meu curso intensivo de História do Brasil
1.
(Uece 2018) Ricciotto
Canudo (1877-1923), jornalista, poeta, intelectual e um dos primeiros críticos
cinematográficos, escreveu, no ano de 1912, um ensaio que recebeu o título de
“O nascimento da sétima arte”, no qual exalta o cinema como um novo meio de
expressão capaz de sintetizar as artes do espaço e do tempo, e o coloca no
elenco convencional das artes: a arquitetura, a música, a pintura, a escultura,
a poesia e a dança.
A questão
fundamental é que, na primeira década do século XX, o cinema já estava se
tornando
a) o
maior concorrente da fabricação de automóveis a preço acessível.
b) um
veículo para a propagação de cultura para as massas.
c) o
substituto das apresentações teatrais e de hipnose populares da época.
d) mais
uma mercadoria comum da nascente indústria da fotografia.
Resposta:
[B]
No início do século XX, o
advento do cinema falado e a propagação do the
american way of life, nos EUA, fizeram com que a cinematografia se
transformasse em um veículo de propagação de cultura e informação às massas.
2. (Upe-ssa 3 2017)
Essas duas importantes
produções cinematográficas, Blade Runner (1982) e Brazil (1985), ícones da visão
de um mundo caótico, representam os ideais do pensamento
a) utópico, por ser um
objetivo desejado.
b) distópico, por ser uma
antítese da utopia.
c) dialético, defendendo a
luta de classes.
d) fenomenológico, voltado aos
estudos empíricos.
e) existencial, em que o bem
comum prevalece nas relações sociais.
Resposta:
[B]
A distopia, também
conhecida como antiutopia, é uma corrente de pensamento caracterizada por uma
valorização da ficção que funciona como antítese ou negativismo da utopia.
Nessas ficções, a sociedade é apresentada como sendo realista e imperfeita.
3.
(Uece 2017) O
trecho a seguir foi retirado do jornal A Classe Operária, publicado em
18 de julho de 1925.
“[...] As famílias
pequeno-burguesas estão pela hora da morte. [...] São 4 pessoas: marido, mulher
e dois filhos. O marido tem um pequeno negócio que lhe rende 350$ mensais
líquidos. A mulher era professora: tirava 250$. Mas com o primeiro filho teve
que abandonar o ensino. [...] Vejamos como os 350$ se evaporam mensalmente:
aluguel 93$; almoço e jantar da pensão 150$; 10 quilos de açúcar 14$; pão 24$;
4 quilos de café 10$800; 1 quilo de manteiga 10$; 7 litros de querosene 9$; 30
litros de leite 33$; 120 ovos 20$; álcool 7$500; frutas 30$; condução 15$;
lavadeira 35$; carregador da marmita 21$; luz 7$. Total 479$300. [...] Deficit
mensal 129$300. [...] Como equilibram as finanças? Fazendo serviços
extras[...].
[Aí] está o
orçamento de uma família pequeno-burguesa ideal – que não bebe, não joga, não
fuma, não passeia, não vai ao cinema, não compra a prestações.
E se é assim, imaginai
a situação da grande massa trabalhadora que ganha 200$ e 250$000!
A massa vive num
regime de fome lenta, de depauperamento progressivo. Eis a realidade. [...]De
pé – dez milhões de trabalhadores do Brasil! Para dentro dos sindicatos!
Organização econômica nos sindicatos e organização política no partido!”.
HALL, Michael; PINHEIRO, Paulo Sérgio. A Classe Operária no Brasil. In:
REZENDE, Antônio Paulo. Uma Trama Revolucionária? Do Tenentismo à
revolução de 30. São Paulo: Atual,1990. P. 23, 24.
O momento da
História Republicana do Brasil em que a situação econômica descrita no excerto
acima está inserida é especificamente o período
a) em
que ocorreu o golpe e a implantação do governo militar pós 1964, quando as
condições socioeconômicas conduziram a classe média a apoiar o regime
ditatorial.
b) da
Nova República, durante o governo do Presidente José Sarney, marcado pela
liberdade de mercado e pelos altíssimos índices inflacionários.
c) em
que ocorreu a ascensão do Presidente Itamar Franco, quando os problemas
econômicos e sociais, aliados à política elitista dos industriais, fizeram com
que vários setores apoiassem o golpe contra o governo.
d) da
República velha, em que as condições econômicas da população e a mobilização
política do operariado urbano foram fatores para o surgimento de movimentos
contra o governo da oligarquia cafeeira.
Resposta:
[D]
O período denominado República Velha ou
República Oligárquica da nossa história se estende de 1905 até 1930. Logo, o
movimento operário acima descrito, realizado em 1925, insere nesse período.
4. (Uece 2016) O período de exceção
política comandada por Getúlio Vargas (1930-1945) foi marcado pelo forte
controle das atividades culturais e intensificado com a criação do Departamento
de Imprensa e Propaganda (DIP) em 1939. Contudo, entre os anos 1930 e 1940,
genericamente, o Brasil conheceu um período em que certo aparato cultural pôde
ser percebido. Considerando esse contexto, assinale a afirmação INCORRETA.
a) O rádio, com seus programas
de auditórios, musicais e novelas, tornou-se um dos divertimentos preferidos da
população brasileira.
b) Na literatura, importantes
obras foram lançadas como Vidas Secas
de Graciliano Ramos; Perto do Coração
Selvagem de Clarice Lispector; Terras
do Sem Fim de Jorge Amado, entre outras.
c) O teatro de revista, com
suas vedetes que se tornaram musas nacionais, iniciou, nesse período, os seus
primeiros espetáculos, em grande parte, copiados dos Estados Unidos.
d) As salas de cinema, com as
musas de Hollywood e do cinema nacional, representaram um dos principais
entretenimentos desse período nas maiores cidades brasileiras.
Resposta:
[C]
O Teatro de Revista surgiu
no Brasil na segunda metade do século XIX e tinha influências francesas, não
norte-americanas.
5. (Uel 2016) Leia o texto a seguir.
Generalizando, podemos
dizer que a técnica da reprodução retira do domínio da tradição o objeto
reproduzido. Na medida em que ela multiplica a reprodução, substitui a
existência única da obra por uma existência massiva. E, na medida em que essa
técnica permite à reprodução vir ao encontro do espectador, em todas as
situações, ela atualiza o objeto reproduzido.
(BENJAMIN, W. A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica –
primeira versão. In. Magia e técnica,
arte e política – Obras Escolhidas I. 8.ed. São Paulo: Brasiliense, 2012.
p.182-183.)
Com base no texto e nos
conhecimentos sobre a reprodutibilidade técnica, segundo Walter Benjamin,
assinale a alternativa correta.
a) A atualização constante dos
objetos é o primeiro passo para a instauração de uma teoria materialista
revolucionária da arte na era da reprodutibilidade técnica, pois tal
atualização libera as forças do entendimento e da imaginação.
b) A fotografia e o cinema,
obras reproduzidas tecnicamente, operam em registros de criação similares às
formas tradicionais de arte, pois a criação artística resulta indistintamente
da pulsão criativa genial.
c) Ao homogeneizar os objetos
pela reprodução massiva, a técnica destrói os traços materiais e históricos
característicos e únicos que permitem vincular uma obra de arte à tradição.
d) Embora a reprodução técnica
afete alguns elementos que compõem a obra de arte, ainda assim, os mais
fundamentais e característicos, facilmente identificáveis, como a “aura”,
permanecem intocados.
e) O que torna a obra de arte
única, na era das técnicas de reprodução, e o que permite o estabelecimento do
seu vínculo com a tradição, depende do modo como ela é recebida por
especialistas, artistas e pelo público em geral.
Resposta:
[C]
A questão remete ao
pensador alemão Walter Benjamin, 1892-1940, que pertencia à famosa Escola de
Frankfurt. O livro A obra de arte na era
da sua reprodutibilidade técnica, de 1936, refletiu sobre o impacto da
reprodutibilidade técnica na obra de arte, onde havia uma, agora há várias
cópias. Criou o conceito de “Aura” que é a magia, o encanto, a historicidade, a
originalidade que possui a obra de arte original. Para Benjamin, a reprodução
técnica da obra de arte tem aspectos positivos e negativos. Negativo seria a
perda da Aura. O lado positivo é, através de várias cópias, aproximar público e
o artista, democratizar a arte e a cultura existindo a possibilidade de
emancipação das massas. Este autor frankfurtiano era otimista. A alternativa
[C] menciona o aspecto negativo da reprodutibilidade técnica ao destruir a
historicidade.
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