1. Frederick Jackson Turner,
em “O significado da fronteira na história americana” (1893), apresentou-nos um
determinado imaginário sobre o Oeste: “Até os nossos dias, a história americana
foi em grande medida a história da colonização do Grande Oeste. A existência de
uma área de terras livres, sua contínua recessão e o avanço do povoamento
americano em direção ao Oeste, explicam o desenvolvimento americano.”
Comparando as duas
perspectivas - o texto e o mapa - sobre a expansão territorial no século XIX:
a) responda
se o Oeste era uma região despovoada aguardando a colonização pelo homem branco
e justifique sua resposta;
b)
cite duas
motivações econômicas que tenham levado o grande capital a investir nessa
expansão territorial atraindo para lá imigrantes e habitantes das cidades do
Leste.
Resposta:
a)
Obviamente
todas as terras estavam ocupadas por diferentes comunidades indígenas, tais
como, Cherokees, Creek, Seminoles, Navajos, Sioux, Comanches, Shoshoni e
Apaches são algumas das mais conhecidas. Desde 1830, o Decreto de Remoção
Indígena (Indian Removal Act) confinou 60 mil índios de 5 tribos
consideradas civilizadas no chamado Território Indígena (atual estado de
Oklahoma). A partir de 1870 o governo federal deixou de reconhecer as tribos
como entidades independentes e de negociar com os chefes tribais. Os índios
sofreram o processo de aculturação e foram forçados a abandonar a sua cultura e
assimilar a cultura ocidental. Finalmente, o Dawes Severalty Act, de
1887, autorizou o presidente a dividir as terras das tribos indígenas, criando
lotes para indivíduos indígenas somente.
Também o Texas (anexado em 1845) e os territórios
conquistados ao México durante a guerra (1846-48) – Califórnia, Arizona, Utah,
Novo México, Oregon, Washington e Colorado – contavam com a presença de
populações hispano-americanas.
b)
Havia
muitos motivos econômicos que podem ser citados para a “Marcha para o Oeste”,
tais como: a mineração na região da Califórnia em 1848, a criação de gado, o
desenvolvimento da agricultura em grande escala/em especial as plantations no
Novo Sul (algodão), petróleo e a construção de ferrovias (Northern, Central
e Southern Pacific) cruzando o continente. Foi muito importante para o
sucesso desses investimentos a política do governo de promoção da ocupação
dessas terras por meio do Homestead Act (1862) que se deu no governo de
Lincoln: decreto do Congresso que autorizava todo chefe de família e cidadão
americano acima de 21 anos reclamar até 160 acres de terras públicas no Oeste,
sem qualquer custo, pagando apenas a pequena taxa do seu registro.
2. No fim do século XIX,
Frederick Jackson Turner elaborou uma tese sobre a “fronteira” como definidora
do caráter dos Estados Unidos até então. A força do indivíduo, a democracia, a
informalidade e até o caráter rude estariam presentes no diálogo entre a
civilização e a barbárie que a fronteira propiciava. As tradições europeias
foram sendo abandonadas à medida que o desbravador se aprofundava no território
em expansão dos Estados Unidos.
Em relação à questão da
fronteira nos Estados Unidos, responda:
a) De quais grupos ou
países essas terras foram sendo retiradas no século XIX?
b)
O que foi o “Destino Manifesto” e qual seu papel nessa expansão?
Resposta:
a) Grupos
indígenas, França, Espanha, México (destaque para a Guerra dos EUA contra o
México), Rússia.
b) Os EUA
ligavam a sua expansão territorial a uma missão divina de levar o progresso e a
liberdade aos povos e territórios conquistados.
3. Leia a letra da canção e o
documento que seguem.
Fruta estranha
Árvores do sul produzem uma
fruta estranha,
sangue nas folhas e nas
raízes,
corpos negros balançando na
brisa do sul,
frutas estranhas penduradas
nos álamos.
Cena pastoril do valente
sul,
os olhos inchados e a boca
torcida,
perfume de magnólias, doce
e fresco,
então, o repentino cheiro
de carne queimando.
Aqui está a fruta para os
corvos arrancarem,
para a chuva recolher, para
o vento sugar,
para o sol apodrecer, para
as árvores derrubarem,
aqui está a estranha e
amarga colheita.
MEEROPOL , Abel. Strange Fruit. In: MARGOLICK, David. Strange Fruit: Billie Holiday e a
biografia de uma canção. São Paulo: Cosac Naify, 2012. (Adaptado).
Todas as pessoas nascidas e
naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas à sua jurisdição, são cidadãos dos
Estados Unidos e dos estados em que residem. Nenhum Estado poderá fazer ou
criar qualquer lei que crie privilégios e imunidades para cidadãos dos Estados
Unidos; nenhum Estado poderá privar qualquer pessoa da vida, liberdade e
propriedade, nem negar para qualquer pessoa a igual proteção das leis.
XIV EMENDA À CONSTITUIÇÃO
DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 1868. Disponível em:
. Acesso em: 15 abr. 2013.
(Adaptado).
A composição “Fruta
estranha” ficou conhecida, nos Estados Unidos, pela interpretação de Billie
Holiday, que a cantou, pela primeira vez, em 1939. Desde então, essa composição
tornou-se símbolo de protesto, aludindo a uma prática cotidiana contrária à
emenda constitucional, datada de 1868. Considerando-se o exposto, explique
a) a relação entre a
composição e a questão racial, com base no contexto da Guerra Civil
norte-americana (1860-1865);
b) como a metáfora “fruta
estranha” refere-se à contradição entre as leis e as práticas político-sociais
do sul dos Estados Unidos.
Resposta:
a) O sul dos
EUA, na época colonial, era agrário e escravocrata. Depois da independência, a
escravidão foi mantida nos estados do sul e, apesar de a constituição prever
que “nenhum estado poderá privar qualquer pessoa da vida, liberdade e
propriedade”, os negros eram excluídos e explorados pelos sulistas. É sobre
isso que versa a canção. E uma das razões para a guerra civil norte-americana
foi a insistência do norte em abolir a escravidão.
b) Apesar das
leis preverem o respeito a qualquer cidadão norte-americano, afirmando que
“nenhum estado poderá privar qualquer pessoa da vida, liberdade e propriedade”,
os negros, no sul dos EUA, eram tratados como uma “fruta estranha”, alguém a
quem a lei não se aplica e, por isso, existia uma grande contradição entre a
lei e a ação dos brancos sobre os negros no sul norte-americano.
4. A formação das nações
americanas do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul se processou a partir de
relações históricas distintas e, desse modo, desenhou sociedades cujos valores
culturais e sociais assumiram perspectivas políticas variadas e diversas.
Entretanto, é possível estabelecer entre elas alguns pontos comuns com relação
ao seu processo histórico e às ideias matrizes vindas da Europa.
Levando em conta, a
afirmação acima,
a)
indique o
movimento de ideias que foi comum às duas regiões, tanto ao Norte quanto ao
Sul, no que diz respeito aos processos de independência, e explique uma
diferença nos seus processos de formação de estados nacionais, tomando como
referência a expansão europeia dos séculos XVI e XVII;
b)
explique o
significado de “destino manifesto”, presente na formação dos Estados Unidos da
América a partir de 1776.
Resposta:
a) Os candidatos devem
responder Iluminismo ou Luzes ou Ilustração e a seguir explicar as diferenças
entre os dois processos de colonização, podendo referir-se às metrópoles às
quais os espaços colônias se referem, mostrando as diferenças entre elas e ou as
diferenças no processo de ocupação, podendo levar em conta as relações sociais
de produção, as formas de organização da propriedade, as regiões onde esses
processos se verificaram, a expansão nos territórios coloniais ou, ainda, o
desenvolvimento das ideias que levaram aos processos de independência.
Normalmente, consideramos que, no Hemisfério Norte,
se desenvolveram colônias de povoamento, com refugiados religiosos, que
organizaram a pequena propriedade de produção diversificada e desenvolveram um
comércio local, apoiados no trabalho livre. Ao mesmo tempo, no Hemisfério Sul,
se desenvolveram colônias de exploração, baseadas no latifúndio monocultor,
voltado para a exportação, com trabalho escravo.
b) Os candidatos devem
explicar que o destino manifesto foi a doutrina que inspirou o processo
expansionista norte-americano realizado através de guerras e de compras de
território. O destino manifesto significava que o povo americano era inspirado
por Deus para realizar a obra civilizatória na América, ideia esta, de base
calvinista que, ao longo do tempo deixou de ser vista do ponto de vista pessoal
e passou a ser encarada do ponto de vista coletivo – “o povo americano tem seu
destino traçado por Deus” -. Isso justificava a expansão.
Após a independência houve um crescente
desenvolvimento econômico do qual resultou um intenso crescimento populacional.
A combinação desses dois elementos propiciou o alargamento do território
originalmente ocupado, levando a “marcha” que ampliou as fronteiras em várias
direções. Os candidatos podem mencionar o exemplo da política de compras aos
franceses, a partir do início do século XIX, e aos espanhóis, gerando a
incorporação dos territórios da Louisiana e da Flórida. Ou, após a primeira
metade do século XIX, o exemplo da anexação do Alasca dominado pelos russos ou,
ainda, dar o exemplo da conquista do Oregon aos ingleses, ou do Texas
conquistado aos mexicanos.
5. Leia o excerto do documento
abaixo.
Temos diante do cumprimento
de nossa missão – para todo desenvolvimento do princípio de nossa organização –
a liberdade de consciência, a liberdade da pessoa, a liberdade de comércio e
negócios, a universalidade da liberdade e da igualdade. Esse é o nosso elevado
destino, eterno e inevitável, decreto da natureza de causa e efeito, que
devemos realizar. Tudo isso será a nossa história futura para estabelecer na
terra a dignidade moral e a salvação do homem. Para levar essa missão abençoada
às nações do mundo, que estão afastadas da luz que dá vida de verdade, foi
escolhida a América. Então, quem pode duvidar que o nosso país será destinado a
ser a grande nação do futuro?
SULLIVAN, John O'. Destino
Manifesto, 1839. Disponível em:
. Acesso em: 11 out. 2010.
[Adaptado]
Esse discurso, conhecido
como Destino Manifesto (1839), expressava as bases nas quais se
sustentava a política externa dos Estados Unidos. Além disso, ele produziu uma
imagem sobre a nação norte-americana que permanece sendo atualizada. Diante do
exposto, explique a relação entre
a) os princípios do Destino
Manifesto e a autoimagem da nação norte-americana;
b)
essa autoimagem e a política externa norte-americana, na década de 1840.
Resposta:
a) O Destino Manifesto
(1839) explicita dois princípios, o de povo escolhido por Deus (destinado) e o
da premência de uma missão civilizatória (expansão). A relação entre discurso
religioso e político, presente no Destino Manifesto, reafirmará,
constantemente, a imagem de um país que tem uma missão planetária, zelando pela
liberdade e impondo-se como uma grande nação. Essa autoimagem da nação se vê
atualizada nos discursos políticos norte-americanos e na empreitada
cinematográfica hollywoodiana.
b) A relação entre a
autoimagem norte-americana e sua política externa, na década de 1840,
explicita-se no fato de que o Destino Manifesto expressa um estímulo à
expansão, não apenas de territórios, mas de ideias. A expansão geográfica
viu-se efetivada na Marcha para o Oeste, que conquistou territórios para
a nação norte-americana por meio de uma política externa ora ofensiva (a Guerra
com o México e a dizimação das tribos indígenas), ora diplomática (a compra de
territórios que pertenciam aos países europeus). A expansão de ideias
dependeria de um movimento contínuo de exportação de políticas culturais,
conhecido como “americanismo”.
6.
Nos Estados Unidos da década de
1870, o projeto político sulista de excluir os negros venceu. Os Republicanos
Radicais ficaram isolados em sua defesa dos negros e tiveram que enfrentar a
oposição violenta do terrorismo branco no sul. A Ku Klux Klan, formada por
veteranos do exército confederado, virou uma organização de terroristas,
perseguindo os negros e seus aliados com incêndios, surras e linchamentos. A
depressão de 1873 apressou o declínio dos Republicanos Radicais, que sentiram a
falta do apoio financeiro dos bancos. Para o público, a corrupção tolerada
pelos Republicanos Radicais agora parecia um desperdício inaceitável.
(Adaptado de Peter
Louis Eisenberg, "Guerra Civil Americana". São Paulo: Brasiliense,
1982, p. 102-105.)
a) De acordo com o texto, aponte dois fatores que levaram à vitória do
projeto de exclusão dos negros no sul dos Estados Unidos após a Guerra da
Secessão.
b) Quais foram as causas da Guerra da Secessão?
Resposta:
a) Segundo o texto, o enfraquecimento dos republicanos radicais
(favoráveis aos negros) causado pela redução do apoio financeiro dos bancos a
eles, devido a depressão de 1873. Por outro lado, desencadeou-se a atividade
terrorista praticada pela Ku Klux Klan contra os negros nos estados sulistas.
b) Diferenças entre o Norte e o Sul dos Estados Unidos, sendo o primeiro
industrial, burguês, abolicionista e defensor do protecionismo alfandegário; já
o Sul era agroexportador, aristocrático, escravista e defensor do
livre-cambismo.
7.
Nos Estados Unidos, a expansão
para o Oeste se completou no final do século XIX. Discorra sobre esse fenômeno
histórico no que se refere
a) à questão indígena e à incorporação de terras para a agricultura.
b) ao Oeste, como temática da cultura norte-americana, por exemplo na
literatura, no cinema e nos meios de comunicação.
Resposta:
a) Durante o processo de expansão para o Oeste, ocorrido nos Estados
Unidos no século XIX, as terras, que eram originalmente ocupadas por diferentes
povos indígenas, foram invadidas para a promoção do alargamento das fronteiras
agrícolas. O governo norte-americano recorreu ao confronto com os nativos, o
que resultou no massacre das populações indígenas e no confinamento dos
sobreviventes em reservas. O Estado estimulava a ocupação das terras do Oeste
através do Homestead Act, lei que assegurava a imigrantes europeus um lote de
terras do Estado após 5 anos de permanência em regime de posse. Tal política
visava incentivar a imigração europeia, não incluindo os índios no projeto de
desenvolvimento econômico.
b) Na literatura, no cinema e nos demais meios de comunicação, a
expansão para o Oeste é retratada como uma conquista de heróis desbravadores,
personificados na figura dos pioneiros (e, em particular, do cowboy),
possuidores dos valores morais de justiça e religiosidade da sociedade branca
norte-americana. Os índios são retratados como inimigos a serem mortos ou povos
inferiores a serem civilizados.
8.
Uma casa dividida contra si mesma
não subsistirá. Acredito que esse governo, meio escravocrata e meio livre, não
poderá durar para sempre. Não espero que a União se dissolva; não espero que a
casa caia; mas espero que deixe de ser dividida. Ela se transformará só numa
coisa, ou só na outra.
(Citado em JUNQUEIRA,
Mary A. "Estados Unidos: a consolidação da nação". São Paulo:
Contexto, 2001, p. 79.)
A partir do trecho transcrito do famoso discurso "A casa
dividida", pronunciado por Abraham Lincoln, na convenção republicana de
1858, responda as questões propostas.
a) A que "casa" o autor se refere?
b) Como essa "casa" se encontrava "dividida"?
c) Apresente dois motivos centrais que a tornavam "dividida".
d) De que forma ela "se transformará"?
e) No que ela "se transformará", afinal?
Resposta:
A "casa" a que Lincoln se refere são os EUA. O país estava
cindido politicamente entre o Sul e o Norte. Várias questões o dividiam. Uma
delas dizia respeito à controvérsia sobre a escravidão; em linhas gerais, o
Norte condenava o regime escravocrata, e o Sul o defendia, o que se acirrou com
a expansão para o Oeste, visto que a definição do modo de trabalho nas novas
áreas colonizadas concorreria para a hegemonia de um ou de outro. Outro motivo
de discordância advinha da intervenção do Estado na economia. O Norte, industrializado,
prezando o protecionismo (tarifas altas de importação, um Banco Central forte);
o Sul, agrícola, o livre-mercado. Com a vitória da União sobre os Estados
Confederados da América, na Guerra de Secessão (1861-1865), a escravidão foi
abolida em todo o país, mediante a 139 (Décima Terceira) Emenda. A Lei de
Emancipação, aprovada em 1863, libertara somente os escravos das áreas fora do
domínio da União, devendo-se mais a objetivos militares.
9.
Se
vendemos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um
lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas
flores dos bosques.
Assim consideraremos
vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma
condição: o homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem
seus irmãos.
Sou um selvagem e não
compreendo outro modo. Tenho visto milhares de búfalos apodrecerem nas
pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento.
Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser
mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.
(Carta do chefe índio
Seattle ao presidente dos Estados Unidos, que pretendia comprar as terras de
sua tribo em 1855.)
a) Identifique uma diferença na maneira do chefe índio e dos brancos
entenderem a relação entre o homem e a natureza.
b) Explique as consequências, para a população indígena dos Estados
Unidos, do contato com os brancos.
Resposta:
a) Nas palavras do chefe índio, evidenciam-se valores de uma sociedade
estruturada a partir do coletivismo e da subsistência e que respeita a
natureza. Quanto aos brancos, a preocupação com a produção de excedentes, o
imediatismo do lucro e a valorização da propriedade são valores que induzem à
destruição da natureza.
b) A população indígena, quando não foi vitimada pelo extermínio, perdeu
seus territórios, teve desarticuladas suas formas de produção ou foi aculturada
pelo homem branco.
10.
A desagregação da ordem escravista
ocorreu de modo diverso no Império do Brasil e nos Estados Unidos da América,
no decorrer da segunda metade do século XIX.
a) Tendo como referência os seus conhecimentos e a charge reproduzida a
seguir, caracterize uma diferença entre escravistas, emancipacionistas e
abolicionistas no Império do Brasil, nas duas últimas décadas da escravidão.
b) No caso dos EUA, a extinção da escravidão ocorreu em condições
históricas marcadamente diferentes daquelas verificadas na sociedade imperial
brasileira. Descreva essas condições.
Resposta:
a) Emancipacionistas e abolicionistas diferenciaram-se dos escravistas
por terem promovido a defesa do fim da escravidão. Tal debate ocorreu, entre
outros espaços sociais, na Câmara dos Deputados, em função da elaboração das
leis editadas a partir de 1871, e, de forma expressiva, na imprensa, como é
exemplificado pela charge da Revista Ilustrada, de 1887. A mesma permite
identificar algumas diferenças entre emancipacionistas e abolicionistas. Os
primeiros defenderam o fim da escravidão pela via jurídico-parlamentar nos
limites da ordem política então vigente, sem maiores preocupações com a
posterior integração do ex-escravo na nova condição de trabalhador livre.
Alguns emancipacionistas defenderam a imigração europeia subvencionada pelo
Estado para a resolução da questão da mão de obra. Já os abolicionistas
entenderam o fim da escravidão como uma mudança cujas implicações afetariam o
próprio exercício da cidadania, o que os levou a desenvolver reflexões no
sentido de adequar o ex-escravo às novas condições de vida. Houve, inclusive,
abolicionistas que estimularam as fugas coletivas de escravos, com o objetivo
de apressar o que parecia se arrastar no âmbito da decisão parlamentar.
b) No caso dos Estados Unidos, o fim da escravidão esteve associado à
Guerra de Secessão (1861-65) e às divergências, por vezes irreconciliáveis, no
âmbito do debate político-parlamentar, entre escravistas e abolicionistas. A
eleição de Abraham Lincoln e a vitória dos Estados do norte, no confronto
militar então instaurado, selaram a extinção do escravismo nos quadros de uma
sangrenta guerra civil.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
VÁ PARA O OESTE, JOVEM, E CRESÇA COM O PAÍS.
Essa expressão, criada por Horace Greeley, em 1851, simboliza a expansão
territorial realizada pelos Estados Unidos ao longo do século XIX.
11.
Cite duas estratégias utilizadas
pelos E.U.A. para a expansão de suas fronteiras, ao longo do século XIX.
Resposta:
Duas dentre as formas de expansão territorial:
- compra de territórios (Flórida, Alasca)
- guerras (contra o México e a Espanha)
- negociação com potências estrangeiras (Grã-Bretanha e Rússia)
12.
Relacione a "marcha para o
oeste" com a doutrina do "Destino Manifesto".
Resposta:
A "marcha para o oeste" significou a anexação dos territórios
situados a oeste da faixa atlântica, trecho original do país ao declarar sua
independência e teve como justificativa ideológica a doutrina do "Destino
Manifesto" que pregava a ideia de que os americanos tinham sido
predestinados a dominarem a América.
13.
1899
Nova lorque
MARK TWAIN PROPÕE MUDAR A BANDEIRA
(...) Em plena euforia
imperial, os Estados Unidos celebram a conquista das ilhas do Havaí, Samoa e as
Filipinas, Cuba, Porto Rico e uma ilhota que se chama, eloquentemente, dos
Ladrões. O oceano Pacífico e o mar das Antilhas viraram lagos norte-americanos,
e está nascendo a United Fruit Company; mas o escritor Mark Twain, velho
estraga-festas, propõe que se mude a bandeira nacional: que sejam negras, diz,
as listas brancas, e que umas caveiras com tíbias cruzadas substituam as
estrelas.(...)"
(GALEANO, Eduardo.
"As Caras e as Máscaras". Nova Fronteira, Rio, 1985. p.341.)
Há exatos cem anos, os Estados Unidos da América estavam inseridos em um
processo de dominação territorial e econômica que afetou, igualmente, as
grandes potências europeias e o Japão.
a) Nomeie esse processo e cite uma de suas principais características
econômicas.
b) Explique as razões de Mark Twain para sua proposta.
Resposta:
a) Imperialismo
b) Mark Twain discordava dos critérios violentos com que se processavam
as conquistas imperialistas em particular aos norte-americanos.
14. “A Ásia, que tinha sido berço das
grandes civilizações, a cujo gênio a humanidade deve seus primeiros progressos
fundamentais, como a domesticação dos animais, a agricultura, a criação de
animais, a cerâmica, a metalurgia, o papel, a pólvora etc, bem como as
instituições de vida social (cidades, Estados organizados, moeda, a escrita),
perdeu, ao longo de dois séculos de dominação europeia, cinco milênios de
autonomia e liderança”.
Fonte: LINHARES, Maria Yedda. Em face do imperialismo e do colonialismo.
In: SILVA, Francisco Carlos Teixeira da et al. Impérios na História.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
O texto faz referência às “perdas da Ásia” em “dois séculos de dominação
europeia”.
a) Identifique uma dessas “perdas”:
b) Explique-a.
Resposta:
a)
A dominação inglesa na China, posterior à Guerra do Ópio.
b) Após ter sido derrotada pela Inglaterra na Guerra do Ópio, a China
teve que abrir mão de sua autossuficiência e submeter-se à Inglaterra, abrindo
cinco de seus portos aos ingleses, entregando a administração de Hong Kong para
a Inglaterra e indenizando a Inglaterra pela guerra.
15.
Leia os
dois fragmentos abaixo.
I. É
necessário, pois, aceitar como princípio e ponto de partida o fato de que
existe uma hierarquia de raças e civilizações, e que nós pertencemos a raça e
civilização superiores, reconhecendo ainda que a superioridade confere
direitos, mas, em contrapartida, impõe obrigações estritas. A legitimação
básica da conquista de povos nativos é a convicção de nossa superioridade, não
simplesmente nossa superioridade mecânica, econômica e militar, mas nossa
superioridade moral. Nossa dignidade se baseia nessa qualidade, e ela funda
nosso direito de dirigir o resto da humanidade. O poder material é apenas um
meio para esse fim.
Declaração do francês Jules
Harmand, em 1910. Apud: Edward Said. Cultura e imperialismo. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995. Adaptado.
II. (...)
apesar das suas diferenças, os ingleses e os franceses viam o Oriente como uma
entidade geográfica — e cultural, política, demográfica, sociológica e
histórica — sobre cujos destinos eles acreditavam ter um direito tradicional.
Para eles, o Oriente não era nenhuma descoberta repentina, mas uma área ao
leste da Europa cujo valor principal era definido uniformemente em termos de
Europa, mais particularmente em termos que reivindicavam especificamente para a
Europa — para a ciência, a erudição, o entendimento e a administração da Europa
— o crédito por ter transformado o Oriente naquilo que era.
Edward Said. Orientalismo.
São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
a) Identifique
a principal ideia defendida no texto I e explique sua relação com a expansão
imperialista europeia no final do século XIX.
b) Relacione o
texto I com o texto II, quanto à concepção política neles presente.
Resposta:
a)
O texto I é um exemplo clássico do “darwinismo social” defendido pelos europeus
no século XIX para justificar o Imperialismo e a dominação da África e da Ásia.
b)
O texto II reflete uma consequência do pensamento do texto I: ingleses e
franceses enxergavam o Oriente como uma área de direito europeu.
16. Escrevendo nas últimas décadas do
século XIX, Lenin, o futuro líder da revolução socialista na Rússia, observou
que a principal característica desse período era a divisão final da Terra, no
sentido de que a política colonial dos países capitalistas tinha completado a
tomada das terras não ocupadas em nosso planeta. Pela primeira vez, segundo
ele, o mundo estava dividido, de forma que no futuro só seriam possíveis
redivisões, isto é, a transferência de um “dono” para outro, e não de um
território sem dono para um “dono”.
SWEEZY, Paul. Teoria do desenvolvimento capitalista. Rio de
Janeiro: Zahar Editores, 1982, p. 351 (adaptado)
A fala de Lênin remete ao processo de corrida imperialista, que se acelerou
a partir da segunda metade do século XIX.
A respeito desse processo histórico,
a) aponte duas
razões que explicam as políticas colonialistas das potências capitalistas.
b) cite dois
conflitos resultantes da expansão imperialista do século XIX.
Resposta:
a) As potências capitalistas europeias buscavam, no
Imperialismo: (1) novos mercados consumidores para seus produtos manufaturados
e (2) novas fontes de matéria-prima para suas indústrias.
b) Podemos citar: (1) Revolta dos Cipaios (Índia) e (2) Guerra do Ópio
(China).
17.
Analise
a charge apresentada a seguir.
NOSSA GUARDA “IMPERIAL”
Lord B. (Benjamin Disraeli)
diz: — Você os tem ajudado continuamente, Madame.
Índia (soldado indiano)
diz: — E, agora, eu venho para ajudar vocês.
[A Grã-Bretanha não sabe
exatamente como a Índia fará isso]
Charge de maio de 1878.
Disponível em:
.
Acesso em: 26 mar. 2012. [Adaptado].
A charge apresentada
ironiza o envio de tropas indianas pelo governo britânico para garantir a posse
da ilha de Malta, em 1878. Ela expressa um conceito que permeia a política
externa inglesa no período vitoriano. Considerando-se o exposto,
a) identifique o conceito
que sintetiza a ação política britânica, no período.
b) Explique de
que forma a charge faz referência ao tratamento reservado às populações
coloniais.
Resposta:
a) O conceito que sintetiza
a ação britânica no final do século XIX foi o imperialismo, também chamado de
neocolonialismo.
b) Quanto ao tratamento
reservado às populações coloniais, a charge alude a duas características
essenciais:
– a incorporação dos povos
colonizados à burocracia imperial britânica: por meio da representação de um
soldado com roupas orientais que integra a guarda imperial, a charge expressa o
fato de que as populações coloniais eram comumente utilizadas nos corpos
militares britânicos. Entretanto, essa utilização não garantia um status social
equivalente aos cidadãos britânicos (metropolitanos). Os altos postos, tanto no
exército quanto em outros campos da vida burocrática colonial, eram
predominantemente ocupados pela população britânica, residente nos territórios
sob seu domínio;
– o preconceito contra a
população colonial: o cartunista, quando utiliza o termo “Imperial” entre
aspas, ironiza a presença de populações coloniais nas tropas britânicas. A
ironia desvela-se no diálogo entre Benjamin Disraeli, Lorde inglês, e as
figuras que representam o Império Britânico e a Índia, essa última identificada
por um soldado com trajes orientais. Essa ironia reforçava a desconfiança da
opinião pública inglesa em relação à capacidade de um exército formado por
indianos para garantir as possessões britânicas na ilha de Malta. Esse
preconceito contra as populações coloniais era justificado pelo suposto atraso
e pela inferioridade racial dos povos orientais em relação ao Ocidente e se
refletia em leis que impunham restrições ao contato e à socialização entre as
populações.
18. A charge a seguir, publicada na França
em 1885, refere-se a um episódio específico de um fenômeno histórico, cujas
repercussões atingiram diversos continentes até as primeiras décadas do século
XX.
Analise os elementos que compõem a charge e responda:
a) Qual o
fenômeno histórico a que ela faz referência? Entre o século XIX e as primeiras
décadas do século XX, que relações de poder existiam entre as nações?
b) Mencione
dois aspectos (acontecimentos ou ideias) que se relacionam a esse fenômeno
histórico.
Resposta:
a) Fenômeno Histórico
- Novo
colonialismo/neocolonialismo – século XIX ou
- Novo
imperialismo/neoimperialismo – século XIX ou
- Imperialismo na África e na
Ásia ou
- Partilha da África/Ásia pelos
países europeus ou
- Conferência de Berlim
(1884-1885).
Relações
de poder:
As relações entre as potências
europeias eram marcadas por muitas tensões, conflitos e disputas pelo domínio
de vastas áreas na Ásia e na África.
As relações entre as potências
europeias e os territórios “colonizados” eram marcadas pelo domínio político e
econômico.
b) ACONTECIMENTOS/IDEIAS QUE MARCARAM O
NEOCOLONIALISMO
- Expansão do
capitalismo industrial, que necessitava de novos mercados para solucionar
crises de superprodução.
- Investimento
de capitais excedentes, que eram aplicados na Ásia e na África.
- Implantação,
nos territórios coloniais, de empresas de serviços e de bancos.
- Ideologia da
missão civilizadora dos europeus. Essa missão era vista como o “fardo do homem
branco”.
- Difusão das
ideias do “darwinismo social”, que justificava, pela lei da seleção natural, o
domínio da espécie mais evoluída.
- Expedições
científicas e missões religiosas, que possibilitaram o contato com realidades
geográficas, naturais e sociais ainda desconhecidas dos europeus.
- Instalação de
excedentes populacionais da Europa nas áreas coloniais.
- Conquista de
bases estratégicas para a segurança do comércio marítimo das nações europeias.
- Posse de
armas sofisticadas, que garantiram a supremacia europeia por quase toda a
África.
- Conhecimentos
científicos, que preveniam doenças (malária), e a navegação a vapor, que
facilitava o deslocamento para os territórios colonizados.
- Conflitos
étnicos na África, em razão das fronteiras definidas pelos países europeus na
Conferência de Berlim.
- Disputas por
territórios coloniais pelas potências imperialistas, ocasionando a Primeira
Guerra Mundial.
- Revoltas e
rebeliões dos povos dominados: Guerra dos Cipaios, Guerra dos Bôeres, Guerra
dos Boxers.
- Difusão da
cultura europeia nos territórios colonizados.
19. Segundo
o historiador Edward Said, “o lucro e a perspectiva de mais lucro foram,
evidentemente, de enorme importância, mas o imperialismo não é só isso” (Cultura e Imperialismo.
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 41). Comente essa afirmação, demonstrando as principais motivações que impulsionaram
o imperialismo europeu no século
XIX.
Resposta:
O imperialismo implica em um processo de dominação completa e complexa,
promovida por grandes potências econômicas sobre regiões africanas e asiáticas.
A “perspectiva de lucro” demonstra o principal interesse econômico das
potências que expandiam a industrialização, no sentido de explorar recursos
minerais e promover investimentos nas áreas dominadas. Ao mesmo tempo, os
países imperialistas promoveram a dominação militar, usando a força para
desestruturar as economias naturais e as formas tradicionais de organização
social, além de se utilizarem das religiões cristãs para impor novos valores
éticos e morais. Segundo o líder da independência do Quênia, Jomo Kenyatta,
“Quando os brancos chegaram, nós tínhamos as terras e eles a bíblia, depois
eles nos ensinaram a rezar; quando abrimos os olhos, nós tínhamos a bíblia e
eles as terras”.
20. Leia este texto, que se
refere à dominação europeia sobre povos e terras africanas.
Desde
o século XVI, os portugueses e, trezentos anos mais tarde, os franceses,
britânicos e alemães souberam usar os povos [africanos] mais
fracos contra os mais fortes que desejavam submeter. Aliaram-se àqueles e
somaram os seus grandes números aos contingentes, em geral pequenos, de
militares europeus.
Alberto da Costa e Silva. A
África explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 98.
a) Diferencie a presença
europeia na África nos dois períodos aos quais o texto se refere.
b) Indique uma decorrência,
para o continente africano, dessa política colonial de estimular conflitos
internos.
Resposta:
a) A presença
portuguesa no século XVI esta relacionada à expansão do comércio e a formação
do capitalismo, sendo que a ocupação da África era secundária quando comparada
ao comércio com as Índias ou à exploração do Brasil. Já no século XIX, os
países europeus conquistaram regiões africanas como parte da expansão do
capitalismo, estabelecendo mercados essenciais para a manutenção dessas nações
enquanto potências industriais.
b)
No século XVI, a principal consequência foi a ampliação da escravidão, tanto
internamente, como para a venda aos traficantes europeus que realizavam o
comércio de cativos com a América colonial. No século XIX, as lutas tribais
determinaram a liberação de mão de obra para as atividades exploratórias no
próprio continente, promovidas pelo neocolonialismo. Destaca-se ainda a
retomada das lutas tribais nas últimas décadas, influenciadas por novos
interesses econômicos, novas divisões sociais e por questões religiosas.
21. Os povos árabes tiveram
domínio sobre o maior e o mais duradouro império da história até serem
derrotados militarmente pelos mongóis no século XIII. Desde então, seu destino
foi comandado por estranhos. Foram dominados pelos otomanos, depois pelas
potências europeias, em especial Inglaterra e França, e, com o fim do
colonialismo no pós-guerra, pelos Estados Unidos ou pela União Soviética. O
poder de convencimento dos clérigos radicais se deve à pregação atual de que só
o islamismo pode unir todos os árabes e devolver-lhes poder e grandeza.
(TEIXEIRA, 2011, p. 66).
Considerando as informações
do texto e os conhecimentos sobre o estado atual dos países árabes, indique dois
motivos que, na atualidade, dificultam uma provável recomposição do antigo
império árabe-muçulmano.
Resposta:
• Atuação histórica do
imperialismo colonial que desde o sec. XIX dominou a área aprofundando a
pobreza: ingleses, italianos, franceses.
• Demarcação de fronteiras
artificiais em territórios de ocupação étnica, fazendo conviver etnias
inconciliáveis dentro de um mesmo espaço.
• Instabilidade política
decorrente da peculiaridade das diferenças étnicas.
• Conflitos religiosos:
expansão agressiva do islã X resistência dos cultos tradicionais X presença de
grupos cristãos (católicos e protestantes).
• Interesses econômicos das
potências capitalistas, sobretudo nas bacias petrolíferas.
• Presença de grupos
radicais islâmicos, inclusive no controle político de alguns países.
22. “(...) Com somente poucas
exceções, as nações da África atual foram sucessoras das colônias africanas que
as precederam. Suas fronteiras eram as fronteiras coloniais, definidas nas
décadas de 1880 e 1890. Suas capitais eram as capitais coloniais, a partir das
quais foram irradiadas as infraestruturas de estradas e ferrovias, correios e
telecomunicações. Todas conservaram, em maior ou menor grau, as línguas dos
colonizadores como línguas de comunicação mais ampla. Todas seguiram
basicamente os sistemas ocidentais de educação. Sua administração seguiu as
trilhas deixadas pela administração colonial (...). O primeiro grande teste
para a África independente centrou-se na questão da estabilidade das
fronteiras, e o aspecto que rapidamente ficou claro a esse respeito foi que não
havia futuro para uma concepção pan-africana de Estados Unidos da África ou
para as federações ou quase federações criadas pelas potências colonizadoras
(...).”
OLIVIER, Roland. A
experiência africana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994, p. 254.
No trecho acima, o
historiador Roland Olivier aponta alguns dos problemas com os quais as novas
nações africanas independentes se defrontaram.
a)
A definição
das fronteiras nacionais africanas foi estabelecida a partir das
especificidades étnico-linguísticas existentes antes da penetração europeia?
Justifique.
b)
O texto
refere-se à existência de uma concepção pan-africana de Estados Unidos da
África. Aponte o pressuposto básico do pan-africanismo.
Resposta:
a)
Não, o interesse era a obtenção de privilégios econômicos para os Estados
capitalistas monopolistas que pretendiam aumentar a exploração de
matérias-primas elaboradas e escoar seu capital excedente em investimentos de
retorno de curto prazo, como eram as áreas africanas divididas entre países
europeus. A cultura étnica-linguística não foi considerada.
b)
Esta seria a proposta de preservação de uma multiplicidade de culturas
africanas e do fortalecimento político para enfrentamento das pressões do
imperialismo europeu.
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