Grupo de estudo para provas específicas: https://www.facebook.com/groups/660763183949872/?fref=ts
1.
(Enem 2014) A transferência da corte
trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da Metrópole.
Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português.
Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o
Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de
1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das
Letras, 1997.
Os fatos
apresentados se relacionam ao processo de independência da América portuguesa
por terem
a) incentivado
o clamor popular por liberdade.
b) enfraquecido
o pacto de dominação metropolitana.
c) motivado
as revoltas escravas contra a elite colonial.
d) obtido
o apoio do grupo constitucionalista português.
e) provocado
os movimentos separatistas das províncias.
Resposta:
[B]
A vinda da Família Real
para o Brasil foi o primeiro passo do processo de Independência da Colônia, uma
vez que elevou o status do Brasil, invertendo a posição de Portugal e Brasil no
pacto colonial, e deu aos colonos uma autonomia de ação inédita.
2.
(Enem 2014) O índio era o único
elemento então disponível para ajudar o colonizador como agricultor, pescador,
guia, conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser tratado
como gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A
discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos índios se
confundiu com uma disputa entre jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam
como defensores da liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos.
CALDEIRA, J. A nação
mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado).
Entre os séculos
XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa
aproximação dos jesuítas em relação ao mundo indígena foi mediada pela
a) demarcação
do território indígena.
b) manutenção
da organização familiar.
c) valorização
dos líderes religiosos indígenas.
d) preservação
do costume das moradias coletivas.
e) comunicação
pela língua geral baseada no tupi.
Resposta:
[E]
Os padres jesuítas tiveram
maior contato com os indígenas do litoral brasileiro, que pertenciam ao troco
linguístico tupi-guarani. Nesse
sentido, o domínio – por parte dos jesuítas – da língua tupi foi fundamental
para a convivência e o contato.
3.
(Enem 2014) Respeitar a diversidade de
circunstâncias entre as pequenas sociedades locais que constituem uma mesma
nacionalidade, tal deve ser a regra suprema das leis internas de cada Estado.
As leis municipais seriam as cartas de cada povoação doadas pela assembleia
provincial, alargadas conforme o seu desenvolvimento, alteradas segundo os
conselhos da experiência. Então, administrar-se-ia de perto, governar-se-ia de
longe, alvo a que jamais se atingirá de outra sorte.
BASTOS, T. A província (1870). São Paulo: Cia. Editora
Nacional, 1937 (adaptado).
O discurso do
autor, no período do Segundo Reinado no Brasil, tinha como meta a implantação
do
a) regime
monárquico representativo.
b) sistema
educacional democrático.
c) modelo
territorial federalista.
d) padrão
político autoritário.
e) poder
oligárquico regional.
Resposta:
[C]
O modelo federalista –
adotado, por exemplo, pelos EUA após a Independência, e parcialmente adotado
pelo Brasil durante o Segundo Reinado – dava aos Estados certa autonomia
governamental, sem ingerência do Estado Central. A frase “administrar-se-ia de
perto, governar-se-ia de longe, alvo a que jamais se atingirá de outra sorte”
demonstra esse ideal.
4. (Enem 2014)
De volta do Paraguai
Cheio de glória, coberto de louros, depois
de ter derramado seu sangue em defesa da pátria e libertado um povo da
escravidão, o voluntário volta ao seu país natal para ver sua mãe amarrada a um
tronco horrível de realidade!...
AGOSTINI. “A vida fluminense”, ano 3, n. 128, 11 jun. 1870. In: LEMOS,
R. (Org). Uma história do Brasil
através da caricatura
(1840-2001). Rio de Janeiro: Letras & Expressões, 2001 (adaptado).
Na charge,
identifica-se uma contradição no retorno de parte dos “Voluntários da Pátria”
que lutaram na Guerra do Paraguai (1864-1870), evidenciada na
a) negação
da cidadania aos familiares cativos.
b) concessão
de alforrias aos militares escravos.
c) perseguição
dos escravistas aos soldados negros.
d) punição
dos feitores aos recrutados compulsoriamente.
e) suspensão
das indenizações aos proprietários prejudicados.
Resposta:
[A]
Os cativos enviados aos
campos de batalha na guerra do Paraguai receberam a promessa da alforria no
retorno ao Brasil. Porém, a liberdade e a cidadania não se estendiam aos seus
familiares, ainda que mais próximos. Nota-se isso no trecho “o voluntário volta
ao seu país natal para ver sua mãe amarrada a um tronco horrível de realidade”.
5.
(Enem 2014) A Comissão Nacional da
Verdade (CNV) reuniu representantes de comissões estaduais e de várias
instituições para apresentar um balanço dos trabalhos feitos e assinar termos
de cooperação com quatro organizações. O coordenador da CNV estima que, até o
momento, a comissão examinou, “por baixo”, cerca de 30 milhões de páginas de
documentos e fez centenas de entrevistas.
Disponível em: www.jb.com.br. Acesso em: 2 mar. 2013 (adaptado).
A notícia
descreve uma iniciativa do Estado que resultou da ação de diversos movimentos
sociais no Brasil diante de eventos ocorridos entre 1964 e 1988. O objetivo
dessa iniciativa é
a) anular
a anistia concedida aos chefes militares.
b) rever
as condenações judiciais aos presos políticos.
c) perdoar
os crimes atribuídos aos militantes esquerdistas.
d) comprovar
o apoio da sociedade aos golpistas anticomunistas.
e) esclarecer
as circunstâncias de violações aos direitos humanos.
Resposta:
[E]
A Comissão Nacional da
Verdade foi criada para esclarecer os abusos cometidos contra os direitos
humanos na época da Ditadura Militar.
6.
(Enem 2014) TEXTO l
O presidente do jornal de maior circulação
do país destacava também os avanços econômicos obtidos naqueles vinte anos,
mas, ao justificar sua adesão aos militares em 1964, deixava clara sua crença
de que a intervenção fora imprescindível para a manutenção da democracia.
Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 1 set. 2013
(adaptado).
TEXTO II
Nada pode ser colocado em compensação à
perda das liberdades individuais. Não existe nada de bom quando se aceita uma
solução autoritária.
FICO, C. A educação e o golpe
de 1964. Disponível em: www.brasilrecente.com. Acesso em: 4 abr. 2014
(adaptado).
Embora enfatizem
a defesa da democracia, as visões do movimento político-militar de 1964
divergem ao focarem, respectivamente:
a) Razões
de Estado – Soberania popular.
b) Ordenação
da Nação – Prerrogativas religiosas.
c) Imposição
das Forças Armadas – Deveres sociais.
d) Normatização
do Poder Judiciário – Regras morais.
e) Contestação
do sistema de governo – Tradições culturais.
Resposta:
[A]
O primeiro texto
defende/apoia o Golpe e o Regime, classificando-o como necessários para a
manutenção da democracia. Nesse sentido, foca na razão do Estado para o
movimento. O segundo texto é contra o Golpe e o Regime, alegando que nada é bom
quando a ação é autoritária. Logo, foca na defesa da soberania popular.
7.
(Enem 2014) O problema central a ser
resolvido pelo Novo Regime era a organização de outro pacto de poder que
pudesse substituir o arranjo imperial com grau suficiente de estabilidade. O
próprio presidente Campos Sales resumiu claramente seu objetivo: “É de lá, dos
estados, que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam
agitadas nas ruas da capital da União. A política dos estados é a política
nacional”.
CARVALHO, J. M. Os
Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São
Paulo: Companhia das Letras, 1987 (adaptado).
Nessa citação, o
presidente do Brasil no período expressa uma estratégia política no sentido de
a) governar
com a adesão popular.
b) atrair
o apoio das oligarquias regionais.
c) conferir
maior autonomia às prefeituras.
d) democratizar
o poder do governo central.
e) ampliar
a influência da capital no cenário nacional.
Resposta:
[B]
A política dos governadores, instituída no governo Campos Salles, era
um arranjo governamental entre o governo Federal, os governos Estaduais e os
governos Municipais, visando uma constante troca de favores e benefícios. Nesse
sentido, as oligarquias regionais eram peça fundamental do esquema, uma vez que
elas detinham o controle eleitoral no Brasil.
8.
(Enem 2014) Ao deflagrar-se a crise
mundial de 1929, a situação da economia cafeeira se apresentava como se segue.
A produção, que se encontrava em altos níveis, teria que seguir crescendo, pois
os produtores haviam continuado a expandir as plantações até aquele momento.
Com efeito, a produção máxima seria alcançada em 1933, ou seja, no ponto mais
baixo da depressão, como reflexo das grandes plantações de 1927-1928.
Entretanto, era totalmente impossível obter crédito no exterior para financiar
a retenção de novos estoques, pois o mercado internacional de capitais se
encontrava em profunda depressão, e o crédito do governo desaparecera com a
evaporação das reservas.
FURTADO, C. Formação
econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1997
(adaptado).
Uma resposta do
Estado brasileiro à conjuntura econômica mencionada foi o(a)
a) atração
de empresas estrangeiras.
b) reformulação
do sistema fundiário.
c) incremento
da mão de obra imigrante.
d) desenvolvimento
de política industrial.
e) financiamento
de pequenos agricultores.
Resposta:
[D]
Durante a Grande Depressão,
no chamado período entre-guerras, o Brasil se viu obrigado a promover o que foi
chamado de processo de industrialização
de substituição de importações, ou seja, na falta de produtos vindos de
fora, o país teve que suprir a produção. Esse processo ajudou a amenizar os
prejuízos advindos do café, uma vez que os países em crise suspenderam a compra
do nosso principal produto de exportação.
9. (Enem 2014)
A charge, datada
de 1910, ao retratar a implantação da rede telefônica no Brasil, indica que
esta
a) permitiria
aos índios se apropriarem da telefonia móvel.
b) ampliaria
o contato entre a diversidade de povos indígenas.
c) faria
a comunicação sem ruídos entre grupos sociais distintos.
d) restringiria
a sua área de atendimento aos estados do norte do país.
e) possibilitaria
a integração das diferentes regiões do território nacional.
Resposta:
[E]
Como bem dizem a charge e
sua legenda, a implantação da rede telefônica no Brasil possibilitaria a
integração nacional.
10.
(Enem 2014) TEXTO l
Olhamos o homem alheio às atividades
públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como
um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós
mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de
não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.
TUCÍDIDES. História da
Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).
TEXTO II
Um cidadão integral pode ser definido por
nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções
públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício,
de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma
pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.
ARISTÓTELES. Política.
Brasília: UnB, 1985.
Comparando os
textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles
(no século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a)
a) prestígio
social.
b) acúmulo
de riqueza.
c) participação
política.
d) local
de nascimento.
e) grupo
de parentesco.
Resposta:
[C]
Os trechos “olhamos o homem
alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios
interesses, mas como um inútil” (primeiro texto) e “um cidadão integral pode
ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e
exercer funções públicas” (segundo texto) são demonstrativos das opiniões dos
autores, que julgam a cidadania pela participação política das pessoas.
11.
(Enem 2014) Sou uma pobre e velha
mulher,
Muito ignorante, que nem sabe ler.
Mostraram-me na igreja da minha terra
Um Paraíso com harpas pintado
E o Inferno onde fervem almas danadas,
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.
VILLON. F. In: GOMBRICH, E. História
da arte. Lisboa: LTC.
1999.
Os versos do
poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos templos
católicos medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas com o objetivo de
a) refinar
o gosto dos cristãos.
b) incorporar
ideais heréticos.
c) educar
os fiéis através do olhar.
d) divulgar
a genialidade dos artistas católicos.
e) valorizar
esteticamente os templos religiosos.
Resposta:
[C]
As imagens das igrejas católicas do
Medievalismo serviam para ensinar os fiéis os perigos advindos da prática
imperfeita da religião e os benefícios adquiridos a partir da boa prática. O
trecho “Um Paraíso com harpas pintado, E o Inferno onde fervem almas danadas, Um
enche-me de júbilo, o outro me aterra” é demonstrativo disso.
12.
(Enem 2014) Todo homem de bom juízo,
depois que tiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto
ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em sua peregrinação;
tanto mais que há tantos outros acidentes que diariamente podem aí ocorrer que
seria coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer pô-los todos diante dos
olhos quando querem empreender suas viagens.
J. PT. “Histoire de plusieurs voyages aventureux”. 1600. In: DELUMEAU,
J. História do medo no Ocidente:
1300-1800. São Paulo Cia. das Letras. 2009 (adaptado).
Esse relato,
associado ao imaginário das viagens marítimas da época moderna, expressa um
sentimento de
a) gosto
pela aventura.
b) fascínio
pelo fantástico.
c) temor
do desconhecido.
d) interesse
pela natureza.
e) purgação
dos pecados.
Resposta:
[C]
As viagens ultramarinas do
século XV foram rodeadas de expectativas com relação aos perigos que podiam ser
encontrados no mar. Monstros marinhos, rodamoinhos gigantescos que “engoliam”
embarcações, pontos de tempestades que nenhum navio atravessaria e a queda
profunda ao se alcançar a linha do horizonte eram alguns dos medos dos
navegantes.
13.
(Enem 2014) Três décadas – de 1884 a
1914 – separam o século XIX – que terminou com a corrida dos países europeus
para a África e com o surgimento dos movimentos de unificação nacional na
Europa – do século XX, que começou com a Primeira Guerra Mundial. É o período
do Imperialismo, da quietude estagnante na Europa e dos acontecimentos
empolgantes na Ásia e na África.
ARENDT, H. As origens do
totalitarismo. São Paulo Cia. das Letras, 2012.
O processo
histórico citado contribuiu para a eclosão da Primeira Grande Guerra na medida
em que
a) difundiu
as teorias socialistas.
b) acirrou
as disputas territoriais.
c) superou
as crises econômicas.
d) multiplicou
os conflitos religiosos.
e) conteve
os sentimentos xenófobos.
Resposta:
[B]
A divisão dos continentes
Africano e Asiático, durante o processo conhecido como Neocolonialismo, acirrou
as disputas entre as potências europeias, uma vez que alguns países, como a
Alemanha e a França, ficaram descontentes com a divisão.
14.
(Enem 2014) Queijo de Minas vira
patrimônio cultural brasileiro
O modo artesanal da fabricação do queijo em
Minas Gerais foi registrado nesta quinta-feira (15) como patrimônio cultural
imaterial brasileiro pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O veredicto foi dado em reunião do
conselho realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte. O presidente
do Iphan e do conselho ressaltou que a técnica de fabricação artesanal do
queijo está “inserida na cultura do que é ser mineiro”.
Folha de S. Paulo, 15 maio 2008.
Entre os bens que
compõem o patrimônio nacional, o que pertence à mesma categoria citada no texto
está representado em:
a)
b)
c)
d)
e)
Resposta:
[C]
O único exemplo de
patrimônio cultural imaterial que se relaciona com a produção do pão de queijo
é o Ofício das Paneleiras de Goiabeiras, no Espírito Santo. Os outros exemplos
são materiais ou naturais.
15.
(Enem 2014) A Praça da Concórdia,
antiga Praça Luís XV, é a maior praça pública de Paris. Inaugurada em 1763,
tinha em seu centro uma estátua do rei. Situada ao longo do Sena, ela é a
intersecção de dois eixos monumentais. Bem nesse cruzamento está o Obelisco de
Luxor, decorado com hieróglifos que contam os reinados dos faraós Ramsés II e
Ramsés III. Em 1829, foi oferecido pelo vice-rei do Egito ao povo francês e, em
1836, instalado na praça diante de mais de 200 mil espectadores e da família
real.
NOBLAT, R. Disponível em: www.oglobo.com Acesso em: 12 dez. 2012.
A constituição do
espaço público da Praça da Concórdia ao longo dos anos manifesta o(a)
a) lugar
da memória na história nacional.
b) caráter
espontâneo das festas populares.
c) lembrança
da antiguidade da cultura local.
d) triunfo
da nação sobre os países africanos.
e) declínio
do regime de monarquia absolutista.
Resposta:
[A]
Como fica claro através dos
ícones que compõem a Praça da Concórdia – estátua do Rei, Obelisco de Luxor – a
mesma foi desenvolvida como um espaço público de memória da história nacional
francesa.
Comentários
Postar um comentário