1.
(Uerj 2014) A liberdade política é esta
tranquilidade de espírito que provém da opinião que cada um tem sobre a sua
segurança; e para que se tenha esta liberdade é preciso que o governo seja tal
que um cidadão não possa temer outro cidadão. Quando o poder legislativo está
reunido ao poder executivo, não existe liberdade. Tampouco existe liberdade se
o poder de julgar não for separado do poder legislativo e do executivo.
Montesquieu. O
espírito das leis, 1748.
O direito eleitoral ampliado, a dominação do
parlamento, a debilidade do governo, a insignificância do presidente e a
prática do referendo não respondem nem ao caráter, nem à missão que o Estado
alemão deve cumprir tanto no presente como no futuro próximo.
Jornal Kölnishe
Zeitung, 04/08/1919. Adaptado de REIS FILHO, Daniel Aarão (org.). História
do século XX. Volume 2. Rio de Janeiro: Record, 2002.
Os trechos apresentam aspectos do pensamento
político em duas épocas distintas: o liberalismo proposto por Montesquieu no
século XVIII e a crise do liberalismo na crítica de um jornal alemão na
recém-estabelecida República de Weimar.
Identifique um dos princípios liberais
expresso no texto de Montesquieu e a opinião no texto do jornal alemão que
contradiz esse princípio. Apresente, também, um fator que explique a crise do
liberalismo no período entre as duas grandes guerras.
Resposta:
Um dos princípios liberais: a divisão
dos poderes em três, como forma de não concentrar o poder nas mãos de apenas
uma pessoa;
Opinião do jornal que contradiz o princípio:
"a dominação do parlamento, a
debilidade do governo, a insignificância do presidente";
Com a crise econômica que
abateu o mundo no período entre-guerras, o sistema liberal entrou em colapso,
com especial destaque para a Crise de 1929, nos EUA. Em países europeus já
debilitados pela Primeira Guerra, como a Alemanha, a crise econômica fortaleceu
a formação de regimes de extrema direita, como o Fascismo.
2.
(Uerj 2014) A história latino-americana
na década de 1970 foi marcada pela vigência de governos ditatoriais. As
fotografias abaixo remetem ao golpe militar ocorrido no Chile em setembro de
1973.
Cite duas características comuns aos
governos ditatoriais latino-americanos. Em seguida, identifique uma das
principais reivindicações da sociedade chilena com relação às heranças do golpe
de 1973.
Resposta:
Características
comuns:
1)
líderes populistas;
2)
tortura e repressão contra os "inimigos";
Reivindicação do povo
chileno: punição aos líderes do movimento do golpe.
3.
(Unesp 2014) O
início foi o problema mais complexo que a colonização do Brasil teve de
enfrentar. Tornou-se tal – e é nisto que se distingue do caso norte-americano
tão citado em paralelo com o nosso – pelo objetivo que se teve em vista:
aproveitar o indígena na obra da colonização. Nos atuais Estados Unidos, como
no Canadá, nunca se pensou em incorporar o índio, fosse a que título, na obra
colonizadora do branco.
O caso da
colonização lusitana foi outro.
(Caio Prado
Júnior. Formação do Brasil contemporâneo, 1987. Adaptado.)
Caracterize a relação entre colonos e
indígenas na colonização dos Estados Unidos e identifique duas formas de “aproveitamento” do indígena
na colonização do Brasil.
Resposta:
A relação entre colonos e
indígenas nas Treze Colônias foi marcada, na maior parte do tempo, pela visão
negativa do europeu sobre o indígena. As terras indígenas foram ocupadas sob o
argumento teológico da predestinação dos peregrinos e houve a escravização do
indígena, principalmente nas colônias do Sul.
No Brasil Colônia, as duas
principais relações estabelecidas entre colonos e indígenas foram os ESCAMBOS
na extração do pau-brasil e a EXPLORAÇÂO DAS DROGAS DO SERTÃO na Região Norte.
4.
(Unicamp 2014) Desde o início da
colonização, os portugueses chamaram de tapuias os grupos indígenas que
julgavam bárbaros, por seus hábitos culturais distintos dos que habitavam o
litoral e por seu poder de resistência aos portugueses.
a) Contextualize historicamente os
significados de Guerra Justa para os portugueses a partir do fim da Idade
Média.
b) Indique duas práticas
dos indígenas que os portugueses consideravam bárbaras.
Resposta:
a) O conceito de Guerra Justa, derivado do Império
Romano, era empregado em qualquer caso no qual a guerra era considerada um dever moral. A teoria da Guerra Justa teve vários teóricos, desde
Cícero (Roma Antiga) até Immanuel Kant (Inglaterra). O termo era
usado para justificar um conflito considerado necessário, seja por ser
preventivo, seja por ser contra os inimigos do poder em vigor, seja para
civilizar os não-civilizados. Tal
conceito foi empregado pelos europeus em eventos como as Cruzadas e a
escravização dos indígenas da América.
b) Dos costumes indígenas
na América, dois, em particular, eram considerados bárbaros pelos europeus: a poligamia e a antropofagia.
5.
(Fuvest 2014) Subindo ao poder em outubro de 1930, Getúlio Vargas nele permaneceu por
quinze anos, sucessivamente, como chefe de um governo provisório, presidente
eleito pelo voto indireto e ditador. Deposto em 1945, seria eleito presidente
pelo voto popular em 1950, não chegando a completar o mandato por se suicidar
em 1954.
Boris
Fausto. História do Brasil. 2ª ed. São Paulo: Edusp, 1995, p. 331.
Adaptado.
O primeiro período de governo de
Getúlio Vargas (1930‐1945) iniciou‐se com um
golpe; o último (1951‐1954), com um
processo eleitoral direto.
a) Identifique outras duas
diferenças entre esses períodos.
b) Caracterize as relações entre
o Brasil e os Estados Unidos da América em cada um desses períodos.
Resposta:
a) O contexto histórico
mundial em 1930 foi marcado por um Estado forte, intervencionista e com ênfase
nacionalista. O cenário mundial em 1950 era bem diferente. Com o fim da II
Guerra Mundial em 1945 e a derrota dos regimes totalitários o mundo começa a se
redemocratizar valorizando mais a liberdade, a democracia e o individualismo.
b) Na década de 1930, no
contexto da II Guerra Mundial, Vargas se aproximou do EUA devido a “Política da
Boa vizinhança” do presidente dos USA Franklin D. Roosevelt. Na década de 1950
a relação entre Brasil e EUA foi tensa devido, entre outros, ao nacionalismo de
Vargas que criou estatais como a Petrobrás e a Guerra da Coreia na qual Vargas
não enviou tropas brasileiras para lutar na Guerra da Coreia que ocorreu entre
1950-1953.
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