Seção 1 – Conflitos e Guerra
1. Ataques russos derrubam a infraestrutura energética da Ucrânia – Reuters, 15/10/2025
Em 15/10, a Ucrânia sofreu uma série de ataques com drones e mísseis russos contra sua infraestrutura energética. Segundo a Ukrenergo, a estatal de eletricidade, sete regiões – incluindo as regiões de Poltava, Kirovohrad e Dnipro – ficaram com fornecimento de energia restrito, enquanto a empresa de gás Naftogaz afirmou que uma usina termelétrica foi atingidareuters.com. Os ataques, intensificados desde setembro, também danificaram instalações de armazenamento de gás e oleodutos, obrigando Kiev a importar mais gás natural. O governo ucraniano tenta reconstruir a rede antes do inverno, mas admite que a guerra torna qualquer planejamento difícil. Os ataques provocaram quedas generalizadas de energia, pressões sobre hospitais e dificultaram operações militares. Analistas de segurança apontam que a Rússia tenta desgastar a resistência ucraniana mirando infraestrutura vital e aumentar o custo humanitário do conflito. A Ucrânia pediu reforço das defesas aéreas, mas enfrenta dificuldades logísticas e financeiras.
2. Caminhões de ajuda voltam a Gaza após disputa sobre corpos de reféns – Reuters, 15/10/2025
Após dias de tensão, Israel reabriu a passagem de Rafah para permitir a entrada de aproximadamente 600 caminhões de ajuda em Gaza. A reabertura só ocorreu depois que o Hamas entregou os corpos de mais quatro reféns israelenses, condição exigida por Tel Avivreuters.com. A negociação faz parte de um cessar‑fogo mediado pelos Estados Unidos que prevê a libertação de reféns e a retomada de ajuda humanitária. A matéria ressalta que o ministro Itamar Ben‑Gvir, da ala ultranacionalista, criticou o governo por permitir a entrada de ajuda, chamando-a de “vergonha”. Organizações humanitárias afirmam que quase todos os 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados e dependem de assistência externa, mas o volume de ajuda autorizado ainda é insuficiente. A trégua é frágil: Israel exige que o Hamas libere todos os reféns e que um contingente internacional administre Gaza pós‑guerra; o Hamas, por sua vez, cobra a reconstrução e a retomada dos serviços básicos.
3. Dozens killed, injured in new Pakistan‑Afghanistan border clashes – Al Jazeera, 15/10/2025
Al Jazeera reportou que confrontos entre forças paquistanesas e talibãs afegãos perto da passagem Spin Boldak/Chaman, na fronteira, causaram pelo menos 12 mortes civis e mais de 100 feridosaljazeera.com. Fontes afegãs acusaram o Paquistão de iniciar o tiroteio e de usar artilharia pesada, enquanto Islamabad alegou que seis soldados paquistaneses foram mortos quando combatentes afegãos atacaram um posto militaraljazeera.com. Os confrontos levaram ao fechamento das principais passagens de fronteira, interrompendo o comércio e provocando longos engarrafamentos de caminhões carregados. O governo talibã afirma que o Paquistão abriga militantes do Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), enquanto Islamabad acusa Cabul de permitir que insurgentes ataquem seu território. A escalada ilustra a fragilidade das relações bilaterais desde a volta dos talibãs ao poder em 2021 e aprofunda a crise humanitária na região, pois a principal passagem comercial permanece fechada e milhares de civis ficaram presos em ambos os lados.
4. Novos confrontos na fronteira Paquistão‑Afeganistão matam civis e soldados – Reuters, 15/10/2025
Outra matéria da Reuters complementa o quadro ao informar que a violência, registrada em dois pontos da fronteira, matou mais de uma dúzia de civis e combatentes. O Taliban informou que forças paquistanesas mataram dezenas de civis e feriram 100 em Spin Boldak; Islamabad acusou Cabul de matar seis soldados em outra região tribal, Orakzaireuters.com. Ambas as passagens foram fechadas, deixando milhares de caminhões parados e interrompendo o comércio de mercadorias, o que agrava a pobreza localreuters.com. Analistas afirmam que os incidentes refletem a falta de coordenação entre os dois governos e a crescente influência de grupos militantes transnacionais.
5. Coreia do Sul retoma a escavação de restos mortais da Guerra da Coreia na DMZ – UPI, 15/10/2025
O Ministério da Defesa sul‑coreano anunciou a retomada da escavação de restos mortais da Guerra da Coreia na colina White Horse, na Zona Desmilitarizada (DMZ). Suspenso em 2022 por tensões militares, o projeto tem o objetivo de recuperar e devolver os restos de soldados às famílias e de transformar a DMZ em uma zona de pazupi.com. O presidente Lee Jae Myung busca melhorar as relações intercoreanas restabelecendo o pacto militar de 2018 e promovendo gestos conciliatórios com Pyongyangupi.com. O governo sul‑coreano afirma que já recuperou restos de 67 soldados antes da suspensão e que a retomada demonstra compromisso com a reconciliação histórica. A iniciativa também envia um sinal diplomático: Seul tenta convencer Kim Jong‑un a reduzir atividades militares e retomar o diálogo.
6. Líder interino da Síria visita Moscou e se reúne com Putin – WTOP (Associated Press), 15/10/2025
O líder interino da Síria, Ahmad al‑Sharaa, fez sua primeira viagem à Rússia após derrubar Bashar al‑Assad em uma ofensiva relâmpago. A Associated Press relata que o Kremlin pretende discutir laços econômicos e humanitários e oferecer apoio à transição em Damascowtop.com. O artigo explica que Moscou apoiou Assad durante a guerra civil, mas passou a priorizar sua campanha na Ucrânia. Al‑Sharaa, que lidera uma coligação de rebeldes e forças da oposição, busca garantias de que Moscou não apoiará contra‑golpes e que reconhece sua legitimidade. A visita também serve para negociar ajuda econômica e reconstrução, já que o país enfrenta colapso estatal, sanções internacionais e uma crise humanitária. Segundo a agência SANA, Putin e al‑Sharaa discutiriam “desenvolvimentos regionais e internacionais” e a cooperação bilateral. Diplomatas ocidentais observam que a Rússia tenta manter influência no Oriente Médio enquanto a guerra na Ucrânia consome recursos, e que a visita sinaliza pragmatismo de ambos os lados.
7. Israel recua de ameaça de cortar ajuda humanitária para Gaza após devolução de corpos de reféns – The Guardian, 15/10/2025
O Guardian noticiou que Israel decidiu não reduzir os carregamentos de ajuda para Gaza após o Hamas devolver corpos de reféns, condição exigida pelo governo israelense. De acordo com a reportagem, cerca de 600 caminhões de alimentos e suprimentos passaram pela passagem de Rafah diariamente, volume ainda insuficiente para atender às necessidades de 2,3 milhões de palestinos deslocadostheguardian.com. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a trégua só se sustentará se o Hamas liberar todos os reféns e permitir a entrada de uma força internacional. A reportagem explica que a recuperação de restos mortais é um dos itens mais delicados do cessar-fogo: os corpos podem estar enterrados em áreas bombardeadas, tornando a operação complexa para o Comitê Internacional da Cruz Vermelhatheguardian.com. Há críticas da extrema-direita israelense, que vê a entrega de ajuda como “ceder ao terrorismo”, e de organizações humanitárias que apontam a insuficiência do socorro.
8. Funcionários mortos em incêndio em fábrica de roupas de Bangladesh devido a porta trancada e gás tóxico – Reuters, 15/10/2025
Uma tragédia em Daca matou 16 pessoas em uma fábrica de roupas e depósito de produtos químicos. Um oficial do corpo de bombeiros disse que as vítimas não conseguiram escapar porque a porta que dava acesso ao telhado estava trancada e morreram por inalação de gases tóxicosreuters.com. As autoridades ordenaram o fechamento das fábricas vizinhas e lançaram uma investigação. A indústria de confecção bangladeshiana, que emprega 4 milhões de pessoas e representa mais de 10% do PIB, tem investido em segurança desde os desastres de 2012‑2013reuters.com. Contudo, a presença de depósitos de produtos químicos perto de instalações industriais e a precariedade de escape ainda representam riscos. O incidente reacendeu debates sobre responsabilidade das empresas e implementação de normas trabalhistas, e motivou apelos internacionais por inspeções independentes.
9. Coreia do Sul impõe proibição de viagens para partes do Camboja após cidadãos ficarem presos em centros de golpes – Reuters, 15/10/2025
Seul anunciou um código preto – proibição de viagens – para determinadas áreas do Camboja depois de descobrir que mais de mil cidadãos sul‑coreanos trabalhavam em “centros de golpes” no país. O Ministério das Relações Exteriores enviou uma força‑tarefa para resgatar cerca de 60 pessoas detidas. A medida foi motivada pela morte de um estudante sul‑coreano, que foi sequestrado e torturado por uma ganguereuters.com. Estima‑se que 200 mil pessoas de diversas nacionalidades estejam presas em instalações de fraude online na região, gerando bilhões de dólares em golpesreuters.com. Seul também convocou o embaixador cambojano para exigir cooperação. A ação evidencia a natureza transnacional do crime cibernético e pressiona Phnom Penh a intensificar o combate às redes de extorsão.
Seção 2 – Política Internacional
10. Trump ameaça China com restrições à importação de óleo de cozinha – Reuters, 15/10/2025
Em um comício, Donald Trump afirmou que considerava “encerrar certos laços comerciais” com a China, citando especificamente o comércio de óleo de cozinha usado. Analistas ouvidos pela Reuters disseram que a ameaça teria pouco impacto prático, pois as importações desse produto já haviam caído 65% devido à redução de subsídios e tarifasreuters.com. O discurso, no entanto, visa agradar produtores rurais americanos em meio às eleições presidenciais. A matéria lembra que o “óleo de cozinha usado” é um nicho do comércio bilateral; no último ano, os EUA importaram 20 mil toneladas desse insumo da China, mas exportaram 380 mil toneladas de soja para o país asiático. O governo chinês não reagiu oficialmente, mas especialistas alertam que medidas retaliatórias poderiam afetar outras commodities. A declaração de Trump é vista como parte de sua estratégia de pressão comercial e retórica nacionalista.
11. Chefe da junta de Mianmar admite que eleições não serão realizadas em todo o país – Reuters, 15/10/2025
O líder da junta, general Min Aung Hlaing, reconheceu que as eleições previstas para 2025 não ocorrerão em todo o território birmanês devido à guerra civil. Ele afirmou que parte das 330 cidades são áreas sem censos atualizados e que partidos precisam ter 50 mil membros e capital elevado para concorrer, requisitos que favorecem aliados do regimereuters.com. A junta enfrenta insurgências étnicas em várias regiões e recusa-se a dialogar com o governo de unidade nacional no exílio. Observadores da ASEAN pressionam por um processo inclusivo, mas a junta sinaliza eleições parciais e reitera que só permitirá observadores “amigos”. A comunidade internacional acusa o regime de usar as eleições para legitimar o golpe de 2021.
12. Hungria critica política energética da UE em fórum em Moscou – Reuters, 15/10/2025
Durante o fórum “Russian Energy Week”, o ministro das Relações Exteriores húngaro, Péter Szijjártó, atacou os planos da União Europeia de eliminar as importações de gás russo até 2027, argumentando que tal medida prejudicaria gravemente a Hungriareuters.com. Ele afirmou que Budapeste continuará comprando petróleo e gás de Moscou por “interesse nacional” e criticou as políticas de diversificação do bloco. Szijjártó respondeu a uma pergunta de Donald Trump, que exigira que a Hungria cessasse compras de petróleo russo. A declaração expõe divisões dentro da UE, com países do leste europeu mais dependentes de energia russa defendendo exceções.
13. Kremlin rejeita afirmação de Trump de que BRICS visa enfraquecer o dólar – Reuters, 15/10/2025
Perguntado sobre comentários de Donald Trump, que acusou o grupo BRICS de atacar o dólar, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu que o bloco não foi criado para “alvo” qualquer moeda ou país. Segundo Peskov, a intenção dos BRICS é promover cooperação económica e prosperidadereuters.com. Ele admitiu, entretanto, que os países procuram maior autonomia financeira e que há discussões sobre usar moedas nacionais no comércioreuters.com. O comentário surge num contexto em que Rússia e China buscam reduzir a dependência do dólar em transações internacionais, alimentando o debate sobre uma ordem financeira multipolar.
14. Madagascar: Moscou espera evitar derramamento de sangue após protestos e intervenção militar – Reuters, 15/10/2025
Após protestos juvenis contra cortes de água e energia e acusações de corrupção que levaram militares a assumir o poder em Madagascar, a porta‑voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que Moscou acompanha a situação e espera que seja evitado “derramamento de sangue”reuters.com. Ela apelou à contenção de todas as partes e defendeu um retorno rápido à “normalidade democrática”. A Rússia mantém laços econômicos com o país e teme instabilidade regional. Observadores notam que a intervenção militar, apesar de justificada como “proteção da população”, é vista pela oposição como golpe, e que a falta de legitimidade pode provocar sanções internacionais.
15. Espanha reage às ameaças de Trump de impor tarifas e expulsar país da OTAN – The Guardian (blog ao vivo), 15/10/2025
Em um blog ao vivo sobre a guerra na Ucrânia, a correspondente do Guardian noticiou que o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, repudiou ameaças de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA exigiu que todos os países da OTAN destinassem 5% do PIB a gastos militares, ameaçando expulsar membros que não cumprissem a meta e impor tarifas comerciais. Albares respondeu que a Espanha já aumentou os gastos de defesa, que a OTAN não pertence a um único país e que a retórica de Trump é irresponsáveltheguardian.com. O debate reflete tensões entre aliados sobre partilha de encargos e a instrumentalização política da aliança durante as eleições norte-americanas.
16. Rússia rebate alegação de Trump de colapso econômico no país – versão Reuters – Reuters, 15/10/2025
A vice‑primeira‑ministra russa, Alexander Novak, reagiu a declarações de Donald Trump de que a economia russa estava “à beira do colapso” devido à guerra e sanções. Novak afirmou que a oferta doméstica de gasolina estava estável e que a escassez pontual resultava de ataques ucranianos a refinarias e das elevadas taxas de juros. Ele salientou que o FMI reduziu a previsão de crescimento russo para 0,6%, mas que o país ainda projeta crescimento acima de 1%. Economistas ocidentais consideram que a economia russa sofre, mas que a narrativa de colapso iminente é usada como arma política por ambos os lados. A resposta de Novak pretende transmitir resiliência e contestar a guerra informacional.
17. Rússia rebate alegação de Trump de colapso econômico – versão Guardian – The Guardian (blog ao vivo), 15/10/2025
O mesmo blog do Guardian trouxe um trecho em que autoridades russas ridicularizam a afirmação de Trump de que filas de postos de combustível indicariam colapso econômico. O Kremlin argumentou que as filas eram temporárias, resultado de ataques ucranianos e transição de estoques, e que a economia estava se ajustandotheguardian.com. A reportagem menciona que, para Moscou, Trump tenta explorar a crise energética para convencer os aliados a endurecer sanções, enquanto a Rússia usa a retórica para galvanizar apoio interno. O contraste entre as fontes (Reuters e Guardian) mostra como diferentes veículos destacam nuances e repercussões de declarações políticas.
18. Novos membros da OTAN prometem comprar mais armas dos EUA para Kiev – Associated Press (capturado via WTOP), 15/10/2025
A AP noticiou que Finlândia e Suécia, recém‑integradas à OTAN, comprometeram‑se a comprar mais armas norte‑americanas para a Ucrânia. Em reunião em Bruxelas, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, elogiou o esforço e destacou que a ajuda militar internacional caiu 43% em julho/agosto, exigindo novas fontes de financiamentoapnews.com. O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, afirmou que os aliados destinaram US$ 2 bilhões ao programa PURL, mas Kiev pede US$ 3,5 bilhões para repor seu arsenal. O apoio de Helsinque e Estocolmo reforça a integração dos países nórdicos na aliança e pressiona outros membros a aumentar contribuições. A matéria chama atenção para a dependência da indústria de defesa dos EUA e a disputa eleitoral nos EUA, na qual Trump critica repasses sem contrapartida.
Seção 3 – Economia e Diplomacia
19. “Escuridão de dados” nos EUA projeta sombra global e preocupa formuladores de políticas – Reuters, 15/10/2025
A matéria analítica explica que a paralisação do governo norte-americano interrompeu a divulgação de dados econômicos oficiais, criando um “apagão” de informações que afeta decisões de bancos centrais e governos em todo o mundo. O artigo cita autoridades como o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, e a economista do Banco da Inglaterra, Catherine Mann, que alertaram para o risco de erros de política monetária devido à falta de dados confiáveisreuters.com. O FMI e o Banco Mundial também criticam a politização das estatísticas, enquanto a reforma do sistema estatístico, apoiada por Joe Biden, enfrenta oposição no Congresso. Para países emergentes, a escassez de dados americanos aumenta a volatilidade nos mercados cambiais e dificulta previsões de exportação. A reportagem destaca que o crescimento global projetado para 2025 foi reduzido de 3,5% para 3,2% e que os EUA, apesar de representarem mais de 20% da economia mundial, podem prejudicar o panorama macroeconômico caso não restabeleçam as publicações regulares.
20. Indonésia retoma o comércio internacional de créditos de carbono após quatro anos – Reuters, 15/10/2025
O presidente indonésio Prabowo Subianto emitiu um decreto permitindo que empresas vendam créditos de carbono certificados internacionalmente. A Indonésia havia suspendido esse comércio em 2021 para priorizar metas domésticas; agora permitirá transações com certificadoras internacionais, prevenindo a contagem dupla e criando um registro transparentereuters.com. O objetivo é atrair investimentos para projetos de preservação florestal e usinas de energia renovávelreuters.com. O país planeja atingir neutralidade de carbono até 2060 e já assinou acordos de reconhecimento com padrões internacionais. Economistas veem a medida como um impulso para mercados de carbono globais e um teste para conciliar crescimento econômico com preservação ambiental.
21. ADB e Banco Mundial lançam programa de financiamento para a Rede de Energia da ASEAN – Reuters via Business Recorder, 15/10/2025
A Reuters, via Business Recorder, relatou que o Banco Mundial e o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB) anunciaram um programa conjunto para financiar a rede de energia elétrica da ASEAN (APG). O ADB investirá até US$ 10 bilhões na integração de redes regionais e em projetos de energia limpabrecorder.com. A iniciativa busca conectar países do Sudeste Asiático, facilitar o comércio de energia e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Especialistas dizem que a APG pode estimular o crescimento econômico, melhorar a segurança energética e apoiar metas climáticas, mas enfrentará desafios de harmonização regulatória e financiamento.
22. Autoridade Palestina afirma estar pronta para operar a passagem de Rafah – Reuters, 15/10/2025
Mohammed Shtayyeh, enviado especial da Autoridade Palestina, declarou em Genebra que a entidade está pronta para assumir a gestão da passagem de Rafah, baseada no acordo de 2005 com a União Europeiareuters.com. Ele argumentou que não é necessário negociar um novo acordo e que o regime de inspeção anterior continua válido. A fala ocorre após Israel assumir o controle de Rafah em maio e reduzir a quantidade de caminhões de ajuda pela metade devido à devolução incompleta de corpos de reféns. A Autoridade Palestina quer mostrar capacidade de governança e distanciar-se do Hamas, enquanto pressiona por uma solução política que una Gaza e Cisjordânia sob uma administração reconhecida internacionalmente.
23. Programa Alimentar Mundial alerta para 13,7 milhões de pessoas em risco de fome grave devido a cortes na ajuda – Reuters, 15/10/2025
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) alertou que quase 13,7 milhões de pessoas no Afeganistão, República Democrática do Congo, Haiti, Somália, Sudão do Sul e Sudão correm risco de passar de níveis de “crise” para “emergência” de fome devido a cortes nas doações em 2025. O orçamento do PMA deve cair de US$ 10 bilhões para US$ 6,4 bilhões, o que ameaça décadas de avanços humanitáriosreuters.com. A diretora-executiva, Cindy McCain, afirmou que a falta de financiamento pode forçar a suspensão de programas de alimentação escolar e de assistência a refugiadosreuters.com. O relatório do PMA pede que países do G7 e do G20 cumpram promessas de ajuda e ressalta que conflitos persistentes e eventos climáticos extremos agravam a insegurança alimentar.
24. Senado dos EUA rejeita projeto para encerrar paralisação do governo e shutdown entra na terceira semana – Euronews, 15/10/2025
A Euronews noticiou que o Senado norte-americano, controlado pelos republicanos, rejeitou pela oitava vez um projeto para reabrir o governo, mantendo a paralisação pelo terceiro final de semana consecutivo. O impasse gira em torno do financiamento da saúde pública; democratas exigem a renovação de subsídios do Affordable Care Act, enquanto republicanos querem abordar a questão posteriormenteeuronews.com. Aproximadamente 750 mil funcionários federais estão sem salário. O presidente da Câmara, Mike Johnson, ameaçou não pagar retroativamente os salários e insiste que qualquer negociação ocorra somente após a reabertura do governo. A crise expõe divisões ideológicas profundas e cria incerteza nos mercados, prejudicando ainda mais a já frágil confiança econômica mencionada na matéria da Reuters sobre “apagão de dados”.
Seção 4 – Tecnologia Militar e Defesa
25. União Europeia planeja “muro de drones” contra ameaça russa, mas enfrenta obstáculos políticos e técnicos – Reuters, 15/10/2025
A reportagem investigativa da Reuters revela os debates internos da UE para construir um “muro de drones” – uma rede de sensores, drones interceptadores e sistemas de defesa aérea – após incidentes em que drones russos violaram o espaço aéreo de Polônia e Romênia. A Comissão Europeia quer mobilizar bilhões de euros para erguer uma barreira tecnológica ao longo das fronteiras orientais, aproveitando a experiência da Ucrâniareuters.com. No entanto, grandes países como Alemanha e França hesitam, temendo duplicar capacidades da OTAN e questionando o custo. O plano também enfrenta desafios técnicos: integração de inteligência artificial, padronização de sistemas de comunicação e definição de regras de engajamento. Empresas de defesa pressionam por contratos, enquanto especialistas alertam que sem coordenação política a iniciativa pode fracassar.
26. OTAN e UE cooperam para desenvolver muro de drones e proteger o continente – Reuters, 15/10/2025
Em Bruxelas, o secretário‑geral da OTAN, Mark Rutte, afirmou que a aliança e a União Europeia estão alinhadas na criação de um “muro de drones” para proteger a Europa. Rutte explicou que a OTAN fornecerá capacidades militares e a UE financiará a iniciativa com recursos do mercado internoreuters.com. O anúncio ocorreu antes de uma reunião de ministros da Defesa em que se discutiu o envio de sistemas anti‑drone para Ucrânia. A cooperação demonstra maior integração entre a OTAN e a UE em face da ameaça russa, reduzindo redundâncias e buscando sinergia entre defesas nacionais.
27. Bélgica e Holanda assinarão acordo de compra do sistema de defesa NASAMS – Reuters, 15/10/2025
A Bélgica e os Países Baixos anunciaram a assinatura de um contrato conjunto para adquirir o sistema de defesa aérea norueguês NASAMS, que será utilizado para proteger seu espaço aéreo contra drones e mísseis. O ministro da Defesa belga, Theo Francken, disse que a compra fortalece a cooperação bilateral e que investigações estão em andamento após drones não identificados terem sido avistados sobre uma base militarreuters.com. Além disso, ambos os países planejam instalar mais sistemas anti‑drone e melhorar a cobertura radar. A aquisição reflete a percepção crescente de que ameaças aéreas de baixo custo exigem respostas multilaterais e que pequenos países precisam cooperar para reduzir custos.
28. Finlândia e Suécia comprometem‑se a reforçar o PURL com mais doações para drones e mísseis – The Guardian (blog ao vivo), 15/10/2025
No blog ao vivo do Guardian, os ministros da Defesa da Finlândia e da Suécia declararam que seus países vão aumentar as contribuições ao programa PURL, que permite aos aliados comprar armas dos EUA para a Ucrânia. O ministro finlandês Antti Hakkanen observou que, mesmo após a guerra, a Rússia continuará sendo uma ameaça e que investimentos em drones e mísseis de longo alcance são essenciaistheguardian.com. A ministra sueca Pal Jonson defendeu que a Europa assuma mais responsabilidades e financie a produção de drones para Kiev. A decisão sinaliza a integração dos dois países nórdicos na OTAN e a crescente ênfase em tecnologia militar autônoma para enfrentar ataques russos.
29. NATO procura reforçar defesas aéreas diante das incursões russas – France 24, 15/10/2025
A France 24 relata que, em reunião em Bruxelas, ministros da Defesa da OTAN discutiram como reforçar as defesas aéreas após drones russos cruzarem o espaço aéreo de vários membros do leste europeu. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, exortou os aliados a investir no PURL e indicou que Washington poderia autorizar o envio de mísseis Tomahawk de longo alcance para a Ucrâniafrance24.com. O artigo destaca que a UE prepara um “muro de drones” e que o Kremlin avisou que permitir ataques ucranianos em território russo seria um “erro grave”france24.com. A matéria também menciona que a Polônia e os países bálticos pedem sistemas de defesa adicionais e que os EUA oferecem treinamento para operadores ucranianos.
30. Secretário de Defesa dos EUA pede mais investimentos em armas para Kiev – Reuters, 15/10/2025
Em declarações antes da cúpula da OTAN, o secretário de Defesa americano Pete Hegseth instou os aliados a aumentar os gastos na compra de armas fabricadas nos EUA para a Ucrânia através do programa PURL. Hegseth argumentou que “a paz vem da força” e lembrou que a ajuda militar à Ucrânia caiu 43% em julho e agostoreuters.com. Ele pressionou países como Alemanha e Itália a aderirem, enquanto Mark Rutte confirmou que já foram arrecadados US$ 2 bilhões, longe dos US$ 3,5 bilhões solicitados por Kiev. O artigo nota que a dependência de armas norte‑americanas preocupa alguns aliados europeus, que temem enfraquecer suas próprias indústrias. Ainda assim, a urgência de reforçar as defesas ucranianas levou Suécia, Estônia e Finlândia a anunciar novos aportes.
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