✅ 1. Considerando seus conhecimentos sobre a política externa brasileira durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, julgue como certo ou errado a seguinte afirmativa:( ) A política externa de FHC foi marcada por um confronto sistemático com os Estados Unidos e pela rejeição ativa aos processos de institucionalização econômica da globalização liberal.
Resposta: ErradoComentário:A política externa durante os governos FHC seguiu a diretriz da “autonomia pela participação”, que visava ampliar a inserção do Brasil nos mecanismos centrais de governança global sem necessariamente confrontar as potências estabelecidas. FHC compreendia a globalização como um processo irreversível e procurava inseri-la na racionalidade institucional brasileira, utilizando-se de estratégias de credibilidade macroeconômica e engajamento em fóruns como a OMC, o Mercosul e a Cúpula das Américas. O Brasil, sob sua liderança, buscou construir pontes com os Estados Unidos, sem submissão, mas também sem antagonismo — exemplo disso é o protagonismo brasileiro no fortalecimento do Mercosul dentro de um marco de abertura econômica. A política externa foi, portanto, construtiva, cooperativa e institucionalista, distante de qualquer postura rupturista.👉 Estude em profundidade os eixos doutrinários da PEB contemporânea: https://bit.ly/3PHL6xX
✅ 2.Considerando seus conhecimentos sobre a política externa brasileira no governo Lula, julgue como certo ou errado a seguinte afirmativa:( ) A política externa de Lula reconfigurou os eixos tradicionais da diplomacia brasileira ao priorizar articulações Sul-Sul e a crítica à assimetria das instituições multilaterais, com base em uma concepção ativa de liderança no sistema internacional.
Resposta: CertoComentário:Durante os dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, a política externa brasileira passou por uma inflexão importante. O Itamaraty adotou o conceito de "autonomia pela diversificação", substituindo a busca por inserção nos centros tradicionais por uma estratégia de projeção internacional por meio do fortalecimento do eixo Sul-Sul. A atuação brasileira se destacou na liderança de coalizões como G20 comercial, IBAS, BRICS e UNASUL. Essas iniciativas refletiram um reposicionamento do Brasil no cenário internacional, pautado por um multilateralismo contestatório, voltado à reforma da governança global e à promoção de uma ordem mais equitativa. A diplomacia de Lula teve caráter ativo, propositivo e multifacetado, com forte ênfase no protagonismo do país no Terceiro Mundo e na cooperação técnica entre países em desenvolvimento.👉 Explore os fundamentos do ativismo diplomático brasileiro no século XXI: https://bit.ly/3PHL6xX
✅ 3. Considerando seus conhecimentos sobre a ordem internacional pós-Guerra Fria e os desafios ao multilateralismo, julgue como certo ou errado a seguinte afirmativa:( ) A ascensão de intervenções unilaterais no século XXI, como as promovidas pelos Estados Unidos no Iraque, consolidou o papel da ONU como árbitra legítima dos usos da força no sistema internacional.
Resposta: ErradoComentário:A invasão do Iraque em 2003 pelos Estados Unidos, sem o aval do Conselho de Segurança da ONU, constitui uma das mais claras demonstrações da fragilidade do multilateralismo diante de interesses geopolíticos hegemônicos. Conforme discutido no Manual de Política Internacional (Pecequilo), tal ação representou uma violação do direito internacional e um desafio direto à autoridade da ONU enquanto instância legítima de deliberação sobre o uso da força. A ideia de “intervenção preventiva” promovida por Washington subverteu os marcos normativos da Carta da ONU e contribuiu para o enfraquecimento da confiança no sistema coletivo de segurança. Em vez de consolidar o papel da ONU, esse episódio revelou os limites da sua efetividade diante das assimetrias estruturais do poder internacional.👉 Aprofunde sua análise crítica sobre segurança internacional e multilateralismo: https://bit.ly/3PHL6xX
✅ 4.Considerando seus conhecimentos sobre a dinâmica multipolar emergente no sistema internacional contemporâneo, julgue como certo ou errado a seguinte afirmativa:( ) A ascensão da China no século XXI pode ser interpretada exclusivamente como resultado do colapso soviético, do vácuo deixado pela URSS e da subsequente reorganização da Ásia sob hegemonia americana.
Resposta: ErradoComentário:A emergência da China como potência global não pode ser explicada de modo reducionista apenas pelo colapso soviético. Embora o fim da URSS em 1991 tenha redesenhado o tabuleiro geopolítico da Ásia, o crescimento chinês resulta de uma série de fatores internos e externos mais complexos: reformas econômicas pós-1978 sob Deng Xiaoping, planejamento estatal de longo prazo, inserção estratégica nas cadeias globais de valor e nacionalismo econômico, como discutido no Manual de Política Internacional. A China construiu uma forma híbrida de inserção no capitalismo global sem abrir mão do controle político interno, o que difere tanto do modelo soviético quanto da ordem liberal ocidental. Sua ascensão representa uma transição para a multipolaridade e não uma simples herança da Guerra Fria.👉 Compreenda as bases estruturais da ascensão chinesa: https://bit.ly/3PHL6xX
✅ 5.Considerando seus conhecimentos sobre a história social e cultural da África sob dominação colonial, julgue como certo ou errado a seguinte afirmativa:( ) O domínio europeu entre 1880 e 1935 destruiu todas as formas de agência cultural africana, impondo uma aculturação totalizante baseada na eliminação dos sistemas locais de saber, linguagem e religiosidade.
Resposta: ErradoComentário:Embora o colonialismo europeu tenha imposto uma violência epistêmica brutal sobre as sociedades africanas, conforme apresentado na História Geral da África – vol. VII, ele não foi capaz de obliterar completamente a agência cultural africana. Pelo contrário, diversas comunidades reelaboraram suas tradições, adaptaram elementos coloniais aos seus próprios referenciais e desenvolveram formas híbridas de resistência simbólica. As linguagens africanas foram preservadas em várias regiões, religiosidades sincréticas emergiram e a produção cultural (oral, musical e litúrgica) manteve-se como forma de afirmação identitária. A cultura africana sobreviveu e se transformou, não como mera reação, mas como projeto ativo de recomposição do sujeito histórico no contexto da dominação.👉 Descubra como a cultura africana resistiu e se reinventou sob o jugo colonial: https://bit.ly/3PHL6xX
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