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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Perón, Evita e a Argentina

Apesar da prosperidade e do bem-estar a Argentina não era politicamente feliz. Desde 1930, com a deposição do presidente civil Yrigoyen , pelo gen. Uriburu, a casta militar mandava e desmandava no país. Fraudes eleitorais eram comuns e uma política reacionária caracterizou aquele período da década de 1930, justamente chamada de "a infame". Por influência do fascismo e das vitórias do Eixo na Guerra que se travava na Europa, uma clique de militares - o GOU (Grupo de Oficiares Unidos) , resolveu tomar o poder, destituindo o presidente civil em 1943. Propunham eles o predomínio de uma Argentina branca, caucasiana, autoritária, antiliberal e anticomunista, com vocação hegemônica sobre todo o continente sul-americano. A figura mais influente desse grupo era o coronel Juan Domingo Perón. Nascido em 1895, em Los Lobos, Perón começou a simpatizar com o fascismo quando foi adido militar na Itália e ficou impressionado com as manifestaçõ

Quilombolas da iIha de Marambaia

Marambaia fica localizada em uma ilha no município de Mangaratiba, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. Em abril de 2006, viviam na comunidade 156 famílias. A história de Marambaia está diretamente relacionada com o tráfico de escravos do século XIX. Era na ilha de Marambaia que o Comendador Breves, um importante senhor do café e do tráfico de escravos da época, deixava seus escravos em um período de "engorda", antes de serem vendidos para outros senhores. Há notícias de que por lá passaram pelo menos seis mil escravos. A herança Segundo contam os moradores da ilha, antes de morrer, em 1889, Breves doou toda a ilha para os ex-escravos que ainda permaneciam nela. No entanto, como realizou essa doação apenas verbalmente, sua família não cumpriu esse compromisso e em 1891 vendeu as terras para a Companhia Promotora de Indústrias e Melhoramentos. Em 1905, a ilha foi adquirida pela União. Os quilombolas continuavam vivendo no local quando, em 1939,

Iran has hanged 47 people in three weeks, say human rights groups

Iran has hanged almost 50 people during the past three weeks, according to human rights groups. The International Campaign for Human Rights in Iran (ICHRI) said 47 prisoners, or an average of about one person every eight hours, have been put to death since the beginning of the new year. Most of the executions are believed to be related to drug-trafficking crimes, although at least two were of political activists. The news came as it emerged today that Iranian officials had apparently suspended the sentence of hanging for Sakineh Mohammadi Ashtiani, a 43-year-old woman whose sentence of death by stoning for adultery sparked an international outcry. Zohre Elahian, head of the parliamentary human rights committee, wrote in a letter to the Brazilian president, Dilma Rousseff: "Although the stoning sentence has not been finalised yet, the hanging sentence has been suspended due to her children's pardon." According to Elahian, Mohamma

Markets in muddle

If 2008 was the year of the financial crisis, and 2009 the year of recovery, then 2010 was largely marked by indecision. Equity markets repeatedly rallied and then faltered as they alternately took heart from the strength of corporate profits and fretted over the sustainability of the economic recovery. Perhaps the biggest element of indecision concerned the outlook for inflation. Many people worried that the overhang of debt, and the depressed state of the economy, would cause a prolonged period of deflation, as experienced by Japan over the past two decades. That fear showed up in the steady downward drift of Treasury bond yields, despite the blizzard of government issuance. On the other hand, some investors are concerned that past governments have used inflation as a way of dealing with a heavy debt burden. One can see that fear reflected in the steady rise in gold to an all-time high over the past decade, with bullion easily outperforming the stoc

Nuclear - Acordo Brasil-Alemanha de 1975

Acordo Nuclear Brasil-Alemanha (1975) Para entender o Acordo Nuclear Brasil - Alemanha, assinado em 27 de junho de 1975 durante o governo do general Ernesto Geisel (1974-1979), é necessário realizar um esforço de contextualização histórica, levando em consideração dois importantes fatores: as relações Brasil - Estados Unidos no setor de energia atômica durante a segunda metade do século XX e a política nuclear brasileira desenvolvida nesse período. No decorrer da década de 1950, os Estados Unidos exerciam total supremacia no campo tecnológico-industrial, particularmente no setor da energia nuclear. Diante desse quadro, alguns países em desenvolvimento, entre eles o Brasil, resolveram enfrentar o desafio de desenvolver uma política científica e tecnológica autônoma no campo nuclear. Essa foi a principal motivação para a criação, em 1951, do Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq. Durante seus primeiros anos de existência, o novo órgão pautaria sua política no princípio da autonomia, ape

Waging the currency war

Latin America's economies HAVING quickly shaken off the world recession, many countries in Latin America are prospering again. The region’s economies grew by an average of 6% last year, according to a preliminary estimate from the United Nations Economic Commission for Latin America and the Caribbean. This strong performance, linked in large part to the global commodity boom, has attracted big inflows of foreign cash. With that has come a familiar problem: the region’s currencies have soared in value against the dollar (see chart), making life uncomfortable for Latin American manufacturers. They find themselves priced out of export markets or struggling to compete with cheap imports. Worried governments are launching a battery of measures to try to restrain the value of their currencies. Will they work? This month alone Chile announced it would buy $12 billion of foreign reserves in 2011 and Brazil began requiring its banks to cover 60% of the

Mussolini e o Fascismo

Com o fim da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), a Itália  foi ignorada nos tratados que selaram o conflito. O desgaste social e econômico mal recompensado mobilizou diferentes grupos políticos engajados na resolução dos problemas da nação italiana. No ano de 1920, uma greve geral de mais de dois milhões de trabalhadores demonstrava a situação caótica vivida no país. No campo, os grupos camponeses sulistas exigiam a realização de uma reforma agrária. A mobilização dos grupos trabalhadores trouxe à tona o temor dos setores médios, da burguesia industrial e dos conservadores em geral. A possibilidade revolucionária em solo italiano refletiu-se na ascensão dos partidos socialista e comunista. De um lado, os socialistas eram favoráveis a um processo reformador que traria a mudança por vias estritamente partidárias. Do outro, os integrantes das facções comunistas entendiam que reformas profundas deviam ser estimuladas. O processo de divisão ideológica das esquerdas aconte