Saques em depósitos da UNRWA expõem avanço da fome em Gaza
Relatório de emergência divulgado nesta manhã pela UNRWA descreve o pior episódio de escassez desde o início da guerra:
deslocados palestinos arrombaram cinco depósitos de farinha e feijão administrados pela Agência da ONU em Khan Younis e
Rafah. Testemunhas afirmam que os saques começaram pouco depois do nascer do sol, quando caminhões de distribuição
deixaram de chegar pela oitava semana consecutiva em razão do cerco israelense. Porta-voz do Exército de Israel disse
“investigar a possibilidade” de militantes do Hamas estarem misturados à multidão, justificando a permanência do bloqueio
até que “riscos de desvio” sejam eliminados. Segundo o diretor-geral da UNRWA, mais de 70 % das crianças de Gaza já
apresentam sinais de subnutrição aguda e os estoques podem acabar em 48 h. O texto, atualizado às 13h23 GMT, incluiu o
número de armazéns violados e a resposta do Hamas, que acusou Israel de “usar a fome como arma”. A agência pede uma
ponte marítima temporária e corredores terrestres monitorados pela ONU para evitar “colapso humanitário irreversível”.
Rússia diz que drones ucranianos mataram 7 civis em Oleshky
Vladimir Saldo, chefe da administração russa em Kherson, declarou que dois drones explodiram numa praça central
de Oleshky, cidade ocupada na margem esquerda do rio Dnipro. O primeiro UAV atingiu um quiosque de alimentos e,
segundo ele, o segundo detonou minutos depois, quando moradores corriam para ajudar feridos — táctica que
Saldo chamou de “golpe para acabar com sobreviventes”. Imagens divulgadas pela TASS mostram carros carbonizados
e ambulâncias atravessando destroços em chamas. A agência não pôde verificar a autenticidade dos vídeos.
O Estado-Maior ucraniano declarou que “não comenta operações em território temporariamente ocupado”, mas abriu
investigação sobre a origem do armamento. Atualização das 14h12 UTC elevou o número de feridos para 18 e acrescentou
relato de que fragmentos recuperados exibem peças comerciais chinesas, tese que Kiev usa para pressionar
Pequim a controlar exportações de componentes. Especialistas independentes observam que ambos os lados recorrem
cada vez mais a drones de baixo custo para ataques pontuais fora das linhas de frente.
Outra noite de 100 drones: Kharkiv e Dnipro registram 50 feridos
Pelo terceiro dia seguido, a Rússia lançou vaga maciça de Shaheds sobre o leste da Ucrânia. A Força Aérea
afirma ter interceptado 72 dos 100 drones; os demais foram desviados por guerra eletrônica, mas fragmentos
atingiram bairros residenciais. Em Kharkiv, 47 civis — incluindo duas crianças — ficaram feridos; Dnipro registrou
um morto e três hospitalizados. Hospitais operam em abrigos subterrâneos. Zelensky acusou Teerã de “cúmplice de
assassinato” e requisitou a Washington sanções totais a chips ocidentais que chegam ao Irã via intermediários.
Em Moscou, o Ministério da Defesa alegou que atacou “oficinas militares e depósitos de combustível”. Analistas
do Institute for the Study of War observam que a tática dreno-antiaéreo tem objetivo duplo: pressionar moral
ucraniana e testar defesa eletrônica da OTAN instalada no leste. Matéria foi atualizada às 09h48 GMT com
fotos de crateras em Dnipro e declaração do prefeito Terekhov sobre evacuação de escolas.
Kremlin: Putin quer paz, mas processo “não pode ser apressado”
Em coletiva matinal, Dmitry Peskov confirmou que o presidente Putin “continua aberto” a discussões diretas com
o governo Zelensky, mas frisou que “não se resolve um conflito tão profundo em 48 horas porque alguém em
Washington acha conveniente”. O porta-voz citou como causas-raiz “a postura anti-russa da OTAN” e a “lei de
língua” ucraniana. Perguntado sobre o plano americano que cria zonas de segurança monitoradas por forças
europeias, Peskov disse “ter pontos positivos” mas reclamou da exigência de retirada russa da Crimeia.
Atualização das 10h37 UTC trouxe trecho em que Peskov admite avaliar “propostas criativas” sobre Donbas,
desde que incluam garantias de neutralidade da Ucrânia. Em Kiev, conselheiro Mykhailo Podolyak chamou a fala
de “propaganda” e reiterou que a condição mínima é cessar-fogo completo antes de tratar de território.
Turquia rejeita “descentralização” da Síria exigida por curdos
O ministro turco das Relações Exteriores, Hakan Fidan, declarou após reunião em Doha que qualquer proposta de
conferir autonomia ampla às Forças Democráticas Sírias, lideradas pelos curdos, é “linha vermelha” para Ancara.
Fidan teme que um modelo federal fomente separatismo entre curdos turcos e legitime a presença do PKK
na fronteira. A declaração ocorre às vésperas da retomada, sob patrocínio russo, das conversas sobre
constituição síria em Astana. Diplomatas ocidentais veem a rejeição como sinal de que a Turquia tentará
trocar aprovação da reforma por luz verde para uma nova “zona de segurança” de 30 km dentro da Síria.
A Agência Anadolu acrescentou nota às 12h41 local citando fontes de segurança que preparam “operação
pontual” contra redutos do YPG em Tel Rifaat.
Netanyahu prioriza reféns, mas mantém meta de “vitória total” sobre Hamas
Falando no quartel da 162ª Divisão, Benjamin Netanyahu afirmou que a libertação dos 133 israelenses ainda
cativos em Gaza “não conflita” com o objetivo de “desmantelar totalmente” o Hamas. Grupos de familiares
bloquearam ontem a rodovia Ayalon exigindo troca ampla de prisioneiros; o premiê classificou os protestos
como “entendíveis, mas que não devem minar a determinação nacional”. O gabinete de guerra aprovou operação
limitada em Rafah para “pressionar Hamas à mesa”, segundo fontes. A matéria em live-blog foi atualizada
durante o dia com declarações do conselheiro de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, que admitiu conversas
indiretas no Cairo mediadas pelo Qatar para um cessar-fogo de seis semanas e libertação faseada de reféns.
Ao vivo: Trump participa do Dia Nacional de Oração e discursa no Alabama
O Washington Post mantém feed atualizado desde as 07h51 EDT traçando minuto-a-minuto do centésimo dia
de governo Trump. Pela manhã, o presidente se reuniu com líderes religiosos no Capitólio para o
National Prayer Day, destacando “liberdade de expressão nas igrejas” e elogiando pastores
que “defenderam a verdade durante a pandemia”. À tarde, viajou a Montgomery, Alabama, para
pronunciar discurso de formatura na Faulkner University, onde prometeu “economia mais forte que nunca” e
citou batalha judicial sobre tarifas. O live-blog também acompanha reações no Congresso, dados de emprego
que serão divulgados amanhã e protestos de estudantes contra cortes de bolsas Pell. Entradas marcadas
“Updated xx:xx PM ET” fornecem trechos do discurso e análises de especialistas.
Prova de cidadania para votar: lição do Arizona à proposta de Trump
Reportagem investiga o piloto de “proof-of-citizenship” implementado em Phoenix para novos
eleitores. Dados obtidos via Lei de Registros Públicos mostram que 11 % dos pedidos foram
rejeitados por falhas de sincronização entre cartórios de registro civil e o DMV,
incluindo veteranos nascidos fora de bases militares. O Secretário de Estado Jeff DeWit
pede US$ 9 milhões para atualizar sistemas e evitar repetição em novembro de 2026. A Casa
Branca cita o Arizona como modelo para o projeto de lei “Voter Integrity Act”, mas críticos
enfatizam riscos de supressão eleitoral. Especialista da ACLU diz que corrigir falhas
custará mais que programas clássicos de checagem pós-eleição. Atualização das 14h45 ET
incluiu declaração de Trump no Alabama, apoiando padrão nacional “sem exceções”.
UE prepara “plano B” se EUA abandonarem negociações de paz, diz FT
Reportagem da Reuters repercute entrevista da primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas,
ao Financial Times, revelando esboço de plano europeu caso Trump abandone o formato de
negociação trilateral EUA-Rússia-Ucrânia. O “plano B” inclui prolongar sanções energéticas,
criar fundo extra de € 50 bi para defesa ucraniana e acelerar adesão de Kyiv à UE.
Diplomatas apontam risco de ruptura transatlântica e pressão sobre Berlim para liderar
cooperação militar. A nota acrescenta que líderes do Báltico buscam envolver Canadá e
Japão para compensar eventual vácuo americano.
China confirma contato dos EUA para negociar tarifa de 145 %
A CCTV informou que funcionários do USTR iniciaram, via videoconferência, discussões
técnicas sobre exclusões de produtos como semicondutores de baixa potência e equipamentos
médicos. Pequim quer reciprocidade e suspensão da regra “regras de origem de 51 %” que
eleva sobretaxas. Analistas veem sinal de que Washington teme pressão inflacionária antes
das eleições de meio de mandato. Atualização das 12h11 UTC inclui comentário do Ministério
do Comércio chinês afirmando que “economia não deve ser refém de agendas eleitorais”.
Grécia assume presidência do Conselho de Segurança da ONU em maio
Em nota distribuída às missões, a Grécia delineou três debates-chave: resiliência de
infraestruturas críticas a ciberataques, segurança alimentar em zonas de conflito e
relação clima-paz. O chanceler Giorgos Gerapetritis presidirá reunião ministerial em 20 mai
com participação do secretário-geral António Guterres. Atenas quer aprovar resolução
criando grupo de especialistas em ciberdefesa da ONU. Diplomatas veem disputa entre EUA
e Rússia sobre linguagem que vincula “atores estatais” a ataques. Agenda também inclui
briefings semanais sobre Ucrânia, Gaza e Sudão.
Singapura: premiê pede reeleição para lidar com tensão EUA-China
O primeiro-ministro Lawrence Wong declarou, em comício no distrito de Jurong, que
a próxima legislatura “precisará de experiência” para navegar entre Washington
e Pequim. Citou possível desaceleração do setor eletrônico se as tarifas de 145 %
de Trump forem mantidas e defendeu estratégia de “compasso aberto” para atrair
empresas de semicondutores americanas e chinesas. A oposição Progress Singapore Party
acusou o governo de depender excessivamente de subsídios. Pesquisas mostram o
Partido da Ação Popular à frente, mas com menor margem histórica. Observadores
esperam participação recorde de jovens.
Banco da Inglaterra pode acelerar cortes após choque tarifário
Nota do UBS projeta que o Banco da Inglaterra reduzirá a taxa básica para 4 % em
agosto, ante 4,5 % agora, caso a guerra tarifária continue minando exportações.
O governador Andrew Bailey admitiu “espaço” para afrouxar caso inflação núcleo
mantenha tendência de queda. A libra valorizou 0,4 % a US$ 1,37, maior nível desde
2022, impulsionada por fluxo para ativos europeus. Economistas alertam que moeda forte
pode apertar condições financeiras. Atualização das 03h27 UTC incluiu novos preços de
contracts-for-difference apontando 55 % de chance de corte em agosto.
Ouro recua 1,6 % com dólar forte e alívio nas tensões comerciais
Os preços do ouro à vista caíram para US$ 2 268/oz após sinalizações de Pequim e
Washington de que buscarão “rota de cooperação” sobre tarifas. O índice dólar subiu
0,3 %, pressionando metais. Analistas da TD Securities lembram que próxima leitura
do payroll — amanhã — pode revigorar apostas de corte de juros, o que daria suporte
ao metal. A prata recuou 1,9 % e a platina 1,2 %. Atualização das 11h GMT acrescentou
comentário da Federação de Ouro da China prevendo alta sazonal da demanda joalheira
no segundo semestre.
OMS apoia uso global de medicamentos anti-obesidade, mas custo preocupa
Documento interno obtido pela Reuters mostra que a Organização Mundial da Saúde
planeja recomendar o uso de GLP-1 de longa ação, como semaglutida, para tratamento de
obesidade fora de contextos clínicos restritos. A agência ressalta que preço — acima
de US$ 550/mês em alguns países — pode limitar adoção em nações de renda média. A
diretriz final deverá incluir cláusula incentivando licenças compulsórias quando
governos não alcançarem acordos de preço justo. Indústria farmacêutica insiste que
custos refletem P&D. O texto, previsto para votação em junho, foi revisado às 11h07 UTC
para acrescentar tabela comparativa de preços regionais.
Acordo EUA-Ucrânia de minerais é “sinal a Moscou”, diz Tesouro
Falando a jornalistas em Varsóvia, a secretária do Tesouro, Marisa Bessent, disse que o
pacto garante acesso preferencial dos EUA a lítio, níquel e elementos de terras raras
ucranianos, enquanto oferece US$ 6 bi em empréstimos para infraestrutura de energia.
Analistas veem movimento como contrapeso a dependência europeia da China e meio de
enviar “recado econômico” à Rússia. Parlamentares ucranianos devem ratificar acordo
ainda hoje. Moscou chamou o plano de “apropriação de ativos”. Atualização das 12h11 UTC
agregou lista de minas que serão priorizadas.
Parlamento de Kyiv acelera ratificação de pacto de minerais
A Rada Suprema incluiu o tratado EUA-Ucrânia em sessão extraordinária após pressão do
gabinete de Zelensky. Deputados do partido Batkivshchyna pedem cláusulas de
segurança que obriguem Washington a defender rotas de exportação frente a ataques
russos. Líder da maioria diz que acordo abre acesso a linhas de crédito do Ex-Im
Bank e alavanca reconstrução. Votação deve ocorrer à noite, exigindo maioria simples.
PMI chinês despenca; mercados globais ficam cautelosos
Índice oficial de gerentes de compras da China caiu para 47,1 pontos em abril,
abaixo dos 50 que indicam expansão, pressionando bolsas na Ásia e Europa.
Exportadores japoneses subiram com yen fraco, porém bancos recuaram temendo
lucros menores. O corte de previsão do Banco do Japão para crescimento 2025
derrubou o yen a ¥ 158 por dólar, máxima em 34 anos. Casas de análise revisam
PIB global para 2,3 %. Matéria atualizada às 09h26 UTC inseriu reação do
ministro chinês da Indústria, afirmando que estímulos de infraestrutura serão
acelerados no segundo semestre.
EUA encomendam avião presidencial provisório à L3Harris
Com atrasos no novo Air Force One da Boeing, o Pentágono recorreu à L3Harris para
modernizar um 747-8i usado como backup. A plataforma receberá suíte de comando
aéreo, blindagem eletromagnética e contramedidas de infravermelho. Fontes dizem
que custo chegará a US$ 680 mi. O contrato requer certificação FAA e capacitação de
tripulação até dezembro. Atualização das 10h46 UTC detalhou cronograma de pintura
e instalação de tanques extras de combustível.
BOE avalia impacto das tarifas em fornecedores de defesa do Reino Unido
Boletim do Financial Times Markets afirma que o forte avanço da libra, somado às
tarifas de 145 % impostas por Trump a aço e alumínio, ameaça margens de BAE Systems,
Leonardo UK e Rolls-Royce Defence. Investidores temem que governos europeus
posterguem contratos devido a aumento de custos, impactando cronogramas de
modernização da OTAN. Analistas do Citi calculam que cada 5 % de apreciação da
moeda reduz lucro operacional da BAE em £ 120 mi. A nota também discute possível
apoio do Banco da Inglaterra em linhas de crédito preferenciais para exportação de
equipamentos, caso pedidos sejam atrasados. Publicada às 08h00 BST.
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