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Estados Unidos no século XIX e Imperialismo europeu. Questões discursivas com gabarito comentado.


1.   Frederick Jackson Turner, em “O significado da fronteira na história americana” (1893), apresentou-nos um determinado imaginário sobre o Oeste: “Até os nossos dias, a história americana foi em grande medida a história da colonização do Grande Oeste. A existência de uma área de terras livres, sua contínua recessão e o avanço do povoamento americano em direção ao Oeste, explicam o desenvolvimento americano.”



Comparando as duas perspectivas - o texto e o mapa - sobre a expansão territorial no século XIX:

a) responda se o Oeste era uma região despovoada aguardando a colonização pelo homem branco e justifique sua resposta;
b) cite duas motivações econômicas que tenham levado o grande capital a investir nessa expansão territorial atraindo para lá imigrantes e habitantes das cidades do Leste.


Resposta:

a) Obviamente todas as terras estavam ocupadas por diferentes comunidades indígenas, tais como, Cherokees, Creek, Seminoles, Navajos, Sioux, Comanches, Shoshoni e Apaches são algumas das mais conhecidas. Desde 1830, o Decreto de Remoção Indígena (Indian Removal Act) confinou 60 mil índios de 5 tribos consideradas civilizadas no chamado Território Indígena (atual estado de Oklahoma). A partir de 1870 o governo federal deixou de reconhecer as tribos como entidades independentes e de negociar com os chefes tribais. Os índios sofreram o processo de aculturação e foram forçados a abandonar a sua cultura e assimilar a cultura ocidental. Finalmente, o Dawes Severalty Act, de 1887, autorizou o presidente a dividir as terras das tribos indígenas, criando lotes para indivíduos indígenas somente.
Também o Texas (anexado em 1845) e os territórios conquistados ao México durante a guerra (1846-48) – Califórnia, Arizona, Utah, Novo México, Oregon, Washington e Colorado – contavam com a presença de populações hispano-americanas.

b) Havia muitos motivos econômicos que podem ser citados para a “Marcha para o Oeste”, tais como: a mineração na região da Califórnia em 1848, a criação de gado, o desenvolvimento da agricultura em grande escala/em especial as plantations no Novo Sul (algodão), petróleo e a construção de ferrovias (Northern, Central e Southern Pacific) cruzando o continente. Foi muito importante para o sucesso desses investimentos a política do governo de promoção da ocupação dessas terras por meio do Homestead Act (1862) que se deu no governo de Lincoln: decreto do Congresso que autorizava todo chefe de família e cidadão americano acima de 21 anos reclamar até 160 acres de terras públicas no Oeste, sem qualquer custo, pagando apenas a pequena taxa do seu registro.



  
2.   No fim do século XIX, Frederick Jackson Turner elaborou uma tese sobre a “fronteira” como definidora do caráter dos Estados Unidos até então. A força do indivíduo, a democracia, a informalidade e até o caráter rude estariam presentes no diálogo entre a civilização e a barbárie que a fronteira propiciava. As tradições europeias foram sendo abandonadas à medida que o desbravador se aprofundava no território em expansão dos Estados Unidos.

Em relação à questão da fronteira nos Estados Unidos, responda:
a) De quais grupos ou países essas terras foram sendo retiradas no século XIX?
b) O que foi o “Destino Manifesto” e qual seu papel nessa expansão?


Resposta:

a) Grupos indígenas, França, Espanha, México (destaque para a Guerra dos EUA contra o México), Rússia.
b) Os EUA ligavam a sua expansão territorial a uma missão divina de levar o progresso e a liberdade aos povos e territórios conquistados.



  
3.   Leia a letra da canção e o documento que seguem.

Fruta estranha

Árvores do sul produzem uma fruta estranha,
sangue nas folhas e nas raízes,
corpos negros balançando na brisa do sul,
frutas estranhas penduradas nos álamos.

Cena pastoril do valente sul,
os olhos inchados e a boca torcida,
perfume de magnólias, doce e fresco,
então, o repentino cheiro de carne queimando.

Aqui está a fruta para os corvos arrancarem,
para a chuva recolher, para o vento sugar,
para o sol apodrecer, para as árvores derrubarem,
aqui está a estranha e amarga colheita.

MEEROPOL , Abel. Strange Fruit. In: MARGOLICK, David. Strange Fruit: Billie Holiday e a biografia de uma canção. São Paulo: Cosac Naify, 2012. (Adaptado).


Todas as pessoas nascidas e naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas à sua jurisdição, são cidadãos dos Estados Unidos e dos estados em que residem. Nenhum Estado poderá fazer ou criar qualquer lei que crie privilégios e imunidades para cidadãos dos Estados Unidos; nenhum Estado poderá privar qualquer pessoa da vida, liberdade e propriedade, nem negar para qualquer pessoa a igual proteção das leis.

XIV EMENDA À CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 1868. Disponível em: . Acesso em: 15 abr. 2013. (Adaptado).


A composição “Fruta estranha” ficou conhecida, nos Estados Unidos, pela interpretação de Billie Holiday, que a cantou, pela primeira vez, em 1939. Desde então, essa composição tornou-se símbolo de protesto, aludindo a uma prática cotidiana contrária à emenda constitucional, datada de 1868. Considerando-se o exposto, explique

a) a relação entre a composição e a questão racial, com base no contexto da Guerra Civil norte-americana (1860-1865);
b) como a metáfora “fruta estranha” refere-se à contradição entre as leis e as práticas político-sociais do sul dos Estados Unidos.  


Resposta:

a) O sul dos EUA, na época colonial, era agrário e escravocrata. Depois da independência, a escravidão foi mantida nos estados do sul e, apesar de a constituição prever que “nenhum estado poderá privar qualquer pessoa da vida, liberdade e propriedade”, os negros eram excluídos e explorados pelos sulistas. É sobre isso que versa a canção. E uma das razões para a guerra civil norte-americana foi a insistência do norte em abolir a escravidão.

b) Apesar das leis preverem o respeito a qualquer cidadão norte-americano, afirmando que “nenhum estado poderá privar qualquer pessoa da vida, liberdade e propriedade”, os negros, no sul dos EUA, eram tratados como uma “fruta estranha”, alguém a quem a lei não se aplica e, por isso, existia uma grande contradição entre a lei e a ação dos brancos sobre os negros no sul norte-americano.



  
4.   A formação das nações americanas do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul se processou a partir de relações históricas distintas e, desse modo, desenhou sociedades cujos valores culturais e sociais assumiram perspectivas políticas variadas e diversas. Entretanto, é possível estabelecer entre elas alguns pontos comuns com relação ao seu processo histórico e às ideias matrizes vindas da Europa.

Levando em conta, a afirmação acima,
a) indique o movimento de ideias que foi comum às duas regiões, tanto ao Norte quanto ao Sul, no que diz respeito aos processos de independência, e explique uma diferença nos seus processos de formação de estados nacionais, tomando como referência a expansão europeia dos séculos XVI e XVII;
b) explique o significado de “destino manifesto”, presente na formação dos Estados Unidos da América a partir de 1776.


Resposta:

a) Os candidatos devem responder Iluminismo ou Luzes ou Ilustração e a seguir explicar as diferenças entre os dois processos de colonização, podendo referir-se às metrópoles às quais os espaços colônias se referem, mostrando as diferenças entre elas e ou as diferenças no processo de ocupação, podendo levar em conta as relações sociais de produção, as formas de organização da propriedade, as regiões onde esses processos se verificaram, a expansão nos territórios coloniais ou, ainda, o desenvolvimento das ideias que levaram aos processos de independência.
Normalmente, consideramos que, no Hemisfério Norte, se desenvolveram colônias de povoamento, com refugiados religiosos, que organizaram a pequena propriedade de produção diversificada e desenvolveram um comércio local, apoiados no trabalho livre. Ao mesmo tempo, no Hemisfério Sul, se desenvolveram colônias de exploração, baseadas no latifúndio monocultor, voltado para a exportação, com trabalho escravo.
b) Os candidatos devem explicar que o destino manifesto foi a doutrina que inspirou o processo expansionista norte-americano realizado através de guerras e de compras de território. O destino manifesto significava que o povo americano era inspirado por Deus para realizar a obra civilizatória na América, ideia esta, de base calvinista que, ao longo do tempo deixou de ser vista do ponto de vista pessoal e passou a ser encarada do ponto de vista coletivo – “o povo americano tem seu destino traçado por Deus” -. Isso justificava a expansão.
Após a independência houve um crescente desenvolvimento econômico do qual resultou um intenso crescimento populacional. A combinação desses dois elementos propiciou o alargamento do território originalmente ocupado, levando a “marcha” que ampliou as fronteiras em várias direções. Os candidatos podem mencionar o exemplo da política de compras aos franceses, a partir do início do século XIX, e aos espanhóis, gerando a incorporação dos territórios da Louisiana e da Flórida. Ou, após a primeira metade do século XIX, o exemplo da anexação do Alasca dominado pelos russos ou, ainda, dar o exemplo da conquista do Oregon aos ingleses, ou do Texas conquistado aos mexicanos.



  
5.   Leia o excerto do documento abaixo.

Temos diante do cumprimento de nossa missão – para todo desenvolvimento do princípio de nossa organização – a liberdade de consciência, a liberdade da pessoa, a liberdade de comércio e negócios, a universalidade da liberdade e da igualdade. Esse é o nosso elevado destino, eterno e inevitável, decreto da natureza de causa e efeito, que devemos realizar. Tudo isso será a nossa história futura para estabelecer na terra a dignidade moral e a salvação do homem. Para levar essa missão abençoada às nações do mundo, que estão afastadas da luz que dá vida de verdade, foi escolhida a América. Então, quem pode duvidar que o nosso país será destinado a ser a grande nação do futuro?

SULLIVAN, John O'. Destino Manifesto, 1839. Disponível em: . Acesso em: 11 out. 2010. [Adaptado]

Esse discurso, conhecido como Destino Manifesto (1839), expressava as bases nas quais se sustentava a política externa dos Estados Unidos. Além disso, ele produziu uma imagem sobre a nação norte-americana que permanece sendo atualizada. Diante do exposto, explique a relação entre

a) os princípios do Destino Manifesto e a autoimagem da nação norte-americana;
b) essa autoimagem e a política externa norte-americana, na década de 1840.


Resposta:

a) O Destino Manifesto (1839) explicita dois princípios, o de povo escolhido por Deus (destinado) e o da premência de uma missão civilizatória (expansão). A relação entre discurso religioso e político, presente no Destino Manifesto, reafirmará, constantemente, a imagem de um país que tem uma missão planetária, zelando pela liberdade e impondo-se como uma grande nação. Essa autoimagem da nação se vê atualizada nos discursos políticos norte-americanos e na empreitada cinematográfica hollywoodiana.
b) A relação entre a autoimagem norte-americana e sua política externa, na década de 1840, explicita-se no fato de que o Destino Manifesto expressa um estímulo à expansão, não apenas de territórios, mas de ideias. A expansão geográfica viu-se efetivada na Marcha para o Oeste, que conquistou territórios para a nação norte-americana por meio de uma política externa ora ofensiva (a Guerra com o México e a dizimação das tribos indígenas), ora diplomática (a compra de territórios que pertenciam aos países europeus). A expansão de ideias dependeria de um movimento contínuo de exportação de políticas culturais, conhecido como “americanismo”.



  
6.   Nos Estados Unidos da década de 1870, o projeto político sulista de excluir os negros venceu. Os Republicanos Radicais ficaram isolados em sua defesa dos negros e tiveram que enfrentar a oposição violenta do terrorismo branco no sul. A Ku Klux Klan, formada por veteranos do exército confederado, virou uma organização de terroristas, perseguindo os negros e seus aliados com incêndios, surras e linchamentos. A depressão de 1873 apressou o declínio dos Republicanos Radicais, que sentiram a falta do apoio financeiro dos bancos. Para o público, a corrupção tolerada pelos Republicanos Radicais agora parecia um desperdício inaceitável.
            (Adaptado de Peter Louis Eisenberg, "Guerra Civil Americana". São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 102-105.)

a) De acordo com o texto, aponte dois fatores que levaram à vitória do projeto de exclusão dos negros no sul dos Estados Unidos após a Guerra da Secessão.
b) Quais foram as causas da Guerra da Secessão?


Resposta:

a) Segundo o texto, o enfraquecimento dos republicanos radicais (favoráveis aos negros) causado pela redução do apoio financeiro dos bancos a eles, devido a depressão de 1873. Por outro lado, desencadeou-se a atividade terrorista praticada pela Ku Klux Klan contra os negros nos estados sulistas.

b) Diferenças entre o Norte e o Sul dos Estados Unidos, sendo o primeiro industrial, burguês, abolicionista e defensor do protecionismo alfandegário; já o Sul era agroexportador, aristocrático, escravista e defensor do livre-cambismo.



  
7.   Nos Estados Unidos, a expansão para o Oeste se completou no final do século XIX. Discorra sobre esse fenômeno histórico no que se refere
a) à questão indígena e à incorporação de terras para a agricultura.
b) ao Oeste, como temática da cultura norte-americana, por exemplo na literatura, no cinema e nos meios de comunicação.


Resposta:

a) Durante o processo de expansão para o Oeste, ocorrido nos Estados Unidos no século XIX, as terras, que eram originalmente ocupadas por diferentes povos indígenas, foram invadidas para a promoção do alargamento das fronteiras agrícolas. O governo norte-americano recorreu ao confronto com os nativos, o que resultou no massacre das populações indígenas e no confinamento dos sobreviventes em reservas. O Estado estimulava a ocupação das terras do Oeste através do Homestead Act, lei que assegurava a imigrantes europeus um lote de terras do Estado após 5 anos de permanência em regime de posse. Tal política visava incentivar a imigração europeia, não incluindo os índios no projeto de desenvolvimento econômico.

b) Na literatura, no cinema e nos demais meios de comunicação, a expansão para o Oeste é retratada como uma conquista de heróis desbravadores, personificados na figura dos pioneiros (e, em particular, do cowboy), possuidores dos valores morais de justiça e religiosidade da sociedade branca norte-americana. Os índios são retratados como inimigos a serem mortos ou povos inferiores a serem civilizados.



  
8.   Uma casa dividida contra si mesma não subsistirá. Acredito que esse governo, meio escravocrata e meio livre, não poderá durar para sempre. Não espero que a União se dissolva; não espero que a casa caia; mas espero que deixe de ser dividida. Ela se transformará só numa coisa, ou só na outra.
            (Citado em JUNQUEIRA, Mary A. "Estados Unidos: a consolidação da nação". São Paulo: Contexto, 2001, p. 79.)

A partir do trecho transcrito do famoso discurso "A casa dividida", pronunciado por Abraham Lincoln, na convenção republicana de 1858, responda as questões propostas.
a) A que "casa" o autor se refere?
b) Como essa "casa" se encontrava "dividida"?
c) Apresente dois motivos centrais que a tornavam "dividida".
d) De que forma ela "se transformará"?
e) No que ela "se transformará", afinal?


Resposta:

A "casa" a que Lincoln se refere são os EUA. O país estava cindido politicamente entre o Sul e o Norte. Várias questões o dividiam. Uma delas dizia respeito à controvérsia sobre a escravidão; em linhas gerais, o Norte condenava o regime escravocrata, e o Sul o defendia, o que se acirrou com a expansão para o Oeste, visto que a definição do modo de trabalho nas novas áreas colonizadas concorreria para a hegemonia de um ou de outro. Outro motivo de discordância advinha da intervenção do Estado na economia. O Norte, industrializado, prezando o protecionismo (tarifas altas de importação, um Banco Central forte); o Sul, agrícola, o livre-mercado. Com a vitória da União sobre os Estados Confederados da América, na Guerra de Secessão (1861-1865), a escravidão foi abolida em todo o país, mediante a 139 (Décima Terceira) Emenda. A Lei de Emancipação, aprovada em 1863, libertara somente os escravos das áreas fora do domínio da União, devendo-se mais a objetivos militares.



  
9.         Se vendemos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas flores dos bosques.
            Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: o homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
            Sou um selvagem e não compreendo outro modo. Tenho visto milhares de búfalos apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.
            (Carta do chefe índio Seattle ao presidente dos Estados Unidos, que pretendia comprar as terras de sua tribo em 1855.)

a) Identifique uma diferença na maneira do chefe índio e dos brancos entenderem a relação entre o homem e a natureza.
b) Explique as consequências, para a população indígena dos Estados Unidos, do contato com os brancos.


Resposta:

a) Nas palavras do chefe índio, evidenciam-se valores de uma sociedade estruturada a partir do coletivismo e da subsistência e que respeita a natureza. Quanto aos brancos, a preocupação com a produção de excedentes, o imediatismo do lucro e a valorização da propriedade são valores que induzem à destruição da natureza.

b) A população indígena, quando não foi vitimada pelo extermínio, perdeu seus territórios, teve desarticuladas suas formas de produção ou foi aculturada pelo homem branco.



  
10.   A desagregação da ordem escravista ocorreu de modo diverso no Império do Brasil e nos Estados Unidos da América, no decorrer da segunda metade do século XIX.
a) Tendo como referência os seus conhecimentos e a charge reproduzida a seguir, caracterize uma diferença entre escravistas, emancipacionistas e abolicionistas no Império do Brasil, nas duas últimas décadas da escravidão.


b) No caso dos EUA, a extinção da escravidão ocorreu em condições históricas marcadamente diferentes daquelas verificadas na sociedade imperial brasileira. Descreva essas condições.


Resposta:

a) Emancipacionistas e abolicionistas diferenciaram-se dos escravistas por terem promovido a defesa do fim da escravidão. Tal debate ocorreu, entre outros espaços sociais, na Câmara dos Deputados, em função da elaboração das leis editadas a partir de 1871, e, de forma expressiva, na imprensa, como é exemplificado pela charge da Revista Ilustrada, de 1887. A mesma permite identificar algumas diferenças entre emancipacionistas e abolicionistas. Os primeiros defenderam o fim da escravidão pela via jurídico-parlamentar nos limites da ordem política então vigente, sem maiores preocupações com a posterior integração do ex-escravo na nova condição de trabalhador livre. Alguns emancipacionistas defenderam a imigração europeia subvencionada pelo Estado para a resolução da questão da mão de obra. Já os abolicionistas entenderam o fim da escravidão como uma mudança cujas implicações afetariam o próprio exercício da cidadania, o que os levou a desenvolver reflexões no sentido de adequar o ex-escravo às novas condições de vida. Houve, inclusive, abolicionistas que estimularam as fugas coletivas de escravos, com o objetivo de apressar o que parecia se arrastar no âmbito da decisão parlamentar.

b) No caso dos Estados Unidos, o fim da escravidão esteve associado à Guerra de Secessão (1861-65) e às divergências, por vezes irreconciliáveis, no âmbito do debate político-parlamentar, entre escravistas e abolicionistas. A eleição de Abraham Lincoln e a vitória dos Estados do norte, no confronto militar então instaurado, selaram a extinção do escravismo nos quadros de uma sangrenta guerra civil.




TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
VÁ PARA O OESTE, JOVEM, E CRESÇA COM O PAÍS.

Essa expressão, criada por Horace Greeley, em 1851, simboliza a expansão territorial realizada pelos Estados Unidos ao longo do século XIX.


11.   Cite duas estratégias utilizadas pelos E.U.A. para a expansão de suas fronteiras, ao longo do século XIX.


Resposta:

Duas dentre as formas de expansão territorial:
- compra de territórios (Flórida, Alasca)
- guerras (contra o México e a Espanha)
- negociação com potências estrangeiras (Grã-Bretanha e Rússia)



  
12.   Relacione a "marcha para o oeste" com a doutrina do "Destino Manifesto".


Resposta:

A "marcha para o oeste" significou a anexação dos territórios situados a oeste da faixa atlântica, trecho original do país ao declarar sua independência e teve como justificativa ideológica a doutrina do "Destino Manifesto" que pregava a ideia de que os americanos tinham sido predestinados a dominarem a América.



  
13.                               1899
                        Nova lorque
MARK TWAIN PROPÕE MUDAR A BANDEIRA

            (...) Em plena euforia imperial, os Estados Unidos celebram a conquista das ilhas do Havaí, Samoa e as Filipinas, Cuba, Porto Rico e uma ilhota que se chama, eloquentemente, dos Ladrões. O oceano Pacífico e o mar das Antilhas viraram lagos norte-americanos, e está nascendo a United Fruit Company; mas o escritor Mark Twain, velho estraga-festas, propõe que se mude a bandeira nacional: que sejam negras, diz, as listas brancas, e que umas caveiras com tíbias cruzadas substituam as estrelas.(...)"
            (GALEANO, Eduardo. "As Caras e as Máscaras". Nova Fronteira, Rio, 1985. p.341.)

Há exatos cem anos, os Estados Unidos da América estavam inseridos em um processo de dominação territorial e econômica que afetou, igualmente, as grandes potências europeias e o Japão.

a) Nomeie esse processo e cite uma de suas principais características econômicas.

b) Explique as razões de Mark Twain para sua proposta.


Resposta:

a) Imperialismo

b) Mark Twain discordava dos critérios violentos com que se processavam as conquistas imperialistas em particular aos norte-americanos.



  
14.   “A Ásia, que tinha sido berço das grandes civilizações, a cujo gênio a humanidade deve seus primeiros progressos fundamentais, como a domesticação dos animais, a agricultura, a criação de animais, a cerâmica, a metalurgia, o papel, a pólvora etc, bem como as instituições de vida social (cidades, Estados organizados, moeda, a escrita), perdeu, ao longo de dois séculos de dominação europeia, cinco milênios de autonomia e liderança”.

Fonte: LINHARES, Maria Yedda. Em face do imperialismo e do colonialismo. In: SILVA, Francisco Carlos Teixeira da et al. Impérios na História. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.


O texto faz referência às “perdas da Ásia” em “dois séculos de dominação europeia”.

a) Identifique uma dessas “perdas”:
b) Explique-a.


Resposta:

a) A dominação inglesa na China, posterior à Guerra do Ópio.

b) Após ter sido derrotada pela Inglaterra na Guerra do Ópio, a China teve que abrir mão de sua autossuficiência e submeter-se à Inglaterra, abrindo cinco de seus portos aos ingleses, entregando a administração de Hong Kong para a Inglaterra e indenizando a Inglaterra pela guerra.



  
15.   Leia os dois fragmentos abaixo.

I. É necessário, pois, aceitar como princípio e ponto de partida o fato de que existe uma hierarquia de raças e civilizações, e que nós pertencemos a raça e civilização superiores, reconhecendo ainda que a superioridade confere direitos, mas, em contrapartida, impõe obrigações estritas. A legitimação básica da conquista de povos nativos é a convicção de nossa superioridade, não simplesmente nossa superioridade mecânica, econômica e militar, mas nossa superioridade moral. Nossa dignidade se baseia nessa qualidade, e ela funda nosso direito de dirigir o resto da humanidade. O poder material é apenas um meio para esse fim.

Declaração do francês Jules Harmand, em 1910. Apud: Edward Said. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Adaptado.

II. (...) apesar das suas diferenças, os ingleses e os franceses viam o Oriente como uma entidade geográfica — e cultural, política, demográfica, sociológica e histórica — sobre cujos destinos eles acreditavam ter um direito tradicional. Para eles, o Oriente não era nenhuma descoberta repentina, mas uma área ao leste da Europa cujo valor principal era definido uniformemente em termos de Europa, mais particularmente em termos que reivindicavam especificamente para a Europa — para a ciência, a erudição, o entendimento e a administração da Europa — o crédito por ter transformado o Oriente naquilo que era.

Edward Said. Orientalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

a) Identifique a principal ideia defendida no texto I e explique sua relação com a expansão imperialista europeia no final do século XIX.
b) Relacione o texto I com o texto II, quanto à concepção política neles presente.


Resposta:

a) O texto I é um exemplo clássico do “darwinismo social” defendido pelos europeus no século XIX para justificar o Imperialismo e a dominação da África e da Ásia.
b) O texto II reflete uma consequência do pensamento do texto I: ingleses e franceses enxergavam o Oriente como uma área de direito europeu.



  
16.   Escrevendo nas últimas décadas do século XIX, Lenin, o futuro líder da revolução socialista na Rússia, observou que a principal característica desse período era a divisão final da Terra, no sentido de que a política colonial dos países capitalistas tinha completado a tomada das terras não ocupadas em nosso planeta. Pela primeira vez, segundo ele, o mundo estava dividido, de forma que no futuro só seriam possíveis redivisões, isto é, a transferência de um “dono” para outro, e não de um território sem dono para um “dono”.

SWEEZY, Paul. Teoria do desenvolvimento capitalista. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982, p. 351 (adaptado)


A fala de Lênin remete ao processo de corrida imperialista, que se acelerou a partir da segunda metade do século XIX.

A respeito desse processo histórico,
a) aponte duas razões que explicam as políticas colonialistas das potências capitalistas.
b) cite dois conflitos resultantes da expansão imperialista do século XIX.


Resposta:

a) As potências capitalistas europeias buscavam, no Imperialismo: (1) novos mercados consumidores para seus produtos manufaturados e (2) novas fontes de matéria-prima para suas indústrias.
b) Podemos citar: (1) Revolta dos Cipaios (Índia) e (2) Guerra do Ópio (China).



  
17.   Analise a charge apresentada a seguir.




NOSSA GUARDA “IMPERIAL”

Lord B. (Benjamin Disraeli) diz: — Você os tem ajudado continuamente, Madame.
Índia (soldado indiano) diz: — E, agora, eu venho para ajudar vocês.
[A Grã-Bretanha não sabe exatamente como a Índia fará isso]

Charge de maio de 1878. Disponível em: . Acesso em: 26 mar. 2012. [Adaptado].

A charge apresentada ironiza o envio de tropas indianas pelo governo britânico para garantir a posse da ilha de Malta, em 1878. Ela expressa um conceito que permeia a política externa inglesa no período vitoriano. Considerando-se o exposto,
a) identifique o conceito que sintetiza a ação política britânica, no período.
b) Explique de que forma a charge faz referência ao tratamento reservado às populações coloniais.


Resposta:

a) O conceito que sintetiza a ação britânica no final do século XIX foi o imperialismo, também chamado de neocolonialismo.
b) Quanto ao tratamento reservado às populações coloniais, a charge alude a duas características essenciais:
– a incorporação dos povos colonizados à burocracia imperial britânica: por meio da representação de um soldado com roupas orientais que integra a guarda imperial, a charge expressa o fato de que as populações coloniais eram comumente utilizadas nos corpos militares britânicos. Entretanto, essa utilização não garantia um status social equivalente aos cidadãos britânicos (metropolitanos). Os altos postos, tanto no exército quanto em outros campos da vida burocrática colonial, eram predominantemente ocupados pela população britânica, residente nos territórios sob seu domínio;
– o preconceito contra a população colonial: o cartunista, quando utiliza o termo “Imperial” entre aspas, ironiza a presença de populações coloniais nas tropas britânicas. A ironia desvela-se no diálogo entre Benjamin Disraeli, Lorde inglês, e as figuras que representam o Império Britânico e a Índia, essa última identificada por um soldado com trajes orientais. Essa ironia reforçava a desconfiança da opinião pública inglesa em relação à capacidade de um exército formado por indianos para garantir as possessões britânicas na ilha de Malta. Esse preconceito contra as populações coloniais era justificado pelo suposto atraso e pela inferioridade racial dos povos orientais em relação ao Ocidente e se refletia em leis que impunham restrições ao contato e à socialização entre as populações.



  
18.   A charge a seguir, publicada na França em 1885, refere-se a um episódio específico de um fenômeno histórico, cujas repercussões atingiram diversos continentes até as primeiras décadas do século XX.



Analise os elementos que compõem a charge e responda:
a) Qual o fenômeno histórico a que ela faz referência? Entre o século XIX e as primeiras décadas do século XX, que relações de poder existiam entre as nações?
b) Mencione dois aspectos (acontecimentos ou ideias) que se relacionam a esse fenômeno histórico.


Resposta:

a) Fenômeno Histórico
- Novo colonialismo/neocolonialismo – século XIX ou
- Novo imperialismo/neoimperialismo – século XIX ou
- Imperialismo na África e na Ásia ou
- Partilha da África/Ásia pelos países europeus ou
- Conferência de Berlim (1884-1885).

Relações de poder:
As relações entre as potências europeias eram marcadas por muitas tensões, conflitos e disputas pelo domínio de vastas áreas na Ásia e na África.
As relações entre as potências europeias e os territórios “colonizados” eram marcadas pelo domínio político e econômico.

b) ACONTECIMENTOS/IDEIAS QUE MARCARAM O NEOCOLONIALISMO
- Expansão do capitalismo industrial, que necessitava de novos mercados para solucionar crises de superprodução.
- Investimento de capitais excedentes, que eram aplicados na Ásia e na África.
- Implantação, nos territórios coloniais, de empresas de serviços e de bancos.
- Ideologia da missão civilizadora dos europeus. Essa missão era vista como o “fardo do homem branco”.
- Difusão das ideias do “darwinismo social”, que justificava, pela lei da seleção natural, o domínio da espécie mais evoluída.
- Expedições científicas e missões religiosas, que possibilitaram o contato com realidades geográficas, naturais e sociais ainda desconhecidas dos europeus.
- Instalação de excedentes populacionais da Europa nas áreas coloniais.
- Conquista de bases estratégicas para a segurança do comércio marítimo das nações europeias.
- Posse de armas sofisticadas, que garantiram a supremacia europeia por quase toda a África.
- Conhecimentos científicos, que preveniam doenças (malária), e a navegação a vapor, que facilitava o deslocamento para os territórios colonizados.
- Conflitos étnicos na África, em razão das fronteiras definidas pelos países europeus na Conferência de Berlim.
- Disputas por territórios coloniais pelas potências imperialistas, ocasionando a Primeira Guerra Mundial.
- Revoltas e rebeliões dos povos dominados: Guerra dos Cipaios, Guerra dos Bôeres, Guerra dos Boxers.
- Difusão da cultura europeia nos territórios colonizados.



  
19.   Segundo o historiador Edward Said, “o lucro e a perspectiva de mais lucro foram, evidentemente, de enorme importância, mas o imperialismo não é só isso” (Cultura e Imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 41). Comente essa afirmação, demonstrando as principais motivações que impulsionaram o imperialismo europeu no século XIX.


Resposta:

O imperialismo implica em um processo de dominação completa e complexa, promovida por grandes potências econômicas sobre regiões africanas e asiáticas. A “perspectiva de lucro” demonstra o principal interesse econômico das potências que expandiam a industrialização, no sentido de explorar recursos minerais e promover investimentos nas áreas dominadas. Ao mesmo tempo, os países imperialistas promoveram a dominação militar, usando a força para desestruturar as economias naturais e as formas tradicionais de organização social, além de se utilizarem das religiões cristãs para impor novos valores éticos e morais. Segundo o líder da independência do Quênia, Jomo Kenyatta, “Quando os brancos chegaram, nós tínhamos as terras e eles a bíblia, depois eles nos ensinaram a rezar; quando abrimos os olhos, nós tínhamos a bíblia e eles as terras”.



  
20.   Leia este texto, que se refere à dominação europeia sobre povos e terras africanas.

Desde o século XVI, os portugueses e, trezentos anos mais tarde, os franceses, britânicos e alemães souberam usar os povos [africanos] mais fracos contra os mais fortes que desejavam submeter. Aliaram-se àqueles e somaram os seus grandes números aos contingentes, em geral pequenos, de militares europeus.

Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 98.

a) Diferencie a presença europeia na África nos dois períodos aos quais o texto se refere.
b) Indique uma decorrência, para o continente africano, dessa política colonial de estimular conflitos internos.


Resposta:

a) A presença portuguesa no século XVI esta relacionada à expansão do comércio e a formação do capitalismo, sendo que a ocupação da África era secundária quando comparada ao comércio com as Índias ou à exploração do Brasil. Já no século XIX, os países europeus conquistaram regiões africanas como parte da expansão do capitalismo, estabelecendo mercados essenciais para a manutenção dessas nações enquanto potências industriais.

b) No século XVI, a principal consequência foi a ampliação da escravidão, tanto internamente, como para a venda aos traficantes europeus que realizavam o comércio de cativos com a América colonial. No século XIX, as lutas tribais determinaram a liberação de mão de obra para as atividades exploratórias no próprio continente, promovidas pelo neocolonialismo. Destaca-se ainda a retomada das lutas tribais nas últimas décadas, influenciadas por novos interesses econômicos, novas divisões sociais e por questões religiosas.



  
21.   Os povos árabes tiveram domínio sobre o maior e o mais duradouro império da história até serem derrotados militarmente pelos mongóis no século XIII. Desde então, seu destino foi comandado por estranhos. Foram dominados pelos otomanos, depois pelas potências europeias, em especial Inglaterra e França, e, com o fim do colonialismo no pós-guerra, pelos Estados Unidos ou pela União Soviética. O poder de convencimento dos clérigos radicais se deve à pregação atual de que só o islamismo pode unir todos os árabes e devolver-lhes poder e grandeza.

(TEIXEIRA, 2011, p. 66).

Considerando as informações do texto e os conhecimentos sobre o estado atual dos países árabes, indique dois motivos que, na atualidade, dificultam uma provável recomposição do antigo império árabe-muçulmano.


Resposta:

• Atuação histórica do imperialismo colonial que desde o sec. XIX dominou a área aprofundando a pobreza: ingleses, italianos, franceses.
• Demarcação de fronteiras artificiais em territórios de ocupação étnica, fazendo conviver etnias inconciliáveis dentro de um mesmo espaço.
• Instabilidade política decorrente da peculiaridade das diferenças étnicas.
• Conflitos religiosos: expansão agressiva do islã X resistência dos cultos tradicionais X presença de grupos cristãos (católicos e protestantes).
• Interesses econômicos das potências capitalistas, sobretudo nas bacias petrolíferas.
• Presença de grupos radicais islâmicos, inclusive no controle político de alguns países.



  
22.   “(...) Com somente poucas exceções, as nações da África atual foram sucessoras das colônias africanas que as precederam. Suas fronteiras eram as fronteiras coloniais, definidas nas décadas de 1880 e 1890. Suas capitais eram as capitais coloniais, a partir das quais foram irradiadas as infraestruturas de estradas e ferrovias, correios e telecomunicações. Todas conservaram, em maior ou menor grau, as línguas dos colonizadores como línguas de comunicação mais ampla. Todas seguiram basicamente os sistemas ocidentais de educação. Sua administração seguiu as trilhas deixadas pela administração colonial (...). O primeiro grande teste para a África independente centrou-se na questão da estabilidade das fronteiras, e o aspecto que rapidamente ficou claro a esse respeito foi que não havia futuro para uma concepção pan-africana de Estados Unidos da África ou para as federações ou quase federações criadas pelas potências colonizadoras (...).”

OLIVIER, Roland. A experiência africana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994, p. 254.

No trecho acima, o historiador Roland Olivier aponta alguns dos problemas com os quais as novas nações africanas independentes se defrontaram.
a) A definição das fronteiras nacionais africanas foi estabelecida a partir das especificidades étnico-linguísticas existentes antes da penetração europeia? Justifique.
b) O texto refere-se à existência de uma concepção pan-africana de Estados Unidos da África. Aponte o pressuposto básico do pan-africanismo.


Resposta:

a) Não, o interesse era a obtenção de privilégios econômicos para os Estados capitalistas monopolistas que pretendiam aumentar a exploração de matérias-primas elaboradas e escoar seu capital excedente em investimentos de retorno de curto prazo, como eram as áreas africanas divididas entre países europeus. A cultura étnica-linguística não foi considerada.
b) Esta seria a proposta de preservação de uma multiplicidade de culturas africanas e do fortalecimento político para enfrentamento das pressões do imperialismo europeu.




 

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