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Oriente Médio com o Professor Arão Alves




Video aula, com mapas e google earth, apresentando a trajetória do Oriente médio ao longo do século XX






Comentários

  1. Eu sou jornalista e estou escrevendo um artigo por The Rio Times sobre a situação na Síria, e especificamente a decisão do Brasil para retirar seus diplomatas na sexta-feira. Eu estou esperando que você estará disposto a responder algumas perguntas para o artigo. Eu estou receoso que eu estou em um calendário apertado como o meu prazo é amanhã, às 12:00, mas se você fosse capaz de enviar mais algum comentário, mesmo que seja muito breve, eu ficaria muito grato.

    Aqui estão algumas perguntas:
    Abdel Basset Sayda, líder do CNS (Conselho Nacional da Síria), a principal coligação da oposição da Síria, disse que é um sinal positivo que o Brasil retirou seus diplomatas. Você concorda?
    Ele também disse que está decepcionado com a reação do Brasil até agora. Porque você acha que é esse o caso? O que você acha que ele quer? Como agora é o Brasil disposto a ir para condenar a violência?
    O Brasil se recusou a condenar o governo sírio, mesmo que condenou a violência contra "os cidadãos desarmados." Porque você acha que o governo está relutante em falar fortemente contra a violência na Síria?
    Qualquer outro comentário?

    Eu espero que você seja capaz de ajudar. Meu email e lucyjordan@gmail.com

    Muito obrigado,

    Lucy

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  2. O Brasil, a Síria e a diplomacia.
    1-A retirada de um diplomata de um estado pode ter diferentes significados. Em relação a transferência de nosso embaixador de Damasco para Beirute, acredito tratar-se de questões de segurança e não de uma retaliação do governo brasileiro. O ministério das relações exteriores do Brasil percebendo que o governo sírio não seria capaz de garantir a segurança de nossa embaixada, conforme prevê o direito internacional com base na convenção de Viena de 1961, tomou a iniciativa de zelar pela segurança de nosso corpo diplomático. Afinal não foi muito distante da Síria que perdemos um dos nossos mais destacados diplomatas na ONU, Sérgio Vieira de Melo, em um atentado no Iraque.
    2-A história de nossa diplomacia sempre foi marcada por conceitos como o da “livre determinação dos povos”. Independente dos governos, essa foi uma diretriz comum em nossa política exterior. Importantes teóricos de nossa política externa, como Amado Luís Cervo, defendem que a continuidade é uma marca de nossa política externa. Exemplos dessa relutância em condenar governos que atentem contra os direitos humanos são vários. Portugal de Salazar, apartheid, Iraque, entre outros. Historicamente o Brasil defende o diálogo e a diplomacia como forma de solucionar conflitos. As sanções são consideradas formas de isolar o país infrator e contribuem para acentuar a crise ao invés de solucioná-la. O governo da presidenta Dilma tem apresentado algumas sutís mudanças nessa questão. É inegável que a política externa brasileira, atualmente, é fortemente marcada por uma diplomacia presidencial e, embora não se possa afirmar que houve uma ruptura na política externa de seu governo, em relação do presidente Lula, torna-se possível identificar um certo “aggiornamento” em relação à questão dos direitos humanos. Ao justificar a não intervenção, o governo da Presidenta cria um novo conceito e, numa clara crítica aos defensores do capítulo VII da carta da ONU, que autoriza a intervenção militar sem o consentimento do Estado em questão, prega a “responsabilidade ao proteger” em resposta aos defensores do intervencionismo que justificam a intervenção militar com base no conceito “responsabilidade de proteger”.
    Esse pequeno jogo de palavras tem profundas diferenças. As atuais situações do Iraque e do Afeganistão são excelentes exemplos do conceito defendido pela presidenta brasileira. Ao proteger a população desses países da violência de seus governos, a comunidade internacional auferiu um resultado decepcionante. Um número de mortes muito maior do que o da situação anterior à intervenção militar. É acerca desse cálculo macabro que a presidente se orienta para defender a não intervenção. A condenação aos atos de violência são uma constante do governo brasileiro, entretanto a conciliação, o diálogo e a diplomacia são por ele considerados as forma mais eficazes na busca por melhores resultados a médio e longo prazo.

    Professor Arão Alves –
    Mestre em História Social

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